sexta-feira, setembro 28, 2007

Gba Majay Bma

Myanmar é um país asiático, geograficamente localizado junto à China, que dava pelo antigo nome de Birmânia. A população de Myanmar é descendente dos mongóis, por quem foram invadidos no século XIII. Após esta invasão, da qual resultou uma divisão em diversos estados do país, o mesmo demorou cinco séculos até ser novamente unificado. Por volta do século XIX sofrem nova invasão pelos ingleses, sendo anexados como colónia. Durante a segunda guerra mundial são invadidos novamente pelo Japão. Três anos após o final da guerra tornam-se uma república independente. Na década de 60 ocorre um golpe militar, que dura até 1988. Nesta altura ocorre novo golpe militar, mudando assim o dirigente político, mas não a ditadura. Em 1989 o país muda de nome (Birmânia) para Myanmar. Em 1990 apesar de a oposição vencer as eleições, o governo impede a sua tomada de posse e reforça o regime ditatorial, o que beneficia as suas relações com a China.

Recentemente teve lugar uma manifestação pacífica pela parte de monges budistas no sentido de levar o governo a pedir desculpa por agressões levadas a cabo pelas forças de segurança. Rapidamente este movimento deu origem a um clamor mais alto, pela liberdade política de um país dominado há mais de 40 anos por forças militares. Esta onda de protesto pacífico, a nível nacional, conseguiu num só dia mobilizar mais de 300 mil pessoas. Numa destas acções, os manifestantes foram saudados por Aung San Suu Kyi, líder da oposição e Prémio Nobel da Paz, em prisão domiciliária há cerca de 18 anos.

Desde quarta-feira passada, a força da repressão do regime, através por exemplo do uso de armas automáticas, provocou a morte de 12 pessoas, entre as quais um fotojornalista japonês abatido por um militar. Quinta-feira, durante uma manifestação, as forças de segurança deram 10 minutos para os manifestantes dispersarem, antes de tomarem "medidas extremas". Depois de disparos e gás lacrimogéneo, o pânico gerado provocou vários feridos, e pelo menos um homem morreu.

Os Estados Unidos aplicaram sanções económicas e exortaram a China a utilizar a sua influência para pôr fim à repressão. O parlamento europeu condenou o governo de Myanmar pela repressão violenta dos manifestantes e reforça o pedido de influência pela parte da China. O Reino Unido apelou à União Europeia para endurecer a sua posição.

Que mundo é este em que os loucos podem fazer aquilo que querem, obrigando todos os outros a assistir à sua impunidade? Que mundo é este em que temos de responder à opressão e ao assassínio em massa com medidas económicas? Que mundo é este em que se revela normal a resposta violenta à manifestação pacífica? É a isto tudo que queremos chamar democracia e diplomacia? Acredito plenamente que a pena é mais forte que a espada, e mais tarde ou mais cedo, o regime vai cair. Só lamento que seja à custa do sangue derramado e ainda por derramar de milhares de pessoas que só querem viver em paz.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Grande Nível!

Existem pessoas de quem podemos ou não gostar, mas cujos momentos brilhantes temos de reconhecer independentemente disso. Santana Lopes teve ontem um desses momentos. Raras vezes vi alguém assumir uma postura tão correcta perante a parvoíce nacional patrocinada pelos meios de comunicação. Se vir este senhor na rua dou-lhe um "g'anda bacalhau" com os meus sinceros parabéns. Mais nível não podia ter naquilo que disse e fez, com toda a educação e correcção. Aqui fica para quem não viu.


