domingo, dezembro 02, 2012

Estou Gasto...

Imediatamente antes da banhoca merecida, após os 25 kms mais dolorosos e enlameados e acidentados que percorri ultimamente... Pontos positivos: aguentei-me até ao fim (ainda que em sofrimento) e não caí! Um grande bem haja aos amigos que me acolheram no seu grupo e tiveram a paciência para esperar por mim sempre que era preciso. Nota mental: continuar a ir aos treinos para voltar à forma dos bons velhos tempos!

sexta-feira, novembro 30, 2012

Made in China, Finished in Portugal...


Chegou hoje uma encomenda que fiz via Internet, de uns artigos "made in China"... Como não arranjava acessórios para o meu velhinho Samsung Galaxy S, mandei vir um suporte para o carro, uma tampa sem os cantos partidos, e umas películas protectoras para o ecrã (tudo pela módica quantia de 11 dólares). Apresento de seguida o resultado dos testes a estes magníficos produtos de origem oriental:

Tampa: muito bonita... quase idêntica à original... tirando o facto de "Samsung" vir escrito em bold e... não encaixar no dispositivo.

Suporte auto: após 10 minutos a conduzir e olhar esporadicamente para o dispositivo acoplado ao suporte, consegui fazer um descolamento da retina...

Películas protectoras: ainda não testei, mas dada a qualidade dos restantes artigos estou confiante que ao aplicar a película, o telemóvel ficara a funcionar em modo monocromático, ou então todos os caracteres serão convertidos para chinês.

O meu grande bem haja a quem produziu estes artigos de qualidade suprema... oxalá caguem numa sanita feita na china, e a mesma se parta e se enfie pelo vosso cu acima!

PS: já me esquecia de referir que a encomenda vinha numa caixa sobre a qual, de acordo com o estado em que se apresentava, dois ou três chineses devem ter estado sentados durante um mês (o tempo de espera que tive para a chegada da dita)...

terça-feira, novembro 27, 2012

Agradeçe-e-mento

Recuperei esta do "baú" dos tesourinhos deprimentes do meu telemóvel... Vale a pena partilhar!

sábado, novembro 17, 2012

Nomeação por Email - Parte II

Nem de propósito, logo após a minha publicação anterior, recebo poucos dias depois a clarificação que se impunha do Zé Tó. Sim, chamo-lhe Zé Tó, porque o Exmo. Sr. Dire(c)tor-Geral das Finanças, em virtude da quantidade de emails que troca comigo, já se pode considerar meu amigo. Reza então a dita missiva, o seguinte:


Exmo.(a) Senhor (a)

NOME COMPLETO
NÚMERO DE CONTRIBUINTE

A partir de 1 de janeiro próximo, pode beneficiar de uma dedução à coleta do IRS no montante correspondente a 5% do IVA pago em cada fatura, por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global máximo de 250 Euros.

Para usufruir desse benefício, basta que exija a inclusão do seu número de identificação fiscal (NIF) nas faturas relativas às aquisições que efetuar. Os comerciantes são sempre obrigados a emitir faturas, mesmo nos casos em que o adquirente não as exija (com exceção dos comerciantes isentos de IVA).

Numa primeira fase encontram-se abrangidas apenas as prestações de serviços enquadradas nos seguintes setores de atividade:

i) Manutenção e reparação de veículos automóveis;
ii) Manutenção e reparação de motociclos, de peças e acessórios;
iii) Alojamento e similares;
iv) Restauração e similares;
v) Atividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza.

O sistema funciona de forma muito simples. Se exigir a colocação do seu NIF nas faturas, a AT atribui automaticamente o benefício.

Quando exige fatura, a AT garante o controlo e a segurança de que o IVA que nela pagou será entregue ao Estado.

Caso necessite de informação adicional, não hesite em contactar o nosso Centro de Atendimento Telefónico da AT (707 206 707), nos dias úteis das 08H30 às 19H30.

Com os melhores cumprimentos,

O Diretor-Geral,

José A. de Azevedo Pereira

Ora bem... tal como fiz anteriormente, aqui deixo as minhas considerações sobre esta correspondência:

1. É bom saber que os nossos comentários são ouvidos. Folgo saber que deixei de ser uma simples besta identificada por um número, e passei a ser uma besta com nome (o número vem logo a seguir). Em vez do anterior "Exmo. Sr. 123456789", agora já tenho direito a ser "Exmo. Sr. Marco 123456789".

2. Este nosso "direito/dever" vai na prática ser... uma seca! Isto porque a forma de o levar a cabo passa por darmos sempre o nosso NIF quando pedimos uma factura. Começo já a imaginar as filas nas caixas de pagamento dos serviços, com aqueles senhores ou senhoras menos ágeis, a tentarem sacar a carteira do fundo da mala, onde se encontra o cartão que detém aquele número mágico que são incapazes de fixar...

3. As entidades prestadoras de serviços visadas nesta missiva, restringem-se estranhamente a oficinas, hotéis, restaurantes e salões de beleza. Isto é uma agradável surpresa para mim, já que denoto aqui um incentivo ao comércio (que responde a uma dúvida que também coloquei na anterior publicação). Mais concretamente, e no meu caso em particular, sendo apenas cliente habitual de dois destes sectores (oficinas e restaurantes) vou certamente passar algum tempo, durante 2013, a viver em hotéis e a fazer a pedicure!

4. O incentivo oferecido (até 250 euros por agregado familiar, através do desconto de 5% em IVA pago) é altamente aliciante! Isto significa, por exemplo, que assim que eu pagar a primeira factura de 20.000,00 euros, tenho logo garantidos 230,00 de desconto na próxima declaração de IRS! Vou já a correr muito à primeira pedicure que encontrar, e exigir a factura com o meu número de contribuinte! Não sendo possível facturar logo tudo de uma assentada só, basta-me tratar dos pés todos os dias do ano pela módica quantia de 55,56 euros, e a coisa também se faz!

5. Por fim, é bom também perceber que o Zé Tó está cada vez mais próximo do povo, tornando-se uma pessoa mais simples. Veja-se por exemplo a sua assinatura do email, em que suprimiu o seu segundo nome transformando o "António" num simples "A.". Bravo, Zé Tó.. bravo!

domingo, novembro 11, 2012

Nomeação por Email

Recebi no início de Novembro a seguinte missiva da parte da Autoridade Tributária e Aduaneira:

Exmo. Senhor
Nº CONTRIBUINTE
NOME COMPLETO

Assunto: Incentivo à exigência de fatura


A partir de 1 de janeiro de 2013 será obrigatória a emissão de fatura por todas as vendas de bens e serviços mesmo quando os particulares não a exijam.

Quando é emitida fatura, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) garante o controlo e a cobrança do IVA correspondente. Se a fatura não for emitida esse controlo é impossível.

Se todos exigirmos fatura em todas as aquisições que efetuamos conseguiremos:

- Aumentar a riqueza conhecida que Portugal produz (PIB);
- Aumentar as receitas fiscais, sem pagarmos mais impostos;
- Aumentar a equidade e justiça entre todos os contribuintes portugueses;
- Diminuir o défice orçamental e criar condições para uma redução futura da carga fiscal;
- Criar melhores condições para que o nosso país possa ultrapassar com rapidez a fase díficil em que se encontra.

Quando não exigimos fatura contribuímos para:

- Aumentar a evasão fiscal e enriquecer ilicitamente aqueles que não pagam impostos;
- Diminuir a receita fiscal, que é uma riqueza de todos os portugueses;
- Prejudicar com mais impostos os contribuintes cumpridores.

O seu papel é decisivo. Exigir fatura não tem custos. É um direito e um dever de todos. E todos ganhamos. Portugal e cada um de nós.

Em breve receberá mais informação acerca dos benefícios fiscais (até € 250) que serão proporcionados a quem exige fatura.

Com os melhores cumprimentos.

O Diretor-Geral,
José António de Azevedo Pereira

Ocorre-me dizer o seguinte sobre esta missiva:

1. Durante a minha vida enquanto militar, retive várias expressões interessantes que fui ouvindo. Uma delas foi que "as pessoas têm nomes, as bestas é que têm números", como tal agradecia ao exmo. sr. dire(c)tor-geral que de futuro se refira à minha pessoa de outra forma que não "exmo. sr. 12345678".

2. O sr. dire(c)tor refere na sua missiva que só perante o pedido e emissão de factura, a autoridade tributária conseguirá fazer o "controlo e cobrança" do IVA. Significará isto que todos os serviços de inspecção das finanças serão extintos a partir de 2013? Sempre julguei que este tipo de "controlo" era também uma das suas responsabilidades...

