sexta-feira, dezembro 29, 2006

Tarde Demais...

Mais um ano que passa e mais um caso entre muitos de uma criança que morre tragicamente às mãos da sua própria família directa. Sempre que estes casos são relatados a tristeza que sinto é duplamente agravada. Num sentido, pelo sentimento de impunidade que é transmitido e cuja responsabilidade é do próprio Estado. O caso da Sara (2 anos), de Monção, é um bom exemplo disso, quando os serviços da Comissão de Protecção a Crianças estavam alertados para o problema desde o início de Dezembro, e tinham agendado uma visita para verificar a "autenticidade" das acusações efectuadas pela educadora de infância, para o dia em que a criança acabou por falecer. Foi tarde demais para a Sara, que acabou por não resistir às múltiplas agressões que tinha no corpo e às hemorragias internas que sofreu na cabeça... A tristeza que sinto é agravada noutro sentido por me ser impossível imaginar um motivo que seja, para que uma mãe pratique agressões numa base diária, a uma criança sem a mínima hipótese de defesa. Alegadamente o pai não sabia de nada, o que a provar-se ser verdade é tão mau ou pior do que ele próprio praticar as agressões. Que merda de pai é que não se apercebe de uma coisa destas, que salta à vista de qualquer um? Apesar das actuais investigações e apresentação destes pais ao tribunal, estou psicologicamente preparado para assistir a mais um caso do tipo "Joana", em que a capacidade de "engonhanço" vai ser tal que estes monstros vão vencer tudo e todos pelo cansaço, ficando assim impunes por uma qualquer tecnicidade que um qualquer advogado lhes proponha. Note-se que a mãe já tinha dado uma versão inicial que envolvia uma "queda das escadas". São estas as pessoas "podres" que formam a grande maioria de uma sociedade "podre" num país "podre", que cada vez mais prova que devia ser "cuspido" da face da terra.

Em Portugal, a cada dois dias que passam, uma criança é vítima de maus tratos... Em Portugal, desde 2003 morreram 8 crianças vítimas de violência inflingida por familiares... Quantos dias mais, quantas mortes mais vão ser precisas para mudar algo?

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Portugal, o Exemplo

Finalmente alguém reconheceu o valor que Portugal tem! Finalmente Portugal serve de exemplo para os outros. Quem o diz não sou eu, mas sim um artigo publicado pela Comissão Europeia! O artigo tem o título de "Explosão e Recessão em Portugal: Lições Para os Novos Membros da Zona Euro" e tem como objectivo lançar um alerta sobre o que NÃO SE DEVE FAZER ao entrar na União Europeia, utilizando como exemplo da "bostada" máxima o caso extremo do nosso país. Lembrei-me logo do programa dos 10 Anos do Contra Informação da RTP, passado durante a actual época natalícia, em que Portugal foi "cuspido" da Terra, e assim surgiu um novo planeta "anão" à semelhança do país "anão" que já era. Tal facto deveu-se a uma rejeição da Terra, à imagem e semelhança de um organismo vivo que rejeita corpos estranhos. Julgo que antes de chegarmos a este ponto da "cuspidela" podemos ainda servir de muito, mostrando aos outros aquilo que não se deve fazer, não só nesta mas em muitas e variadas áreas. Por outro lado quero dizer a essa cambada de mariquinhas da Comissão Europeia, que não é com artigos nem "preposições" que vão conseguir alguma coisa. O mau funcionamento do nosso país está tão bem oleado que ameaças escritas ou verbais não surtem efeito. Aqui seguimos a política do "bater não batem, ralhar não dói", pelo que vão ter de fazer muito melhor que isso para nos conseguirem intimidar e consequentemente levar a fazer algo de acertado!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Elixir Natalício

Como é que o Pai Natal não há-de ter uma pança monumental... Pelo simples facto de ter festejado o Natal no fim de semana que já passou (infelizmente), estou para aqui que nem posso, bem capaz de emborcar uma palete inteira de Frize, para ver se o meu estômago faz um cessar-fogo... Quanto mais ele que vive (literalmente) para esta época em particular!? Voltando à celebração em questão, não há nada melhor do que saborear aquelas iguarias tradicionais junto da companhia de quem mais se gosta. Tendo em conta que não existem cenários perfeitos, e que falta sempre alguém, ainda assim este ano foi mesmo muito, muito bom. Quem lá esteve pode confirmar. Os momentos à mesa eram sagrados, não simplesmente pelas referidas iguarias mas pelo convívio em si que foi sempre excelente e que fez libertar fortes gargalhadas e boa disposição a toda a gente. Este tipo de "elixir" é fundamental, ainda que geralmente só possamos usufruir dele nestas ocasiões especiais. Acho que o truque é contar com algumas (podem ser poucas, mas boas) pessoas que nos possam acompanhar, e tentar que estes momentos se repitam o máximo de vezes possível. Da minha parte prometo que vou fazer o possível e o impossível. Até lá, aqui fica um "cheirinho" da reportagem fotográfica do evento, que uma vez mais ficou digno de ser recordado. Como ainda estamos na época, um muito Feliz Natal!

terça-feira, dezembro 19, 2006

Feliz Natal ou Natal Feliz?

Tendo em conta a minha observação como espectador do mundo onde eu próprio habito, julgo relevante utilizar este blog para fazer aqui difundir uma opinião pessoal do que é o Natal, ou pelo menos deveria ser. Aquilo que tenho visto nos últimos tempos ao nível dos comportamentos a raiar o limite da histeria colectiva levaram-me a pensar bastante no assunto. Consiste então a minha análise no seguinte comparativo (aceitam-se mais sugestões de definições):

O Natal não é:

- andar enfiado em centros comerciais durante dias da semana, domingos e feriados

- gastar rios de dinheiro em coisas sem qualquer tipo de interesse às quais eventualmente ninguém vai ligar
- enforcar o Pai Natal na janela lá de casa (assusta as crianças que passam...)
- ligar "mangueiras" natalícias (esta definição é cortesia da Xu) na primeira tomada que aparece
- substituir a programação televisiva por galas intermináveis e programas de circo
- dar 10 voltas à Praça do Comércio para ver um conjunto de andaimes iluminados
O Natal deve ser:
- uma oportunidade para juntar e conviver com a nossa família
- uma época em que nos devemos lembrar dos amigos e estar com eles
- um período em que devemos pensar mais nos outros do que em nós próprios
Este agora é opcional:
- aproveitar para "manducar" aquelas iguarias que geralmente se fazem nesta época ;)

E assim aproveito para desejar a todos um Feliz Natal (ou talvez um Natal Feliz... quem sabe...). Um abraço a todos vocês, meus amigos!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Ainda o Blog é Uma Criança

Estava hoje a olhar aqui para as trapalhadas que escrevo quando subitamente me atingiu... fiz uma "piquena" retrospectiva e faz precisamente hoje um ano que comecei este blog! Mais do que dar os parabéns a mim próprio por esta façanha de conseguir durante um ano escrever pequenos textos sobre os mais variados assuntos, ainda que desprovidos de qualquer interesse, devo dar os parabéns a quem os lê! Os meus leitores assíduos são poucos, mas fiéis e detentores de um bom sentido de humor (pelo menos compatível com o meu). Aqui fica um grande "parabéns" colectivo, e simultaneamente um grande "bem haja". Prometo que para este próximo ano vou... escrever exactamente da mesma forma, exactamente sobre os mesmos tipos de assunto. Espero que continuem a gostar de ler, tanto ou mais do que eu gosto de escrever.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Vai Um Cimbalino?

Estava eu sentado a beber um café e aparece-me esta gaja (fotografia em anexo), toda insinuante, e pergunta-me se se pode sentar e acompanhar-me num "cimbalino". E eu penso: "ai o catano... olha-m'esta...". Depois daquela entrada ao estilo casa de alterne, fiquei logo de pé atrás. A seguir diz-me que se tinha mudado para minha casa com o filho, que andava com o meu carro e não me tencionava devolver nada daquilo. E eu: "queres ver que esta 'tá-m'a fazer a folha...". Aí começa com uma conversa a dizer que gostava de brincar ao capuchinho vermelho e cortar-me as unhas dos pés. "Mau!", pensei eu. Depois diz que se eu quiser, me faz uma esfoliação e não conta nada a ninguém, a não ser que um dia escreva um livro sobre o assunto. Aqui já eu pensava "fugiu do Júlio, certamente...". Depois tece um comentário qualquer depreciativo sobre a Maria Elisa e diz que sabe que ela faz o buço e tem celulite, ao contrário dela que de tanta massagem no rabo ter levado, o tinha todo polido (consequentemente sem qualquer tipo de cova, a não ser uma nada pequena que... bem... vocês sabem). Já eu estava farto daquela conversa, ainda se põe a dizer que gosta de gajos perigosos, que mandam arriar nos outros grandes enxertos de porrada (e a ela também se possível), e que depois se gabam sobre isso (ao contrário dela, que no fim se arrepende). "Bem, bem... tu queres ver?", pensei eu. Já me estava a passar e resolvi ir ao WC. Quando me olho ao espelho, vejo-me careca, de óculos, e assim que tento balbuciar algumas palavras perante tal insólito, só me sai um "penso eu de que" com um sotaque estranho e arrastado... quando toca o despertador e finalmente acordo. Fosga-se! G'anda pesadelo!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Aprendizagem Cultural

