sexta-feira, julho 20, 2007

Férias

Ainda não fui. Ainda não é hora. Mas está quase, quase, quase. Vou amanhã. Apetecia-me ir já hoje, mas não. Ainda não dá. Tenho de me preparar para ir. Amanhã devo ter tudo preparado. Depois vou. É que apetece-me mesmo ir. Depois volto. Mas para já vou. Bem preciso. Até daqui a uns dias. O melhor é que depois de voltar, vou outra vez. Primeiro vou, depois volto e a seguir vou outra vez. Ou seja, vou duas vezes. A primeira, agora, e a segunda, depois (da primeira, claro). A primeira é para um lado, a segunda para outro. Vai ser porreiro.

quinta-feira, julho 19, 2007

Hospital Estrelinha

A melhor do dia foi a de que os serviços de saúde poderão vir a ser avaliados e classificados através de um sistema de estrelas, semelhante ao aplicado nos hotéis. Agora é que vão ser elas... Com a qualidade da saúde em Portugal, quer-me parecer que em vez de termos um "Hospital de 5 Estrelas", vamos ter, à imagem e semelhança da conhecida pensão, um "Hospital Estrelinha". O que vale é que está contemplada nesta proposta a atribuição de estrelas de 0 (onde certamente vão encaixar 99% dos hospitais) a 5. Segundo Álvaro Almeida, "os indicadores escolhidos deverão ter em consideração a satisfação dos doentes" [aqui fiz um intervalo na escrita, porque precisei de ir à casa de banho, de tanto rir]. Certamente que a Entidade Reguladora de Saúde também tem prevista uma adequação dos preços dos respectivos serviços de acordo com a classificação (é que é mesmo de certezinha absoluta...). Por outro lado, se pensarmos nos valores cobrados por algumas clínicas privadas, podemos até afirmar que algumas são bem mais caras do que hotéis de 5 estrelas, o que dá algum sentido a esta nova medida. Uma possibilidade de negócio seria os operadores turísticos começarem a utilizar os hospitais e clínicas para os pacotes que incluem alojamento. Exemplo: pacote promocional com "transfers" de ambulância incluídos, e estadia de 5 noites no Amadora-Sintra, em regime de alojamento e "saquinho de soro". Espectacular...

sexta-feira, julho 13, 2007

Insegurança Social

Esta semana tive direito a mais um episódio da novela "A Função Pública", daqueles que eu gosto tanto. O tema deste episódio foi Segurança Social. Recebi uma cartinha em casa a notificar-me para regularizar a minha situação, uma vez que tinha uma dívida perante a Segurança Social, que ultrapassava os 500 euros. A situação é facilmente explicável pelo facto de descontar para outro regime que não este. Até aqui a incompetência no que diz respeito ao não cruzamento de informação entre regimes diferentes, é mais ou menos expectável. O que não é expectável é que o conjunto aleatório de meses de dívida que me apresentavam, relativos aos anos de 2003 e 2004, já tinham sido justificados em 2005 quando precisei de uma declaração de "não dívida" e fui surpreendido por uma declaração de dívida. Passados dois anos toca a fazer tudo outra vez. Papel para aqui, declaração para ali, e finalmente uma manhã perdida para explicar porque é que não devo nada a ninguém. No final a senhora que curiosamente até foi simpática explicou-me que eu tinha sido o feliz contemplado do trabalho de uma entidade privada, que foi contratada pelo estado para emitir este tipo de notificação, ainda que trabalhando sem ligação ao sistema central (portanto, com informação desactualizada!!!). Durante este episódio todo não pude deixar de pensar que, caso fosse preciso cruzar informação para obter algum tipo de receita ou imposto, tal já estaria feito. Durante este episódio todo imaginei a quantidade de pessoas que perante estas situações pagam sem piar, por falta de conhecimento ou por receio dos termos ameaçadores da carta (sem aviso de recepção) que recebem, falando de "cobranças coercivas" caso o pagamento não seja efectuado dentro de 10 dias (não úteis), não pude deixar de pensar na quantidade de vezes que somos tratados como criminosos até prova em contrário. Lembro-me sempre do filme "Um Dia de Raiva", neste tipo de situação, e penso até quando vou aguentar não me transformar na personagem representada pelo Michael Douglas... D-FENS!!!

terça-feira, julho 10, 2007

Ah e Tal e o Camandro

Estava eu a emborcar um "ísque" ali no Aguarela, ontem à noite, quando li um papelinho que dizia isto:
"O Curso de Artes Performativas da ESTAL visa formar Actores Criadores capazes de, a partir de um ponto de vista especificamente teatral, dialogarem com as demais áreas de criação e produção artísticas intrínsecas às artes cénicas. Um actor que é ao mesmo tempo um artesão que domina os procedimentos e instrumentos técnicos inerentes ao seu ofício e que é também um criador que pensa a relação da arte com a sociedade a partir de conceitos éticos, filosóficos e estéticos. Artista que reflecte sobre a sua profissão e que se posiciona estrategicamente num ponto intermédio entre o resgate cultural e a transformação e intervenção na própria contemporaneidade."
E eu digo: Hã?

sexta-feira, julho 06, 2007

Educação a Sério

Hoje recebi um e-mail com as regras para a boa educação feminina, no tempo do Salazar. Depois de ler consegui de alguma forma perceber melhor (na realidade não...) porque é que a aventesma foi eleita o maior português de sempre... Aqui transcrevo algumas das regras de ouro:

