sexta-feira, outubro 04, 2019

Passeio pela Serra da Freita - Dia 2, Parte II

Além do meu problema com o furo, cometemos um erro na gestão da autonomia das motas. Eu tinha uma diferença de cerca de 40-50 kms a mais feitos com o meu depósito, relativamente à mota do Diogo. Quando entrei na reserva, alertei para esse facto e percebemos que estávamos a mais de 40 kms das próximas bombas, o que numa Hayabusa a fazer aquele tipo de percurso me fez ter de imediato a convicção que iria ficar sem combustível no meio do nada. Daí em diante fiz todas as descidas com a mota desligada, enquanto ainda assim tentava ir apreciando a envolvente magnífica que se apresentava em cada sítio por onde passávamos. Até o raio do sítio onde furei era espetacular, caramba!


Fomos seguindo até Ponte de Telhe, tomando depois a estrada M567 (Garganta do Inferno) até Sul. Finalmente e quase 60 kms depois, animei-me quando o Diogo mandou umas gazadas a alertar para as bombas da Galp à nossa frente. Parámos, respirámos fundo e celebrámos com uns martinis, logo após ter enfiado 20 litros de combustível no depósito da "mijona"!

Entretanto achei por bem repor um nível adequado de pressão no pneu de trás, momento em que os tacos do furo maior... cederam. Percebi que celebrámos antes do tempo. O pneu começou novamente a perder pressão e já não tínhamos kit de reparação. Questionei o funcionário das bombas:

- Olhe, tem uma oficina de reparação de motas a uns 2 kms daqui...
- Mas é domingo... acha que está aberta?
- O dono mora lá... é a melhor opção que tem, senão só talvez em São Pedro do Sul.


Agradeci e segui de imediato. Encontrámos com facilidade a dita oficina, com ar de improviso, na garagem de uma vivenda à beira da estrada.


Não estava o dono, mas estava o filho, que prontamente nos arranjou outro conjunto de tacos. Nova reparação, mas a coisa não corria bem. Na realidade, quanto mais tentava reparar o pneu, parecia que ficava pior. Tirámos tacos, voltámos a aplicar, e sempre que se colocava pressão no pneu, acabavam por ceder.



Eram 17h. Estávamos a mais de 250 kms de casa, não tínhamos almoçado, estávamos cansados e a começar a ficar irritados com toda aquela situação. Desisti de reparar o pneu na perfeição e decidi seguir viagem conforme estava.

- Quanto é que devo pelos tacos?
- Nada... deixa estar isso... eu também ando de mota, por isso...
- De certeza?
- Sim, é pena o meu pai não estar cá, senão talvez conseguisse ajudar...


Agradeci uma vez mais e seguimos pela N16 em direção a Viseu, apanhando depois a A24 e o IP3. Já no IP3, parámos na área de serviço junto à barragem da Aguieira, onde no Restaurante Lampreia iríamos finalmente degustar uma sandes de porco juvenil e mandar abaixo uma jola (bem que estava a precisar), para descontrair um bocado.



Depois de forrar o estômago, tentei repor alguma pressão no pneu que estava cada vez com pior aspeto... reavaliei a situação... e decidi atirar a toalha ao chão e chamar a assistência em viagem.

- Boa tarde... pretendo assistência em viagem devido a rebentamento de um pneu.
- Concerteza. A mota será encaminhada para a oficina de reparação de pneus mais próxima, e chamaremos um táxi para si.
- Como assim "oficina mais próxima"? Está alguma oficina aberta hoje? Eu pretendo que seja transportada para oficina selecionada por mim.
- Não. Fica em depósito e será enviada na segunda-feira para a oficina mais próxima do local onde se encontra.
- Desculpe, está a dizer-me que depois tenho de vir buscar a mota a Santa Comba Dão, a uma oficina que não conheço, que pode não ter o pneu que pretendo, sendo eu de Lisboa?
- Sim.