Sei que vou ser apenas mais um a elogiar "online" este filme (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan), mas é sem dúvida um "artefacto" impressionante da indústria cinematográfica que deve ser visto por toda a gente. Por detrás de uma espécie de documentário/comédia/nem sei bem o quê, está um filme que expõe ao ridículo uma sociedade e uma cultura como a dos Estados Unidos (ou como diria este personagem, US & A). Uma história fictícia de um repórter de nome Borat vindo do Cazaquistão, que se desloca aos Estados Unidos a pedido do Ministro da Informação do seu país, com a finalidade de efectuar uma "aprendizagem cultural", encaixa na perfeição com acontecimentos e eventos reais, resultando numa "viagem na maionese" muito interessante e supreendente. Recomendo vivamente este filme, apesar de ter a sensação de que muitas cenas foram cortadas, relativamente a alguns excertos que tinha já "visionado" no Youtube ou Google Video. Ainda assim restaram muitas outras mais do que suficientes para chocar muito boa gente e fazer rir outros tantos. Sem dúvida, um filme a não perder.

terça-feira, dezembro 05, 2006

O Débil Mental

Já diziam os antigos que os bons se vão embora e ficam os ruins. Augusto Pinochet é um bom exemplo desta velha máxima. Quando um tipo novo, se tal for o caso, morre de ataque cardíaco sem mais nem menos, uma besta destas com 91 anos ainda consegue recuperar... Ainda para mais uma besta que é em simultâneo débil mental, com atestado médico a comprovar e tudo. Um tipo que pede um atestado a comprovar que é débil mental para se safar a acusações de violação de direitos humanos, é tudo desde feio porco e mau, menos débil mental, mas enfim... Além disso julgo que era justo e está mais do que na hora do senhor "patinar". Não pela questão da idade, mas sim para não fazer esperar os amiguinhos. Tenho certeza que o pessoal das operações Condor e da Caravana da Morte estão "mortinhos" (literalmente) à espera dele lá em cima (ou em baixo neste caso) para o cumprimentarem pessoalmente. Espero que o senhor goste de climas quentes, porque para quem acredita no Céu e no Inferno, está mais que visto onde é que o homem vai parar. Também me parece que o dinheirinho que amealhou com o tráfico de droga e com todas as outras ilegalidades que cometeu durante a sua vida, provavelmente não lhe vai servir de muito. Em tom de conclusão e aproveitando para incutir neste post um fim pedagógico, devo dizer que quando lhe der outra "macacoa" qualquer, deve haver muita gente a brindar com um "panaché" ao "pinochet". Viram como através de uma "chalaça" sem qualquer tipo de piada, se pode obter um efeito didáctico?

Arte de Dizer Nada

Julgo ser de extrema e imponderável importância a relevância que merecem os assuntos fundamentais daquilo que é imprescindível nos dias de hoje. O futuro depende do hoje e do amanhã, assim como o passado e o presente. Nada do que aconteça agora poderá não ter uma repercussão no futuro assim como as acções do passado se reflectem no presente e condicionam atitudes, acções e reacções. Não podemos deixar de ser sem o ser incontornavelmente, indecisos e inseguros, revelando assim a nossa capacidade de decisão nos momentos difíceis e a nossa segurança quando assim se prova e demonstra necessário. As pessoas são indispensáveis na prova da essência da condição humana, quando os humanos mostram ser pessoas e demonstram que pessoas e humanos podem ser coisas distintas. Assim como uma gota de água é importante para um ribeiro que pode dar origem a um grande rio também o efeito borboleta revela marcas da sua existência inconfudível quando olhamos para dentro de nós e tudo aquilo que nos rodeia, que é uma consequência lógica e inevitável de tudo o que fazemos consciente ou inconscientemente. Não podemos deixar que nos digam o que não queremos ouvir assim como não podemos deixar de ouvir aquilo que nos querem dizer, pelo menos sem pensar se o queremos ouvir ou não e assim poder tirar as nossas conclusões sobre se tal assunto é importante e merece ser ouvido por nós. As palavras que se escrevem muitas vezes vencem sobre as que se dizem porque perduram e não implicam que alguém possa ter dúvidas se as quer ouvir ou não, pelo próprio valor que assumem simplesmente pelo facto de serem escritas e não ditas. Eu próprio ao escrever estas palavras tenho a noção de que mesmo que não tenha nenhum objectivo com elas posso ainda assim dar aso a interpretações do que digo, sem querer dizer nada efectivamente.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Depois da Tempestade

Dizem que Deus escreve direito por linhas tortas e é bem verdade. Então não é que, precisamente uma semana depois do episódio aqui relatado em que o meu prédio funcionou durante um dia como ETAR, aconteceu algo de surpreendente, que me fez acreditar que alguém olha por nós lá em cima. Na sexta feira à noite, após um dia de trabalho e meia hora de condução ao estilo "anfíbio" para chegar a casa, com direito a alguns momentos de flutuação empolgantes, tive uma visão linda à chegada. Subitamente fiquei a morar junto a um lago. Estacionei o meu anfíbio noutra rua e atravessei o lago que me separava de casa, com água pelos joelhos. Quando me aproximo do referido edifício, olho e vejo que o lago corre lá para dentro. Digam lá se não é um verdadeiro milagre? Eu que julgava que ia ter de gramar com o cheiro a esgoto que parecia entranhado nas paredes do prédio, para o resto da minha vida, e afinal veio a cheia para lavar eventuais provas forenses da porcaria que tinha estado por lá. Viva o alerta laranja!!! Como toda a gente naquela rua deve ter cotos em vez de mãozinhas, lá fui eu levantar as tampas das sarjetas como se de um funcionário municipal me tratasse. Após o serviço concluído, rapidamente a água escoou e a situação normalizou... na rua. Porque mais uma vez, a água, que já tinha estado mais longe de me entrar para casa, teimava em não sair... Nada que uma bomba de água não resolva. E pronto, lá fiquei com mais uma história para contar. Sim porque, falando/escrevendo muito mais a sério, lamento que, nem para todas as pessoas que as viveram, as histórias daquele dia tenham tido um final tão simples.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Estado de Alerta Degradê

Gostava de perceber a lógica das cores relacionadas com os estados de alerta face ao mau tempo. Porquê amarelo? Porquê laranja (meu Deus, eu me pergunto...). Ainda assim é possível "descortinar" que quem definiu estes estados foi um homem, certamente. Se fosse mulher já estou a imaginar a panóplia de estados com cores que não são cores na realidade: estado de alerta "salmão"... estado de alerta "brick"... estado de alerta "tigresa"... Então e as cores compostas? Estado de alerta "azul bebé"... estado de alerta "rosa choc"... enfim! Ainda assim não podemos ignorar que o criador da "gama" actual de estados (azul, amarelo, laranja e vermelho) foi muito pouco original (se calhar o melhor era terem atribuído essa tarefa a uma mulher). Outra conclusão a que podemos chegar é a de que o criador não é certamente do Sporting. Nota-se também que ou é do Porto ou do Benfica, pois coloca-os em extremos opostos do degradê. A predominancia das cores quentes leva-nos no entanto a desconfiar que muito provavelmente será do Benfica (ainda que o equipamento alternativo do Porto seja laranja). Conclui-se assim que é certamente uma pessoa perturbada, que não sabe o que quer da vida, e que resolveu usar, ainda que eventualmente sem consciência disso, uma metáfora desportiva para denominar as catástrofes e calamidades a nível nacional (ainda que o próprio desporto já seja uma calamidade em Portugal). Se alguém conhecer essa pessoa e um dia a virem na rua, dêem-lhe um abraço. Provavelmente está a sentir-se muito sozinho e a precisar de "miminhos"...

terça-feira, novembro 21, 2006

Estou na Fossa

Pois é meus amigos, tenho de confessar que estou na fossa. Aliás, hoje já estou melhor. No sábado é que foi pior... Quer dizer, na realidade não sou só eu que estou na fossa. Sou eu e os meus vizinhos do prédio. Acontece que no sábado passado tivemos uma experiência singular, que foi a de acordar com uma ETAR no patamar da escada do prédio. Tendo em conta que moro num rés-do-chão, fui dos mais brindados com o odor (que perdura até hoje) e os objectos flutuantes na límpida água que circula nos esgotos, mal abri a porta de casa. Parece que os esgotos fizeram como a função pública (entraram em greve) e a merda resolveu dar um ar da sua graça, inundando todas as caves, até que eventualmente achou que não se devia ficar por aí, e "foi para fora cá dentro" (vá lá que não conseguiu subir as escadas). Deparando-me com esta situação, começou a saga dos telefonemas para os serviços municipalizados, por volta das 10h da manhã. A saga dos telefonemas só foi interrompida quando o piquete deixou de nos atender entre as 12h e as 13h (mmm... será que um serviço de urgência tem hora de almoço?), para finalmente por volta das 13h30 nos dizerem que viriam até cá as 13h (hã???). Pelo meio tivemos direito a uma visita dos bombeiros, que tomaram a devida nota da ocorrência e se foram embora, porque "a água estava suja". Se a água estivesse limpa, teriam feito qualquer coisa certamente, mas assim... Algures durante a tarde lá se resolveu o problema... dos esgotos entupidos! E agora pergunta o caro leitor: "então e a merda?". Essa lá ficou e teve mesmo de ser bombeada pelos moradores, que desejando marcar uma posição de protesto, optaram por deitar a mesma para a rua (fui estacionar o carro noutro sítio obviamente, ainda que o próprio já seja uma merda). Resta-me pedir desculpa por dizer merda tantas vezes, e deixar aqui um grande bem haja a todos os que se estiveram cagando para mim e para os meus vizinhos, nesse fatídico sábado...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Foi Do Caraças!