A Melhor Forma de Perder Tempo II

Parece que nem de propósito, depois de escrever sobre uma reunião da qual se aproveitou 0% das duas horas que a mesma durou, eis senão quando a "maldição da reunião" se abate novamente sobre mim. O drama, horror e tragédia, ali mesmo à minha frente... desta vez... durante quase 5 horas! Depois de sair de lá com a sensação de que me tinham aplicado uma qualquer tortura como injectarem-me 5 litros de água destilada na veia, ponderei sobre o que se tinha passado. Comecei por analisar a agenda da reunião. Claramente que uma agenda com quase 10 pontos, com uma média de 3 alíneas por ponto, resultando em aproximadamente 30 itens para discussão, é algo de ambicioso, no mínimo, para o período de uma tarde. Ainda para mais quando cada ponto e respectivas alíneas dizem respeito a 1 ou 2 pessoas no máximo. Ou seja, casa cheia com uns 15 caramelos! Ainda para mais, o objectivo não era discutirmos os tópicos entre nós, mas sim cada um fazer uma exposição ou ponto de situação dos mesmos, que é como quem diz que das 5 horas, cada um teve direito a uns 10 minutos úteis de "tempo de antena". Em oposição, as restantes 4 horas e 50 minutos foram de uma seca atroz. Ainda assim, na qualidade de bom português, quase todos conseguiram cagar a sua posta de pescada sobre aquilo que não sabiam. No final desta reunião trimestral, foi ainda referido que a mesma passará a ter uma periodicidade semestral, pelo que antevejo nuvens negras sobre a próxima edição do evento. Tenho de apontar na minha agenda, com a nota: "levar algo que permita cortar os pulsos em caso de necessidade extrema". Aguardo ansiosamente os próximos desenvolvimentos...

quarta-feira, setembro 26, 2007

Só à Pedrada

Li hoje que foi revogada recentemente uma decisão do Parque Natural da Arrábida, que impedia a alteração das cotas de exploração (leia-se, duplicação para 36 milhões de metros cúbicos de massa mineral) pela parte da SECIL, nas pedreiras do Outão. A decisão foi tomada pelo ICNB (Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade) dispensando o formalismo de um estudo de impacto ambiental (acho bem, pois aquilo que é importante é desviar pontes por causa de um ninho de passarinhos), passando por cima do parecer da Comissão Directiva do Parque Natural da Arrábida, imediatamente após a reestruturação que originou a transferência dos poderes da referida comissão para o referido instituto (espectáculo...). Descobri também entretanto que o plano de ordenamento que impedia o aumento das pedreiras, foi alterado em 2003 pelo Conselho de Ministros, permitindo assim o "aumento de cotas" e dispensando avaliações de impacto ambiental. Na prática o que isto tudo quer dizer é que se eu tiver uma pedreira, posso construir um túnel daqui até à Austrália sem passar cavaco a ninguém. Por falar em Cavaco, alguém sabe por onde anda o gajo? Mas voltando ao assunto principal, há também que referir a denúncia pela parte das autarquias responsáveis, da pressão exercida sobre a comissão anteriormente responsável, para aprovação desta medida. Enfim, por isto tudo é que eu gostava de dizer a todos os países do mundo conhecidos pela sua corrupção, que até chegarem ao nosso estado avançado de decomposição, têm de comer muita papinha.

PS: juntei uma imagem de satélite obtida através do Google earth para terem uma perspectiva daquilo que parece a Arrábida neste momento.

terça-feira, setembro 25, 2007

A Melhor Forma de Perder Tempo

Quase de certeza (não tive oportunidade de consultar o meu arquivo) que já escrevi aqui sobre este assunto, mas de cada vez que passo por uma situação como a que vou descrever, dá-me vontade de escrever novamente. Sim, estou a falar da melhor forma que existe para perder tempo: a "reunião". Ontem, após um dia de trabalho, tive direito a um destes momentos que tendem a ser únicos na nossa vida, geralmente pelas piores razões possíveis. Sempre que sou convocado, tenho dentro de mim a esperança de que "desta vez é que vai ser a sério". Mas depois a desilusão acaba por ser inevitável. Estava o evento marcado para as 18h. Às 18h30, ainda por dar início à reunião e dada a pouca adesão ao evento, quem presidia sai-se com esta: "talvez tenha ficado a ideia que a reunião fosse às 18h30, por isso vamos esperar mais 5 minutos". Às 18h45 e uma vez que não chegou mais ninguém, finalmente deu-se início à reunião. Durante a primeira meia hora, o presidente, que pouco ou nada tinha a dizer, entreteve-nos com belas histórias sobre o conceito teórico disto e daquilo e com meia dúzia de piadas sobre a rivalidade Lisboa-Porto, a um ritmo aproximado de 10 palavras por minuto. Finalmente quando pelas 19h15 passou a palavra a quem teoricamente tinha algo a dizer, seguiu-se um repetir de informação em segunda-mão com pelo menos 6 meses de desactualização, durante mais 15 minutos. Quando às 19h30, olho para o relógio, penso que estou ali desde as 17h45 porque gosto de chegar a horas aos meus compromissos, e que ainda não ouvi nada de útil, interessante ou novo, a minha reacção foi a única possível: levantei-me e fui para casa. E assim se perdem cerca de 2 horas para nada.