Depois de alguns minutos de discussão com o operador... depois de ser passado ao supervisor... depois de insistirem autisticamente que de acordo com as condições da garantia da cobertura de furo ou rebentamento de pneus, teria de deixar a mota ali, ir para casa de táxi e depois vir buscar a mota com um veículo de substituição que me disponibilizariam, apesar de eu ter sugerido que seria mais económico simplesmente chamarem um reboque que me levasse a mim e à mota até casa, esforçava-me estoicamente por manter a calma e a paciência. Acabei por desligar para pensar um pouco e decidir o que fazer. Enquanto isto o Diogo já investira numa solução de recurso que tínhamos discutido anteriormente, e vinha ao meu encontro com duas latas de spray anti-furo adquiridas na estação de serviço. O pneu era para o lixo mesmo, por isso não hesitei e despejei-lhe com uma lata de "nhanha" p'ra dentro, caguei na seguradora, e segui caminho.

Lição aprendida: em caso de novo problema com pneus, longe de casa, a mota não furou... sobreaqueceu! Obrigado pela aprendizagem, querida seguradora!

Mal arranquei apanhei uma longa extensão do IP3 em obras, com desvios e trânsito parado, até finalmente chegar à A1. O pneu lá se ia aguentando enquanto tentava repor pressão a cada paragem. Na A1, novamente trânsito parado devido a um carro que se incendiou... A viagem parecia decorrer a conta-gotas e nunca mais ter fim. Na estação de serviço de Leiria, o Diogo continuava armado em maricas e a achar que não devia seguir viagem assim. Tinha receio que o pneu não aguentasse, e contra a minha vontade teimou em acompanhar-me até Santarém. Despedi-me da Cátia e seguimos os dois juntos por mais uns kms.


Nova paragem em Santarém. O pneu parecia aguentar-se contra as expectativas do maricas do Diogo. Separavam-me 80 kms de casa, pelo que nos despedimos finalmente e arranquei, com uma derradeira paragem em Aveiras, antes de terminar a viagem.

Eram 22h00... 960 kms depois... 250 deles feitos com um pneu furado... finalmente estava em casa. Foi sem dúvida arriscado fazer o que fiz no final da viagem, mas as circunstâncias assim o ditaram e felizmente acabou tudo por correr bem. No meio desta aventura, quando olhamos para trás é inevitável não adorar a natureza humana e a camaradagem que surge naturalmente de pessoas como aquelas com quem tive a sorte de me fazer acompanhar durante este fim-de-semana. No meio de todas as tropelias, o espírito nunca se "partiu" e a boa disposição foi muito mais presente do que ausente! Um grande bem haja a estes dois que tiveram a pachorra para partilhar a "fava" que me calhou.

quinta-feira, outubro 03, 2019

Passeio pela Serra da Freita - Dia 2, Parte I


A Casa da Leira Pereira, localizada no meio do nada, foi para mim a forma ideal de conseguir uma noite de sono descansado como há muito não tinha. Pouco ou nada se ouviu durante a noite, pelo que acordámos todos bem repousados e cheios de vontade de nos fazermos à estrada, que prometia mais e melhores paisagens e envolvente.


O Sr. Armando tinha deixado o pão à nossa porta, conforme prometido, pelo que preparámos o nosso pequeno almoço enquanto deixávamos o ar fresco entrar pela típica casa de pedra que nos albergou, misturado com o cheiro intenso das uvas morangueiras.



Enquanto tomávamos um café na rua começou a dar-se uma agitação bovina nas redondezas, quando de repente começaram a aparecer vacas vindas de todo o lado, para os respetivos currais. Um deles era mesmo ali ao lado da nossa casa, sendo que fomos convidados a espreitar um bezerro que timidamente se escondeu e não se deixou fotografar...


Já que estamos no tema das bestas de carga, era tempo de albardar as burras e retomar a nossa viagem. O primeiro destino, depois de deixarmos aquela tranquila aldeia no meio do nada, foi fazer novamente o caminho que tínhamos percorrido na noite anterior, através da serra, mas desta vez com direito a ver a paisagem à luz do dia. O nosso primeiro destino seria a Frecha da Mizarela. A Frecha da Mizarela é a maior cascata de água em Portugal, com uma altura de 60 metros. Toda aquela região em redor é conhecida por amantes de canyoning e outros "ings" (desta vez não relacionados com motociclismo) que agora não me ocorrem.



A vista cá de cima era simplesmente espetacular...



... mas não resistimos ir até lá abaixo através de uma estrada estreita e retorcida que desembocava numa aldeia abandonada mesmo junto ao rio.