3. Sugere ainda o sr. dire(c)tor que pela exigência da factura iremos conseguir aumentar o PIB, o que é deveras fascinante uma vez que a consequência mais conhecida do aumento da carga fiscal (que antecede esta missiva) é a diminuição do poder de compra, resultando numa quebra significativa do comércio, resultando num aumento do desemprego, resultando no empobrecimento da nação... Se o sr. dire(c)tor puder explicar melhor esta sua visão no próximo email que me enviar, agradeço.

4. Desconheço qualquer tipo de vínculo contratual da minha parte, perante a função pública (pelo menos ainda não me apercebi de tal no meu vencimento mensal), e portanto irei educadamente declinar a proposta de fazer o trabalho "pro bono" dos serviços das finanças acima mencionados.

5. Aparentemente, e após todo um discurso quase patriótico sobre os direitos e deveres dos cidadãos, o sr. dire(c)tor acaba por deixar uma "nota" dobrada dentro desta missiva. É alias este o retrato de toda uma nação, em que a maioria das coisas se faz ainda hoje à laia de subornos, contrapartidas ou vantagens: quem quiser fazer parte deste movimento fiscal, poderá auferir até 250 euros anuais, o que significa que ganhará por dia 0,69 euros. Deixem-me reformular... paga-se menos 0,69 euros de imposto por dia!

Os meus parabéns a quem quer que tenha escrito esta missiva aos contribuintes, não só pelo conteúdo, mas também pela forma (já que o fizeram numa nova linguagem que até o meu corrector ortográfico desconhece). Após ter recebido este email, só não o classifiquei como spam, porque agora o correio electrónico é já a forma de comunicação oficial das finanças, com os contribuintes... e tenho receio de um dia ter a casa penhorada porque me esqueci de ver o mail. Gostava no entanto de chamar vários nomes ao sr. dire(c)tor, mas creio que se o fizesse não perceberia, porque eu ainda não escrevo conforme previso no mais recente acordo ortográfico...

Cordialmente,
Sr. 12345678

sexta-feira, novembro 02, 2012

(Des)governo

Não sou fumador frequente, por isso o tema que hoje aqui me traz é tão bom para explanar a minha teoria como outro qualquer. Assim sendo, aqui vai: a mais recente revisão fiscal sobre o tabaco é um exemplo escarrado da atitude do (des)governo perante os próprios incentivos à economia. O tabaco tradicional estava já mais caro desde algum tempo, devido à subida significativa do imposto sobre o mesmo. Era excepção a esta regra o tabaco de enrolar, que continuava com um preço significativamente mais barato. Em resultado deste diferencial, no espaço de um ano ocorreu um aumento também significativo na venda do tabaco de enrolar, em oposição a uma queda na venda do dito tabaco tradicional. Consequência lógica do nosso (des)governo: vamos taxar mais o tabaco de enrolar. Coloca-se assim no mesmo patamar fiscal dois produtos substancialmente diferentes, só porque se antevê que possam vir a vender (e render) na mesma medida. O mesmo aconteceu já com os motociclos, em termos de imposto único de circulação: de forma a fomentar a circulação de veículos de duas rodas em detrimento de veículos automóveis, e com o intuito também de diminuir o consumo de combustível e a consequente poluição, há pouco tempo atrás foi fomentado um "boom" na venda de motociclos de 125cc. Estes veículos, relativamente baratos e bastante económicos eram ainda beneficiados pelo facto de não pagarem o referido IUC, o que esteve na origem de vendas massivas dos mesmos. Neste momento, e considerando o número elevado de pessoas que já circulam em cidade com estes veículos, está na altura de começar a fazer "render o peixe". Toca então a aplicar um escalão de IUC aos mesmos, e já que estamos aqui, porque não regulamentar também as inspecções periódicas para todos os motociclos? Como estes muito mais exemplos me ocorrem, como o IMI das habitações, etc. Para mim, no entanto, o melhor é o de que se este (des)governo fosse o chulo de meia dúzia de putas e se os clientes pagassem mais bicos por 10 euros do que fodas por 30, punha-se tudo a 50 e ainda se obrigava o cliente a levar no cú quando terminasse...

segunda-feira, outubro 15, 2012

Welcome Back!!!

Season 3, Episódio 1: acabei de ver... c'um caneco!!!

quarta-feira, outubro 10, 2012

Pela Boca Morre a Barata

Foi hoje noticiada a morte de um homem, momentos após ganhar um concurso em que o objectivo era ver quem comia mais insectos (neste caso em particular e tanto quanto percebi, baratas). Edward Archbold, o senhor em questão, venceu o concurso, segurou nas suas mãos o prémio que lhe foi atribuído (uma pitão) e logo a seguir caiu redondo no meio do chão.

Ocorrem-me algumas afirmações que gostaria de aqui deixar, relativamente a este caso:
1. A morte deste senhor deve ter sido um "bug*", uma vez que as baratas, por muito asquerosas que possam ser para algumas pessoas, não são tóxicas.
2. Parece-me injusto que as baratas, sendo os únicos insectos capazes de sobreviver a uma catástrofe nuclear, tenham de encontrar a morte no bandulho deste cromo, cheio sabe-se lá de que porcarias.
3. Se este senhor achava que o local mais indicado do seu corpo para enfiar umas dezenas de baratas, era a sua boca, temo em imaginar o que faria com a cobra pitão que ganhou caso tivesse vivido o suficiente para a levar até sua casa... e ao seu quarto!
4. Este tipo era em suma um mariquinhas, já que a maior parte das pessoas que conheço (incluindo eu próprio), passam o dia a engolir sapos bem mais indigestos que baratas, e ainda ninguém caiu para o lado por causa disso.

Esta conversa de bicharada despertou a minha criatividade, e fez-me imaginar uma piada curta:
P: Alguém sabe qual é a principal doença venérea causadora de morte entre insectos?
R: Insecti-SIDA
(se ninguém achar piada, eu compreendo...)

*bug: insecto em inglês; estrangeirismo utilizado para descrever erros ou falhas pontuais, sobretudo em linguagem técnica.

sábado, outubro 06, 2012

Até à Vista, Companheira...

Dois anos de aventuras e desventuras diárias, com muitos quilómetros percorridos, que chegaram ao fim. Apesar de uma saída de cena algo "dramática", foram muitos os bons momentos vividos graças a esta valente Hornet, que não pude deixar de rever mentalmente enquanto a empurrava para o atrelado do seu novo proprietário. Espero que o estrago que fiz seja recuperável e que esta mota com "H" maiúsculo ainda possa fazer alguém muito feliz. Foi um prazer rodar assim. Até à vista!

sexta-feira, outubro 05, 2012

Finalmente Acertaram em Algo

Não percebo o porquê de tanta exaltação durante o dia de hoje, acerca das celebrações privadas do governo, do último dia 5 de Outubro enquanto data marcante para a República Portuguesa. Há já muito tempo que não via representantes portugueses fazerem algo tão adequado como o hastear da bandeira de forma invertida. Para aqueles que não sabem, o hastear de uma bandeira ao contrário, de acordo com o código militar, significa que o respectivo local foi tomado pelo inimigo... o que uma vez mais é a pura da verdade! Nada podia bater tão certo, como ter uma personificação do inimigo de todos nós, com cara de débil mental (só lhe faltavam os bocados de bolo rei a cair pelo canto da boca), rodeado de palhaços boquiabertos com sorrisinhos parvos hesitantes, a içar a bandeira nacional desta forma. E que forma também a de celebrar uma data que é de um país, de um povo, a portas fechadas e com fugas pelas saídas laterais e das traseiras de todos os participantes (tirando o Passos Coelho que compreensivelmente teve de abdicar da sua participação nas comemorações para estar presente em Bratislava, no "fórum dos amigos europeus da coesão" - ao que se me aprouve perguntar: que merda é esta???). Nada me deu mais gozo também do que ver a escumalha em fuga, não fosse o diabo tecê-las. Mas o diabo ainda não anda por perto, porque pouco mais do que uma senhora meio histérica e outra a recitar liricamente meia dúzia de versos "revolucionários", totalizaram os momentos "marcantes" do dia. Espero que o diabo chegue, e que tudo arda. E espero que os que merecem arder nas chamas não tenham tempo de se por ao fresco antes do incêndio começar... Que venham todas as tormentas de um novo terramoto igual ao de 1755, com a água e as chamas a purificar uma nação que está inquinada até ao seu âmago. E de preferência que os Cavacos, Passos, Gaspares, Seguros e escumalha circundante estejam a beber uns valentes canecos no terreiro do paço para levarem com a onda de lama mesmo nas trombas... De uma coisa estes jagunços se podem gabar: é a de ninguém os conseguir hastear a eles ao contrário. Isto porque quer se virem numa direcção ou noutra, por qualquer das extremidades sai merda, o que em última instância impossibilita diferenciar a cara, do cú.