sexta-feira, setembro 21, 2007

Notícia de Merda

As duas ou três pessoas que visitam diariamente este estaminé, sabem certamente que grande parte do que aqui escrevo é o resultado das notícias que leio e da interpretação que faço das mesmas. Hoje, na minha curta deambulação diária por jornais online, deparei-me com uma notícia que me fez alguma confusão. Um daqueles artigos que se lê e causa um certo desconforto. Não querendo dar lições a jornalistas, mas o que foi escrito aqui é no mínimo bizarro. Começa o artigo por dizer, logo no título, que o "Vocalista dos Stereophonics podia ter deixado de tocar". Epá... podia ter deixado... mas não deixou, certo? Então se não deixou, porque é que é notícia? É a mesma coisa que eu ligar a alguém e dizer: "Olá, estás bom? Olha, hoje quando atravessei a estrada podia ter sido atropelado!". Como se o título não fosse mau suficiente, no resumo reforça-se a ideia com "[...] esteve a um milímetro de deixar de poder tocar guitarra". Depois explicam que tal facto se deveu a ter sido agredido num bar e de os ferimentos terem sido próximos de um tendão importante. Mas no fim, volta a desgraça com "[...] para além dos agressores, o músico foi ainda agredido pelo porteiro do bar". Ignorando a questão do pleonasmo, podemos então concluir que o músico foi agredido por vários... agressores... e um porteiro, sendo que o porteiro não é classificado como agressor. Certamente os agressores tinham carteira profissional de agressor e o porteiro não. Será que existe algum estatuto que impeça classificar um porteiro como agressor? Enfim... não bastava o assunto da notícia ser merdoso, também a escrita tinha de ser uma merda.

terça-feira, setembro 18, 2007

Devo Ser Maluco

Na vã tentativa de conseguir garantir uma espécie de "lugar ao sol" no mundo do trabalho (eu sei que tal já não existe), volta e meia tento a minha sorte e concorro a uma qualquer vaga que vai abrindo. Desta feita e entre uma pilha de testes, exames médicos e provas físicas, ontem foi a vez dos "testes psicológicos". Para já o gajo que deu o nome a este teste devia ele próprio fazê-lo, mas enfim. Lá fui eu entreter-me durante uma tarde, respondendo a 537 perguntas (divididas em 3 testes específicos, entre os quais psicotécnicos e de personalidade). Já não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que faço este teste, e sinceramente de cada vez que passo por isto penso que realmente só um grande "apanhado do clima" é que não consegue ultrapassá-lo. Qualquer gajo com um QI superior a um dígito consegue aldrabar o seu próprio perfil psicológico com este tipo de perguntas. Vejamos alguns exemplos: Sente-se frequentemente infeliz sem motivo? Sente que a sua vida não faz qualquer sentido? Considera que todos têm mais sorte do que si? Sente-se muitas vezes cansado e sem forças para trabalhar? Etc. etc. etc. Sinceramente, para quem está a tentar obter o melhor resultado possível, em vez de tentar obter o resultado mais verdadeiro possível, quais é que serão as respostas dadas a estas perguntas? Depois acho particularmente piada às tentativas de apanhar o pessoal em falso, repetindo as perguntas ao longo do teste, reformulando-as. Ex.: Mesmo sem motivo, é frequente sentir-se infeliz? Consegue encontrar sentido para a sua vida? Considera ter mais azar que os outros? Enfim, a meu ver uma técnica infantil para a qual qualquer licenciado em psicologia é sobrequalificado para a sua realização (ou talvez não...). De qualquer forma, uma coisa é certa: no dia em que ficar inapto num teste destes garantidamente algo de errado se passa comigo. Ah... agradeço que nessa altura alguém me enfie um colete de forças e me marque uma consulta no Júlio. Ou isso ou então tento a minha sorte numa carreira política!

