quinta-feira, março 29, 2007

A Bebida Hermafrodita

Passado um momento que o Marques Mendes poderia descrever como "g'anda nóia sentimental", gostaria de passar a temas mais sérios e directamente relacionados com a essência do que é este blog, de forma a evitar que alguém "chame o Fernando" para me curar (sim, Kabe Ludo, estou a pensar em ti). Tópico seleccionado: o descafeinado. Alguém que me explique a vantagem de beber um descafeinado comparativamente a beber um café? É que, tirando o álcool, o café é algo que um homem até pode beber sem perder a sua virilidade (ao contrário de água e refrigerantes). Já os vaqueiros (a.k.a. cowboys) o bebiam de madrugada, quando pastavam as manadas na pradaria. Basta dizer que é uma bebida feita a partir de algo queimado, e que em quantidade suficiente dá algum "speed" a um gajo (pouco, porque homem que é homem não se altera seja lá por que bebida for). Agora o descafeinado... é p'a meninas! "Ah e tal, depois não consigo dormir"... Porra pá! Gajo que é gajo não precisa de dormir! Durante a noite, ou dá quecas ou apanha uma bebedeira das mais capazes e acaba por ficar inconsciente! Portanto não existe mal nenhum em ficar acordado! O próprio nome de descafeinado descreve uma bebida com ausência de ingrediente base ("des/sem"-"cafeína"-"do"). Já ouviram falar de alguém beber "deswhisky" ou "desvinho"? Até os tótós que inventaram a cerveja sem álcool tiveram o cuidado de lhe chamar isso mesmo, e não "descerveja", por motivos de marketing (por falar nisso, muito me desiludiu o Bruno Nogueira, a publicitar cerveja com sabor a pêssego). Vá... Façam-se uns homenzinhos e digam não a essa bebida hermafrodita que só é admissível a gajas e abichanados.

quarta-feira, março 28, 2007

Flutuação Temporal

Sento-me no escuro e deixo o vazio abater-se em mim
Como uma brisa matinal fria que me toca no rosto...

Este ar que agora respiro tem um estranho gosto,
Amargo quando a ausência dela parece não ter fim.

Cada hora destinada a partilhar tudo o que temos para dar
é muito pouco para poder revelar aquilo que sentimos...
Cada minuto passado quando sem querer nos afastamos
Azeda os intermináveis segundos que teimam em passar.

Aguardo com ansiedade quase infantil o dia que chegará,
Em que o adeus não surgirá obrigado e forçado entre nós,
E sei que a nossa presença flutuará no tempo, na eternidade.

Escuto os passos de uma vida nova que decerto surgirá...
Caminho ao longo dela como um rio correndo para a foz,
Aguardando o dia em que vou desaguar para a felicidade.

Marco
2007/03/28

terça-feira, março 27, 2007

Grande Parvoíce Portuguesa

Não tive oportunidade de ver o final do programa "Grandes Portugueses", mas confesso que o resultado não me surpreendeu minimamente. A surpresa (positiva) seria se o resultado fosse diferente. Este resultado em concreto leva-me a pensar sobre algumas situações pouco abonatórias em relação a nós portugueses, enquanto povo e cultura. A primeira que me ocorre é que não sabemos separar as coisas, entre uma votação que pretende destacar alguém que seria o representante máximo de um povo, e uma birrinha do tipo "diz que é uma espécie de protesto", perante a situação actual do país. Outra é a de que politicamente os portugueses não sabem o que querem ou não têm qualquer tipo de conhecimento sobre idealogia política, ao eleger em primeiro lugar Oliveira Salazar e em segundo Álvaro Cunhal (de qualquer forma também me parece que o público que procedeu à votação deve ter sido "concentrado geograficamente" nesta votação). Depois de passar todo o meu crescimento e formação enquanto pessoa e cidadão deste país, a ouvir as descrições de situações vividas pelos próprios intervenientes, referentes à época da qual Salazar foi um dos protagonistas, é com tristeza e alguma confusão que assisto hoje a este tipo de situação. Eu, sem ter vivido esses mesmos acontecimentos, aprecio bastante a liberdade que temos em poder, por exemplo, realizar e assistir a programas como este. Algo que seria absolutamente impensável no tempo do "orgulhosamente sós". É certo que por podermos falar, não quer dizer que alguém nos ouça, mas caramba... podemos falar! Parece-me que realmente somos um país de terceiro mundo, caracterizado pela aptência que os seus habitantes têm para viverem dominados e subjugados... Quando assim for oficial e assumidamente, agradeço que alguém me informe para mudar de ares. Estes começarão concerteza a ficar putrefactos.