Adeus, Camarada

Quando alguém parte prematuramente, ficamos sempre com um sabor amargo de injustiça na boca. Ficamos a pensar porque raio é que isto acontece... porquê com esta pessoa... porquê logo agora... simplesmente porquê? Numa altura em que a vida não parece justa para uns, morrer revela-se uma injustiça ainda maior para outros. Alguém que estava a começar a realizar os seus sonhos e planos, após uma vida de luta em todos os sentidos, vê assim os seus objectivos desmoronarem-se de um momento para o outro. Alguém que lutou por si próprio, por se tornar uma pessoa melhor, por conquistar a admiração de todos... certamente a minha conquistou. Mas também alguém que lutou por um país inteiro, como poucos tiveram oportunidade de o fazer. Alguém que esteve prestes a perder a vida numa situação de combate real e que chegou mesmo a ser dado como morto, é derrotado anos mais tarde por um cancro. Se existe significado para a palavra injustiça, é este. No sentido oposto a esta injustiça, deixo aqui a minha humilde e insignificante manifestação de gratidão por alguém que desprendidamente sempre se mostrou disponível para me ajudar (e a muitos outros). Por alguém que uma vez me apontou um caminho a seguir, e que fez de mim também uma pessoa melhor. Por alguém que me ajudou a construir o meu próprio conceito de camaradagem. Por alguém que com todas as suas características, especificidades e imensas qualidades, posso ter o orgulho de ter tido como camarada e amigo. Para alguns, é um dizer adeus ao Senhor Sargento Ramos, para outros como eu... ao Tó. Um grande bem haja por tudo e um abraço sentido pela saudade imensa que vai ficar e perdurar no tempo.

Obrigado.

quinta-feira, setembro 13, 2012

Reflexão Nocturna

Passado um mês recheado de férias e boa disposição, pela primeira vez na vida tenho contido a minha vontade de aqui escrever. Vinha cheio de ideias, temas, relatos para partilhar, que rapidamente foram delegados mentalmente para segundo plano, quando toda uma envolvente de notícias, comentários e conversas de café tentam levar a cabo a tarefa diária de me fazer sentir deprimido. Parece-me demasiado fácil, hoje em dia, uma pessoa entregar-se à ideia de que tudo é uma merda. O nosso trabalho é uma merda, a situação em que o país se encontra é uma merda. Os políticos são uma merda. Até o tipo que nos buzina na estrada é uma merda. Em suma, somos uma merda. Demasiado fácil... por isso recuso-me a fazê-lo. Tem sido uma luta constante, que às vezes passa por simplesmente virar costas a um tema. O racional de que debater ou pensar em demasia sobre algo que não conseguimos mudar, serve para nos fazer perceber a inutilidade desse exercício, e como tal permite-nos focar naquilo que realmente podemos e devemos mudar. Isto não significa que sejamos seres inertes e passivos em relação ao que nos rodeia, mas sim que devemos levar o tempo e esforço necessário a pensar no que realmente nos cabe a nós fazer. Naquilo que realmente nos compete. Para uns pode ser um exercício pessoal, para outros uma tarefa colectiva... não importa. Importa o "fazer", a "acção", o vencer da inércia. E como dizem algumas doutrinas, o ser humano faz o melhor que pode com os recursos que tem, ao mesmo tempo que tem a capacidade para se dotar dos recursos que necessita para fazer aquilo que quer. Aos meus amigos, que me conhecem e me percebem, deixo aqui um repto solidário porque imagino se revejam nas primeiras linhas deste post: não se entreguem. Não deixem que a o dia-a-dia no trabalho ou a conversa de café deprimente ou a comunicação social ou as enchentes de mensagens no facebook ou os emails que circulam em excesso de velocidade na Internet vos envenenem e sejam selectivos na informação que processam. Pensem na oportunidade de fazer um plano seja daquilo que for, para vos colocar fora dessa situação (ando a tentar fazer o meu; ainda não consegui; lá chegarei). Contem com a família, com os amigos para vos ajudarem nessa importante tarefa de planeamento. Oiçam as suas opiniões (as pessoas têm a tendência a aconselhar melhor os outros do que a si próprias). Uma vez mais... não se entreguem. A revolução começa dentro de nós!

sábado, julho 07, 2012

Primeiro Passo de um Caminho Longo #2

Acabei hoje de planear o percurso com algum detalhe, que tenciono percorrer entre os dias 20 e 22 de Julho, na zona centro do país. Já comecei a fazer alguns preparativos e a comprar material para levar nesta curta mas interessante viagem. Tal como o título deste post indica, vejo este passeio como uma actividade preparatória de algo maior, mas como objectivo concreto que é neste preciso momento, torna-se o alvo da minha maior atenção, algo que anseio fazer e um evento sobre o qual tenho grande espectactiva. Ao todo devo percorrer cerca de 1000 kms por aldeias de xisto, granito, paisagens naturais e outros locais interessantes. O resultado final será certamente muito cansaço, mas se tudo correr bem uma dose maior de satisfação e realização. Estou a contar os dias para começar a viagem, mas ao mesmo tempo estou a aproveitar bastante os preparativos da mesma. Há já algum tempo que não me sentia assim motivado para fazer algo, pelo que tenho realmente a sensação que vai correr tudo bem, mesmo que não corra tudo como planeado! Tenho divulgado o planeamento da viagem com algum detalhe no FB, mas vou deixando aqui apontamentos interessantes, e provavelmente uma espécie de foto reportagem final quando o evento tiver lugar.

To be continued...

quarta-feira, julho 04, 2012

Ser Feliz Através dos Outros

Várias vezes assisti a acontecimentos positivos em que o protagonista não era eu, mas que tiveram em mim semelhante sentimento de felicidade como se o fosse. Esta capacidade de ser feliz através dos outros - e sem querer parecer lamechas - é potenciada ao máximo quando tal acontece com os nossos filhos. Muitos acham ridículo que para um pai ou uma mãe, um sentimento de extrema felicidade possa ser a primeira palavra, o primeiro sorriso, o primeiro passo ou até o primeiro dia sem fralda! Por outro lado, e conforme os filhos crescem, a felicidade que sentem torna-se cada vez mais visível na medida em que a exteriorizam facilmente. No passado fim de semana, gastei uma pipa de massa para fazer algo que não tinha muita vontade. Foi espectacular! Levei o meu filhote ao Festival Panda 2012, esse grande evento musical, e foi uma tarde muito bem passada. A alegria de tantas crianças juntas tem um efeito quase que "energético" para quem está lá com eles, o que torna praticamente impossível que alguém não se sinta ali muito feliz. Entre o cansaço de andar a correr atrás dele, com ele às cavalitas, com ele ao colo, a dar-lhe comer, a colocar-lhe o chapéu, etc. etc. etc., a felicidade contagia-se com grande facilidade e simplicidade - afinal são só uns tipos vestidos de personagens de animação a cantar e a dançar. Da minha parte resta-me dizer: Obrigado, filho! Estava mesmo a precisar de uma tarde assim! Tal como tu, saí de lá feliz!

sexta-feira, junho 29, 2012

Obrigado

É a única palavra que me ocorre quando penso no dia de ontem. Um grande bem haja às crianças que, apesar da situação em que se encontram, conseguem sempre um sorriso nos lábios... nos deles e nos de quem tal como eu teve a sorte de passar um dia na sua companhia. A Casa da Criança de Tires faz claramente um trabalho notável no sentido de dar uma vida melhor a estas crianças. E felizmente vão surgindo voluntários para ajudar naquilo que podem... como podem. O contributo do grupo no qual me inseri foi dar-lhes um dia diferente. Um dia de praia, parque e muita diversão, que quase egoisticamente julgo ter aproveitado ainda melhor do que aqueles a quem era dirigido. Um dia repleto de momentos que nos tocam profundamente no coração, e nos fazem ter um choque de realidade. A alegria constante e contagiante... o rápido apego a todos nós... a pergunta se "vais-te embora?" e se "voltas?"... o abraço final... aquele grande abraço final... Custa imaginar como alguém pode deixar que alguma circunstância coloque estas crianças no tipo de situação que as leva a estar ali. Mas acontece, e o melhor que podemos fazer... é isso mesmo: o nosso melhor. Uma vez mais, um grande bem haja a estas crianças, a quem as protege e a todos os colegas que alinharam neste fantástico dia!