segunda-feira, setembro 17, 2007

Alto e Pára a Ambulância

Na passada quinta feira um homem morreu alguns minutos após entrada no hospital, depois de a ambulância que o transportava ter sido parada durante 20 minutos (numa viagem que habitualmente demora 15), pela brigada de trânsito na A28. Ao que parece, o motivo de paragem da ambulância foi... o facto de levar as luzes de emergência ligadas. Engraçado, até hoje julgava que as luzes de emergência eram normais numa ambulância e serviam para assinalar a marcha de urgência. Segundo o código de estrada o condutor de um veículo que assinale a marcha de urgência, tem de respeitar uma série de situações de paragem, incluindo os sinais dos agentes do trânsito. Ainda assim, não percebo o que leva alguém a suspeitar de forma tão forte (o suficiente para obrigar a paragem) que uma ambulância em marcha de urgência possa estar a usar essa sinalização de forma indevida (é certo que tal acontece, mas o risco ao duvidar é elevado). Não satisfeitos com a paragem, os agentes da autoridade resolveram fazer o teste de alcoolémia ao condutor... duas vezes! Julgo que é caso para perguntar quem fez os testes de alcoolémia e eventualmente drogas aos próprios agentes. Pelo menos o comportamento destes era mais que suspeito! Ainda não contentes com o resultado obtido de 0.0, os agentes resolveram escoltar a ambulância, não para compensar o tempo de paragem mas sim para... garantir que ía mesmo para o hospital. O meu desejo mais profundo é que um dia estes agentes tenham de ser transportados pela mesma ambulância e condutor, que este não assinale marcha de urgência para evitar ser parado, que respeite rigorosamente os limites de velocidade impostos, que tenha dois furos e que, se ainda assim conseguir chegar ao hospital, este tenha sido encerrado pelo nosso governo. Um grande bem haja pelo sentido de cumprimento do dever pela parte destes agentes.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Gang da Eurobosta

Segundo informação do SOL, os ministros das Finanças de 13 estados membro da Zona Euro estão hoje reunidos no Porto. Realmente 13 deve ser o número do azar, para quem acredita nessas coisas. O brilhante "Eurogrupo", como se intitulam, admite riscos mas afasta cenário de revisão em baixa do crescimento. Segundo o presidente do "Eurobosta", "pensamos que em 2007 e 2008 as nossas economias vão crescer à volta do potencial crescimento". Para já, um ministro com funções na área das finanças, a dizer que pensa, é logo de desconfiar (sobretudo se forem tão bons como o nosso). Depois, o que raio quer dizer esta merda de frase? "Crescer à volta do potencial crescimento"... dasse! Este encontro da "Eurojorda" teve lugar a bordo de um cruzeiro pelo rio Douro, ao que eu me pergunto: como raio é que a embarcação não afundou? É que eram logo 13 coelhos de uma cajadada só! Enfim... pode ser que a próxima reunião do "Eurotreta" seja num avião ou em algum outro transporte potencialmente perigoso. Eu pessoalmente vou ficar ansiosamente à espera! Ah, e reparem no ar cansado e compenetrado destes trabalhadores, enquanto cumprem as árduas tarefas que lhes são confiadas.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Politicamente (In)correcto

