quinta-feira, novembro 21, 2013

O Que Fazer?

Tenho passado os serões dos últimos dias a prepara uma formação. Algo que já não fazia há uns anos e que, apesar do trabalho que dá, tem em mim um efeito positivo. Percebo que é uma das coisas que gosto de fazer, e percebo o quão fácil é fazer algo difícil, quando se gosta. Um dos dilemas que vivo hoje em dia é não saber ao certo o que gostaria de fazer, nem ter bem a certeza se gosto realmente daquilo que faço. Acho que por vezes é simplesmente uma vontade de mudar. A perspectiva de que algo diferente nos pode fazer sentir melhor e mais realizados. O trabalho de consultor na prática não tem sido muito diferente do que fazia antes. As tarefas inerentes não têm sido propriamente mais entusiasmantes, ainda que eu as encare assim dando-lhes o benefício da dúvida que merecem, no sentido que a médio/longo prazo podem ter um retorno diferente, nem que seja no sentido de realização que podem proporcionar. Mas cá dentro... ah, o bichinho da inquietude e constante desejo de mais continua a roer-me! Alguns dias atrás o meu mentor (sim, agora tenho um mentor) perguntou-me o que eu queria estar a fazer daqui a dois anos. A resposta que me apeteceu dar-lhe foi "não sei", mas a que acabei por dar foi bastante diferente, e um pouco de improviso. A verdade é que eu próprio me faço essa pergunta todos os dias, e nem é preciso pensar num prazo a dois anos para ficar na mesma, não sabendo ao certo a resposta. O que é que eu gostaria de fazer?

terça-feira, novembro 19, 2013

Distracções

Num interregno que faço durante a preparação de uma acção de formação que vou dar esta semana (considerando que são 01h00 e ainda não terminei, está a correr bem...), reflicto um pouco sobre a quantidade de distracções que temos diariamente ao nosso alcance. Nomeadamente, enquanto dava uma voltinha pelo Facebook, verifiquei a quantidade abismal de publicações que por ali surgiram durante o dia de hoje, em detrimento de meia dúzia que lá foi colocada durante o fim-de-semana. Significa isto que, no fim-de-semana, enquanto estamos provavelmente concentrados em fazer coisas que nos dão prazer, a tendência para nos especarmos em frente ao computador a ler e escrever coisas com pouco significado é pouca. Já durante pleno dia de trabalho a conversa é diferente. Não me considero melhor nem pior que os outros mas, talvez por (de)formação profissional de vários anos, diversões como o Facebook são zona interdita para mim durante o horário de trabalho. E muito sinceramente, acho que no mínimo devíamos todos ser mais regrados quanto à utilização desta ferramenta que muito mérito e utilidade tem (se bem utilizada, com conta, peso e medida). Mas o tema deste post são as distracções, e não apenas o Facebook. Há quem se disperse a falar ao telemóvel, enviar mensagens, jogar, ver televisão, etc. A quantidade de objectos de distracção que nos rodeiam hoje em dia, seja em que circunstância for é excessiva, e raras são as vezes que não nos dispersamos com algo que simplesmente não deveria estar ao nosso alcance. O resultado? A falta de produtividade ou eficiência naquilo que nos tínhamos proposto fazer. Quer sejamos trabalhadores, estudantes ou outra coisa qualquer, se interrompemos o que estamos a fazer, sistematicamente, durante o dia, o resultado final não pode ser bom. Recordo-me que quando estudava, muitas vezes optava por sair de casa, e ir para a faculdade, para uma biblioteca ou outro local neutro onde as distracções não existissem ou pelo menos fossem mais reduzidas. Hoje em dia, a facilidade com que as ditas distracções vão atrás de nós, tornam tudo mais difícil. Somos uma cultura com um potencial enorme, dotadas de ferramentas incríveis que nos dão acesso a um mar de informação e fazem com que estejamos sempre contactáveis, mas... o resultado é bem diferente do que esse potencial poderia anunciar. Estando eu próprio, de alguma forma, a "cair" no paradigma da distracção ao escrever neste meu blog quando deveria estar a preparar a minha formação, vou minimizar o estrago dando por terminada a minha publicação de hoje, e voltando ao trabalho (que bem preciso). A reter? Num jogo (profissional, académico, pessoal...) em que as regras mudaram substancialmente nos últimos anos, talvez seja melhor sermos árbitros de nós próprios, para garantir que conseguimos alcançar algumas vitórias. Caso contrário, iremos conseguir pouco mais que alguns empates a 0...

sábado, novembro 16, 2013

Eu Quero Slow (and real) Food!