terça-feira, junho 26, 2012

Primeiro Passo de um Caminho Longo

Como dos sonhos à prática, por estranho que pareça, a distância é muitas vezes curta, importa sobretudo dar o primeiro passo. Na sequência do prefácio do post anterior, eis que o mesmo está dado. Está a nascer um plano concreto para uma breve mas interessante viagem de 3 dias pela zona centro de Portugal, visitando aldeias e outros locais de interesse. O evento até tem nome: "o primeiro passo de um caminho longo", uma vez que existem objectivos mais ambiciosos no horizonte. Ainda assim para já o formigueiro de planear tal coisa é só por si interessante e motivador. É giro sobretudo ver a ideia nascer e aperfeiçoar-se de forma concreta ao longo do tempo, com reflexões e opiniões sobre detalhes e pormenores do que fazer e como fazer. Porreiro ainda é ter alguém a alinhar connosco nestas pequenas loucuras para quebrar a rotina do dia-a-dia (um grande bem haja ao LM que é maluco o suficiente para alinhar comigo). Vou deixando por aqui novidades, mas para posso dizer que tenho um mapa de Portugal com uns quantos rabiscos, contas e notas diversas espalhadas... Ainda não decidi se é mariquice ou não levar um GPS (entre outras coisas sob consideração), mas qualquer opinião é bem vinda, nem que seja para dizer que isso é coisa de doente de Alzheimer.

To be continued...

domingo, junho 24, 2012

Oficializar Um Sonho

Na sequência de uma boa conversa (e uma bela jogatana de poker) lembrei-me de um daqueles sonhos que em determinada altura foi importante, mas que algures no tempo deixei cair no esquecimento. A coisa já tinha estado até relativamente concreta na minha cabeça há uns anos atrás, mas como é algo que não é passível de ser feito sozinho, e a companhia que tinha em mente rumou em direcção a sonhos e objectivos diferentes, deixei-me levar no "standby" mental que se fez a seguir. A memória não me deixou no entanto ficar mal, e após falar novamente no assunto, e um amigo me chamar a atenção quanto a dever definir objectivos concretos em relação a esse sonho (se é algo que ainda quero alcançar), aqui fica o primeiro passo nesse sentido: comunicá-lo e consequentemente tornar o mesmo "oficial". Gostava de fazer uma viagem/expedição longa de mota, através de vários países e continentes. Quando este sonho já existia em mim, li (partes de) um livro acompanhado com reportagem fotográfica que ainda me deixou mais inspirado: Long Way Round, de Ewan Mcgregor e Charley Boorman - uma viagem ao estilo "Diários de Che", mas com mais preparação técnica e mais actual. Não sei se conseguiria (e se quereria até) fazer a coisa com o mesmo nível de "profissionalismo" que estas duas celebridades fizeram. Exemplo: duvido que a BMW me acolhesse nas suas instalações e desse formação especializada em condução/reparação das motos que foram utilizadas para a expedição em causa. Ainda assim penso que só isso não seria factor determinante para o sucesso da viagem. O que certamente é um factor determinante... é a minha determinação propriamente dita! E isso é algo que, de acordo com algumas aprendizagens recentes e tal como este meu amigo me fez lembrar, é algo que está pura e simplesmente ao meu alcance. Por isso resolvi arriscar e "abrir o jogo". Próximo passo: definir uma data para concretização deste evento. Como estou determinado, mas não quero fazer a coisa de forma irracional, tenciono fazer um planeamento e encontrar uma data em que isto seja exequível. Serão as cenas dos próximos episódios, por aqui...

quarta-feira, junho 20, 2012

Uma Morte F*dida


Segundo notícia recente do Público, um fóssil de duas tartarugas pré-históricas foi encontrado. Até aqui nada de novo, não fosse o facto de as tartarugas se encontrarem a copular no momento em que... digamos... faleceram. Tirando o facto de, passados todos estes anos, toda a gente ter acesso às imagens das ditas tartarugas no acto (o que acaba por ser indiferente, já que as mesmas, neste momento, não têm "vida" privada), e tirando o facto de a morte só por si ser uma coisa que em geral é aborrecida e por vezes incomoda, isto faz-me pensar que gostava de "patinar" assim... do género saída em grande! Talvez desta forma, em vez das habituais lamurias após o trágico acontecimento, do estilo:

- Coitado... estava tão doente...
- É verdade... até foi um alívio...
- O estado em que estava já não era vida para ninguém!

Imagino antes os meus ente queridos a falar sobre mim após a minha morte, dizendo coisas bonitas como:

- Até ao lavar dos cestos é vindima!
- Ao menos foi de papinho cheio!
- Deu uma de morte! Sacaninha!

Depois se calhasse a ficar fossilizado, sempre era mais um (M)arco na história da humanidade. Por exemplo, se enquanto estivesse fazendo o amor, a minha casa sofresse um alagamento de resina... ou então uma súbita vaga de frio polar me congelasse em pleno acto e me mantivesse preservado de forma intacta!

Era espectacular...

domingo, junho 17, 2012

O Que é Isso? Um Snack de Chouriço!

Por inacreditável que pareça, existe. Ainda que a primeira foto que junto a este post possa parecer o órgão sexual de um cetáceo ou algo semelhante, é na realidade a mais recente novidade no mundo dos snacks... um chouriço! Dei por mim a pensar em que ocasião me poderia apetecer tal coisa, sobretudo na forma em que se apresenta, mas não consegui descortinar um cenário possível. É, acima de tudo, algo estranho, esquisito, peculiar, um pouco sinistro, invulgar, passível de várias e diversas metáforas... em suma, algo que - caso não existisse - faria do mundo um lugar melhor. Desafio os escassos leitores deste estaminé a criarem um frase em que o consumo de tal produto da gama "snack-charcutaria" tenha um aspecto minimamente razoável, já que eu fui incapaz de o fazer. Posso até deixar aqui algumas tentativas claramente falhadas, no sentido de inspirar outros com mais criatividade do que eu:

Cenário 1: Epá... não tomei o pequeno almoço hoje... já sei! vou comer um snack de morcela!

Cenário 2: Apetecia-me qualquer coisa com este leite achocolatado... já sei! Um snack de presunto!

Cenário 3: O que ía bem com este quarto vigor era... já sei! um snack de chouriça de sangue!

Cenário 4: Ambrósio, apetecia-me algo... bom. Algo... tipo... um snack de alheira!

Epá... não consigo... sai sempre ao lado. Aceitam-se sugestões.



sábado, junho 16, 2012

Sorte/Azar? Isso Não Existe!

Depois de ter sido o infeliz proprietário de "o pior carro do mundo", passado algum tempo de calmaria, eis que me começou a morder o bichinho para ter um todo-o-terreno novamente. Desta feita procurava um carro que desse para fazer uns passeios, mas que fosse também confortável e possuidor de algum equipamento. Como pobretanas que sou comecei a procura no mercado dos usados, e encontrei um negócio para um "bicho" interessante e a bom preço, em que se facilitava a retoma do meu anterior carro. Lá fui experimentar o carro (tudo OK)... revi com alguma minúcia os pormenores visíveis do mesmo (tudo OK)... negociei o preço (tudo OK)... no final ficou a faltar apenas um pormenor para tratar, a cargo do vendedor: o belo do Grand Cherokee tinha películas não averbadas nos vidros todos, pelo que pedi para (antes de eu ir buscar a viatura) serem removidas as dos vidros da frente, de forma a poder fazer uma inspecção B e não ter problemas. O vendedor concordou e ficou de me contactar uma vez tratado este detalhe. Resultado final do negócio: a caminho da oficina para remover as películas uma roda da frente bloqueou! Jogo abaixo com o negócio.

Seria de suspeitar, caso acreditasse na sorte e no azar, que sou um tipo cheio de sorte, pois não fosse o dito "pormenor" neste momento seria o feliz proprietário de uma viatura a rolar em modo "tripé". Não acredito, e os dias seguintes provaram isso mesmo, já que em pleno passeio do H.O.G. Rally 2012 (um evento associado a uma concentração de Harley-Davidson que teve lugar este ano em Portugal), devo ter sido o único gajo a ficar apeado de mota. Parece que a velhinha Hornet não quis fazer jus à marca (Honda) e resolveu descansar um pouco...