É verdade... na sequência do que escrevi no post anterior, devo dizer a quem acompanhou a promessa de que esta se cumpriu. Foi um fim de semana do caraças! O São Martinho negociou bem com o São Pedro e não choveu, o que permitiu inúmeras coisas. Desde a apanha da azeitona durante a tarde (acompanhada por mim da esporádica apanha de medronhos para consumo e fermentação em estômago próprio, como preparação do que viria depois), até a um magusto dos mais capazes, posso dizer que tive direito a tudo. Assados mais de quatro quilos de castanhas na caruma de pinheiro, lá se tiveram que enfardar. E enfardar foi o termo certo. Valeu a ajuda do vinho novo que provou a sua qualidade, e da jeropiga para o mulherio (sim, que as senhoras só bebem vinho novo disfarçadamente, quando ninguém está a ver). Como as castanhas eram muitas, o "tintol" também teve de o ser... e como se não bastasse ter o bucho cheio de castanhas, ainda teve de se arranjar um espacinho para um petisco mais à noite... e sabe-se bem que com umas fatias de presunto, queijo e com camarões, ainda para mais temperadinhos com "jindungo", tem de se abrir umas quantas "bejecas". Como o estômago com isto tudo começa a dar um ar da sua graça, há que o acalmar... e nada melhor do que uns copinhos de medronho para este se pôr na ordem! O resultado disto tudo foi um dia espectacular como não passava há muito tempo, e uma noite boa, mas não tão espectacular por motivos óbvios (relacionados com o aparelho digestivo), mas pela qual ainda assim valeu a pena passar. São estes dias que fazem valer a pena viver todos os outros. Beijinhos e abraços a todos os que estiveram comigo, e aos que queriam estar mas não puderam.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Chain Post da Treta

Graças ao meu amigo Luis, aqui fica mais um "chain post" da treta, tipologia de post que me parece ter os dias contados, pelo menos pelas minhas mãos.

Para já aqui fica o regulamento:

"Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."

1. Tenho uma forma de estar algo volátil, por vezes a raiar os limites do maniaco-depressivo, que tenho tentado controlar com algum sucesso ao longo do tempo.
2. Sou um adepto fervoroso das leis de Murphy, pelo que espero sempre que aconteça o pior, ainda que sinta que isso não faz de mim uma pessoa pessimista, mas sim prevenida.
3. É frequente tornar-me algo desagradável para pessoas que, por exemplo, com responsabilidades mínimas ou praticamente inexistentes, conseguem ainda assim ser más e incompetentes naquilo que fazem.
4. Por vezes penso em mim como o centro do Universo, erradamente, sem me lembrar que os outros fazem o mesmo (logo existem montanhas de Universos compostos apenas por centros, espalhados por aí).
5. Gosto de comer castanhas, beber jeropiga e provar vinho novo, actividade que vou desenvolver durante este fim de semana com todo o gosto (esta última não se enquadra bem nas manias... foi apenas uma homenagem ao São Martinho que está aí à porta).

Sem mais me despeço, imitando o incumprimento do Luis face ao regulamento indicado, ao não nomear ninguém em concreto para fazer mais um "chain post", mas deixando isto ao critério dos "amigos bloguistas", que com toda a certeza vão ignorar o meu desafio, tal como eu tencionava fazer mas não consegui.

PS: espero não ter assustado ninguém com as minhas manias!

quarta-feira, novembro 08, 2006

Em Queda Livre...

Cada vez consigo menos preocupar-me com as coisas. Olho para as capas de jornais e leio títulos de 9 más notícias em cada 10. Vive-se na era do medo e do receio que geramos uns para os outros e uns com os outros, quando devíamos encarar aquilo que nos assusta e mandar os receios à merda. Uns julgam que têm muito azar na vida, outros julgam que têm muita sorte. Faço ocasionalmente parte de cada um destes grupos, em fases e momentos diferentes. Estes grupos e consequentemente eu, estão sempre errados. Não há azar nem sorte, há aquilo que nos acontece e o que fazemos em relação a isso. Há a forma como vivemos aquilo que a vida nos apresenta e nos coloca no prato todos os dias. A digestão pode ser lenta, ou rápida, ou inexistente. As coisas boas ajudam, os amigos ajudam, os amores ajudam, os desamores também porque nos fazem saber amar. Às vezes sinto-me em queda livre e é assustador. É ao mesmo tempo o melhor sentimento da nossa vida, pelo simples facto de nos fazer sentir vivos. O pior que nos pode acontecer é passar os dias dormentes, viver uma terça-feira porque esta se segue a uma segunda, apenas. Apetece-me fazer loucuras, apetece-me errar. E faço, e erro, muitas vezes. E às vezes faço loucuras só para mim e por mim. E é bom fazer loucuras! Então e os amigos? Pois é, já falei deles... mas é que são mesmo importantes. E às vezes estão onde menos se espera. Apetecia-me sentir em queda livre agora. E se não for agora, não faz mal. É amanhã de certeza. E sei que depois de amanhã continuarei a poder sentir-me assim. Não estou preocupado com nada neste momento. Também não tenciono estar. E mesmo que esteja, a preocupação é relativa e pode ser esquecida facilmente. Obrigado aos que me ajudam a não me preocupar. Obrigado aos que caem em queda livre comigo. Seus grandes malucos e malucas... sois como eu! Lembrei-me agora que ouvi hoje uma música que se chama "Free Falling". Não é Deus mas sim o subconsciente que funciona de forma misteriosa. O Tom Petty tem uma outra música que se chama "Learning to Fly"... sou capaz de pensar nisso, mas nunca vou deixar a queda livre.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Diz Que É Um País

A esta altura o caro leitor está a pensar onde ouviu pela última vez um título começado pela conhecida expressão da língua portuguesa, "diz que...". Os Gato Fedorento fizeram recentemente a sua homenagem a esta pérola da nossa língua, ao criar um programa com o nome "Diz Que É Um Magazine", e eu faço a minha parque com este "piqueno" post. Na realidade trata-se de uma homenagem dupla, uma vez que tento também abranger o nosso país/governo/primeiro ministro/povo. Sim, porque isto de criticar sem assumir responsabilidades é uma gaita do caraças, perdoem-me a expressão. Ouvi recentemente num filme da treta a seguinte frase: "um povo não deve ter medo do seu governo, o governo é que deve ter medo do seu povo"... mas adiante. Voltando ao tema em debate, a motivação veio de um "anúncio" de 10 páginas, colocado estratégicamente na conhecida revista Fortune. Este "anúncio" descreve Portugal como um país acabadinho de sair da cepa torta, quiçá até da pobreza extrema, graças aos hercúleos esforços de Sua Excelência o Sr. Primeiro Ministro José Sócrates. Como restantes anjos salvadores surgem outros quantos ministros do seu executivo. A questão que surgiu logo após a publicação desta propaganda foi: "quem pagou"? Resta dizer que obviamente ninguém se acusou. Por um lado a minha análise deste tipo de auto-propaganda leva-me a concluir que daqui podem advir resultados positivos. Imagine-se por exemplo o investimento que pode ser atraído para o nosso país? Por outro lado, quando esses potenciais investidores descobrirem que a publicidade afinal é... digamos... enganosa, aí é que vão ser elas! Mas enquanto o pau vai e vem folgam as costas, e vale mais cair em graça do que ser engraçado, por isso aqui fica o meu aplauso para a cabecinha pensadora que teve esta ideia brilhante! Um grande bem haja por fazer de todos nós parvos e ignorantes!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Imaginação...

Deito-me muitas vezes a pensar no pormenor de uma gota de água do mar que escorre pelo pescoço dela quando se move no meio das ondas. O sal que fica quando a sua pele seca ao sol de um mês quente de Verão... Esta imagem percorre a minha mente e projecta-me para um outro sítio mais bonito, melhor... O reflexo do sol na sua pele é intenso e ofusca-me a visão. Vejo-a deitada na areia e imagino o som do vento quando faz esvoaçar o seu cabelo, exibindo os seus traços finos e delicados, os contornos do seu rosto, a sua pele clara e os pequenos sinais que fazem realçar ainda mais toda a sua perfeição. Quanto mais imagens dela consigo projectar com a minha mente, mais os meus restantes sentidos me pregam partidas. Passado um pouco chego a sentir o aroma do seu perfume e até o toque das suas mãos. Começo a sentir o calor do seu corpo quando está próximo do meu e a respiração quando se mistura com a minha. Subitamente as imagens tornam-se ainda mais definidas e a realidade cada vez mais difícil de distinguir da fantasia. Será que ainda estou a imaginar coisas ou será que isto é a realidade? Não pode ser realidade porque ela não está aqui, mas será possível que esteja? Talvez a minha vontade de acabar com a distância e o tempo que nos separa seja tanta que me tenha tornado capaz de voar... Se não quero apenas acreditar que amanhã vou acordar e vou tê-la a meu lado. Se tal não acontecer vou passar mais um dia a sonhar, e outro se for preciso, até o sonho se tornar realidade...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Músicas Intemporais