Tirámos um par de fotos, respirámos fundo, voltámos até à estrada principal e seguimos o nosso caminho, desta vez em direção a Arouca. Chegados a Arouca, seguimos em direção a Alvarenga, onde parámos num restaurante simpático e bebemos apenas um café, apesar de ser já quase horas de almoçar. Decidimos fazer mais uns kms antes de encher o bandulho. Pouco depois começaríamos a ter alguns imprevistos e a cometer alguns erros...


Percorremos a N225 até Parada de Ester, e seguimos rumo a sul, até Nodar. Quando já estávamos bem embrenhados no meio do nada, algures entre Sequeiros e Covas do Rio, ao desfazer uma curva apertada... furei. Encostámos todos, respirámos o ar puro e arregaçámos as mangas. Era altura de sacar do kit anti furos.



Ao observar o pneu fiquei algo preocupado, porque era mais um rasgo que um furo, e temi que fosse de difícil reparação... mais preocupado fiquei quando reparei que não tinha apenas um furo, mas sim três. Gastei os tacos todos que vinham no kit do Diogo, assim como as botijas de CO2 que o acompanhavam.


O pneu ficou com pressão suficiente para rolar e aparentemente os furos tinham ficado bem vedados. Já com o problema resolvido, passou por ali na direção oposta à nossa uma comitiva de "ferros" que pararam e perguntaram se estava tudo OK. "V" para todos, obrigado, e seguimos caminho.



Estava eu a pensar que agora era melhor ir com calma, já que o pneu levava 4 tacos enfiados (2 deles num único furo) e a pressão a meio gás, quando a estrada que se nos apresenta à frente era em terra batida com quantidades consideráveis de cascalho e inclinações de meter respeito. Os meus genitais reduziram ligeiramente de tamanho, enquanto percorria aqueles kms e rezava para que na curva seguinte voltasse a surgir o alcatrão, coisa que tardava a acontecer... Só em Janarde voltámos finalmente a ver alcatrão.

Passeio pela Serra da Freita - Dia 1

A ressaca de uma voltinha maior de mota já se fazia sentir há algum tempo, por isso foi com muito pouca vergonha que me colei ao Diogo e à Cátia quando me falaram no passeio que tinham planeado na Serra da Freita e arredores. Sendo uma zona que conheço pouco, a expectativa ainda foi maior. E foi com essa expectativa que me levantei cedo a um sábado, para pegar na "mijona" (a.k.a. Hayabusa) e fazer-me à estrada em direção ao ponto de encontro: as bombas da Repsol do IC2, em Leiria. A partir daqui, o plano era mais ou menos este:


 Cumprimentos e abastecimentos feitos, lá saímos das bombas, percorrendo o IC2, enquanto o nevoeiro se dissipava e a estrada melhorava. O sol foi aquecendo e os pneus também, até que a fome que se fazia sentir nos levou a parar de forma improvisada numa praia fluvial que nos apareceu à frente. Estávamos a cerca de 5 kms de Águeda, na Praia Fluvial de Bolfiar, e aqueles foram os melhores cachorros quentes que comi naquele dia (e sobretudo com aquela paisagem de fundo).



Uma senhora que parecia usar uma máscara de barro, e que tinha uma pintura estranha na cara, como se tivesse pintado umas sobrancelhas por baixo dos olhos, com um look algures entre o egípcio e o alucinado, foi-nos servindo simpaticamente, até que já com a barriguinha cheia, decidimos seguir viagem em direção a Albergaria.


O objetivo era apanhar e percorrer a estrada N16, mas chegados a um cruzamento, vimo-nos barrados por um GNR que nos interpelou explicando que a estrada estava cortada mais à frente para reparação do pavimento. O agente, ao olhar para o estado do pneu da frente do Diogo, esboçou um esgar maléfico de quem pensa: "é que lixava-te já aqui...". Felizmente se o pensou, não o fez. Muito pelo contrário. Também devia andar de mota, porque recomendou-nos um desvio por uma sequência de terriolas, terminando com um "e por aí a estrada é assim, 'tá a ver?", enquanto desenhava um serpentear no ar com a mão. Percebemos que nos estava a recomendar umas curvinhas porreiras, até podermos retomar a N16 mais à frente, e seguimos o conselho.

Fizemos assim o percurso desde Valemaior, passando por Ribeira de Fráguas, até Sever do Vouga. Ainda antes de regressarmos À N16 era tempo de abastecer, pelo que parámos numas bombas de gasolina onde fomos imediatamente atendidos por um tipo com um ar esgrouviado que meteu logo conversa connosco...