Tenho sorte? Tenho azar? Nem uma coisa nem outra! O que acontece é que naturalmene coisas boas e menos boas vão sucedendo, e cabe-nos a nós decidir como interpretar, reagir e determinar o que fazer com isso, ou seja, dar a importância devida a esses acontecimentos.

segunda-feira, junho 04, 2012

Nacionalismo Desconfortável

É com algum desconforto que observo os períodos que antecedem uma competição europeia ou mundial de futebol, que conte com a participação da equipa portuguesa. Não porque seja contra o desporto ou futebol. Gosto bastante, vejo e vibro como qualquer pessoa. No entanto quando o desporto e aquilo que este de bom tem extravasa e é exacerbado ao nível do heroísmo nacional, colocando desportistas/jogadores ao nível de um conquistador ou herói de guerra (felizmente ainda só na perspectiva de alguns), começo a sentir alguma urticária. Penso que tal factor se deve ao desânimo e desalento que acompanha grande parte das pessoas hoje em dia. Incapazes de fazer algo para combater esse sentimento, e sobretudo combater os motivos que levam ao mesmo, refugiam-se na esperança que alguém o faça por elas. A busca da salvação nos resultados de uma competição desportiva é algo... como hei-de dizer... estúpido. Uma competição desportiva é isso mesmo, uma competição desportiva. E ainda que possamos sentir algum orgulho por ter uma representação do nosso país com visibilidade internacional (mesmo que ao contrário dos ditos desportistas sejamos apenas uns barrigudos sentados no sofá a mamar uma jola), não podemos no entanto achar que somos melhores ou piores em virtude disso mesmo. Desejo toda a sorte do mundo na competição que espera os nossos melhores atletas (de acordo com o critério do Paulo Bento), apesar dos fracos resultados preliminares que a antecederam. Desejo ainda mais que as pessoas em geral ganhem juízo e dêem o adequado valor àquilo que faz parte da sua vida, seja o gosto pelo futebol, o seu emprego ou a sua vida familiar. Como diz um amigo meu... o que é preciso é saudinha!

quarta-feira, maio 30, 2012

Ficar Velho...

Não tenho propriamente este tipo de sentimento, mas confesso que às vezes já me sinto deslocado. Passo a explicar esta minha divagação. Estava ontem à espera na bilheteira da FNAC quando à minha frente 3 "jovens" comentavam a qualidade dos concertos do Rock in Rio.

Jovem 1: Epá... o concerto dos Metallica não foi grande coisa...
Jovem 2: Yá... Offspring foi muito melhor!
Jovem 3: A sério? Julgava que Metallica tinha sido melhor...
Jovem 1: 'Tás-te a passar? Não queiras comparar a quantidade de moches que houve em Offspring, e a que houve em Metallica! Em Offspring houve muito mais moches!
Jovem 2: Além disso a malta das drogas foi toda assistir a Offspring e não foram a Metallica!
Jovem 3: Yá, tens razão... a malta das drogas é muito mais fixe, por isso Offspring deve mêmo ter sido melhor...

Se tivesse decidido participar na conversa, o que obviamente não fiz, diria algo como:

Velho 1: Hã?

sexta-feira, maio 25, 2012

Fazer Parte da Brigada

Participei hoje numa acção de voluntariado, dando o meu contributo para um objectivo ambicioso que consiste em limpar 45 kms de costa, removendo o mais variado lixo das praias que a compõem. Essa pequena contribuição dada por mim e mais alguns amigos teve lugar em Tróia, durou o dia inteiro, e deve ter sido coisa para deixar limpos cerca de 2 ou 3 kms. Parece pouco... mas não é. O interessante (para além do dia espectacular que estava, e da companhia/ambiente ainda melhor) é que este tipo de coisa/causa toca-nos mais quando vemos o sentido prático dele. Mais concretamente, fiquei admirado não só com a quantidade, mas acima de tudo com a variedade de lixo que é possível recolher nas praias... Desde cotonetes, bóias, tábuas, lâmpadas fluorescentes, beatas de cigarro, sapatos, ténis, chinelos, garrafas pequenas, garrafas grandes, garrafas de plástico, garrafas de vidro, embalagens de iogurte, caixas de isco, latas de cerveja, bidões, seringas, cordas, sacos, plásticos, caricas, tampas, tupperwares, velas, bisnagas, tubos de cola, medicamentos, escovas de dentes, giletes, canetas, maços de tabaco, esferovite, e outras dezenas mais de coisas indecifráveis ou que agora não me lembro, existe de tudo um pouco. Outra coisa (essa sim mais interessante) é ver o efeito do que fizemos no final do dia, e perceber por quem anda nestas andanças há vários anos (como é o caso da Brigada do Mar), que estas acções têm forma de perdurar no tempo e melhorar gradualmente o estado em que as praias se encontram, não só pelo esforço de cada ano, mas pelo efeito da consciencialização que mal ou bem vai acontecendo. Só tenho a agradecer a oportunidade que me foi dada de participar em algo deste género, e espero vir a repetir no futuro. A consciência já cá estava, no meu caso em particular, mas saiu dali reforçada.

quarta-feira, maio 23, 2012

Acções e Reacções

Hoje reservei uma fracção do meu dia para estar com um amigo que já não via há algum tempo, e com quem queria falar um pouco. A última vez que falámos (uns meses atrás) foi para receber a notícia de que o seu curto casamento tinha chegado a um fim. Um cenário ainda que cada vez mais comum, mas que continua a representar um evento que deixa marcas mais ou menos fundas consoante os intervenientes e o seu nível de envolvimento, mas que genericamente é classificado como... mau. Já várias vezes assisti a pessoas lidarem com a coisa das mais variadas formas. Há uns que ficam na fossa meses... anos até. Outros sobrevivem à fossa vivendo no limite extremo oposto da desbunda. Há até alguns que tentam disfarçar o facto de estarem na fossa, parecendo que estão na desbunda, mas acabando invariavelmente por ficarem encostados a um canto a carpir as mágoas. Gostei de ver que este meu amigo não se enquadrou em nenhum dos acima mencionados. Ficou mais disponível, é certo, mas optou por fazer algo de construtivo tanto na forma como conduziu a sua vida (agora como indivíduo) a nível logístico e profissional, mas também a nível pessoal. É engraçado que olhei hoje para ele enquanto conversávamos e pensei genuinamente... "estás melhor assim"! Efectivamente e de acordo com alguns "ensinamentos" recentes não relacionados com este tema em particular, na prática não existem resultados positivos ou negativos naquilo que nos acontece... existe apenas feedback. Compete-nos a nós determinar o que devemos fazer com esse feedback, nomeadamente se nos entregamos a uma perspectiva negativista baseada no mesmou, ou se o aproveitamos para algo mais construtivo e optamos pela mudança. Sim, porque a mudança é essencial! Já dizia o Einstein que se repetirmos o que fazemos várias vezes, invariavelmente vamos sempre obter o mesmo resultado. Boa para ti, amigo!

terça-feira, maio 22, 2012

A Última Conversa do Dia


Escrevo hoje porque ontem já não deu...

Depois de um dia que correu bem conforme decidi iria acontecer de manhã, eis senão quando a terminação foi do melhor. Deitar o meu filhote... contar-lhe uma história... ele contar outra a mim, baseada num fim de semana bem passado... depois subitamente e já quase adormecido, o seguinte diálogo:

Ele: Pai, gosto muito de ti!
Eu: Eu também gosto muito de ti, filho.
...
Ele: Pai... o Alexandre e o Pai são muito amigos!
Eu: Pois somos, filho. Somos os melhores amigos.
...
Ele: Pai, és muito lindo!
Eu: Tu é que és, filho. Tu é que és muito lindo.
...
Ele: Tu és mais!

Indecisão

Presunto ibérico...


... ou bifes?


sábado, maio 19, 2012

28 de Abril

No dia 28 do passado mês determinei que começaria uma nova etapa da minha vida. Passado quase um mês, algumas coisas mudaram conforme tinha em mente, outras nem por isso. Mas se alguma coisa mudou, então é porque a história da "nova etapa" se confirma. Por outro lado, a nossa vida muda constantemente, a não ser que não façamos nada por isso. Acho assim que as minhas acções e comportamentos é que levam a reacções e resultados. Em suma, está tudo bem mas pode ficar ainda melhor. O que é um facto é que desde então sou uma pessoa mais inquieta, ainda que não necessariamente mais ansiosa. Questiono-me mais, revejo-me mais e às minhas acções no final de cada dia, critico-me mais pensando de que forma poderia ser melhor. Temos a tendência natural para considerar parte do que nos acontece como inevitável ou até uma cósmica conspiração para que as coisas nos corram assim sem que nada tenhamos feito por isso. Não é verdade. Aliás, nada poderia ser mais errado. Efectivamente um grande resultado pode estar simplesmente à espera de uma pequena acção, e cada vez mais tenho a certeza disso. Próximos passos? Não sei ao certo. Mas sei que vou continuar a mexer a colher para agitar a sopa no tacho. Bom fim de semana a todos.

quinta-feira, maio 10, 2012

Conversa de Gajos...

