domingo, junho 28, 2009

Regras de Ouro do Chinês

Na passada sexta-feira resolvemos fazer o almoço de despedida de uma colega. Clara: foi pena não teres ido... o teu almoço de despedida foi muito divertido (conforme se pode ver pela foto - cortesia da Susy - onde eu e o PO ficámos no nosso melhor, ainda que um pouco "africanizados"). O local de eleição foi um restaurante chinês onde nunca nenhum dos que estiveram presentes tinha ido. Este restaurante nada tinha de particular em relação a todos os outros, mas certamente fez-me reflectir sobre essa mesma homogeneidade. É um tipo de estabelecimento que pode facilmente ser estereotipado. Passo assim a descrever as regras de ouro para um restaurante chinês de sucesso:

1. Todo e qualquer restaurante chinês que se preze tem de ter bolas vermelhas com penduricalhos junto à placa que ostenta o nome, preferencialmente com metade em português e a outra em mandarim.
2. Todas as peças de mobiliário e acabamentos das instalações devem ser em madeira lacada em tons de vermelho, sendo que as cadeiras devem ser almofadadas e compostas por 60% de ácaros.
3. Os empregados devem ser constantemente sorridentes e pronunciar um máximo de 3 palavras em português sendo que nessas palavras os 'r' devem ser substituídos por 'l' (ex.: "obligado" e "fa'xavole").

4. Os empregados não podem entender correctamente um pedido, sendo obrigatório um engano mínimo em 10% da lista de pratos/acompanhamentos/bebidas.
5. Todos os restaurantes chineses devem possuir os famosos pauzinhos que, apesar de usados devem vir embalados em papel, por causa da ASAE.
6. Todos os nomes dos pratos devem ter um erro ortográfico na ementa (ex.: Gelado Frido, Ovos de Andoninha, etc.).

7. No final da refeição é obrigatório servir um licor ou aguardente de lagarto em copos de porcelana com miúdas descascadas no fundo.
8. O óleo de fritar só deve ser utilizado após servir para cozinhar dois meses de refeições para as famílias orientais que habitam nas traseiras/anexos do restaurante.
9. A conta deve sempre ser apresentada ao cliente, acompanhada de um de três itens: calendário chinês de 2006, isqueiro com desenhos sem gás ou rebuçado de mentol.

Qualquer infracção a estas regras de ouro deve ser de imediato reportada à ASAE, de forma a garantir os níveis de qualidade a que estamos habituados.

sexta-feira, junho 26, 2009

Fale-se Bem... Fale-se Mal...

... o que é um facto é que sempre se falou dele. Independentemente dos mitos urbanos, dúvidas e suspeições em relação à vida privada deste cantor, a sua posição no mundo artístico é e será para sempre única. Detentor de um recorde que dificilmente poderá vir a ser batido (uma vez que a venda de discos já não é o que era), figura mítica da pop, tem o título de "rei" garantido para uns bons e longos anos após a sua morte. Não consigo compreender muito bem alguns fanatismos a que assisti no meio de vários tributos (já mais aceitáveis) que foram prestados ao longo dos últimos dias, mas deixo aqui a minha última salva de palmas pessoal para Michael Jackson, com o "muito obrigado" que todos os grandes artistas merecem de nós.
1958 - 2009

