sábado, novembro 19, 2011

Quando me Perguntam...

... do que é que o meu filho gosta, para terem uma ideia sobre o que lhe dar no Natal, fico sempre com dúvidas e nunca sei muito bem o que responder!

quarta-feira, novembro 09, 2011

segunda-feira, novembro 07, 2011

O Privilégio de Ser Burro

Há alguns dias li uma expressão que me ficou gravada na memória: todos têm o direito de ser burros, mas alguns abusam desse privilégio. Já há muito tempo que não sentia verdadeira frustração no trabalho, mas as últimas semanas fizeram com que a minha memória fosse reavivada, em boa parte devido à interacção com um ou outro espécime da espécie acima indicada. Raras vezes me enervei realmente devido a situações profissionais. No entanto sinto que a tampa começa a querer saltar-me com alguma frequência nos últimos dias. Racionalmente sei que é uma estupidez, e relembro-me também de uma outra expressão de um amigo meu: "it's only work". O problema é que o "work" tem alguma facilidade em lixar tudo o resto, sobretudo quando é a parte significativa da nossa rotina e do nosso dia a dia. O velho sentimento de uns elementos da equipa remarem para um lado, e outros para o oposto, é cada vez mais forte. E apesar de se viverem tempos difíceis em geral, começo a sentir que se calhar nada disto vale realmente a pena. Enfim, amanhã é um novo dia, e hoje já ficou a perspectiva de que os problemas vão, no melhor cenário, continuar. Se assim for já não é mau, uma vez que a crosta vai secando. O problema vai ser quando alguém resolver arrancar a crosta e começar tudo da estaca zero... Cenas dos próximos capítulos serão aqui reportadas. Se agredir alguém com violência, prometo tentar obter fotografias!

terça-feira, novembro 01, 2011

De Mãos Atadas

Nos últimos dias tenho reflectido muito sobre a cultura em torno do trabalho, que vivemos nos dias de hoje. A primeira constatação óbvia é que a evolução - dita a bem do conforto, modernização e automatização de tarefas - que tem acontecido nos últimos anos, em vez de contribuir para todos os aspectos mencionados anteriormente, tem o efeito precisamente oposto. Na parte de conforto, bem-estar ou qualidade de vida, o resultado é mau: arranjámos forma de poder levar o trabalho para todo o lado (smartphones, laptops, etc.), em vez de o deixar no respectivo local ao final do dia. Na parte da modernização, o resultado é infrutífero: basicamente geramos trabalho à volta de trabalho, isto é, se anteriormente processos mais "artesanais" tinham de ser executados para levar uma tarefa a cabo, agora temos processos para gerir processos que por sua vez gerem outros processos, sendo que a tarefa em si e o resultado final constituem menos de 10% do esforço envolvido. Na parte da automatização, o resultado é irrelevante: uma vez que cada vez mais processos e tarefas necessitam ser levados a cabo antes de atingir um fim, por mais que os mesmos sejam automatizados vão sempre surgir outros que - até serem eles próprios automatizados - vão exigir um esforço manual. E no fim da linha, quando tudo é moderno e automático, o ser humano pode ser excluído dando lugar ao negócio que apelido habitualmente de "máquina de fazer chouriços" (entra porco de um lado, sai enchido do outro). Pessoalmente, dia após dia, chego a casa com a sensação de que corri o dia inteiro e não cheguei a lado nenhum. Hoje é feríado... tinha intenção de passar um dia calmo com a minha família... Na prática? Atendi o primeiro telefonema profissional por volta das 11h, o último dos vários que entretanto atendi foi às 15h, já troquei mais de 10 emails... Resumindo: estou a ignorar a minha família para poder trabalhar durante um feriado, numa semana de férias que cancelei. Algo está errado: eu! Ainda não descobri/decidi o que vou fazer em relação a isto, mas alguma coisa vou certamente ter de fazer... ai isso vou!