Dia #1
Gajo A: Epá... a miúda X 'tá gira... quer-me parecer que pôs uns "baguitos"...
Gajo B: Realmente... há pr'ali mais maminhas do que havia antes.
Gajo C: É mesmo gira, a miúda...

Dia #2
Gajo A: Caraças... a miúda X 'tá mesmo "diferente".
Gajo B: Está mesmo... realmente!
Gajo C: Gira, gira!

Dia #3
Gajo A: Epá... não acho aquilo muito normal...
Gajo B: Pois não... realmente!
Gajo C: Parece-me ver ali uma pança... se calhar está grávida!

... silêncio...

Dia #4
Gajo C: Oh miúda Y, a miúda X está grávida?
Miúda Y: Sim, sim... nasce daqui a uns meses! (riso inocente)

... silêncio...

Gajo C: (modo pensamento) Dasse!!!

segunda-feira, maio 07, 2012

Segunda-Feira...

A pedido de algumas famílias:

Tantos anos a marrar, e lá consegui trabalho,
Suga-m'a energia toda, é um emprego do car*l#o.
Quando chega o fim do mês, só penso em receber,
Durante os outros dias, sinto que me estão a f*d#r.
Investi em formação, passei noites sem dormir,
Este meu triste empenho, até faz os outros rir.
A semana vem ai, segunda vai começar,
Dá-me um nó na barriga, tenho de ir mas é c*g#r.

Segunda-feira... bahhhh.
Acabou-se a brincadeira... bahhhh.
Olh'o pró pijama no chão...
Voltar para o emprego?
Não, não, não, não,
Já, já, já...

Bahhhhhhhhhhh...


sábado, maio 05, 2012

Memórias de um Dente...

Costuma dizer-se que quem não tem sarna para se coçar... arranja-a. Sinto que, de alguma forma, foi o meu caso. Consulta de rotina do dentista, há uma semana atrás: "ah e tal... tem aqui um siso que tem de se arrancar". A partir daí, como que deixei de ter controlo sob as minhas acções e o rumo que a minha vida seguiu, e no espaço de uma semana arranquei-o mesmo. Digo que perdi o controlo porque o fiz sem perceber muito bem o porquê. Não tinha nenhuma relação conflituosa com o dito dente... nunca me incomodou... penso que nunca terá falado mal de mim a ninguém. No entanto expulsei-o daquele cantinho escuro e confortável onde habitava há muitos anos sem nunca causar má vizinhança, sem motivo aparente. Já da parte do dentista, justificações não faltavam:

Ele: Os dentes do siso são remanescências dos nossos antepassados símios, e não fazem falta.
Eu: Se não fazem falta, e de acordo com as teorias de Darwin, a natureza encarregar-se-á de os fazer desaparecer totalmente a seu tempo (o que neste momento e no que concerne a minha pessoa, não é o caso).

Ele: Os dentes do siso, devido ao facto de não serem utilizados, bem como da sua posição, são de difícil higienização.
Eu: OK, só tenho de garantir que lavo os dentes correctamente e isso deixará de ser um problema.

Ele: O seu dente do siso não vai sair mais da gengiva, pelo que a sua raiz pode causar uma cárie no molar.
Eu: Pode, ou vai? Se só "pode", isso significa que há uma hipótese de absolutamente nada de errado ocorrer. E se ocorrer, qual é o resultado? Arrancar um dente?

Enfim, todas estas questões faziam eco na minha cabeça revelando uma lógica inabalável, nos dias que antecederam esta minha pequena cirurgia, mas tal como referi, a modos que entrei e saí desta situação meio "hipnotizado", e o que é um facto é que o dente se encontra neste momento em parte incerta.

Em termos do processo da cirurgia em si, posso resumi-lo a um pequeno corte, meia hora de abanões alternados com puxões, dois ou três pontos e três horas de paralisia facial, durante o próprio dia. Foi uma estreia para mim já que não me recordo de alguma vez ter arrancado um dente. Hoje, dia seguinte, cheguei a temer esvair-me em sangue dentro da boca sem me aperceber. De resto, as dores são poucas e o sangue está finalmente a começar a estancar (mais de 24h depois), pelo que posso sinceramente dizer que a vida me sorri... e eu respondo... ainda que com um dente a menos na cremalheira.

quinta-feira, maio 03, 2012

Os Tarolos

Falhei hoje a minha tentativa de obter um record de dias consecutivos sem me aborrecer com nada nem ninguém. Trata-se de uma decisão consciente de mudar a minha forma de ser e estar, sendo que estes primeiros dias têm sido bem difíceis, porque tal qual um jogo de computador, os obstáculos vão aparecendo, e  a cada dia que passa parece que vou aumentando de nível. É como se o Universo conspirasse e várias pessoas e acontecimentos à minha volta percebessem que eu estou em modo (tentativo) Zen, tornando-se o seu objectivo principal destronar-me desse estado. A manhã de hoje ainda foi suportável, mas à tarde, e tal como se costuma dizer tecnicamente... passei-me. Foi um "passar" mínimo, quase reduzido a dois ou três desabafos com um volume de 2 ou 3 decibéis acima do habitual, mas ainda assim falhei o meu objectivo diário. Consegui respirar fundo e endireitar-me psicológicamente antes de chegar a casa, o que é fundamental. Ainda assim amanhã terei de começar da estaca zero e corrigir os erros cometidos durante o dia de hoje. É inacreditável no entanto a quantidade de situações e personagens obtusas que conseguem atirar autênticos tarolos para a nossa frente, quando só tentamos seguir o nosso caminho. Ainda assim, acho que se assumirmos que o nosso caminho é um percurso mais acidentado, e que o objectivo é percorrê-lo, os tarolos deixam de o ser e passam apenas a fazer parte do cenário. Amanhã há mais. Se me passar novamente e agredir alguém (o que daria um episódio interessantíssimo para relatar aqui no blog) aviso.

terça-feira, maio 01, 2012

No Dia do Trabalhador...

... há quem se dê a muito trabalho. Leia-se a multidão de "zombies" que a título de uma mega promoção da cadeia de supermercados Pingo Doce (redução de 50% para compras superiores a 100 euros) decidiu passar o que poderia ser um dia de descanso ou de lazer, em filas que chegaram a 7 horas de espera para uma caixa de supermercado. Independentemente do apelo da promoção, só consigo ver coisas erradas nesta fotografia (e não me refiro à imagem que aqui deixei). Mais concretamente, em primeiro lugar e em tempo da dita crise, este é um dos actos mais consumistas (mascarado de poupança) que se pode imaginar. Em segundo lugar, realmente quando Deus criou o homem sobrestimou largamente a sua capacidade, tendo como exemplo os espécimes que em resultado do caos gerado por esta "promoção" andaram à pancada, insultaram e até deram facadas a outras pessoas. Em terceiro lugar, a preserverança e paciência de alguém que espera algumas horas para estacionar o carro no parque do supermercado, mais algumas horas para entrar no dito supermercado, e depois ainda espera outras 7 horas numa fila para pagar as suas compras, contrastam com o comportamento geral da população em coisas que deveriam ser realmente importantes (ao contrário do que é - para mim - comprar iogurtes a metade do preço). Apesar de esta história que fiquei a saber por acaso (já que há mais de um mês que não vejo um telejornal) me causar grande infelicidade, feliz de mim que passei o dia sem fazer absolutamente nada a não ser brincar com o meu filhote, e acima de tudo sem gastar um único tostão.

terça-feira, março 20, 2012

Um Dia para Parar e Apreciar...

Se há coisa que me faz sair da rotina e voltar aos bons hábitos (como o é o da escrita) é o meu filhote. E que melhor motivo que o dia do pai, em que me obriguei a fazer algo diferente. Sair cedo do trabalho, e ir passar uma hora a brincar com ele na escola, junto dos amigos, foi um bálsamo bem útil. Poucos dias somos recebidos por alguém com um sorriso de orelha a orelha, com um abraço forte e uma prenda feita com amor. Alguém com apenas 2 anos guardar segredo da surpresa que preparava há uns dias, e recitar um pequeno poema que memorizou de propósito para mim, deixa-me no mínimo de boca aberta... Então, quando cheguei, foi mais ou menos assim:

"Trago a mãe no coração,
e o pai no bolso.
O bolso rasgou-se,
o pai caiu ao chão!
Peguei nele com jeitinho,
e guardei-o no coração!"