quinta-feira, março 22, 2007

O Dossier Sócrates

No seguimento de algumas questões que têm sido noticiadas relativamente ao reconhecimento legal da Universidade Independente como legítimo estabelecimento de ensino superior, eis senão quando surge uma investigação (assim como que por acaso... vinda do nada...) que coloca em causa a licenciatura de, nada mais nada menos que o nosso Primeiro, José Sócrates. Parece que há para lá umas "inconsistências" no processo do referido senhor. Para já, digamos que partir de um bacharelato em Coimbra, para uma licenciatura inacabada no ISEL e finalmente terminar (com algumas cadeiras em falta, pelos vistos) na Independente não revela grande estabilidade. Depois, segundo informação do Público, o senhor acabou (ou talvez não) com média de 14. Eu posso-vos dizer que já andei pela Independente a fazer uma pós-graduação, que com muito pouco esforço me rendeu um 18, pelo que um 14 me faz pensar que o Zé andava sempre na borga! Sem querer denegrir a imagem da instituição, mas para terem uma ideia do "estaminé", os docentes "publicitados" são tipo pai ausente (Carvalho Rodrigues, Alberto João Jardim e mais recentemente Pedro Santana Lopes, entre outros). Depois quando o próprio director Luis Arouca "debita" expressões como "a numeração importa, mas nem sempre se numera" (referente a documentação oficial) ou "ao fim de cinco anos vai tudo p'ró maneta" (referente ao registo de pagamento de propinas) em entrevista, está tudo dito... Também gosto da frase "as fichas de cada aluno, já ninguém sabe delas". Epá, espectacular! Isto sim, é uma universidade a sério! Vai na volta se o Sócrates fizer as pazes com a UnI, não só lhe reconhecem a licenciatura como ainda lhe oferecem um Doutoramento!

quarta-feira, março 21, 2007

Por Água Abaixo

Diz uma notícia do Diário Digital de hoje, que a protecção civil mandou retirar mais de 200 pessoas que se encontravam nas dunas e num bar da Costa "de" Caparica (o que isto me custa dizer/escrever... desde puto que digo Costa "da" Caparica). Ora em relação aos referidos 200 energúmenos que populavam as referidas dunas com o risco de levar com uma onda ou uma derrocada em cima... com todo o devido respeito... não têm nada para fazer? Por aquela zona percebe-se logo que a inteligência é um bem escasso para alguns. Eu que moro numa zona alguns metros acima do mar, preocupo-me com a subida do nível do mesmo. Por outro lado o pessoal que por ali (parques de campismo da costa e arredores) habita ou tem um qualquer "estaminé", há anos que vê tudo ir literalmente por água abaixo durante o Inverno, mas há que insistir (as condições climatéricas nem estão a piorar nem nada...). Se calhar não era má ideia chegarem as barracas uns metros para trás, uma vez que algumas já estão ABAIXO do nível do mar! Por outro lado, os inteligentes não ficam por aí. Parece que para algumas pessoas, faz sentido repor areia na praia. Pode ser que o mar a deixe ficar só desta vez... Sinceramente! Andam aqueles tótós dos Países Baixos a construir diques para conter o avanço do mar, quando bastava meia dúzia de escavadoras a fazer montinhos de areia! Tsss... Tsss... E ainda dizem que estamos na cauda da Europa!

terça-feira, março 20, 2007

Os Sete Magníficos

Respondendo ao presente envenenado que a minha amiga Susana me deu, aqui fica uma daquelas "bolas de neve informáticas" com o nome técnico de "chainletter". Como não desejo mal a ninguém, provavelmente a corrente vai partir-se neste elo... No entanto, aqui fica a minha parte:

7 coisas que faço bem:

- amar (simplesmente porque o faço de alma e coração, e me dedico a 100%)

- trabalhar (não é muito interessante, mas acho que me saio relativamente bem nisto)
- ajudar (tenho por hábito ajudar quem precisa, às vezes mesmo sem merecer)
- conversar (desde que não seja ao telefone, acho que sou boa companhia)
- ouvir (directamente relacionado com a anterior, mas algo que poucos sabem fazer)
- arranjar coisas (dizem que a necessidade aguça o engenho...)
- ... não sei mais. Quem pode dizer é quem me conhece, para mim é difícil.