Estava para aqui na minha saga de trabalho, que a cada dia que passa, em vez de parecer reduzir parece cada vez mais interminável, quando me apercebi de que estava há uma eternidade a ouvir Pink Floyd, e a gostar. Já sei que gostos não se discutem, mas também não é esse o meu objectivo neste post. O objectivo é pensar um bocadinho no bem que nos faz a música e em como é um elemento importante para nos fazer ultrapassar dificuldades e viver melhor os nossos dias e consequentemente as nossas vidas. A música, por exemplo quando estamos sozinhos, não só nos faz companhia como nos faz muitas vezes lembrar de quem gostamos (consequentemente deixamos de estar sós). E dentro dessa "área" até me posso aventurar mais e dizer que nos faz lembrar momentos que tivemos com quem gostamos (quem não tem uma música qualquer que associa a... digamos... certas e determinadas circunstâncias de carácter "lúdico"... se é que me entendem). Sinceramente não me imagino a estar muito tempo parado em frente a um computador, por exemplo, sem colocar uma qualquer musiquinha a tocar... Os tais outros momentos (muito mais interessantes do que o trabalho) são também um bom alvo de uma música a acompanhar... enfim, todo um manancial de situações em que podemos dar uso a uma das poucas coisas bonitas que o homem foi capaz de criar (uma vez que até a natureza gosta). Para ser sincero, acho que (para além do facto de ter acabado um documento importante neste momento) foi o facto de estar a ouvir música que me fez descontrair o suficiente para dar aqui uma saltadela e escrever umas linhas. Gostava de deixar aqui mais um pedido de intervenção de quem ler este meu humilde blog: comentem este post indicando (se se lembrarem...), qual foi a última música que utilizaram para acompanhar um daqueles "momentos mais divertidos" que vos falei. Para não dizerem que isto é só pedir e não se dá nada, digo já aqui que a minha última banda sonora foi o CD do André Sardet. Ah... "jingles" comerciais de 30 segundos não contam... nem como música... nem como o resto.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Termos Técnicos

Após mais uma ausência de uns dias pelo facto de andar "atascado" de trabalho, entre outras coisas, aqui volto eu. E nada melhor que umas pérolas da língua portuguesa para servirem de inspiração a umas linhas de escrita bloguista para descontrair. O motivo de hoje é uma daquelas expressões que se ouvem frequentemente, sobretudo em reportagens televisivas. Mais concretamente, quando em casos de acidentes o repórter se quer referir a alguém que morreu (ou faleceu), diz "chegou cadáver". Isto parece um bocado mórbido, mas se pensarmos um pouco em torno do assunto até consegue ter alguma piada... pensem nas possibilidades e potencial de um verbo associado a esta situação: "cadaverizou". Exemplo: "ah e tal... o gajo saiu à rua, um jipe passou-lhe por cima e ele cadaverizou" (este é um mau exemplo porque também é classificado como a doença da "jipose"). E a conjugação? Espectáculo! Eu cadaverizo, tu cadaverizas, ele cadaveriza, nós cadaverizamos, vós cadaverizais, eles cadaverizam. Então e outra ainda melhor e muito na "berra" actualmente: "interrupção voluntária da gravidez". Uma vez que esta expressão designa algo de proibído no nosso país, que tal chamar-lhe outra coisa diferente? "Cadaverização de potencial futuro rebento". Hoje em dia existe muita gente a deslocar-se a Espanha para fazer uma cadaverização destas... Alguém que um dia utilize os "termos técnicos" utilizados pelos senhores repórteres como fonte de inspiração, consegue escrever um novo dicionário da língua portuguesa com aproximadamente 50 volumes. Enfim... vou aproveitar o facto de agora poder descansar um pouco e vou ali "visualizar imagens produzidas por um canhão/tubo de raios catódicos" para ver se aprendo mais qualquer coisa.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Assalto ao Balcão do BES

Resolveu-se na madrugada de quinta-feira mais um caso de polícia à portuguesa. Desta feita foi um senhor de 53 anos que se passou da "marmita" com a arrogância e prepotência de um banco que já lhe tinha garantido um empréstimo mas que nunca mais lhe passava a "guita" para as unhas. Como tal, toca de apanhar umas dicas nos bons filmes de acção do antigamente e pimba... toca a tomar de assalto o balcão. Com a devida logística composta por uma 6.35 e um pacote vazio que passava muito bem por um engenho explosivo (já repararam que todo e qualquer objecto que possamos imaginar, pode eventualmente fazer-se passar por um engenho explosivo?), lá foi ele armado em "bad guy". O problema foram os "Bruce Willis" todos que temos nos GOE que lhe lixaram o esquemático, levando a cabo uma elaborada operação que consistiu em entrar no banco e algemar a malta toda (não fosse o gajo ter visto o "Infiltrado" no cinema, e resolvesse passar-se por cliente ou mesmo emparedar-se atrás de umas placas de contraplacado). Este "filme" da vida real trouxe-me também à memório outro grande vulto dos casos de polícia nacionais, que foi a situação do Manuel Subtil nas antigas instalações da RTP. A saudade que me traz a memória daqueles gritos histéricos vindos de um gajo com idade para ter juízo... Fico assim contente pela evolução que temos tido tanto a nível dos maus da fita, como dos heróis, que estão cada vez mais sofisticados e profissionais na resolução deste tipo de situações de conflito. Deixo aqui um apelo a quem de direito para começar a transportar estas situações da vida real para a cena cinematográfica nacional. Já é tempo de dar protagonismo aos heróis e vilões deste nosso "piqueno" país!

quarta-feira, outubro 04, 2006

Sim Sim, Pois Pois, Mas...

No final da minha passagem diária pelos jornais de hoje, vejo que uma vez mais as notícias confirmam aquilo que já sei. Posso classificar o nosso Portugal como o país do "sim sim, pois pois, mas...". Se assim não fosse, que outra explicação existiria para termos a nossa vara de ministros (repare-se que poderia ter dito matilha, rebanho ou até mesmo cardume, mas deliberadamente não o fiz) a reconhecer constantemente que as medidas que tomam até aos porcos cheiram mal? Os seguintes diálogos são reconstituições baseadas em factos verídicos:

Episódio I
- Sr. Ministro da Saúde, não considera que mais do que uma hora de caminho para chegar às urgências hospitalares é demasiado?
- Sim sim, pois pois, mas... "pelo menos 90% dos utentes vai chegar em 45 minutos"!

- Ah... assim sendo... que se f$%a os restantes 10%...


Episódio II
- Sra. Ministra da Educação, não considera que a alteração do estatuto da carreira docente causa graves problemas aos professores?
- Sim sim, pois pois, mas... "apenas percebi que não estavam contentes, não sei porquê"...

- Se calhar não é só isso que não percebe, Sra. Ministra...


Enfim... o manancial de inspiração para relatos de situações é tanto que nunca mais acabava este post. Como tal opto por ficar por aqui, desafiando o caro leitor a participar, comentando com diálogos semelhantes que incluam a expressão "sim sim, pois pois, mas...". Quanto ao nível de QI do público alvo desta crítica, há que lembrar que o mesmo deverá estar limitado a QI com apenas um dígito, tal como nos casos apresentados anteriormente.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Que as Há... Há

Eu não acredito em bruxas, mas que as há, há! Esta frase não traduz propriamente o que penso (parece-me mais ou menos claro que não há... pelo menos no mais lato sentido da palavra), mas neste momento até que se encaixa bastante. Então não é que depois de uma semana relativamente santa em que estive a receber formação (e consequentemente a descansar do trabalho), seguida de um fim de semana como há muito não tinha, entre as pessoas de quem gosto e a vindimar debaixo de uma chuvinha molha-parvos, após o regresso resolveu cair-me um raio cósmico em cima daqueles que nos faz pensar que "tudo nos acontece". Domingo à noite lá vou eu para uma janta entre amigos, na outra margem. Eis senão quando já depois de chegar ao local, a minha carripana resolve dar um ar da sua graça e começa a tocar "heavy metal" com o motor (desta vez nem tive direito a indicadores luminosos), acompanhada com o ritmo da chuva que caía a potes. Valeu o jantar e os amigos para minimizar o estrago (segundo os vários mecânicos consultados, nunca viram nada semelhante) e a espera pelo reboque. Ao chegar a casa, surpresa das surpresas, o esquentador (que já andava a fazer certas e determinadas ameaças) resolve pifar de vez (é tão inteligente que deu-lhe para isto ao fim de um ano de trabalho). Resta-me andar a tomar umas banhocas frias logo pela manhã... em relação ao carro, lixou-me também os planos de levar a arranjar o DVD que já se tinha pifado previamente. No entanto ganhei o direito de durante esta semana, uma vez que tenho de ir para Oeiras todos os dias, fazer duas agradáveis viagens de duas horas cada, divididas entre autocarro e comboio. 'Tasse bem...