Para alguns pode até parecer ridículo, mas para mim é uma carta de amor. E já dizia Fernando Pessoa que as cartas de amor são ridículas, que só as pessoas ridículas não escrevem (nem gostam de receber).

Obrigado, Alex.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Primavera

Muito... mas mesmo muito bom!

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

O Peso de Não Estar Só

Recentemente comentei por aqui que me apetecia mudar... recentemente tive a possível oportunidade de o fazer... pensei, pesei os prós e contras... optei por não o fazer. Acho que tomei contacto pela primeira vez com o real peso da responsabilidade, com o facto de já não estar só, com o facto de existir alguém que conta comigo, precisa de mim, e que acima de tudo não posso deixar ficar mal aconteça o que acontecer. Percebi que por vezes o melhor para nós não é fazermos aquilo que queremos, mas sim aquilo que devemos e que é melhor para os outros (os que nos são importantes, leia-se) por mais romântica que possa parecer a alternativa. Talvez chegue o dia em que após pesar os prós e contras, a alternativa seja mais aliciante, mais tentadora, mas para já resta-me contar com a minha capacidade de fazer aquilo que sei, o melhor que sei, e sobretudo manter a atitude que me tenho esforçado por manter. à partida o facto de não mudar nada pode parecer a solução mais fácil. Não foi... Talvez um dia arrisque, mas ao contrário do que dizem os pacotes do Nicola... hoje não é o dia.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

O Nome do Lugar...

Há uma tradição um pouco "americana" que de há uns anos para cá (como aliás muitas outras coisas) começou a ter mais visibilidade em Portugal: os motéis. Até já comecei a receber publicidade na caixa de correio, sobre este tipo de estabelecimento. O que surpreendeu na passada semana foi o requinte... o estilo... o design e o romance que exalavam de um panfleto de um dos ditos motéis. O panfleto em si tinha o seu ar de lounge, de retiro romântico para qualquer casal... a única nuance é que no final de contas não passa mesmo do que é: um motel. Apercebemo-nos disso, quanto mais não seja quando, ao folhear o dito panfleto, em vez de verificar o preço da diária, verificamos o preço da hora... Mas até aqui, tudo bem... examinei com detalhe a especificação em papel do referido estabelecimento, com a curiosidade de quem nunca experimentou (o motel). O que estragou mesmo tudo foi quando reparei no nome. Quem é que no seu perfeito juízo se lembraria de baptizar tal lugar de... Motel IC32 Montijo!?!?!? Pior que isto seria mesmo só Motel Nacional 10 Arrentela, ou Motel Nacional 388 Amareleja! Mas porquê, eu me pergunto... porquê dar a tal lugar de classe um nome destes! Até já imagino o arranjinho de dia de namorados:

Ele: Oh querida... tomei a liberdade de nos reservar um cantinho especial para hoje...
Ela: Ah sim? Então que surpresa me preparaste?
Ele: Reservei-nos 4 horitas no IC32 Montijo!
Ela: P*ta que pariu!!!

Quem quiser espreitar o site do estabelecimento, pode constatar o desfasamento entre a imagem e o nome, a que me refiro. A minha teoria é que havia um especialista em marketing por trás de tudo isto, que morreu atropelado (no IC32, na zona do Montijo) dois dias antes da inauguração. Frustrados por não terem um nome para o local, e em honra ao defunto, os proprietários resolveram dar o nome da estrada ao motel, e assim matar dois coelhos de um atropelamento só. Aceitam-se teorias alternativas, mas para já esta parece-me a mais verosímil.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Lost in Translation

Se há coisa que nunca fiz na vida foi julgar alguém pelo seu nível de literacia. Posso até dizer que algumas das pessoas mais inteligentes que conheço praticamente não sabem ler nem escrever. Ainda assim se há coisa que me faz confusão, é a malta que sistematicamente escreve com erros ortográficos. No meio profissional em que me situo, uma das principais ferramentas de trabalho é o bom do email. E estranhamente, o email de alguma forma potencia o analfabeto que há em nós, sendo extremamente mais fácil escrevermos com erros quando queremos enviar uma mensagem. Talvez pelo desejo de celeridade em escrever a missiva, ou por sentirmos que é um meio mais "familiar" ou "pessoal" de comunicar do que na realidade é. O que sei é que um dia não passa sem que receba umas "bardas" valentes na minha caixa de correio. Tudo isto ganha uma maior dimensão quando as ditas missivas são escritas em inglês. É aqui que se distingue o trigo do joio... é aqui que as pessoas honestas, sérias e inteligentes, assumem as dificuldades se as têm, e todas as outras tentam brilhar sem saber como. E é desta forma que rapaziada muitas vezes hierarquicamente acima da nossa posição nos brinda com as melhores pérolas que possamos imaginar, tais como:

Pérola 1: this is not "science rock" (alusivamente ao que deveria denominar-se por "rocket science", com o sentido de minimizar a importância do que se comenta)

Pérola 2: as I tall you before (em que se troca o significado de "como disse anteriormente" por algo semelhante a "como eu alto anteriormente")

Pérola 3: company confidencial (em que é clara a diversidade cultural, juntando em parte da assinatura automática de email uma referência clara à cultura britânica com "company", e outra à cultura portuguesa "confidencial" em vez de "confidential")

Pérola 4: we have already some actions on rolling (aqui o conceito de "ongoing" é reforçado por "on rolling", em que para além de indicar que algo se encontra a decorrer, mostra que vai sobre rodas)

Pérola 5: the codig is not good (em que se pretende referir a falta de qualidade do código, que obviamente em inglês se diz "codig")

Pérola 6: this will work in landscape and portland (sendo que neste caso há algo que vai funcionar bem em formato landscape/paisagem, mas também funcionará igualmente bem na bonita cidade de Portland)

Pérola 7: I am very preocupated (eu no lugar deste orador também ficaria muito "preocupated")

Vou continuar a fazer recolhas para o meu "best off" pessoal (ou será "best on"?)...

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Apetece-me Mudar

Alguém precisa de um informático?

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Vou Emigrar!

Está decidido! Depois de ler a edição online do Sol, hoje, fiquei convencido que o meu destino é emigrar para a Suiça. Aparentemente quando este país atravessa problemas relativos a diferenças a nível salarial, no seio da sua sociedade, as decisões a tomar são estranhamente simples. Se em Portugal alguma iniciativa fosse levada a cabo para reduzir o abismo que existe entre as classes baixa e alta, todos os possíveis entraves seriam apresentados, colocados, e todos nós teríamos de ficar conformados com o facto de nada acontecer. Na Suiça, houve um primeiro pensamento de reduzir os salários da classe alta como possível aproximação. Claramente uma ideia parva, no seguimento do qual surgiu uma boa: aumentar o salário mínimo! Como tal, e rendido a esta explicação, decidi avançar e emigrar para a Suiça, mesmo que tenha de viver remediadamente com um salário mínimo de... 3.300,00 euros! É nestas alturas que o nosso país (apesar de todas as coisas boas que tem) e sobretudo os nossos dirigentes, assumem mais ou menos a forma de um grande monte de merda!

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Um Sossego de Crianças

Fiquei há uns dias a saber da existência (inclusivé já em Portugal) de uma nova... como hei-de dizer... nóia, chamada carinhosamente de Bebés Reborn. E o que são os Bebés Reborn? São réplicas de bebés reais, em tamanho real, fabricados em vinil, que mulheres adultas adquirem e cuidam como se de crianças a sério se tratassem. E quando digo isto, falo de aquecer biberões, comprar cadeirinhas para transportar os ditos no carro, etc. Já aconteceram inclusivamente situações em que as "mamãs" foram abordadas pela polícia porque estavam a deixar a criança fechada no carro! O que é espectacular no meio disto tudo é que quem teve a ideia de génio para este negócio (cada boneco custa cerca de 500 euros) limitou-se a transportar o conceito dos Nenucos para mulheres com idade para terem juízo! E o mais triste é que o conceito é visto como algo muito benéfico, psicologicamente vantajoso e em essência sofisticado e intelectual. Eu vejo isto como... uma nóia... e das grandes! Ainda assim e a título de curiosidade estou tentado a transpor este conceito para o universo masculino. Por isso a partir de amanhã vou comprar um carrinho de brincar e tratá-lo como sendo real. Vou levá-lo ao centro de inspecções todos os anos... à lavagem automática... às bombas de gasolina... vou comprar jogos de pneus... Já estive até a ver preços de seguros e penso que vou conseguir um bom negócio, sobretudo tendo em conta o valor comercial! Só não sei exactamente quanto vou pagar de imposto de circulação, mas independentemente dos cêntimos, vai certamente valer a pena. Já me estou a imaginar numa conversa de gajos, em que todos gabam as suas máquinas... "então pá... que motor têm essa máquina? alguns 10 milímetros cúbicos, não?" Enfim... eu diria a estas senhoras que andam entretidas a brincar com Nenucos que podiam experimentar deixar-se de parvoíces e seguir a evolução natural da espécie... primeiro brincar aos papás e mamãs, e só depois brincar com os Nenucos!