Descobri ontem uma coisa interessante: a falta de vergonha que o governo tem ao impôr medidas que nos prejudicam a todos numa base diária, é inversamente proporcional à vergonha que tem de assumir qualquer tipo de carácter e opinião a nível internacional perante o mundo inteiro. Pelos vistos o Dalai Lama, nobel da paz, não é digno de ser recebido oficialmente pelo governo português. Dizem as "más línguas" que se trata de pressão exercida pelo governo chinês. Eu digo que se trata de pressão exercida pelo nosso governo sobre si próprio, sendo que o governo chinês provavalmente pouco teve a ver com o assunto. Ainda assim recordo que noutros países pouco importantes, como por exemplo os Estados Unidos, entre muitos, o líder espíritual foi recebido pelo próprio Presidente. Mas "nós" assumimos uma postura muito mais confortável: a de sorrateiramente fazer de conta que não é nada connosco. Somos matreiros ou não? E o Dalai Lama sabiamente responde, quando confrontado pelos jornalistas com a situação, que "não é importante... o público e a comunicação social podem fazer muito mais do que qualquer governo". A nível internacional talvez, mas em Portugal com os políticos acéfalos e a quantidade de jornalistas robôs que temos, não devemos ter grande sorte. Nem para nós chega, quanto mais para o resto do mundo!

Ah, é verdade! Esqueci-me de referir que o Zé Sócras recebe hoje em São Bento o músico britânico Bob Geldof...

Kill Them All

Já estava na altura de alguém acabar com este flagelo de uma vez por todas. E é isso mesmo que a CML tenciona fazer a partir de agora! Depois daquilo que eu chamo de "sistema automático de emboscada automóvel", com a colocação dos radares fixos em tudo quanto é sítio, eis que chega a política de "tolerância zero ao estacionamento ilegal" para assim exterminar essa corja de malfeitores que são... os condutores. Reparem como o próprio adjectivo "ilegal" é utilizado para reforçar a natureza criminosa por detrás de um estacionamento em segunda fila. O mais adequado era alterarem o uniforme da polícia municipal: proponho calças e blusão de cabedal, óculos escuros, caçadeira em punho (podem pedir material emprestado à ASAE, outro grupo de operações especiais dedicado a exterminar... comerciantes de feira) e um boné a dizer "exterminador implacável de automobilistas". Os bloqueadores podiam ter um autocolante a dizer "I'll be back" como forma de aterrorizar esses bandidos que andam por aí a estacionar os carros. Segundo o comandante da polícia municipal, é "necessário desimpedir vias para o tráfego fluir", ao que eu pergunto: se não temos sítio para "estar", de que vale a pena "ir"? Mas isso são outros quinhentos... o que importa é acabar com essa cambada de criminosos que com a desculpa de terem de ir para o trabalho, invadem a cidade de lisboa cometendo o crime grave de estacionamento "ilegal"! Uma vez mais gostaria de deixar aqui um bem haja a todos os responsáveis por tratar o cidadão comum como alguém que merece estar no corredor da morte, a aguardar uma injecção letal. Eu particularmente, desejo-lhes o mesmo fim a todos. O meu muito obrigado!