Faz mais ou menos um ano que atingi o auge... da minha mais baixa forma física de sempre. Lembro-me de fazer um passeio de cerca de 20 kms de bicicleta, durante o qual, mais ou menos a meio, senti estar esgotado fisicamente, e que acabou com um amigo a empurrar-me numa estrada com pouco mais que uma ligeira inclinação. Tomei uma decisão na altura e fiz algo em relação a isso. Passado um ano, carrego cerca de 10 kgs a menos comigo, corro, pedalo (no último mês fiz passeios de bicicleta de 60, 90 e 100 kms) e sinto-me fisicamente bem, como não me sentia há bastante tempo. Resolvida parte do problema (a do exercício físico, praticado agora com regularidade) a outra parte persiste e deparo-me com ela todos os dias. A alimentação. Ultimamente tenho feito um esforço bastante consciente por melhorar a minha alimentação. O problema é que quanto mais me preocupo com este aspecto, mais óbvios se tornam os obstáculos a quem, como eu, queira comer bem no seu dia-a-dia. Por comer bem, entenda-se comer adequadamente (e não muito). Qualquer centro comercial está recheado de restaurantes, onde se pode comer praticamente tudo... menos comida a sério. Pelo menos, que seja decente. Se pensarmos muito rapidamente nos locais que conhecemos, visualizamos McDonalds, Pizza Huts, H3, Woks, etc. Mesmo os supostos saudáveis (Vitaminas, Go Naturals, Capri, etc.) pouco mais oferecem que pratos recheados de carbohidratos com molho para disfarçar a falta de sabor do que vendem. Se pensarmos em cafés ou quiosques onde tomar um simples pequeno almoço, visualizamos folhados, salgados, bolos, doces, etc. Quando nos tentamos afastar dos centros comerciais, frequentamos habitualmente cozinhas temáticas, como restaurantes chineses, pizzarias, mexicanos, rodízios, etc. Certamente que qualquer pessoa que leia este texto se revê facilmente neste ciclo vicioso de facilitismo e frequência de locais que deveriam ser a excepção, e não a regra, da alimentação diária de qualquer pessoa. Obviamente que também conhecemos alguns (ainda que poucos) locais onde se pode comer realmente bem. A dificuldade? Conseguir aceder nessa mesma perspectiva diária e quotidiana a um local que ofereça outro tipo de alimentação. Um local que ofereça alimentação tradicional e saudável, com ingredientes que o nosso organismo conhece geneticamente e sabe processar, e que basicamente são o motivo pelo qual as gerações que nos antecederam não padeceram do mal da obesidade e doenças congéneres. Estou farto desta dificuldade. Não tenho mais paciência para comidas rápidas. Quando como, quero fazê-lo com calma. Comer é importante. Já diziam os antigos que saco vazio não se segura de pé. Pegando nesse velho ditado, digo que também não é enchendo o saco com bolinhas de esferovite que ele se vai segurar. Para mim, pode ser um pratinho de slow (and real) food, faxavor! Procura-se desesperadamente... num local perto de mim!

terça-feira, novembro 12, 2013

6 Meses...

O que dizer desta ausência? Penso que bati um recorde. Foram 6 meses sem escrever, e confesso que já estava a ressacar. Robin Sharma, um tipo que escreve umas coisas giras e que eu gosto de ler/ouvir, tem como uma das suas máximas "keep a journal". Pois, eu não tenho um diário no sentido lato da expressão, mas este cantinho funciona como tal. E a verdade é que quando eu "mantenho este diário" sinto-me sempre muito melhor. E não é a mesma coisa que escrever umas frases no Facebook!

O que aconteceu na minha vida desde a última vez que escrevi? Ora deixa cá ver por onde começar... Ah, já sei! Troquei de carro! Estava na altura de reformar o grande lambão S80 T5, que aparte o consumo exorbitante de gasolina (uns belos 13/100 num dia bom) vai deixar muitas saudades. Um Carro com C maiúsculo que nunca me deixou ficar mal. Ainda oiço o rugir dos 5 cilindros em linha a beber combustível como se fosse água. A substituta é uma bem mais modesta V50 a diesel, que ainda assim se porta bastante bem (e sai bastante mais barata).

Mais coisas? Mmm... Mudei de trabalho. Acho que é uma mudança relevante para ser comentada aqui. Leia-se no entanto que ainda só mudei de trabalho, e não de profissão. Penso que era algo que um dia gostaria de fazer, mas primeiro tenho de descobrir qual a alternativa certa àquilo que faço (o que ainda não descobri). Para já só me ocorrem coisas como viver numa ilha e passar o dia a pescar e apanhar fruta na praia, mas dizem que isso não dá muito dinheiro... Do emprego antigo despedi-me das tarefas menos interessantes, mas fiquei com alguns bons amigos! Para já o que interessa é que mudei de azul para verde, cor que a acompanhar uma mudança deste género só pode ser sinal de esperança (assim espero).

Já agora, e por falar em esperança, ocorre-me assim de repente uma outra novidade digna de nota: o Alex vai quebrar a sina do pai e da mãe, e vai deixar de ser filho único! Penso que também é uma novidade de relevo suficiente para ser aqui relatada. Vai ser um maninho, de seu nome Pedro (tal como o seu irmão mais velho, resolveu mostrar-se na ecografia para que dúvidas sobre o seu género não persistissem). Esta sim é "A" novidade.

Como se pode constatar, não escrevi durante os últimos meses, mas foi por uma boa razão: andei ocupado! A ver se o próximo post não é daqui a outros seis meses, até porque antecipo que agora que a coisa já acalmou um pouco, vou conseguir dar atenção a este blog (novamente) com alguma regularidade. Correndo o risco de estar a escrever para o boneco, despeço-me ainda assim com beijinhos e abraços.