domingo, junho 07, 2009

Na Rota do Mar

Uma experiência que andava adiada há já algum tempo teve finalmente lugar. Cortesia do Bruno que me emprestou o "bicho" que podem ver na foto (e que aliás pelo próprio tamanho e aspecto pouco promissor fez algum furor). Houve até quem duvidasse que a própria tarefa de chegar ao ponto de encontro onde se reuniriam todos os participantes no passeio de todo-o-terreno "Rota do Mar", seria possível (não só chegou lá como pagou menos portagem que todos os outros para o fazer). Mas a viatura fez isso tudo e muito mais. Um passeio pela lama (oferta do tempo de merda que teima em não se ir embora) e pela areia (algo muito mais divertido do que poderia alguma vez imaginar) permitiu ao animal que na noite anterior estava ainda de motor esventrado nas mãos do meu amigo, dar um ar da sua graça. Mais do que o passeio em si, que já foi muito bom, foi a companhia, o conhecer novos amigos e a diversão de um dia inteiro muito bem passado. Se já anteriormente andava com ganas de comprar um "brinquedo" destes para mim, agora as ganas são ainda maiores. Resta-me esperar pelo preço ideal, já que se trata de uma "brincadeira" cara. Até lá vou contando com umas abébias e convites para repetir a experiência, esperando que o número 84 lá se vá aguentando...

Foto: cortesia do Paulo, a minha "ama-seca" durante este que foi o meu primeiro passeio dentro do género (um grande bem-haja para ti)

terça-feira, junho 02, 2009

Errar é... um Erro

Na qualidade de informático, sou muitas vezes levado a defender a minha classe no sentido de que, quem não faz parte dela, a utiliza muitas vezes como bode expiatório (ou bode "respiratório" para alguns) para a própria incompetência. Quantas pessoas nunca foram defrontadas num qualquer serviço pela expressão dita quase orgulhosamente por um funcionário: "lamento, mas temos o sistema em baixo". Como se o sistema sofresse de impotência ou maleita semelhante, capaz de impedir uma erecção crucial para resolver o problema em questão. Mas se umas vezes o "sistema" tem as costas largas, outras há que mesmo nós, informáticos, temos alguma dificuldade em tolerar algumas falhas cometidas por colegas na concepção dos ditos "sistemas". A última que experimentei foi cortesia da IBM, e constituiu para mim um dos raros paradoxos na área da computação. Nomeadamente, ao ser confrontado com a mensagem que aqui deixo (ver imagem), fiquei a saber que me tinha deparado com um erro, enquanto me era apresentado... um erro. Confesso que o meu cérebro ainda não recuperou totalmente da tentativa de raciocínio sobre a necessidade de apresentar um erro que ocorre enquanto é apresentado um erro. Ou até mesmo se a causa de um erro que impede a correcta apresentação de um erro será assim tão importante para mim... Enfim, fiquei de tal forma transtornado com esta situação que ainda não me sinto totalmente recuperado. Tenho até algum receio de voltar a utilizar o software em questão, não vá o diabo tecê-las e ser-me apresentado um erro ao tentar resolver um erro relativo à apresentação de um erro ocorrido durante um erro. Meu Deus, quando irá terminar este pesadelo!?

segunda-feira, junho 01, 2009

Mini Me

Rendi-me ao minimalismo e comprei um brinquedo: o portátil (e é mesmo portátil) Tsunami Moover T10 (passo a publicidade). Andava um pouco indeciso em relação à compra, mas as mega-hiper-super promoções do "eu é que não sou parvo" não deixam ninguém indiferente, e eu não sou excepção à regra. Enquanto andava por lá na minha indecisão entre quais os portáteis candidatos a vir habitar o meu estaminé, tentei sempre manter-me dentro da distância de segurança do famigerado Magalhães. Confesso que aquilo me mete medo... Só de pensar no episódio do meu amigo PO penso no que levará alguém a comprar aquilo sem ser pela teoria dos "pontapés na cabeça" (leia-se, borlas). O episódio consiste concretamente em, na primeira vez que se liga o pseudo-portátil e que o mesmo dá início ao Windows Update, se esgota de imediato a capacidade em disco (esses vastos 30 gigas, previamente ocupados com software decididamente interessante). Já vi pens USB com mais capacidade... Mas enfim, lá sobrevivi e trouxe um computador, pequeno mas respeitável, que certamente será muito útil nas mais variadas ocasiões. Continuarei no entanto solidária para com todos aqueles que não tiveram como escapar ao flagelo tecnológico criado pelo actual governo. Não desesperem, pois certamente um dia conseguirão ter um computador a sério.