domingo, setembro 23, 2018

sexta-feira, setembro 21, 2018

Começar Bem o Dia

Duas semanas depois de ter vestido a minha nova "camisola", fui convidado a participar num pequeno almoço diferente, num local diferente, como arranque de um dia de trabalho. Algo simples que teve o condão de me fazer sentir que estava a começar bem o dia. Pela envolvente (conforme se pode constatar pela vista) e pelas pessoas, algumas que já conhecia, outras que fiquei a conhecer, e que num curto espaço de tempo permitiu ouvir histórias e dar umas gargalhadas valentes. Bom dia!


PS: Curiosamente não foi o pequeno almoço alargado que reduziu a produtividade neste dia, mas sim o simulacro de incêndio que decorria quando regressei ao meu "estaminé" e que lixou grande parte da manhã... :)

terça-feira, setembro 18, 2018

Quando Aquilo Que Nos Faz Sentir Vivos Também Nos Dá Um Vislumbre da Morte…

Ano de 1996. O ano em que obtive a licença de condução de ciclomotores, que seria uma espécie primeiro degrau na escada da liberdade e da independência. A súbita capacidade de me deslocar em qualquer altura para qualquer lugar, aliada à sensação forte de andar sobre duas rodas, foi um marco importante da minha vida. Sentado pela primeira vez na minha DT 50, foi uma relação surpreendentemente natural, apesar de nunca ter andado de mota antes. E desde então vivo (à minha maneira) neste mundo do motociclismo.

Foi também no ano de 1996 que tive o primeiro contacto com o lado mais negro deste mundo. O lado do perigo, do risco, da morte. Chamava-se Ricardo, era meu amigo, e foi ele o primeiro a ensinar-me algo sobre esta face do motociclismo. Na altura, colega de escola, para ganhar uns trocos trabalhava fora de horas a entregar pizzas. Foi numa dessas noites que foi abalroado por um carro, tendo perdido a sua vida de forma trágica e abalando a vida de todos aqueles que o conheciam.

Continuei a andar de mota, mas desde então, com maior ou menor frequência, o perigo faz-se sentir presente. De cada vez que tenho contacto próximo com o metal de um automóvel ou o alcatrão de uma estrada. De cada vez que oiço histórias ou más notícias, sobre alguém que me é mais ou menos próximo... alguém que perdeu o uso das pernas e nunca mais pode andar… alguém que perdeu o uso de um braço e deixou de conseguir pegar na filha ao colo… alguém que perdeu a vida e deixou uma família entregue a si própria… tudo mexe connosco e tudo coloca em causa aquilo que fazemos e como o fazemos.

Acredito que aqueles de nós que são afortunados o suficiente para sobreviver, aprendem com cada uma destas histórias. Acredito que é esta vivência que nos molda enquanto pessoas e, no caso concreto, enquanto motociclistas. A nossa postura, as nossas ações e as nossas reações modificam-se e adaptam-se, naquilo que entendo ser um processo de evolução e crescimento pessoal. Muitas vezes já senti a minha confiança abalada e não tenho a ilusão que nada disto nos coloque a salvo de sermos nós, um dia, o protagonista de uma história também trágica. Ainda assim acho que, entre outras coisas, é a soma destas experiências que nos pode ajudar a evitá-lo.

Escrevo este texto hoje, infelizmente, na sequência de mais uma perda trágica. Um companheiro que - apesar de não conhecer muito bem - era alguém com quem partilhava já algumas coisas em comum: umas quantas conversas sobre motas, alguns quilómetros de estrada e a paixão pelas duas rodas. Espero que ele, assim como todos os que já partiram, esteja lá em cima a olhar por todos nós.

Até um dia, Alexandre.

sábado, setembro 15, 2018

Ineficiências

Numa época em que tudo pode ser rápido e simples, instituições há que parecem continuar a prezar a ineficiência (para não dizer incompetência). No caso em particular refiro-me aos CTT. Estando eu habituado a fazer encomendas que me chegam por via de diferentes serviços e transportadoras, é lamentável que uma empresa como os CTT continue a ser das que pior serviço fornece. Foi o que aconteceu com a última encomenda que fiz, que infelizmente foi despachada por esta via em correio registado nacional. Algo que era suposto chegar ao destino num prazo máximo de 3 dias, demorou uma semana e meia. Isto porque a primeira tentativa de entrega no destino ocorreu precisamente no prazo máximo da entrega (os tais 3 dias). Como não estava ninguém em casa, ficou "pendente reagendamento de nova entrega", sendo que por "reagendamento" se deve entender "tentar entregar em data e hora aleatória sem questionar o destinatário sobre qual o melhor momento para o fazer". Após verificar que a encomenda se encontrava neste estado, tentei contactar os CTT para o dito reagendamento, já que ninguém o fez. Revelou-se uma tarefa impossível. O número geral 707 26 26 26 (serviço pago) nunca me permitiu chegar à fala com ninguém, ficando sempre pendurado entre 5 a 10 minutos a ouvir música. Eis senão quando passados outros 2 dias, nova tentativa "aleatória" de entrega, uma vez mais sem sucesso porque não estava ninguém em casa (que surpresa...). Mais uma vez tentei contactar o serviço de seguimento dos CTT, sem sucesso. Deixei o meu contacto para chamada de volta, que ainda hoje aguardo... Tentei ainda durante dois dias ligar para o balcão dos CTT responsável pela distribuição, e durante dois dias... ninguém atendeu o telefone. Pior: durante este tempo todo, nunca me foi dada a hipótese de recolha no balcão, já que não era deixado nenhum aviso na caixa de correio. Tal só veio a acontecer 2 dias após a última tentativa falhada. Portanto, em vez de me contactarem aquando da primeira tentativa de entrega ou terem deixado o aviso para levantamento no balcão, foram precisas 3 idas físicas à minha residência para perceber que não estava lá ninguém para receber a encomenda. Parabéns CTT, pelo brilhantismo na eficiência do vosso processo de entrega.

sexta-feira, setembro 07, 2018

Velho e Gasto, Mas...