PS: são 22h e picos e estou a espera do gajo para arranjar o esquentador desde as 21h... algo me diz que não vai aparecer... sai mais uma banhoca fresquinha!

sexta-feira, setembro 22, 2006

sexta-feira, setembro 15, 2006

Novo Banco em Portugal

Vai ser aberto finalmente o primeiro Banco de Óvulos e Esperma (BOE) no Porto. Como acho alguma piada ao termo "banco", passo a descrever o funcionamento desta instituição da seguinte forma: Ao que parece esta instituição "bancária" vai reduzir os custos em 50% para os casais com problemas de fertilidade. O BOE oferece vantagens na "abertura de conta" a jovens dos 18 aos 35 (mulheres) / 45 (homens) anos (parece que o "abono de família" de uns é melhor que o dos outros). Segundo fontes oficiais todos os clientes ficarão com os seus bens "congelados", visto ser a única forma de os preservar adequadamente (pode-se considerar como uma espécie de "conta poupança reforma"). Tal como as seguradores fazem, também no BOE os clientes classificados como "factores de risco" serão excluídos. Quanto a diferenças entre clientes do sexo feminino e masculino, para além da idade limite, existe um factor (que considero altamente discriminatório), em que a mulher recebe 750 euros por óvulo doado, enquanto que o homem não recebe nada por milhares de espermatozóides (aviso já que vou entrar em contacto com a DECO no sentido de esclarecer esta situação). Até agora os potenciais clientes eram obrigados a recorrer a instituições privadas em Espanha, representando assim a abertura do BOE uma "cena BOE de fixe"!

quinta-feira, setembro 14, 2006

Estado Civil

Em resultado de uma noite em boa companhia, com direito a jantar e copos a posteriori, surgiu mais um tema de conversa sobre o qual andava mortinho por escrever qualquer coisa por estas bandas. Surge cada vez mais nos dias de hoje a preocupação por parte de alguns relativamente ao seu próprio estado civil. Ou seja, certas pessoas não conseguem interiorizar a velha máxima de que "mais vale só do que mal acompanhado" e, assim que o companheiro(a) resolve "desistir", transformam-se rapidamente em pessoas capazes de estar seja com quem for, em oposição a estar sozinho(a). Eu particularmente considero que estar sozinho pode ser extremamente enriquecedor se a pessoa souber aproveitar o tempo e conseguir pensar em si, e não no facto de não andar com nenhum "apêndice" atrás. Não me entendam mal, considero que ter um "apêndice" destes a que me refiro é muito bom, mas não o ter não significa a morte de ninguém, muito pelo contrário. Muitas vezes significa o aprender a viver novamente. Só quando se adopta esta filosofia perante a vida é que se está pronto novamente a conhecer alguém, não apenas porque sim, mas porque está na altura certa para conhecer a pessoa certa. E nada de começar a sonhar que no BI aparece a designação "Enc." (de "encalhado") no estado civil. Pelo menos tal ainda não foi inventado nem aceite pelos arquivos de identificação... Um grande beijinho/abraço aos meus amigos e amigas que sabem do que estou a falar.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Marcas e Etiquetas

Bem, esta coisa do "post bola de neve" é um bocado aborrecida, mas por ser quem foi resolvi atender ao pedido e aqui fica uma brincadeira que passa por me definir sob a forma de uma lista de seis defeitos/virtudes, com o formato de "etiquetas"...

Instruções de Utilização do Modelo Marco 2006:
1. Comprovar desinteresse, no sentido de obter amizade verdadeira.
2. Não aplicar irritabilidade quando já se encontra no estado irritado (a.k.a "mau feitio").
3. Baixa tolerância a incompetência, ignobilidade e características afins.
4. Elevada capacidade de abstracção e indiferença perante seres da espécie "
enfega".
5. Ocasionalmente consegue ter alguma piada, na companhia e disposição certa.

6. Modelo com garantia de qualidade vitalícia ;)


Chegou agora a vez de passar a "batata quente". Assim sendo, deixo aqui o meu repto aos meus seis amigos e amigas bloggers e comentadores Mary Xu, Kabeludo (que o pode fazer sob a forma de comentário, uma vez que "ainda" não tem blog), Luis, LFM, Impaler e "last but certainly not least", Sofia. Divirtam-se!

terça-feira, setembro 12, 2006

12 de Setembro

Por opção resolvi não escrever nada ontem, relativamente ao 11 de Setembro. Isto porque toda a gente o fez. Não o fiz, conscientemente, com o intuito de lembrar que as vítimas não foram apenas as pessoas que morreram nesse dia. Existem muitas vítimas do dia seguinte, do mês seguinte e dos anos seguintes. Existem as pessoas que morreram por dentro, por terem perdido alguém... existem aquelas que morreram por perder tudo... e existem aquelas que ainda hoje morrem por terem sido os heróis que foram no meio de tamanha tragédia. Ouvi num dos documentários que foram exibidos ontem, que a maioria dos socorristas que estiveram de serviço durante os dias (e alguns, até meses) que se seguiram ao atentado, morreram já ou possuem doenças incuráveis. Sobretudo males do foro respiratório sendo grande parte doenças cancerígenas, pelo facto de terem passado dias a fio a respirar pó e ar putrefacto. Li no blog do Pedro Ribeiro uma reflexão interessante sobre se os terroristas teriam a consciência exacta da dimensão deste atentado, ou se até eles ficaram surpreendidos. Será que festejaram por excederem as suas próprias espectativas? Não faço a mínima ideia, mas o que sei é que foi um acontecimento que ainda hoje continua a matar pessoas, ao fim de cinco anos passados. Foi um acontecimento levado a cabo por uma cultura, contra outra diferente. E depois ainda temos de ouvir o Bush dizer que vão encontrar o Bin Laden, leve o tempo que levar. Pergunto eu, o que é que isso interessa? Culpar uma única pessoa por todos os males do mundo é um sentimento típico americano e "hollywoodesco", mas pouco realista. Há muito tempo que não concordava com nada que o Mário Soares tenha dito, mas ontem tive de lhe dar razão, quando nos "Prós e Contras" da RTP1 se referiu ao Bush como fanático religioso...

segunda-feira, setembro 11, 2006

Mi Liga 808962006

Foi inaugurada hoje uma linha de apoio psicológico aos professores que são vítimas de violência nas escolas. Isto sim, é uma iniciativa de valor. Prevenir os actos de violência? Impôr medidas contra que os pratica? Nada disso. Há mas é que ensinar os professores a levar porrada e ficar com cara alegre. Pelo menos sai mais barato ter 7 psicólogos a trabalhar 3 horas por dia (sim, o horário é das 11h-12h30, 18h30-20h) do que fazer seguir uns quantos processos em tribunal para marcar uma posição. O nível de violência contra os professores tem tudo para crescer. Agora então com os "profs" a serem avaliados pelos encarregados de educação e outros mais, é mesmo levar porrada e oferecer a outra face, senão... Até estou a imaginar o diálogo nesta linha de apoio:
Prof.: Alô? Estou a ligar porque levei uma tareia de um aluno com 12 anos...

Psic.: Mas tem a certeza que não o provocou?
Prof
.: Eu só disse que ele devia ter feito o TPC...

Psic
.: Ora aí está! Não sabe que é proibído a partir deste ano enviar TPC aos alunos? Isso provoca "stress" e evita que as crianças tenham contacto com os pais.

Prof.: Mas... mas...
Psic
.: Mas nada! Teve muita sorte em os pais não lhe "aviarem" também umas bofetadas! E era bem feito que lhe dessem uma avaliação má no final do ano!

Prof.: Os pais da criança não querem saber dele. O pai é toxicodependente e a mãe é prostituta... Eu só queria o melhor para o aluno!
Psic.: Ah, ainda por cima é preconceituoso! Devo informá-lo que eu próprio vou apresentar queixa de si! Onde já se viu...
- Tuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu......
Prof
.: Alô? Alô?

quinta-feira, setembro 07, 2006

Fundo de Desemprego

Deixo aqui hoje ao caro leitor mais um post para fins educativos. Julgo que temos muito a aprender com o Brasil no que diz respeito a políticas para combate ao desemprego, e está é uma boa prova disso: devido ao processo de falência da transportadora aérea Varig, vários dos seus trabalhadores têm vindo a ser dispensados. Desta forma, um singelo grupo composto por três hospedeiras de bordo ou assistentes de vôo ou lá como raio se chamam (nunca sei...), resolveu não cruzar os braços e toca de ir à luta. O resultado final: uma bela de uma proposta para posar na edição de Setembro da Playboy Brasil. Julgo que esta é uma iniciativa de louvar, e por cá deveríamos seguir este exemplo. Obviamente que teria de ser feita uma selecção de modo a não ferir susceptibilidades com imagens de um qualquer trambolho. Aventesmas são dispensáveis... No entanto não nos podemos esquecer de que estamos em Portugal. Provavelmente se fosse cá, de imediato a segurança social retiraria o subsídio de desemprego às moças, o IRS aplicaria o escalão mais elevado para dar a "talhada" ao montante recebido e no final, como se não bastasse, ainda seriam alvo de uma auditoria das finanças para perceber de onde vinha o dinheiro. Enfim, até para se ser desempregado é preciso ter sorte (e sobretudo não viver em Portugal). E viva o desemprego (...no Brasil)! É caso para dizer: "g'andas aviões!!!" (ver foto).

quarta-feira, setembro 06, 2006

Javardice Informática

Pois é meus amigos. Finalmente o meu blog foi alvo de uma "javardice informática", tendo sido colocado no post anterior, intitulado "A Caca da Suri" um comentário informaticamente javardo (se assim o podemos classificar). Passo a explicar: existem actualmente milhentos esquemas de ganhar dinheiro/prejudicar terceiros na net, através de mecanismos de publicidade não solicitada e "spyware". E não é que o meu blog atingiu um nível de audiência tal, tornando-se alvo desta maralha, que se deu ao trabalho de colocar um comentário susceptível de apanhar algum leitor mais incauto!? Obviamente que eu, na qualidade de blogger responsável, eliminei de imediato o referido comentário salvaguardando assim a integridade dos computadores dos meus mais assíduos leitores. De qualquer forma e como recordar é viver, aqui fica um excerto do comentário, sem o link maléfico para ninguém correr perigo. O que virá a seguir? Um ataque de "denial of service"? A adrenalina corre como água nas minhas veias... :)