7 coisas que não sei fazer:
- enganar (sou péssimo a tentar aldrabar alguém)
- dizer "não" (tenho uma séria dificuldade em dizer "não" às pessoas...)
- música (os meus conhecimentos musicais estão cada vez mais distantes...)
- falar alemão (... mas gostava de um dia aprender, ou outra língua que "dê luta")
- escrever (gostava de ter uma técnica apurada e não dar "calinadas" de vez em quando)
- ser paciente (a paciência não é de facto uma das minhas qualidades)
- dinheiro (se soubesse fazê-lo enriquecia uma série de malta!)

7 coisas que me atraem no sexo oposto:

- curvas sensuais, como as da Sofia
- olhos lindos, como os da Sofia
- cabelos bonitos, como os da Sofia
- um sorriso luminoso, como o da Sofia
- personalidade forte, como a da Sofia
- humor sagaz, como o da Sofia
- força interior, como a que a Sofia tem
[tenho mais... não posso escrever?]

7 coisas que digo muitas vezes:
- fosga-se (para evitar dizer algo pior)
- dasse (idem)
- fónix (idem)
- alô (não no sentido de ser um telefonista ou algo do género)
- upa upa (por vezes seguido de um "puxadote")
- inté (cumprimento ou despedida)
- um café, fax'avor (não carece de explicação)

7 actrizes e actores:
- Steve McQueen (o gajo com mais estilo que já vi)
- Meryl Streep (a actriz mais versátil que conheço)
- Clint Eastwood (viva o spaghetti western, não tanto o Dirty Harry)
- Monica Belucci (a actriz mais sensual que já vi...)
- James Caan (fiquei fã desde "Misery, Capítulo Final")
- Bruce Willis (protagonista dos melhores filmes de acção)
- Angelina Jolie (g'anda pinta...)

7 desafiados:
[esta recuso-me a preencher... isto das bolas de neve é uma seca!]

segunda-feira, março 19, 2007

Dia de São José

Por vezes as pessoas questionam-se sobre as razões que levam à existência deste ou daquele dia especiais. Hoje é um desses dias, de que as pessoas se deviam lembrar e sobre o qual deviam pensar em termos de significado. O Dia do Pai, não é celebrado agora apenas porque sim. É celebrado por estar associado ao Dia de S. José, o pai de Jesus Cristo. Segundo este artigo, pai é o nome que se dá ao progenitor de um ou mais filhos. É o nome que se dá à pessoa do sexo masculino que gera uma vida, ou o equivalente masculino à mãe. Eu diria que definições formais para o conceito de "pai" ou "mãe" estão condenadas ao fracasso, por nunca conseguirem ser uma aproximação do significado que os mesmos representam. Quanto ao meu conceito em particular de "pai" teria muito a dizer. Muito mais do que eventualmente me seria permitido escrever neste blog. O meu conceito está relacionado com uma vida inteira de experiências positivas, de aprendizagem, de amizade e entreajuda. Está relacionado com uma sensação de segurança constante, como a que um marinheiro tem ao saber que exite um porto para onde voltar, quando as maiores tempestades se abatem no alto mar. No meu dicionário, "pai" deveria ter uma série de sinónimos, como: amigo, confidente, porto de abrigo, ídolo, criador, educador, professor, modelo... enfim, o maior! Desejo que mais pessoas que leiam este texto consigam identificar-se da mesma forma que eu, com ele. E como sei que também tu, Pai, o estás a ler, aqui fica o meu desejo para ti, de um feliz dia do Pai. Bem o mereces!

sexta-feira, março 16, 2007

Caso Alguém Saiba...

Estava eu para aqui a saborear a chegada do final do meu dia de trabalho/semana, quando me é colocada uma questão (cortesia do meu amigo "Chewbacca") que certamente me irá atormentar durante todo o fim de semana. Tendo em conta as actuais preocupações a nível mundial, com a questão da clonagem, imaginemos o seguinte cenário: alguém é clonado, e essa pessoa mais tarde vem a ter relações sexuais com o seu próprio clone. A questão que se coloca, é se essa pessoa:
a) é homossexual?

b) é incestuosa?

c) está a masturbar-se?

d) f*deu-se?
Eu pessoalmente acho que o mais correcto seria uma opção "e) todas as anteriores", mas é efectivamente uma questão que dá para pensar. Proponho que meditemos todos sobre este paradigma que a humanidade enfrenta...

