sexta-feira, fevereiro 15, 2019

A Mijona

A primeira revisão e o dia que apresentei a minha GSXR aos bombeiros da Póvoa de Santa Iria:

Depois de uma semana a andar com o meu brinquedo novo, era altura de fazer uma revisão para tratar do básico que já tinha identificado. Tive direito a uma Maxsym 600 como mota de cortesia, um belo de um trambolho de uma maxi-scooter que não vale um peido. Mas como a cavalo dado não se olha o dente, lá aproveitei para não ficar apeado enquanto a menina estava no doutor.


Quanto à revisão propriamente dita, em primeiro lugar, o básico: óleos, filtro, anticongelante. Depois: tinha velas novas mas infelizmente teve de levar outras, pois as que tinha não eram as corretas. Limpeza do filtro do combustível e corpo da injeção para eliminar um ocasional engasganço que ocorria em baixa rotação. Reparação do poisa-pés direito que estava a impedir o correto acionamento do travão traseiro e substituição da manete da embraiagem que estava partida e obrigava a "ginástica" para por a mota a trabalhar.

Assim que a fui buscar notei logo a diferença. Fui curtir uma voltinha só para testar e por fim fui abastecer tendo em vista passeata no dia seguinte. Exagerei quando atestei porque vi algum combustível "respirar" para o chão. Cheguei a casa, estacionei a menina, e fui jantar fora com a famelga.



O episódio podia terminar aqui, mas algumas horas depois, quando regresso a casa, tinha todo um aparato na garagem do prédio. Além dos vizinhos todos em pijama, à porta estava um carro dos bombeiros com os pirilampos ligados! Entrei e percebi logo o que se passava... um cheiro intenso a combustível infestava a garagem do prédio e andavam todos a tentar adivinhar de onde vinha aquele cheiro! O click foi instantâneo, e quando abri a box vi de imediato a poça de gasolina debaixo da mota, que explicava o sucedido...

Desculpas pedidas a toda a gente pelo incómodo, lá tive de deixar a burra dormir ao relento, tendo a "incontinência" durado a noite toda. Entretanto falei com o meu mecânico que se prontificou a vir buscar a mota no dia seguinte.

O diagnóstico inicial era ter o depósito "roto" algures na parte superior do mesmo. Até então nunca tinha calhado atestar mesmo até à "goela", caso contrário teria também ficado já esse problema resolvido aquando da revisão. Acabou por ser algo mais simples, um o-ring que entregou a alma ao criador e deixou verter combustível. Reparação fácil e lá fiquei com mais uma história para contar!



PS: a partir deste dia, carinhosamente batizei a mota de "Mijona".

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

A Minha Extravagância

Depois de ter encasquetado a ideia peregrina de que gostaria de ter uma segunda mota (como se uma não fosse mais do que suficiente)... depois de passar algum tempo a "brincar" nos classificados online a ver "motinhas" que gostaria de ter à laia de "brinquedo"... eis senão quando dou por mim a ligar a um tipo que tinha uma "burra" interessante à venda e a ir experimentá-la.

Muita indecisão... muito conflito entre o racional (não precisas de uma segunda mota para nada... é um custo que não te ajuda em nada... corres o risco de te dar problemas... etc. etc. etc.) e o emocional (é tão fixe ter uma segunda mota... dá para fazer umas viagens mais longas de forma mais confortável... o motor daquilo...).

A certa altura disse a mim próprio "que se lixe" e confirmei a compra. Claramente é um "animal" que não foi devidamente estimado ao longo dos seus 20 anos de idade, mas não deixa por isso de ser um exemplar admirável. Uma Suzuki GSX1300R (a.k.a. Hayabusa - o "Falcão Peregrino"), uma mota com uns impressionantes 1300cc e 175cv, que detém até hoje o recorde da mota de fábrica mais rápida do mundo. Uma potencial clássica, com umas linhas controversas que ou se adoram ou se odeiam. Felizmente faço parte do primeiro grupo, e por isso tenciono tratá-la bem esperando que em resposta ela me trate bem a mim também.