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11:24 PM

terça-feira, setembro 05, 2006

A Caca da Suri

Para quem este título diz muito pouco, ou porventura é completamente imperceptível, passo a explicar. O actor Tom Cruise está actualmente casado com a actriz Katie Holmes. Ambos tiveram uma filhota de nome Suri. A Suri, como qualquer bébé ou até mesmo adulto, produz fezes. Essas fezes foram alvo da inspiração de um senhor chamado Daniel Edwards que, ainda que nunca lhes tenha posto a vista (ou o cheiro) em cima, resolveu utilizá-las como mote para uma escultura. Assim sendo, foi feita uma "piquena" e singela escultura em bronze das fezes da criança. Esta escultura encontra-se até ao próximo mês em exibição na galeria Capla Kesting em Nova Iorque, sendo posteriormente leiloada no eBay. O artista (que até deve ser um bom artista) espera alcançar a quantia de 30 mil dólares para doação à organização "March of Dimes", para o bem dos recém-nascidos. O objectivo final é muito bonito, sim senhor, mas sinceramente... uma escultura de fezes!? Será que as pessoas hoje em dia andam assim tão desesperadas por um pingo de originalidade que se entregam à primeira ideia de "merda" que lhes vem à cabeça? Enfim, fica no entanto um grande bem haja ao senhor pelo objectivo final, e o desejo de que o mesmo seja atingido (não sei bem graças a quem, mas da mesma forma que ele foi maluco para criar a obra, alguém o será também para a adquirir).

sexta-feira, setembro 01, 2006

Need for Speed

Hoje de manhã ao ler um título do Diário Digital confesso que fiquei aterrorizado. Ditava assim: "Governo quer menos velocidade nas estradas". Ao que eu pensei que, se com a minha carripana ir a 120 já parece quase o mesmo que estar parado, agora é que vão ser elas. Comecei logo a fazer contas de cabeça: "ora se com a história dos 120 o pessoal anda a 140... se baixarem aí para os 100 o pessoal deve ter que ir mesmo nos ditos 120... e se for pior e descerem para os 80 ou algo do género...". Um turbilhão de hipóteses brotava no meu cérebro quando me decidi a avançar com a leitura do artigo. Finalmente desvendei o novo limite que o governo pretende impor: 118 km/h (que é algo completamente diferente dos actuais 120). Neste altura o meu pequeno cérebro fez um salto mortal encarpado à rectaguarda, uma espécie de "tilt" neurológico, e finalmente estabilizou. A minha próxima preocupação assim que esta lei sair será a de procurar um carro (neste caso serei forçado a desfazer-me do meu) que possua um conta-kilómetros digital de elevada sensibilidade para que possa dessa forma cumprir este limite sem possibilidade de engano. Já estou a imaginar as situações com a BT: "O Sr. viu bem o que vinha a fazer? Fez mais de 238 metros a uma velocidade de 119 km/h! Não sabe que o limite são 118???". Mais engraçado do que a medida em si é o factor que a motiva. Parece que se a malta reduzir este par de kilómetros isto vai ter um impacto importante no ambiente. Acho que sim, até porque toda a gente hoje em dia respeita o limite imposto (incluíndo os senhores do governo que passam sempre por mim nas autoestradas a mais de 200 km/h com as suas bombas de consumo mínimo de 20 litros aos 100). Também se podem começar a fazer contas a quantas folhas de árvore ou pinhas é que devem arder a menos por ano nos incêndios em Portugal, para cumprir um qualquer limite idiota, definido por um qualquer governante ainda mais idiota... Um conselho (que ninguém seguirá): deixar de perder tempo com medidas irreais, insignificantes, utópicas e intervir onde é realmente possível fazer a diferença.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Jogos de Guerra

Anda para aí uma discussão do caraças sobre a utilização de determinado tipo de armamento, como por exemplo bombas de fragmentação, no conflito entre o Líbano e Israel. Parece que a ONU considera "imoral" a utilização deste tipo de bomba. Ao que eu respondo: não será imoral a guerra em si? Considero hilariante que se tenham determinados tipos de preocupação, como se as guerras estivessem afectas por um conjunto de regras que ninguém pode quebrar. Se assim fosse a guerra em si deixava de existir, não? "Ah e tal... guerreiem à vontade mas nada de bombas de fragmentação...". A seguir seria: nada de granadas... nada de balas... até eventualmente chegarmos ao dia em que as guerras entre países seriam resolvidas à chapada. É como quem diz: matem-se, esfolem-se, mas não se "aleijem". Julgo que a ONU devia começar a organizar para aí uns campeonatos de bisca dos nove, para resolver os conflitos a nível mundial. Para aqueles países mais dependentes do capitalismo poderia ser com o Monopólio, enquanto que os países intermédios podiam recorrer ao Ludo. Depois arranjava-se um árbitro para fazer a chamada "manutenção de paz". Em vez do Kofi Annan, podiamos ter como líder da ONU o director da Majora para fornecer os melhores métodos para obter a paz. Eventualmente num futuro próximo a coisa até podia ser feita por computador (para já era complicado porque os países do terceiro mundo ainda estão em crescimento tecnológico). Enfim... estou confiante que da próxima vez que me aborrecer com alguém, a coisa se poderá resolver com um joguito, gritando eu "Bingo!" no final.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Automóveis Descartáveis

Nem só de coisas simples é feita uma carripana. Hoje à tarde lá tenho eu de ir com o meu carrito ao Sr. Doutor... Parece que até as "pandeiretas" têm coisas complicadas lá dentro. Acontece que existe uma qualquer deficiência genética inerente à parte eléctrica do veículo que teima em dar um ar da sua graça acendendo e apagando indicadores luminosos a seu belo prazer. Alguns deles têm uma resolução simples (indicada convenientemente no manual do utilizador) que sossega qualquer mente mais alarmada pelo facto de, por exemplo, uma luz com um carro e uma chave inglesa desenhada em cima se ter iluminado como se fosse a passagem de ano: "no caso deste indicador se acender, desligue o veículo e volte a ligar a ignição", ao que eu penso: "ainda falam dos computadores"... O problema foi que agora a irritante luzinha resolveu acender por períodos de tempo mais alargados. Como, segundo me informei, quando ela acender de vez provavelmente não conseguirei ligar o carro, tomei a decisão de tentar evitar que isso aconteça... e lá me vou preparar para gastar mais uma pipa de massa num "carrinho de linhas". É o facto de se conseguir gastar quantias de dinheiro consideráveis em carros de brincar que me demove de pensar em comprar carros a sério. Para quando os carros descartáveis, para pessoas menos pretensiosas e que precisam destes veículos para simplesmente ir do ponto A para o ponto B? Luzinhas acesas? Deita-se fora este e tira-se outro da embalagem!

terça-feira, agosto 29, 2006

G'anda Palhaço

Entre outras coisas que fiz nestas férias, acabei de ler alguns livros que tinha à minha espera, tal como já é meu costume (colocar a leitura em dia quando posso). Um dos que mais valeu a pena foi sem dúvida "Shalimar, O Palhaço" (um grande bem haja a quem mo ofereceu). Este livro de Salman Rusdhie é pura e simplesmente espectacular, numa viagem alucinante que parte dos dias de hoje, passando pela II Guerra Mundial, até aos conflitos de Caxemira. Rushdie é bastante conhecido como o autor britânico/indiano que escreveu "Versículos Satânicos", obra que lhe garantiu como "prémio" atribuído pela comunidade islâmica a "fatwa" ou pena de morte. Confesso que ainda não li o "Versículos", mas fiquei sem dúvida curioso após ler este livro. Admito que no início achei a história pouco apelativa e foi necessário alguma força de vontade para ir desbravando caminho por entre as páginas, mas subitamente sem nos apercebermos a(s) historia(s) ganha(m) forma e fazem-nos devorar o livro enquanto o diabo esfrega um olho. Tal como foi escrito pela crítica, é uma espécie de Tarantino em livro que não se pode perder. Recomendo a quem possa comprar e ler, porque vale realmente a pena.

Regresso

Já voltei do último (pequeno) período de férias que tinha reservado para este ano, há alguns dias atrás. Ainda assim só agora consegui reunir alguma energia para voltar às minhas lides de blogger. Como tal aqui fica a reentré com um post carregado de vontade de ter mais férias para descansar das férias que tive. Má ideia a de repartir o tempo de descanso em poucos dias de cada vez... ainda assim e apesar desses mesmos (supostos) períodos de descanso terem sido mais cansativos que alguns períodos de trabalho, valeu a pena... É a força que tem o facto de estar com as pessoas certas, nos locais certos, nos momentos certos e com a disposição adequada. Parece sempre que tudo vale a pena. Gostaria de fazer tudo outra vez e de ir aperfeiçoando a vivência das experiências já de si quase perfeitas de cada vez que as repetisse (se é que tal é possível). Enfim, regresso ao trabalho completamente "velho e gasto", mas ainda assim bastante feliz. Ah, falando da minha felicidade (apesar de algumas intempéries pelo meio que certamente serão ultrapassadas num futuro mais ou menos próximo) gostaria de deixar aqui um ânimo ao pessoal amigo (eles sabem quem são) que teve uns dias menos bons nos últimos tempos, e dizer que o que no dia de hoje pode parecer o fim do mundo, amanhã pode parecer o início de uma vida nova (e melhor). Vou acabar por aqui com a choradeira e melancolia porque nem sequer faz muito o meu género e voltar ao trabalho, pensando no prolongamento de sentimento de férias que vou transpor para o próximo fim de semana (há que enganar o cérebro para se viver melhor).