Esta quarta-feira senti-me velho mas feliz por isso. Explico o porquê. Fui assistir a um concerto dos 30 Seconds to Mars (a segunda vez que o faço) e constatei as diferenças dos tempos relativamente à forma como decorrem os concertos em geral, como decorrem as atuações e até como as pessoas agem. O concerto foi bom, mas ficou aquém do último a que tinha assistido. A performance foi boa mas não muito mais do que isso. Ainda assim valeu a pena assistir, até mesmo naquele momento em que o Jared Leto chamou ao palco o célebre cantor português "Diego Pestana" (também conhecido por Diogo Piçarra). A produção foi também mediana, quando comparada com o anterior, muito mais "explosivo" visualmente. No início do concerto, e ainda relacionado com a produção, comentávamos que a magia dos espectáculos a que se assistia num estádio, à noite, algumas vezes debaixo de chuva, se perde completamente num ambiente assético e controlado como o de uma Altice Arena. Igualmente assético é o final do concerto, em que já não se dá sequer oportunidade para que um encore aconteça. Última música tocada, sai tudo do palco, acendem-se as luzes, e a malta dispersa de imediato. Até aqueles que estão na plateia, colados ao palco. Mas aquilo que me enervou, mas enervou mesmo solenemente neste concerto, foi a "maltinha" que estava no setor do balcão onde me encontrava. Antes do concerto começar tinha aquilo que parecia umas groupies à minha frente, que pensei fossem partir a loiça toda mal fossem tocados os primeiros acordes, mas que... nem se levantaram durante todo o concerto! Como é possível, um concerto em que todo um setor (infelizmente o meu) assistiu sentado (exceto dois ET's dos quais este vosso orgulhosamente fazia parte) como se estivessem no cinema! Efetivamente até pipocas e panquecas e fatias de piza se venderam, por isso começa a não ser muito diferente... Fiquei francamente desiludido por, no meio daquelas dezenas de pessoas e sendo talvez eu um dos mais velhos, ter sido também dos poucos que se levantaram e curtiram a coisa como deve ser. Enfim, valeu isso mesmo e aproveitar, assim como aproveitei a abertura, com uma banda para mim desconhecida mas que foi uma agradável surpresa (Xande). E a noite ainda acabou em beleza quando, para deixar o "rebanho" desopilar dali para fora, fomos beber um copo ao casino onde havia também música ao vivo. Resumindo, estou velho, mas acho que ainda me sei divertir.

quinta-feira, setembro 06, 2018

Curiosidades Sanitárias

Quando uma ação que visa evitar o desperdício e minimizar a pegada ecológica, e que acaba por fazer exatamente o oposto, acontece, importa dar visibilidade a tal fato. Foi o caso da empresa que faz a manutenção das instalações sanitárias do meu mais recente local de trabalho, que foi no mínimo brilhante.

Mais concretamente, e começando pelo ponto do desperdício da água, importa consciencializar as pessoas para evitarem o mesmo. Recomenda-se assim, conforme cartaz afixado, que as pessoas usem a água estritamente necessária e que em momento algum se esqueçam das torneiras abertas:


Pena que todas as torneiras em questão sejam automáticas. Ocorre-me portanto que o único cenário em que tal possa acontecer, seja o caso de alguém com uma prótese que, ao lavar as mãos, se esqueça da mesma dentro do lavatório, ativando assim indeterminadamente o sensor que abre a água da torneira...


Outra recomendação importante é a de não deitar papéis para dentro dos urinóis (???) ou das sanitas, e em vez disso depositá-los nos recipientes e caixotes destinados ao efeito:


Pena que esses recipientes ou caixotes não existam, senão seria certamente uma recomendação importante.


De qualquer forma, 5/10 pontos pela intenção. Pena o desperdício de tempo, dinheiro, tinta, papel e plástico na elaboração e disseminação dos cartazes com utilidade zero.

segunda-feira, setembro 03, 2018

Novo Início

Chegou o momento. Após o final de um ciclo e de umas retemperantes férias de verão em família, é altura de arregaçar as mangas e começar de novo. Dispo uma camisola verde para vestir uma laranja. Por um lado uma novidade, por outro o rever de muitas caras conhecidas. A familiaridade de um local que me dá algum conforto, o facto de não ser "novato" neste tipo de mudança, mas ainda assim aquele nervoso miudinho de quem se "manda novamente para fora de pé". Um sentimento maior de responsabilidade vai-se fazendo notar conforme os anos passam e estas coisas acontecem. Para com as instituições, para com a família que de mim depende, para comigo próprio que tenho de ser mais e mais exigente com aquilo que faço. Tudo somado, estou animado por este recomeço, por esta oportunidade de me reinventar e por tudo o que possa vir por aí. Vamos a isto!