quarta-feira, setembro 12, 2007

Que Azia de Mulher

Uma das espécies de jornal online que leio logo de manhã é o SOL. No respectivo site existe a possibilidade de consultar uma secção de "Opinião" onde se encontram vários blogs de autores conhecidos. Uma das pessoas que frequentemente nos brinda com umas pérolas fantásticas é a Margarida Rebelo Pinto. Já são algumas vezes as que leio a sua crónica e posso dizer que de cada vez que o faço me dá uma azia maior que a anterior. Isto porque não sei como alguém é capaz de ter tantas coisas más para escrever sobre o sexo oposto, apenas porque é o sexo oposto. Ele é ver a senhora a divagar sobre as capacidades domésticas dos homens, sobre os gostos sexuais dos homens, sobre a (in)capacidade de relacionamento dos homens, sobre tudo o que existe ou possa ser inventado de mau sobre os homens. Estes motivos fazem-me claramente classificar o seu site com um "Chic's Blog". Uma daquelas "cenas" que se fosse livro tinha uma capa cor de rosa, uma ilustração de uma tiazoca qualquer com meia dúzia de plásticas em cima e um título do género "O Homem Perfeito Não Existe". Pois bem, tenho uma notícia a dar: a mulher perfeita também não. E digo mais: quer se acredite quer não faz sentido sermos todos imperfeitos, porque lidar com as imperfeições uns dos outros é o que faz de nós pessoas melhores. Estereotipar os homens dizendo que são mulherengos, que passam o tempo no sofá a ver futebol, etc., é escrita fácil (infelizmente deve vender muitos livros). Se quisesse, tão ou mais facilmente o poderia fazer sobre as mulheres. No seu último post caracteriza os homens como "publicidade enganosa". O que teríamos nós homens, sobre este assunto, a dizer das mulheres? Enfim, resta-me tirar a conclusão de que, com tão acérrimo ataque ao sexo masculino, as suas preferências sexuais serão certamente qualquer coisa de interessante, sejam elas quais forem.

terça-feira, setembro 11, 2007

Devia Ser Sempre Assim

Nada melhor do que uma equipa a sério para nos relembrar o que é o desporto. Não por ganharem todos os jogos, não por cada jogador ser uma "superstar", não por terem contratos milionários... Mas sim por terem gosto pelo que fazem, por terem o velhinho "amor à camisola", por jogarem com garra e nos honrarem a todos. Acho piada quando oiço a expressão "equipa amadora". Será que não deviam ser todas? Depois de ver as reportagens (o jogo vergonhosamente não foi transmitido em canal aberto) e sobretudo depois de assistir ao arrepiante momento em que a equipa cantou com todas as ganas o hino de Portugal, pergunto-me porque andamos todos a reboque de um desporto descaracterizado como o futebol. Porque se dá tanto valor a uma modalidade e uma selecção onde são mais importantes os brincos e anéis que os metrossexuais dos jogadores utilizam, os carros que conduzem, os milhões que ganham... e comparativamente, o pouco que fazem. Uma selecção "internacional" onde apenas meia dúzia deve saber a própria letra do hino, e mesmo sabendo por vezes o cantam a medo. Por tudo isto consigo perceber que mesmo com uma derrota, esta foi uma vitória dos "lobos"! O desporto devia ser sempre assim.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Sócrates (a.k.a. Equus Asinus)

A notícia, como foi redigida:
O primeiro-ministro, José Sócrates, considera que o sistema de ensino do país está a "ganhar eficiência" e que, actualmente, "há menos professores e mais alunos, assim como menos desperdício de dinheiro". Uma das provas do resultado da política educativa do Governo é a subida em dez por cento da taxa de sucesso escolar no ensino secundário.
IN Público

A notícia, como deveria ter sido redigida:
O primeiro-ministro, José Sócrates (ver foto) é burro e estúpido. Devia perceber que o sistema do ensino do país está a ganhar... nada, a perder o pouco que tinha, e que actualmente há menos professores e os alunos são uma espécie em vias de extinção, assim como as escolas. A sua política educativa é um desperdício de dinheiro, colocando os professores em reformas antecipadas e/ou subsídio de desemprego (leia-se, gastar o mesmo dinheiro para ter as pessoas a fazer nada). Uma das provas dos resultados das políticas do governo é a quantidade de acéfalos que andam por aí (pelo menos matéria prima para a classe política nunca vai faltar). Por fim, gostaria de lhe dizer uma coisa muito importante: bardamerda.
IN Eu

sexta-feira, setembro 07, 2007

Mariquinhas do Caraças...