- Gasolina simples? Isso é gasolina que aqui não se gasta!
- A gente aqui topa quando a GNR 'tá lá à frente, e liga para a malta das motas que costuma aqui vir...
- Ducatis... malta das Ducatis...


Quando perguntámos acerca do caminho que tencionávamos percorrer, recebemos a resposta de imediato:

- Eish! C'um caralho... foda-se! Vocês não vão por aí... isso é cheio de curvas! 25... 30 kms/h no máximo! Até de carro é lixado! O melhor que fazem é voltar para trás e apanhar a autoestrada...

Ouvimos atentamente os conselhos daquele sábio com um olho maior que o outro, e tentámos fazer exatamente o oposto de tudo o que nos recomendou. Certamente batizou-nos de "tenrinhos das planícies"... Mais à frente retomámos a N16 em direção a Oliveira de Frades, onde iríamos fazer mais uma paragem. O calor já se fazia sentir, pelo que vieram umas imperiais dignas de foto parar à nossa mesa. Imperiais não... finos! Ah, e ainda tivemos uma rodada de borla!




Quando percorríamos a estrada em modo passeio já próximo de Vouzela, tive mais um episódio daqueles que só a mim acontecem... em pleno andamento e com a viseira do capacete aberta, levei uma bordoada do que pareceu um pau ou uma pedra, que me acertou em cheio na bochecha esquerda e até me fez ganir. Aguentei a pancada, até que de repente comecei a sentir algo mexer no interior do capacete. Percebi de imediato que tinha ali um bicharoco qualquer, que trepava pela minha cara acima. Tentei manter o sangue frio e encostei a mota, enquanto via já umas patas de um bicho que tentava sair de dentro do capacete. Assim que tirei da forma mais calma possível o capacete da cabeça, deparo-me com uma gigantesca vespa asiática, conforme mais tarde viria a confirmar ser. Nunca tinha visto nenhuma ao vivo, e não tirei fotos daquela, mas era mais ou menos assim:


O Diogo fez a cortesia de a esborrachar, enquanto olhávamos boquiabertos e em silêncio um para o outro. Acho que deixei escapar uma gotinha enquanto pensava no que me podia ter acontecido. Seguimos caminho.

Para não variar, perdemo-nos ao tentar dar com o cruzamento que nos levaria finalmente em direção à Serra da Freita. Aqui a paisagem mudou novamente, e o sol baixo do final de dia dava um encanto especial ao que íamos vendo. Seguimos em direção à Póvoa das Leiras, uma pequena aldeia com meia dúzia de pessoas, uma dúzia de espigueiros e muito gado bovino, onde teríamos o nosso alojamento à espera: a Casa da Leira Pereira.



Ligámos ao Sr. Armando... não atendeu. O vizinho em frente logo meteu conversa connosco e partilhou os contactos do filho do Sr. Armando... e para o caso de o filho não atender... partilhou também o contacto da filha. Ligámos para toda a gente, e lá se chegou à fala, tendo o Sr. Armando vindo ao nosso encontro passados poucos minutos.




Uma visita guiada rápida pela casa de pedra escondida por detrás de uma latada de uva morangueira, com uns quartos apelativos a uma boa noite de descanso e uma vista magnífica para a serra mesmo em frente. Tudo tratado... "amanhã deixo-vos aqui pãozinho"... e toca de ver onde jantar. A sugestão do Sr. Armando era boa, tivessem lugares para nos atender, pelo que o restaurante mais próximo (e disponível) implicava fazer 20 kms pela serra (o que fizemos, e valeu a pena).

O jantar foi no Restaurante Mira Freita, e o prato escolhido por todos foi cabrito (já bem apuradinho, desde o dia anterior). A simpatia do empregado fez-nos ignorar o facto de gostar de fazer torres de loiça perigosamente empilhada... de se cuspir todo enquanto falava... de ter tombado uma das sobremesas que nos ía servir... e de ter entornado uma cerveja para cima do capacete do Diogo. Tirando tudo isto, até era porreiro.