quarta-feira, março 14, 2007

Correio Lúdico

Aproximadamente 20% do horário de trabalho de qualquer funcionário que se preze, deve ser dedicado, sempre que os meios e a logística o permitam, a ver os mails da xunga com que vários amigos e conhecidos nos brindam diariamente. Eu dou graças por ter um administrador de sistema que já fez o favor de me aumentar a caixa de correio (do trabalho) para aproximadamente 100 MB, o que permite acumular xungaria durante uns dois ou três dias, sem que a mesma fique fechada. Conheço uma pessoa que utiliza para o efeito duas contas de Gmail (perfazendo um total de 4 GB de porcaria). Além disso, a tecnologia é uma coisa maravilhosa, que se adapta às nossas necessidades. Como tal, no meu cliente de correio electrónico criei já uma regra, que move automaticamente os mails da xunga para uma pasta que carinhosamente baptizei de "treta". Quando tiver tempo, tenciono fazer uma distinção mais detalhada, que faça jus a toda a jorda que me enviam. É que os mails da xunga subdividem-se em várias categorias, que passo a descrever:

Carinhosos:
imagens e powerpoints com bonequinhos, animais peludos e dizeres cheios de carinho, esperança e felicidade, que devem ser reencaminhados (inclusivé para o remetente) para provar que sentimentos de alegria transbordam do nosso ser.
Artísticos: fotografias da National Geographic ou de uma organização semelhante que mostram paisagens ou imagens com um detalhe fabuloso, apenas passível de ser atingido por fins de manipulação digital.
Anedotas: piadolas já conhecidas de todos mas que não param de circular indefinidamente, e que poucas vezes são lidas até ao fim, antes de serem removidas pelo destinatário.
Parvos Humanistas: re-re-re-re-encaminhamento de mails que por cada "forward" ajudam uma criancinha que sofre de cancro em fase terminal à 10 anos, recebendo um cêntimo de cada vez.
Parvos Interesseiros: re-re-re-re-encaminhamento de mails que atingindo um determinado número resultam na oferta de um telemóvel Nokia, Ericsson ou de outra marca qualquer, através de uma promoção fictícia que decorre por anos e anos.
Porno Suave: fotografias de mulheres semi-nuas ou subtilmente despidas, em poses artísticas repletas de sensualidade, isentas de borbulhas, celulite ou estrias por intermédio da edição digital via Photoshop.
Porno de Barba Rija: fotografias e filmes no estilo chamado "arrebimba o malho", em o mais alto nível de javardice distribuído pelos "blowjobs", pelos "cumshots", ou por cenas com animais é considerado uma mais valia.
Tripalhada: imagens ou filmes de acidentes ou resultado dos mesmos, com elevado índice de fracturas expostas, tripas à vista ou outros tipos de estropiamento.
Borradinhos: mails com alertas sobre questões de segurança ou vírus informáticos que ao serem abertos despoletam um martelo que cai violentamente sobre o monitor do computador, destruindo os cartões de crédito e todas as informações privadas pessoais do utilizador.

Estes são só alguns dos tipos mais facilmente identificáveis. Tenho a certeza que se fizer um estudo aprofundado posso inclusivé criar um subtipo de jorda para cada categoria destas, de forma a melhor caracterizar cada mail. Proponho que se crie um movimento no sentido de elaborar um dicionário de xungaria, para disponibilizar online e eventualmente incluir nas aplicações de correio electrónico. Eu estou disposto a contribuir, e você?