Então não é que o governador da Califórnia, também conhecido como Arnold Schwarzenegger, está neste momento envolvido num processo a favor da proibição de jogos de computador violentos? Sinceramente, fiquei muito desiludido e até mesmo abismado com este facto! Então um gajo dos duros, protagonista de filmes como Predador, Comando, Exterminador Implacável, Conan O Bárbaro, etc. (tal como podem constatar pelos nomes, tudo entretenimento levezinho, alguns até comédia romântica), agora vem com esta conversa de mariquinhas! Mas que é isto? Então e se os jogos de computador violentos são maus para as crianças, os filmes encaixam-se onde? Lá porque o homem tem 60 anos e está a ficar gasto, não quer dizer que se arme em mariquinhas! O Clint Eastwood também já tem uma certa idade, mas a qualquer momento é de esperar que saque a Magnum das calças e diga um "Go ahead, make my day!". Enfim, isto de um gajo se meter na política torna inevitável que, mais cedo ou mais tarde, se assuma sobre um qualquer assunto a chamada posição de "virar o bico ao prego"... Qualquer dia começa a fazer filmes musicais com um tutu vestido, e a chorar em diversas cenas. Arnold, andaste anos e anos a dizer "I'll be back!". Acho que realmente está na altura de voltares... ao que eras!

As Nossas Limitações

Ontem fui ao velório (não gosto nada deste termo... prefiro "despedida") de uma pessoa amiga, que infelizmente nos deixou. Enquanto as pessoas iam chegando e cumprimentando os filhos da senhora, eu observava. Observava em primeiro lugar, o olhar distante e sofrido do filho que ficou claramente num vazio, por perder tal como ele próprio definiu, a sua grande amiga. Mas o que me fez mais confusão foi a necessidade que o ser humano em geral tem de fazer conversa de "chacha". Enquanto que eu ao chegar o cumprimentei com um abraço sem palavras, e me despedi dizendo-lhe que se precisasse de alguma coisa podia contar comigo, ficando tudo dito e sentido, outras pessoas houve que tiveram de passar uns bons 20 minutos com a ladaínha dos clichés: "é a lei natural das coisas... é assim a vida... tens de ser forte e ter coragem... era tão boa pessoa... é o destino de todos nós... blá blá blá". Tratando-se de uma pessoa educada, nada respondia até porque suponho não estivesse a ouvir nada do que lhe diziam. No meu caso preferia sinceramente que guardassem a "chachada" e me deixassem sossegadinho no meu canto. O que é um facto é que nós, humanos, temos destas coisas. Constrangemo-nos facilmente e frequentemente ficamos sem saber o que fazer ou dizer. Uma máxima importante para mim é a de que, "se não tens nada para dizer, mais vale ficares calado". E julgo sinceramente que o mundo não ficaria pior com mais gente a pensar assim.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Pavarotti & Friends




Das várias edições dos concertos Pavarotti & Friends, este é um dos meus momentos favoritos. Aqui fica, Pavarotti e amigos... e olhem que eram muitos.

Arrivederci Luciano!

Morreu hoje durante a madrugada, em Modena, o cantor lírico Luciano Pavarotti. Cantor lírico é uma designação que claramente fica muito aquém daquilo que o homem por trás representava e continuará a representar. Infelizmente toda a sua força interior não foi suficiente para vencer um cancro no pâncreas, deixando-nos aos 71 anos de idade, com o sentimento de que ainda havia muito para nos dar. Era inclusivamente seu desejo terminar uma digressão mundial de 40 concertos que tinha já iniciado, mas que obviamente não conseguiu concretizar. No entanto classifica-se como uma das pessoas de um grupo restrito, que pela sua obra se pode dizer que mudaram o mundo. Não só pela acção humanitária com que sempre se preocupou, levando a cabo inúmeros espectáculos com artistas de todo o mundo e todo o género musical, mas também pela sua dimensão enquanto pessoa. A sua qualidade foi e será inigualável, garantindo-lhe assim um lugar na história das artes e espectáculo. Gostava por isso de deixar aqui um singelo adeus a um dos maiores, senão o maior tenor de sempre. Arrivederci Luciano!