sexta-feira, agosto 18, 2006

Mais Vale... Nunca

Confesso que sou uma pessoa um pouco "anti-moda", que não costuma gostar de se deixar ir na onda das multidões. Por isso mesmo vejo as coisas um pouco fora de tempo também. Foi o que aconteceu com um filme que apenas consegui ver durante esta semana, já no conforto do meu lar, ao invés de uma qualquer sala de cinema. Nome do dito: Brokeback Mountain. Opinião final: bela "jorda". Raras vezes vi um filme tão mau. Gostava de poder perceber o porquê das nomeações de óscares. Será que agora se atribui este galardão cinematográfico meramente por questões sociais e por (receio de) discriminação? Estava mesmo à espera de algo diferente (também não sei bem dizer o quê... mas qualquer coisa que não aquilo) e não um filme parado, onde não vi o mínimo resquício do que alguns chamam de "uma bonita história de amor", mas sim umas cenas valentes de "quecas" entre dois cowboys. Foram duas horas de cenas deprimentes, sem qualquer articulação entre si, para um final ainda menos interessante. Peço desculpa por ser um "saloio" no que diz respeito a cinema, mas prefiro ver "spaghetti westerns" e comédias a filmes deste calibre. Volta John Wayne... volta Clint Eastwood... estais perdoados!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Adeus Caparica de Agosto

Cá estou eu outra vez, ainda que por pouco tempo, a escrever qualquer coisita para manter o blog vivo durante o esquema de férias que montei este ano (a que gosto de chamar carinhosamente de "férias manta de retalhos"). O episódio que vou contar diz respeito a um rasgo de insanidade que tive durante a semana passada, que me levou a pensar ser aceitável ir um dia até à Caparica, durante o mês de Agosto (coisa que não fazia já há alguns anos). Rapidamente me apercebi da loucura que tinha cometido, quando ao sair de casa bastante cedo como quem vai trabalhar (ainda que estando de férias), fui brindado com o quádruplo do trânsito que se apanha em hora de ponta. Após algumas horas de viagem cheguei finalmente à Costa, onde tive direito a mais meia hora de fila à entrada da praia. Durante alguns momentos deste período de sofrimento atroz, estive a raiar os limites da loucura tal qual Michael Douglas em "Um Dia de Raiva", mas lá me aguentei e cheguei à água por volta das 11h30... No final do pouco tempo que estive na praia, e uma vez chegado a casa, meditei sobre o que tinha feito... e decidi não voltar a repetir tão cedo. Agarrei num saquito de roupa e parti um pouco sem rumo (mas com destino), acabando por ir parar a Melides, onde passei 3 dias espectaculares divididos sobretudo entre comer, dormir e praia. Abençoado Portugal pequenino onde ainda assim, se tivermos juízo e nos recusarmos a fazer parte do "rebanho", existe espaço para todos. Até para uns turistas "carochos" (IN Kabe Ludo) estrangeiros que por lá andavam armados em organizadores do Woodstock Melides 2006.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Top Of The Pops

Como já muito boa gente sabe, José Cid lançou um novo álbum. Apesar de considerar que nos últimos anos têm andado um pouco "excêntrico", particularmente desde a altura que resolveu tirar umas fotos ... digamos... "especiais", confesso-me fã do senhor. Nessa óptica venho aqui discordar de quem olha para o cantor como um palerma qualquer. Ele é, isso sim, um "g'anda maluco"! Hoje por exemplo vi que o disco dele ("Baladas da Minha Vida") entrou para o 6º lugar da tabela de tops nacionais. Lá vem o pessoal do contra com o sarcasmo e o gozo para com este senhor da música portuguesa... sem sequer repararem em quem está nos primeiros lugares. Passo a citar: 1º lugar vai para Floribela, 2º para FF e 3º para D'Zrt... é preciso dizer mais alguma coisa? Como é que depois deste "elevado" nível artístico no pódio ainda alguém tem a "lata" de criticar o José Cid? Já não há pachorra, isso sim, para tudo o resto. Quem me dera ter ido ver o José Cid no Maxim, ou assistido à apresentação do disco na FNAC com o Tozé Brito. Como não pude, em vez disso tenho direito a ser bombardeado (TV e rádio) com as tais musiquinhas da tanga do "top of the pops" nacional. Fosga-se! Assassinos contratados... se lerem este blog, agradeço contacto. Paga-se bem a quem cometer um atentado contra a personagem Floribela, de forma a acabar com o sofrimento de muitos como eu, que sem fazerem nada para a ver ou ouvir, acabam numa vez ou outra por ser obrigados a isso. Meditemos...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Grandes Malucas

Eu sei que hoje já tinha escrito qualquer coisita, mas em resultado de um blog que os meus caríssimos companheiros de trabalho me mostraram, resolvi não ficar por aqui... Temática escolhida: o chamado "putedo". O putedo é algo que prolifera nos dias de hoje. A inspiração parte dos meios de comunicação social, transformando ilustres desconhecidas que tiveram a (in)felicidade de nascer com o nível de "boosidade" elevado (que é como quem diz, "boas com'ó milho") em estrelas nacionais. É claro que se, para além de serem boas, lhes tirarem umas fotos como vieram ao mundo, ou mesmo com alguém a fazer-lhes cócegas na "patareca" (in Gato Fedorento), também ajuda (desculpem a brejeirice, mas é verdade). Gosto de chamar a estas senhoras, carinhosamente, "las putes". As "putes" existem por todo o lado, sendo que algumas nunca chegam a atingir o estrelato (mas tentam). A Internet é um bom veículo para tal. Ele é ver o "gajedo" a colocar fotos dignas da Gina em blogs, fotologs, hi5's e afins, acompanhados de comentários do mais estúpido que se pode encontrar, levando a crer que são umas grandes malucas, para além de clichés como "frase preferida: carpe diem", etc. As "putes" apesar de jeitosas são frequentemente aquilo que eu costumo designar por "feias como o pecado", sendo que algumas nem jeitosas chegam a ser. Ele é fotos a encolher a barriga, à media luz ou até de costas... tudo para fazer parecer aquilo que não se é: uma "pute" das mais capazes. Depois existem os predadores. Estes últimos percorrem tudo o que é site que possa conter imagens de "putes" e inundam os mesmos de comentários sensíveis como "tens uns olhos lindos" quando na realidade queriam dizer "arrebimbava-te o malho como nunca viste"... ou algo do género. Hoje fiquei de tal forma traumatizado com o HI5, um dos sites preferidos de algumas "putes" que de imediato eliminei uma conta que tinha e estou neste momento a tentar esquecer que alguma vez fiz parte deste submundo... não sei se vou conseguir, mas tenho de tentar... Pessoal respeitável, senhoras e senhores, façam o mesmo se ainda não o fizeram. Vá de retro, suas "putes"... Vá de retro...

Notícias Gastas

Quanto ao caríssimo leitor deste pasquim virtual, não sei, mas eu particularmente não vejo telejornais há mais de uma semana. Motivo, o mesmo de sempre... saturação. Atingi o meu limite "cerebral" no que diz respeito a capacidade de absorção de notícias de guerra e imagens de malta estropiada com as tripas de fora e a escorrer sangue. Basicamente não consigo entender porque é que algo como "20 Mísseis Líbaneses Matam 40 Israelitas", continua a ser uma notícia válida nos telejornais nacionais. Poderiam muito bem limitar-se a dar os resultados actuais em número de mortes, tipo: Israel 2534 - Líbano 1856, tal como num jogo de futebol. Até podia aparecer apenas no canto do ecrã, durante o telejornal, para não aborrecer muito! Mas não, todos os dias lá temos de gramar com hora e meia de "tripalhada" e só depois dão as notícias realmente importantes e interessantes, como o progresso das filmagens da Floribela ou dos Morangos com Açúcar. Além disso, toda a gente sabe que país do médio oriente, que quer ser país a sério, tem sempre de estar em guerra com alguém! É uma verdade comprovada historicamente, a começar e a acabar nas chamadas "guerras santas". Já agora, para quem não sabe, Hezbollah quer dizer "Partido de Deus" (ainda que a sua bandeira tenha uma AK-47 desenhada, que todos sabemos ser a arma que Deus escolheria para si próprio), por isso é natural que só pensem em dar porrada na malta de Israel, mesmo que isso implique também levar na corneta, porque "quem vai à guerra dá e leva". Só espero que os dois países se consigam aniquilar mutuamente depressa para ver se as televisões nacionais passam a dar filmes, séries e desenhos animados, que assim já não há pachorra...

quarta-feira, agosto 02, 2006

Lagostas em Terra

Como se pode observar pelas últimas tendências relativas à temática dos meus posts, as férias teimam em não me sair da cabeça... e assim, hoje lembrei-me de uma outra (nova) atracção das praias portuguesas que gostaria de partilhar: as "lagostas em terra". As lagostas em terra são uma espécie de seres acéfalos, que teimam em ignorar todos os avisos da comunicação social, protecção civil e afins, relativamente ao perigo da incidência do sol nos dias que correm. Antigamente utilizava-se muito a expressão "trabalhar para o bronze". Hoje só faz sentido algo como "trabalhar para a queimadura solar de 3º grau". Eu, que ainda assim abusava um bocadinho, estava na praia no máximo até às 11h... 11h e picos... e novamente ao final do dia. Mas ele era ver os "cromos escarlates", alguns acompanhados das suas crias (de pequenino é que se queima o pepino), todos a chegar na altura em que me ia embora. Isso sim, vale a pena. Nada melhor que meia dúzia de bolhas nas costas para um gajo se sentir um homem a sério. Sim, que essa paneleirice do protector solar é para meninas! Homem com pelos no peito não se importa de ficar bem passado, como se de uma fatia de entremeada se tratasse. Realmente às vezes dava vontade de despejar molho picante para cima! Mas as malucas não eram melhores. Depois é vê-las atar o biquini de todas as formas e feitios (que não aquela para a qual foi desenhado) de forma a "diversificar" a linda marca branca que realça o chamado "bronzeado à buraco do ozono". Enfim, este ano ninguém se pode queixar de falta de cor nas praias portuguesas. E viva o Benfica!