sexta-feira, março 09, 2007

Dolce Fare Niente

A arte de não fazer "nenhum" é algo de verdadeiramente elaborado que só se aprende com muitos anos de vida e experiência. Ultimamente tenho sido vítima de várias pessoas numa organização que em geral, abraça esta arte com excelência. Basicamente a melhor forma de ser um destes artistas, é desenvolver ao extremo a capacidade de, sempre que solicitado para fazer algo, gerar uma cadeia que pode ser inexistente na realidade, de acções a desenvolver por outros, da qual a sua depende. Exemplo: para o artista (A) executar uma determinada acção, é necessário que uma série de vítimas (V1 a Vn) desenvolvam outras acções ou sequências de acções (geralmente muito mais complexas) das quais (segundo A) a sua depende. Ou seja, se por acaso uma das vítimas (Vx) for na realidade outro artista (Vx = Ax), então esta tarefa nunca será concluída, porque gera-se um paradigma. Assim consegue-se também a partir de 2 ou 3 tentativas de fazer um A trabalhar, com que deixe de se lhe atribuir trabalho pela forte probabilidade de este nunca vir a ser concluído. Quando os A's começam a ter folga pela ausência de atribuição de trabalho, tradicionalmente começam a ser afectados por um sentimento de aborrecimento. Assim, sempre que possível iniciam eles próprios tarefas insignificantes ou desprovidas de interesse, para sobrecarregar as Vs. A tendência é que as Vs entram em stress ou até mesmo depressão, enquanto que os As estão sempre frescos que nem uma alface, e conseguem ainda ocasionalmente fazer brilharetes com o trabalho produzido pelas Vs. Uma explicação típica sobre uma tarefa, pela perspectiva de um A, seria algo como: "para eu poder 'arrear o calhau', preciso que alguém abra a porta do edifício onde se encontra a casa de banho, preciso que alguém me indique o caminho para a mesma, preciso que alguém coloque o papel higiénico atempadamente e que a limpeza das instalações seja feita em condições pelos responsáveis". Este caso de estudo permitia no extremo, que meia dúzia de pessoas fosse despedida por intermédio de queixa do "artista", caso algo estivesse mal (ex.: falta do papél higiénico) e que eventualmente o artista teria de cagar noutro lado. Aproveito para informar que pretendo gerar o MMAPPV (movimento de morte ao artista pela parte das vítimas), pelo que agradeço inscrições de eventuais interessados.

quinta-feira, março 08, 2007

Mulher

Palavra de tão pequena dimensão para tão grande significado. Devia ser considerada como algo mais importante. Devia ser a palavra utilizada para descrever um quinto elemento, a par da Água, do Ar, da Terra e do Fogo. Mas talvez exista uma razão para que tal não aconteça. Talvez porque a Mulher consegue ser todos os elementos num só, e por isso não seja sequer comparável. A Mulher consegue ser o ar que respiramos, logo desde a génese do que entendemos como Vida, logo desde o útero materno... consegue ser flexível como a água, quando se adapta como nenhum outro ser a todas as dificuldades com que se depara ao longo da vida, e porque quando a perdemos sentimos que se nos escapa por entre os dedos também como a água... é ainda a terra quando se demonstra uma base sólida, de sustentação, quer o faça pela maternidade, pelo companheirismo de uma vida ou de outra forma qualquer... a mulher é o fogo da paixão capaz de arder de forma incessante, de nos consumir todo o oxigénio fazendo com que chegue a ser difícil respirar. É um fogo que nos consome, mas que em simultâneo nos vicia de forma que deixamos de saber viver sem ele. Conheci, e espero vir ainda a conhecer muitas mulheres na minha vida. Cada uma com um significado ou importância (eventualmente ausência dela) diferentes. Cada uma consegue ser parte de um destes elementos, no que apenas a mim diz respeito. Ainda assim sei que cada Mulher tem em si a capacidade de ser tudo isto. De o ser para pessoas diferentes. De o ser porque é Mulher. Aqui fica a minha singela homenagem a todas as Mulheres que conheço e que têm sido os meus elementos, neste Dia da Mulher...

sexta-feira, março 02, 2007

Raio da Semana...

Esta é daquelas que nunca acabam. E o pior é que vai ter uma ligação praticamente directa com a seguinte, sem direito a dois dias (nem um) em condições para o descanso... menos ainda que as últimas. Mas enfim, tudo por um objectivo maior, que julgo lá ir conseguindo com o passar do tempo. No meio disto tudo nem é o cansaço que me aborrece mais, mas a pena que tenho de não poder estar mais tempo com os amigos. Sempre que não posso ir a uma jantarada ou almoçarada ou até cafezada custa-me. Prefiro estar feito num oito e ir na mesma, estar presente, porque sinto que é mesmo aquilo que de melhor temos na vida. Posso dizer que não sou uma pessoa com muitos amigos, mas sou uma pessoa cujos amigos são dos bons. Daqueles que certamente estarão lá quando eu precisar. Acredito convictamente que vale mais ter alguns destes do que muitos dos outros, que subitamente descobrimos serem apenas conhecidos e pouco mais. Para a porção dos meus verdadeiros amigos que lêem as bacoradas que para aqui vou escrevendo, aproveito para agradecer aquilo que representam para mim. Aproveito para renovar as intenções de muita borga pela frente. A borga é como o sonho. Comanda a vida! Enfim... se calhar nem tanto, mas pelo menos ajuda. Aqui fica por isso mesmo um viva, um hurra, um seja lá o que for, a esta máxima: aos amigos e a muita borga (mesmo sem muito tempo para tal)!