Depois da barrigada de kms e de cabrito que já tínhamos em cima, não apetecia muito fazer outros 20 kms de volta a casa, mas não havia outra hipótese. Fomos abastecer-nos de umas garrafinhas de Favaios no café da frente, que a Cátia guardou no seu "porta couves", para levarmos para o nosso alojamento e fazer um brinde antes de dar o primeiro dia por terminado. O dia seguinte... prometia, mas agora era tempo de dormir.

segunda-feira, setembro 16, 2019

Dilemas...

Quando vais a um daqueles grandiosos bazares chineses onde se vende de tudo, e acabas por te deparar com um sério dilema na compra de um simples cinzeiro...


domingo, setembro 15, 2019

Mais Uma Vindima

Cada vez que chega esta altura do ano, sinto-me sempre feliz pelo facto de ainda ter a oportunidade de participar numa vindima, assim como de partilhar esse momento e essa experiência com os meus filhos. Assim foi este ano. Lá se geriram as disponibilidades e definiu-se o fim-de-semana para o efeito. E correu lindamente, melhor que no ano anterior! Havia mais uva para apanhar... não foi necessário andar sempre a fugir de vespas, e até o tempo deu umas tréguas para se poder trabalhar sem calor a mais e, sobretudo, sem chuva.


Desta vez fiz questão de "afinar" eu próprio o aperto da esmagadeira, que no ano anterior nos deixou ficar mal, e que talvez por isso tenha resultado em ter o vinho tinto estragado a meio do ano...


O resultado bem visível do "aperto" que levaram... e chegou para quase encher duas dornas!


E como ainda sobrou algum tempo, resolvi colocar em prática um pouco de "exploração infantil"... ao fim ao cabo, o carro já não era aspirado há mais de um ano. Há limites.


Para o ano haverá mais, se tudo correr bem. Agora... venho o vinho!

domingo, setembro 01, 2019

F...da-se!!!

Percebes que algo se passa com a sociedade dos dias de hoje, quando no Top 5 dos livros mais vendidos da FNAC, três deles fazem referência ao ato de fornicar, mas de um ponto de vista metafórico...


A esperança na humanidade reside ainda assim no facto de o nº 1 ser a agenda para educadores de infância... ainda que essa possa ser vista como uma profissão f*dida!

domingo, agosto 25, 2019

Férias de Verão - Semana #3

Terceira e última semana de férias. E como diz o ditado, "last but not least", fomos todos viajar novamente a um país do continente africano: Tunísia (mais concretamente Djerba). Djerba foi uma das primeiras viagens que fiz, e foi sem dúvida a primeira viagem que fiz com a mulher que tem a paciência de me aturar mais ou menos há 16 anos. E foi em 2004 que visitei este local pela primeira vez, tendo sido uma viagem memorável. Desta feita e 15 anos depois, optei por viajar com baixas expectativas, e ainda bem que o fiz. Se há 15 anos este era um destino ainda pouco conhecido, agora peca pelo excesso de turistas. Igualmente, o país evoluiu pouco. No geral, está pior: mais sujo, mais gente em todo o lado, mais caro para as mesmas coisas que oferecia na altura, etc. Até os passeios organizados que estão à disposição dos turistas são exatamente os mesmo, mas com menos qualidade. Ainda assim, nem tudo é mau. Os resorts têm boa qualidade, as praias também, a água é quentinha e os locais são simpáticos.

A praia era bonita de noite...


... e de dia!


Existe animação e alguma oferta de coisas para fazer. No nosso caso (e porque já conhecíamos a ilha) a única coisa que nos fez ausentar um dia do resort foi um passeio de barco pirata até à "Ilha Deserta dos Flamingos", que só tem flamingos em outubro e parecia a Costa da Caparica em pleno mês de agosto. Tirando isso foi mais estar de papo para o ar e dar uns passeios na praia de dromedário e cavalo.


O resort era bastante bom, e tinha muito boa pinta...


A vista do nosso quarto era esta...


Dia e noite havia um grupo de animadores entusiastas a dar o seu melhor, ainda que isso significasse quase morrerem queimados ao tentar fazer um número artístico de cuspir fogo...



Em suma, o tempo dividiu-se sobretudo entre a praia e a piscina, e nos intervalos comer e dormir. O que não foi propriamente mau!


O tempo passou depressa. Quando demos por isso era tempo de regressar a casa. Despedimo-nos do ambiente árabe a que já nos tínhamos habituado e lá voámos de volta...