segunda-feira, julho 31, 2006

Tomates de Molho

Tal como alguns factores óbvios para o caro leitor podem evidenciar, como é o caso da minha ausência durante duas semanas, acompanhada de um post na reentré com direito a imagem sugestiva e título adequado, estive de férias. No entanto tudo o que é bom acaba, e hoje, no meu primeiro dia de trabalho após um saboroso interregno, tenho logo direito a noitada a "bulir". Assim, enquanto o meu PC está para ali a mastigar umas linhas de código intragáveis como se não existisse amanhã, aproveitei para fazer algo de que realmente gosto: escrever. Aproveitei a temática das férias e um raciocínio resultante de uma daquelas "conversas de café" que tive hoje durante o dia, para fazer aqui uma breve reflexão sobre uma das mais importantes tarefas do veraneante: ir ao banho! A própria fase diz muito sobre a brejeirice da coisa. "Ir ao banho..." Como se o banho fosse algo distante e remoto (para alguns concerteza que é, mas não é o meu caso). Seja como for, o ritual de ir ao banho enquanto estamos na praia é qualquer coisa de impressionante, especialmente se for um gajo. Um gajo quando vai à agua, sofre verdadeiras torturas antes de entrar. Quanto mais a norte do país for a praia, pior. A água enregelada faz um tipo passar das figuras mais tristes que se podem imaginar. Ele é ver os tipos machos a entrar em bicos de pé na água e a aguentarem-se ali uns bons minutos, à espera que aqueça. A dura realidade começa no entanto a chegar, e ao ver que o esquentador nunca mais liga, lá se vai avançando, pé ante pé, para não molhar os tomates bruscamente. No entanto esta tentativa sai geralmente frustrada, porque as ondas encarregam-se de abruptamente colocar os tomates de molho. Perdida a integridade física dos tomates, há que salvaguardar algo mais, então lá vamos nós de braços no ar, como se as mãos fossem os Lusíadas. Por fim tomamos consciência que o melhor é mergulhar e acabar com aquilo de uma vez por todas. O pior de tudo: na vez seguinte, faz-se exactamente o mesmo. Dura natureza a que Deus deu ao Homem. Meditemos...

sexta-feira, julho 14, 2006

(Des)educação

Última notícia do dia: uma qualquer associação de pais exige que os filhos possam repetir os exames de biologia e matemática deste ano. Repare-se que disse notícia e não novidade. Faço esta distinção porque não é novidade para ninguém que hoje em dia e cada vez mais se banaliza o ensino a todos os níveis, desde o primeiro ciclo ao ensino superior, e se vive uma época de facilitismo como nunca foi visto anteriormente. Fazendo eu parte de um centro responsável por dar formação (neste caso a pessoal já "crescidinho"), vive-se com esse sentimento diariamente. A maioria (existem excepções) das pessoas julga que está no seu direito de obter graus académicos, certificações ou pura e simplesmente a escolaridade obrigatória por um processo de "passagem administrativa", em que deixa de ser necessário todo e qualquer tipo de esforço no que diz respeito à obtenção do mesmo. Estudar, trabalhar fora das horas de aulas/formação (os velinhos trabalhos de casa foram já proibidos!!!) é hoje em dia praticamente inadmissível. E ai do responsável pelo ensino ou formação, se dá o mais pequeno passo em falso, pois no mínimo será crucificado e apedrejado publicamente por alunos e os pais dos mesmos (e se estiver alguém a passar na rua nesse momento ainda dá um jeitinho e atira uma pedra também). Eu tenho a escolaridade e os graus académicos que tenho, porque me esforcei para isso, não ficando à espera de uma qualquer legislação estúpida que, subitamente, determina que todos teremos a escolaridade obrigatória a que custo for, ou processos "bolonheses" e afins que dão a qualquer marmanjo o direito de possuir o grau de mestre! Já é tempo de acabar com o amolecimento e facilitismo deste povo que quer tudo de mão beijada e se revolta tal qual criança birrenta quando não o consegue.

quinta-feira, julho 13, 2006

Disparate Desportivo

O mundial já acabou mas o raio da conversa perdura. Ele são as cabeçadas do Zidane, as ameaças da FIFA, a mãe do Zidane a pedir em público os tomates do Materazzi num prato. Já agora, qual será o objectivo da senhora? Enfim, o circo total e absoluto. Por isso mesmo vou encerrar aqui qualquer tipo de comentários meus alusivos ao mundial de 2006 (mentalizem-se... já acabou) e começar uma nova saga desportiva. O arranque vai ser com dois eventos tão ou mais grandiosos que o referido anteriormente. Mais concretamente, o record batido pelo chinês Liu Xiang na terça-feira passada (ah pois... desta já ninguém sabia, não é?). O senhor estabeleceu um novo record mundial nos 110 metros barreiras, ultrapassando-se assim a si próprio (o anterior record já era seu...) em 3 centésimos. Parece que tinha vento favorável de 1,1 metros por segundo (se fosse com a FIFA era logo desclassificado). Também Tiago Rodrigues venceu em Madrid, uma prova de 800 metros, batendo o seu próprio record pessoal, alusivo a uma anterior prova em Bilbau, na qual também foi vencedor. No entanto, é curioso... não vejo "bandeirinhas" nenhumas a apoiar este atleta. Igualmente curioso... aposto que não se colocam questões no que diz respeito a contribuições fiscais do atleta. Resumindo, vivemos num mundo, no mínimo, "curioso".

quarta-feira, julho 12, 2006

Zidane, The Game

Depois do filme rodado durante o mundial de 2006, "Zidane, o Filme", em que o protagonista termina uma carreira de jogador profissional de sucesso com uma agressão deliberada a outro jogador, chega o jogo de computador inspirado no "blockbuster". Está também para breve a realização da sequela, "Zidane, Payback Time!", em que a selecção italiana e actual campeã mundial é desqualificada, por causa dos insultos verbais que deram origem à "cabeçada do careca" e consequente expulsão do mesmo.

Instruções: mover o careca com o rato, clicando para dar o máximo de cabeçadas possíveis nos opositores, até conseguir finalmente ser expulso do jogo. Divirtam-se!


terça-feira, julho 11, 2006

Salão Erótico de Lisboa

Não fui à primeira edição do Salão Internacional Erótico de Lisboa, mas depois de ler uma notícia relacionada com a segunda edição deste evento, confesso que fiquei tentado. É que uma das estrelas do evento, a ter lugar no próximo fim de semana, será a (supostamente conhecida) actriz porno espanhola Sónia Baby. Segundo a actriz, os visitantes do evento não deverão perder as suas "acrobacias vaginais". Diz assim a menina: "irei escrever com a vagina, retirar bandeiras e bolas de pingue-pongue". Desenganem-se os que julgam que isto fica por aqui, pois a beldade de 24 anos vai ainda tentar bater o seu próprio record do Guinness, colocando nada mais nada menos do que 20 metros de corrente metálica dentro da sua vagina. "Sou a única no mundo que vai fazer isto", diz esta grande maluca. Eu cá não tinha tanta certeza. Deve existir montes de gente que não faz outra coisa na vida senão colocar correntes metálicas na vagina! O "background" da rapariga também diz muita coisa, pois foi criada no circo... daí as "capacidades acrobáticas". No entanto e depois da enorme lista de funcionalidades atribuídas à genitália deste espécime (ver fotografia), resta colocar a seguinte questão: Então e para fazer sexo, também serve? Meditemos...

Antecipação

Não sei se sou apenas eu, se devo este sentimento ao facto de já não ter férias há uns tempos ou se é apenas do cansaço acumulado, mas estou a viver a actual semana que antecede uma outra de férias, com uma terrível vontade de não fazer nada. O problema é que, por acaso, tenho mais que fazer do que é habitual. Mas é engraçado como temos a tendência a "esticar" aquilo que mais nos agrada, como é o caso. Antecipar a semana de férias e fazer com que ela se prolongue, de alguma forma, por mais uns dias (pelo menos em termos de estado de espírito). Isto equivale ao conjunto de reacções que certamente o cérebro tem relativamente ao corpo humano, como as descargas de adrenalina em momentos críticos, etc. Aliás, o cérebro devia ser programável, para por exemplo, fazer com que não fosse possível vermos nem ouvirmos os "enfegas" e os outros "broncos" que nos costumam moer o juízo. Para já, só essa funcionalidade tornaria a minha actual semana muito mais agradável. Na falta disso resta-me ir "aguentando a pastilha" e contando os minutos para que a semana acabe e possa reduzir a minha actividade cerebral para uns 25%, aumentando as restantes actividades (degustação de comes e bebes, sono, repouso e outras coisas mais talvez menos repousantes mas bastante mais satisfatórias) para um mínimo de 75%. Não sou rigoroso ao ponto de levar estas estatísticas ao pormenor, mas tentarei certamente uma aproximação dos valores indicados. Por agora vou manter-me por aqui, com estes "piquenos" escapes escritos.