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Foi Sem Querer

Com o devido respeito pelas vidas perdidas no recente acidente em Itália com o navio cruzeiro Costa Concordia, não consigo evitar deixar aqui algum escárnio relativamente ao comandante que está a ser responsabilizado pelo sucedido. Todos nós sabemos que os meios de comunicação social funcionam sobre tendências, e a tendência neste caso, desde o início, foi dizer mal do dito senhor... talvez porque o mesmo se põe a jeito! A notícia de que a aproximação excessiva do navio em relação a terra se deveu à intenção do homem querer acenar a um amigo já era má suficiente. Não satisfeito, ao ser confrontado com o facto de não ter ficado no navio até ao final da evacuação de todos os passageiros, a justificação dada foi que "tropeçou e caiu sem querer num salva vidas". Até estou a imaginar a conversa: "Estava eu ali heroicamente a ajudar uma senhora idosa a entrar para o bote quando... pimba!!! Tropecei na bengala da velha e caí eu p'a dentro do bote. Depois pensei: já que estou aqui... que se lixe a velha!". É mais ou menos como o tipo que está a dar um pirafo e entra o marido corno pelo quarto adentro: "Ah e tal, estava eu aqui a olear as dobradiças do roupeiro, quando escorreguei, tropecei e acidentalmente ao cair para cima da cama enfiei a pila na sua mulher que estava lá deitada a descansar as costas!". É bem verdade que para tudo há uma justificação... ou várias!

Métodos de Ensino

Andava eu por aí a deambular nos jornais online e deparei-me com uma notícia relativa ao Salão Erótico que vai decorrer em Fevereiro no Porto, onde vão ser dadas "aulas de sexo", com dois professores e 3 casais a exemplificar, que é como quem diz dois docentes (certamente doutorados) e 6 professores assistentes (ainda em fase de conclusão de mestrado). Este conceito de ter aulas de sexo (diferente de educação sexual) é algo que sempre me transcendeu um pouco. Em primeiro lugar porque quando oiço falar em aulas começo a imaginar toda uma logística associada semelhante à que conheço do ensino tradicional, e acabo por tentar identificar semelhanças e diferenças entre ambas. Por exemplo, algumas das semelhanças e diferenças que me ocorrem:


Semelhança 1. nas aulas teóricas, quando o professor está sem inspiração, pode sempre passar um filme alusivo à matéria, que será muito apreciado pelos alunos;
Diferença 1: os filmes nas aulas de sexo têm menos legendas;


Semelhança 2. na lembrança escolar de cada um de nós, existe sempre "aquela" professora que nos deixava completamente loucos;
Diferença 2: no ensino tradicional normalmente não temos direito a ver "aquela" professora ter relações sexuais;


Semelhança 3: a pontualidade e gestão do tempo é muito importante tanto no ensino tradicional como nas aulas de sexo;
Diferença 3: no ensino tradicional o aluno é penalizado se vier tarde, enquanto que nas aulas de sexo é penalizado se "vier" cedo;


Semelhança 4: quer no ensino tradicional, quer nas aulas de sexo, é possível realizar trabalhos em grupo;
Diferença 4: nas aulas de sexo, os trabalhos em grupo chamam-se "orgias";


Semelhança 5: no ensino tradicional e nas aulas de sexo, se o aluno faz alguma asneira, leva uma reguada;
Diferença 5: nas aulas de sexo, leva uma reguada... e gosta (S&M)!


Semelhança 6: em ambos os tipos de ensino, os alunos devem ter cuidado com a língua;
Diferença 6: apenas nas aulas de sexo, a falta de cuidado com a língua pode resultar em doenças venéreas;


Semelhança 7: tal como no ensino tradicional, também nas aulas de sexo o aluno pode ter falta de material;
Diferença 7: nas aulas de sexo o aluno não pode justificar-se dizendo que se esqueceu do "material" em casa;


Semelhança 8: em ambos os tipos de ensino, como método de avaliação, os alunos podem ser sujeitos a uma prova oral;
Diferença 8: nas aulas de sexo, durante a prova oral, o aluno não fala;


Semelhança 9: no ensino tradicional e nas aulas de sexo, o aluno pode chegar ao fim do ano lectivo e chumbar, tendo de repetir tudo outra vez;
Diferença 9: se o aluno chumbar nas aulas de sexo e tiver de repetir tudo outra vez... gosta!


Para já, ocorreram-me estas semelhanças e diferenças, mas tenho a certeza que existem muitas mais... vou dedicar mais algum tempo de meditação a este tema, e penso que voltarei a dissertar sobre o mesmo. Quem  sabe não posso até pensar numa tese e ter assim a oportunidade de ser também eu professor assistente, quiçá um dia docente de uma cadeira (ou qualquer outro tipo de peça de mobiliário de suporte) qualquer?

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Lembrar Que...

... muitas vezes quando achamos que estamos mal, basta olhar para o lado e perceber que não é bem assim. E não estou a falar daquelas situações do dia-a-dia a que muitos respondem celeremente que "com o mal dos outros posso eu bem". Estou a falar de situações extremas que muitos ainda assim conseguem encarar com a dignidade que lhes é possível. Ao deambular pela net deparei-me com o trabalho de Brian Cassey, um fotógrafo australiano, que há uns tempos fez uma foto reportagem em Hong Kong para expor algo que, segundo o próprio, pudesse marcar pela diferença ao ser trazido a público. O resultado foi um conjunto de fotos tirado em tempo record, que mostra como vivem algumas pessoas numa das cidades mais caras e evoluídas do mundo. No meio de enormes arranha-céus existem prédios recheados de autênticas jaulas, onde "habitam" pessoas... em alguns casos... famílias. Se a maioria das pessoas reconhece que é degradante viver assim, por outro lado consideram estar um patamar acima de ser sem abrigo, motivo suficiente para pagarem cerca de 200 dólares de renda mensal para terem uma jaula só deles. O fotógrafo ficou impressionado com a forma como, apesar da atmosfera deprimente em geral, algumas pessoas encaram a vida que levam nestas mesmas circunstâncias.

Para pensarmos todos... e muito!


Para ver a reportagem fotográfica completa, clicar aqui.

sábado, janeiro 14, 2012

Omeletes Com ou Sem Ovos

A mais recente notícia relacionada com o tema do costume (crise) revela uma mensagem do Exmo. Sr. Presidente da República, deixada na sua página do Facebook. Começo logo por dizer que acho extraordinário o PR dar-se ao trabalho de deixar este tipo de missiva em tal meio, já que vivemos num país de velhos em que a maioria da população se debate neste momento para ter televisão (quanto mais Internet). Mas aparte estas minhas últimas considerações, mais extraordinário ainda é que se continue a aceitar impavidamente este tipo de solicitação, quer no sector público (como foi o caso) quer no sector privado (como é o meu caso). Muito sinceramente estou farto da conversa de chacha do "vamos fazer omeletes sem ovos". Em tempos de crise, não são os que fazem omeletes com ovos a mais que se safam, mas também não são os que as fazem sem ovos nenhuns. O segredo está em fazer as omeletes escolhendo o número certo de ovos, e de preferência que nenhum esteja podre. Se a preocupação actual fosse a de aumentar a qualidade em vez de reduzir a quantidade, talvez ainda houvesse esperança de podermos um dia chegar a algum lado. Se ao contrário continuarmos a tratar pessoas, meios e recursos como apenas números, e se a economia através de cortes cegos continuar a proliferar pelo país fora (seguindo o exemplo do governo - que todos sabemos é um excelente exemplo a seguir para o que quer que seja), o único sítio onde vamos chegar é... ao fundo. Por tudo isto digo ao Exmo. Sr. PR - que infelizmente sei que nunca na vida me irá ouvir nem terá acesso a esta leitura (porque provavelmente ele próprio não utiliza a Internet, delegando essa tarefa nos seus vários assessores) - mas também a todos aqueles (poucos) que tem o poder de modificar a vida (de muitos): deixem-se de merdas, se querem ir à luta, escolham as armas certas, e pensem duas vezes se se têm realmente condições para (querer) fazer mais com menos.