terça-feira, setembro 21, 2010

Brincar às Catástrofes

Se há coisa que sempre me fez confusão nas empresas por onde passei, é a realização periódica de simulacros. Na actual, o último foi realizado apenas há alguns meses, e não foi excepção. Não pelo simulacro em si cujo objectivo até é louvável, mas pela forma como é habitualmente conduzido e levado a cabo. Começa pelo aviso antecipado da sua ocorrência, que condiciona de imediato qualquer resultado a obter do mesmo. Algumas pessoas chegam a planear a sua permanência (ou não) no local de trabalho de acordo com este aviso! Depois, tal como qualquer bom estudante faz, toca a impinar todos os procedimentos a levar a cabo na véspera da ocorrência, para garantir que o simulacro corre limpinho que nem um assobio. Naquele dia em especial, todos desligam os computadores, todos têm a secretária limpa, todos sabem de cor e salteado as saídas de emergência a que se devem ordeiramente dirigir em caso de catástrofe, etc. Durante a realização do dito, é ver que apesar de toda esta batotice institucionalizada, tudo corre mal. As saídas de emergência não são adequadas, as portas abrem para o lado errado, apenas uma pessoa pode deixar penduradas outras 200 nas escadas do prédio, etc. Isto não é factor impeditivo de produzir um relatório a dizer que cerca de 2 horas de simulacro foram afinal um grande sucesso de 20 minutos... Por fim existe a triste e ridícula acção formativa sobre, por exemplo, os vários tipos de extintor e respectivas aplicações. No caso do meu último simulacro, esta foi quase a verdadeira situação de emergência, já que junto à entrada do edifício onde a multidão aguardava que tudo voltasse ao normal, os bombeiros resolveram provocar vários tipos de incêndio e aplicar os vários tipos de extintor, enquanto as pessoas em redor asfixiavam também de várias formas possíveis. Eu optei por me afastar e sentar numa esplanada a beber um copo de forma pouco simulada, até que aquela catástrofe terminasse.

domingo, setembro 19, 2010

Paletes de Pontapés na Cabeça

Já por algumas vezes utilizei aqui a expressão "pontapés na cabeça", referindo-me aos viciados das borlas que se vão apanhando por aí ocasionalmente ("à borla, até pontapés na cabeça"). Mas desta feita a história não é sobre um viciado, mas sim um grupo de viciados, nos quais eu me incluo. Estes viciados (ainda que à força) seguiam alegremente a caminho de um almocito, quando foram abordados violentamente ao parar numa passadeira, por vários homens verdes... funcionários da Sumol. Estes homens verdes deviam também estar com vontade de ir almoçar, porque ao invés da tradicional borla unitária (neste caso cada um de nós deveria ter levado uma garrafita do novo sabor da referida marca), praticamente atiraram um "six pack" pelas janelas do carro a dentro, para cada um de nós. Resultado: uma palete de Sumol no banco de trás. Mas como sou um amador nisto dos "pontapés na cabeça", confesso que acabei por ceder a minha quota da palete e fiquei sem saber qual o paladar da nova bebida (de qualquer forma não era cerveja...). No entanto espero que esta moda das ofertas em paletes não pegue, senão qualquer dia tenho de montar umas barras de tejadilho ou começar a andar com um atrelado, para poder circular em Lisboa...

sexta-feira, setembro 17, 2010

Contrafacção Chega ao Circo

Se há coisa a que estamos já muito habituados, é a observar pequenas nuances nas marcas dos artigos de contrafacção. Quem nunca viu umas calças Linforn em vez de Uniform, ou uns ténis Nyke em vez de uns Nike, não está certamente atento aos pormenores. Se estas suaves nuances nas marcas de artigos são uma realidade no nosso quotidiano, o mesmo já se torna mais raro no que diz respeito a nomes de negócios ou empresas. Ainda assim, há motivos para que tal aconteça. Se o caro leitor puxar pela memória, certamente irá lembrar-se de um escândalo nos mídia, em que um circo em particular foi acusado de maltratar os seus animais. O circo em questão chamava-se Atlas, e este tipo de publicidade certamente surtiu o seu efeito. Nada mais fácil de resolver: muda-se o nome do circo! E há que dar a mão à palmatória... que mudança! De Altas passou para o fabuloso circo Walter Dias, "o maior espectáculo do mundo" (como aliás o bom aspecto do "trailer" da foto deixa antever). Mas o mais bonito nesta arte de disfarçar podres é o requinte de contrafacção que o estilo de letra aplicado a Walter Dias tem. Se pensarem na proximidade que as palavras Walter Dias têm de Walt Disney, este estilo de letra aplicado faz realmente todo o sentido! E viva a arte e engenho destes artistas!

quinta-feira, setembro 16, 2010

Electrodomésticos Arraçados

Já tinha visto animais arraçados... cruzamentos de pastor alemão com serra da estrela, de labrador com rotweiller, etc. O que nunca tinha visto até há pouco tempo era cruzamento de electrodomésticos. Se o caro leitor pensa que enlouqueci de vez, aconselho a reparar atentamente nas fotos que anexo. O que é que obtemos quando cruzamos um televisor de marca Panasonic com outro de marca Samsung? Mais do que óbvio: um Panasung!!! Aqui acho que também teria ficado bem um Samsonic... Deparei-me com esta maravilha tecnológica no Odivelas Parque num dia que lá fui jantar, e de imediato pensei "olha-m'estes cromos a venderem electrodomésticos da chino-candonga!". Nada mais errado! Aparentemente esta marca anda por aí (ou pretende andar) muito a sério, e poucos dias depois deparo-me com uma carripana de assistência técnica de que marca? Panasung! E aí está... se duvidam desta nova potência tecnológica mundial, o melhor é mesmo darem o benefício da dúvida... um dia destes podem ter uma geringonça desta marca lá por casa!

quarta-feira, setembro 15, 2010

Bute Nessa ou Bora Lá?

Uma vez mais uma ausência, uma vez mais um regresso. Passadas algumas semanas intercaladas de férias, e depois de outras tantas para recuperar do regresso ao trabalho, falta retomar este hábito da escrita para a rotina voltar ao que era. Assim, nada como começar com uma retrospectiva sobre o volume de posts que por aqui tenho deixado. Como alguns podem já saber por posts de anos anteriores, uma das coisas que recebo já por tradição no meu aniversário, é uma versão em papel encadernada pelo meu pai, com todos os posts do ano que passou. Tal como podem verificar pela fotografia, o que inicialmente começou por algo capaz de fazer o Dan Brown parecer um menino, está rapidamente a aproximar-se do volume de um Borda D'Agua sem algumas folhas. Vou esforçar-me por contrariar esta tendência, e desde que um certo diabrete que cá por casa habita me vá deixando ter uma ou duas horitas de descanso durante a noite, tenho a certeza que vou conseguir cumprir. Por isso convido desde já todos os que me costumavam ler a passarem aqui pelo estaminé, para ver as parvoíces que tenciono por cá deixar! Como diz um amigo meu, beijinhos, abraços e muitos palhaços!