quarta-feira, setembro 05, 2007

Eu Te Baptizo

Nos últimos tempos tem sido noticiada a ocorrência de vários furacões com efeitos devastadores, em diversas zonas do mundo. Ele é o furacão Felix, mais recentemente o furacão Henriette (que se aproxima da zona do México), já para não falar nos mais antigos como o Katrina. Sim senhor, isto de ter furacões por aí a circular é tudo muito bonito, mas quem é que procede ao baptismo dos ditos? Gostaria de dar uma palavrinha a esses senhores, quanto à escolha de nomes. Concretamente, porque é que os mesmos têm de ser tão invulgares? Quantas pessoas é que conhecem com o nome Henriette? Ou Katrina? Por uma vez que fosse, gostava de ver o governo português impôr-se e obrigar quem quer que seja que decide estas coisas a dar a um furacão um nome em condições, mesmo que abreviado. Proponho que o primeiro possa ser "Furacão Zé", ou até mesmo "Furacão Tó". Até já estou a imaginar os títulos dos jornais: "Zé deixa rasto de destruição" ou "1000 pessoas desalojadas por causa do Tó". Esta é apenas a minha sugestão, mas julgo assim dar um contributo importante para situações futuras. Até porque isto dos nomes raros, mais tarde ou mais cedo, esgota-se!

terça-feira, setembro 04, 2007

Sem Tempo a Perder

Já ouvi várias vezes a expressão "carpe diem", mas nunca vi ninguém aplicá-la melhor como máxima de forma de estar e viver, do que um homem de 39 anos a quem foi ontem decretada (à segunda tentativa) prisão preventiva pelo Tribunal de Vila Verde. Ao que parece, o homem tinha acabado de ser apresentado perante a justiça pela prática de mais de 30 crimes de furto, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de apresentações periódicas na polícia, bem como de tratamento médico pelo facto de ser toxicodependente. A primeira coisa que o artista fez assim que saiu do tribunal: gamar uma mota. Estava já sentadinho na dita quando foi interpelado pela GNR que o observara durante o acto. Ainda espetou um dos "géninhos" com uma chave de fendas, mas nada de grave. Parece que se um gajo for drogado e cometer mais de 30 crimes de furto, não é motivo suficiente para ficar preso preventivamente. Já se um gajo for drogado, cometer mais de 31 crimes e espetar um GNR com uma chave de fendas após sair do tribunal, aí sim, já dá direito a prisão preventiva. Provavelmente se fosse eu ou qualquer outro cidadão que falhasse o pagamento de uma multa ou qualquer outro imposto, não teria direito a uma segunda hipótese, mas é mesmo este o sistema que temos. Portanto, "carpe diem" e toca a gamar qualquer coisita, vão ver que se safam!

domingo, setembro 02, 2007

Festival da Eurotreta

Ontem deu na RTP a primeira edição do festival da eurovisão de dança. Para ser sincero não vi o programa com muita atenção, limitando-me a ver integralmente as danças da Sónia Araújo, também conhecida por "a boa" e do... do... coiso. Tenho a dizer que a indumentária podia ser mais provocante, assim como as duas coreografias podiam ser mais arrojadas. Em relação ao que já tinha visto no Dança Comigo em Portugal, foi fraquinho. Não percebi muito bem a ideia de os outros países levarem pares de dançarinos profissionais (como o que ganhou, que dança junto há 20 anos). Nesse caso nós que temos um par de dançarinos que são só campeões europeus, também o devíamos ter feito. Relativamente à votação, foi uma fotocópia do velhinho festival da eurovisão da canção. Os países vizinhos do costume votam entre si e Portugal dá pontuação máxima a Espanha (sendo o único a fazê-lo, obviamente). A novidade foi que desta vez Espanha... também votou em nós. O momento triste da noite esteve mesmo a cargo da Marta Leite e Castro, que assim que foi contactada pelos apresentadores anfitriões a fim de dar a votação portuguesa, brindou toda a gente com um "good night", ao que o apresentador lhe pediu para, por favor, não se ir deitar antes de dar as pontuações (acompanhado de gargalhada geral). Julgo que é tempo de obrigar a nova geração de apresentadores a completar o primeiro ciclo (que é onde se aprende a distinguir coisas como a diferença entre "good night" e "good evening"). Enfim, a vergonha do costume, pela parte de quem nos devia representar.