[Jornal das Moças, 1957] Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas (também acho).
[Revista Cláudia, 1962] Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho e provas de afecto (ora aí está).
[Jornal das Moças, 1965] A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa (é um risco).
[Jornal das Moças, 1959] A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos (sofá e PS2 parece-me bem).
[Jornal das Moças, 1957] Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinzas nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa (caguei p'a esta).
[Revista Querida, 1954] Mesmo que um homem consiga divertir-se com a sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu (quê?).
[Revista Querida, 1953] O noivado longo é um perigo (para quem?).
[Jornal das Moças, 1957] É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido (preferencialmente bikini e saltos altos, ou qualquer coisa assim confortável).
[Revista Querida, 1955] O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza (é melhor deixá-las senão sobra para os outros).

terça-feira, julho 03, 2007

Um Gajo à Maneira

Ah, o que eu ansiava por ver um filme a sério. Nada daquelas mariquices que fazem as mulheres chorar, mas sim uma coisa feita para homens de barba rija. Die Hard 4 (nem vou dizer o título em Português, porque sinceramente não vale a pena), ao contrário do que é habitual nas sequelas, não fica muito atrás dos seus antecessores. Consegui convencer a companhia feminina a "não" ver o Shrek Terceiro, e em vez disso tivemos direito a duas horas de cenas de porrada, explosões e afins. John McLane continua em grande forma, apesar da falta de cabelo. Antes de aviar um caramelo qualquer com um balázio, não leva mais que um ou dois murros no máximo (e é quando o apanham desprevenido). As cenas eram (minimamente) realistas, tirando um ou dois pormenores mais "arrojados", o que dá mais sabor a qualquer filme de acção que se preze e não queira parecer um filme de desenhos animados. Enfim, foi porreiro e fez-me relembrar nostalgicamente a primeira vez que vi o "Assalto ao Arranha-Céus". Recomendo que quem quiser ver um filme como deve ser, sem moer muito a cabeça (às vezes faz falta), dê uma espreitadela.

Homem Bomba M/F Precisa-se

Segundo o Diário Digital de hoje, no Reino Unido a polícia identificou dois médicos, um iraniano e um jordano, como suspeitos dos atentados falhados com viaturas armadilhadas em Londres. É engraçado que nos últimos tempos têm-se verificado uma perca de qualidade relativamente aos terroristas. Para já, se queriam a coisa bem feita era estarem lá na hora H, e carregar no botão. Nada dessas mariquices de colocar bombas num carro, ainda por cima mal feitas, que depois não explodem. Julgo que este decréscimo de qualidade está sobretudo relacionado com falta de formação de homens bomba. Parece que o facto dos homens-bomba-professores irem pelos ares sempre que querem demonstrar como se faz, tem a ver com isso: "Prestem bem atenção, que eu só explico como isto se faz uma vez... BOOOMM!!!". Há uns tempos foi feito um atentado em que um grupo de terroristas enviou uma criança armadilhada com explosivos, ter com um grupo de soldados norte-americanos para se detonar. O problema é que os explosivos não detonaram. Tinha sido interessante os soldados corrigirem a falha no sistema dos explosivos e depois enviarem de volta a criancinha. Já agora, como é que se alicia uma criancinha a enveredar pela carreira de homem... perdão... criança-bomba? A história das virgens à espera no céu, não se aplica: "Papá, papá! O que é uma virgem?". Parece-me que pelo andar da carruagem, qualquer dia temos aí uma cambada de mariquinhas-bomba.

segunda-feira, julho 02, 2007

Olha, Lá Vai o Forreta

Pois é... finalmente consegui utilizar o bendito vale de desconto de 5 euros, na compra de um CD/DVD/Vinil de valor superior a 14,50 euros, oferta não acumulável, entre os dias 21 de Junho a 1 de Julho de 2007, nas lojas FNAC. Estes são apenas alguns dos dados preciosos escritos em letra tamanho 0,5 no verso de um cupão verde, que andou na minha carteira aproximadamente durante um mês. Depois de um episódio aqui relatado anteriormente, em que na vã esperança de usufruir desta maravilhosa benesse, acabei por gastar 11,50 euros sem o conseguir fazer, fiquei tentado a ignorar que possuía este papel vindo do Inferno... Ainda assim o espírito de forreta que há em mim veio ao de cima, e lá me decidi, pouco antes de terminar o prazo, a utilizar o desconto. Tal como descrevi no episódio anterior, ficou-me gravado na retina o álbum "Mundo" do Rodrigo Leão. E pronto... lá me decidi a comprar o CD que tencionava adquirir inicialmente. Verifiquei primeiro que estava de acordo com os rígidos critérios de aplicação do vale de desconto, e dada a conformidade, avancei confiante para a fila da caixa. Finalmente despachei aquele papel amarfanhado que há tanto tempo transportava. Retirando os 5 euros de desconto, aos 16,50 do disco, paguei mais 11,50 (o mesmo preço que paguei pelo disco anterior, sem desconto). Contas feitas, a brincadeira da forretice ficou em 23 euros no total. O mais engraçado no meio disto tudo é que o CD é uma espécie de colectânea, cujas músicas, a bem dizer, eu já tinha (praticamente todas) nos outros CDs..

domingo, julho 01, 2007

Desapareceu em Alverca

A pedido da Tânia, coloco aqui alguma informação para que alguém a possa ajudar. Ela perdeu o seu companheiro canídeo Frederico, de 13 anos, que podem ver na fotografia, na última quinta-feira, dia 28. É um caniche preto, acabado de tosquiar, e tinha na altura uma coleira azul. Desapareceu na zona do mercado antigo de Alverca e apesar das várias tentativas da Tânia, ainda não o conseguiu encontrar. Agradece-se qualquer informação que alguém possa dar para ajudar a encontrar o Frederico. Podem fazê-lo neste mesmo blog ou no blog da Tânia, em http://qualquercena.blogspot.com. Obrigado desde já!