terça-feira, dezembro 08, 2015

sexta-feira, novembro 20, 2015

Um Olhar Diferente...

... é o que tenho tido nos últimos dias. Desde terça-feira tive direito a estrear-me no mundo das pessoas que tiveram (ou têm, como é o caso) essa bela enfermidade que é a conjuntivite. Tudo começou num belo início de manhã com uma ligeira impressão no olho direito, que a meio da manhã já se tinha transformado numa vermelhidão extrema e num inchaço digno de quem levou um valente selo nas trombas. É sempre bom quando isto acontece numa altura em que simplesmente não podemos resguardar-nos em casa nem evitar ter de estar em contacto com clientes (de preferência evitando o contágio)... Já no limite da paciência fui até à farmácia onde uma simpática (e gira) farmacêutica me recomendou Clorocil e soro fisiológico para lavagens frequentes, o que fiz minuciosamente. 3 dias depois, finalmente o tratamento começou a dar resultado... no olho direito. Entretanto a conjuntivite resolveu mudar-se... para o olho esquerdo. Neste momento (após acordar às 3 da manhã com incómodo considerável) e pela sensação que tenho... mora nos dois. Detesto ser um mau senhorio, mas para este "inquilino" oftálmico era uma ordem de despejo, "faxavor"...

quinta-feira, novembro 19, 2015

Balanço do Primeiro Mês

E depois do balanço da primeira semana, chegou a altura de fazer o balanço do primeiro mês. Faz hoje precisamente um mês que mais uma reviravolta aconteceu na minha vida (outra vez!). Este período tem sido rico em reencontros mas mais rico ainda em quantidade de trabalho (o que justifica a minha ausência recente aqui pelo estaminé). Ainda assim aproveitei mais uma noite de insónia, cortesia do meu mai' novo, para escrever por aqui umas linhas. Resumidamente, desde que "voltei à carga", assumi 3 projetos diferentes, dei formação, estou a colaborar numa iniciativa junto de um novo cliente, e tenho uma proposta para entregar noutro, até à próxima segunda-feira. E está-se muito bem assim, o que me faz constatar que a qualidade do trabalho que se faz (e que nos deixam fazer) tem muito mais peso do que a quantidade de trabalho que se tem, para a nossa realização pessoal. Objetivo: continuar (pelo menos) assim! Ah... e voltar a escrever mais por aqui... mas isto já começa a parecer uma resolução de ano novo.

sábado, outubro 24, 2015

Balanço da Primeira Semana

Eis que chegou ao fim a primeira semana após o meu regresso ao trabalho, e olhando para trás penso que não podia ter corrido melhor. O reencontro com tantos antigos colegas... o trabalho (e a equipa) que já estavam à minha espera, logo no primeiro dia... a forma como fui bem recebido (de volta). É uma sensação especial ter tanta gente a dizer-me de forma sincera como ficaram felizes com o meu regresso. É também um sinal claro de que estou em casa. As pessoas e equipas com quem tenho tido o privilégio de trabalhar em todos os sítios por onde passei são normalmente a melhor parte, e o que me faz recordar de forma mais nostálgica esses mesmos locais. A oportunidade de as rever é sempre uma boa experiência. A nível de trabalho, resta-me agora retomar o que há meses interrompi (com mais uns pozinhos à mistura), fazer aquilo que sei fazer, dar o meu melhor e esperar que seja suficiente. Efetivamente, acho que o verde (sem conotações desportivas associadas) é uma cor que me fica bem.

sábado, outubro 17, 2015

TWD#6

Yeaaahhhh!!! Finalmente... consegui ver o primeiro episódio!

sexta-feira, outubro 16, 2015

CSM... check! Well... almost!

Mais uma prova superada (quer dizer... ainda falta fazer o exame, mas pelo que percebi essa será a parte fácil). Foram alguns dias de atividade intensa e interessante. Dois dias de uma injeção de técnicas para pensar e agir de forma diferente em relação ao habitual, e de me munir de ferramentas para enfrentar os desafios profissionais futuros de uma forma um bocadinho diferente - espera-se melhor.


Trata-se (ou tratou-se) do curso de Certified Scrum Master, que tive a felicidade de frequentar dado pelo Exmo. Sr. Peter Stevens (não podia ter pedido melhor formador) que numa breve estadia em Portugal foi recrutado pela Rumos para formar nada mais nada menos que 40 pessoas ao mesmo tempo. E o que é certo é que "magia aconteceu" e toda esta gente que não se conhecia foi capaz de fazer um projecto e entregar um produto finalizado ao fim de apenas 59 minutos, recorrendo ao Scrum. Agora só falta estudar um bocadinho para o teste e obter a certificação oficial. De qualquer forma não pude deixar de pensar numa série de problemas que quem se movimenta na mesma área profissional que eu enfrenta numa base quase diária... o que me leva ao Dilbert que resolvi aqui partilhar. ;) Bom fim-de-semana!

domingo, outubro 11, 2015

Sociedade Moderna e Persecutória

Como já não tenho facebook, vou apanhando com menos frequência as "não notícias" da atualidade, meramente através das conversas de café com amigos e conhecidos (como acontecia antigamente...). Dei por mim a espreitar uma das novidades, que tem a ver com um lapso insignificante de um dos maiores jornalistas e autores que Portugal já teve: José Rodrigues dos Santos. O lapso teve a ver com a troca de um "ele" por "ela" num texto e contexto que, por infelicidade, estando associado a um deputado de orientação homossexual, deu de imediato aso a uma onda de pura raiva e ódio (é a única forma que tenho para descrever o que li e ouvi) contra o conceituado jornalista. Pessoalmente, na qualidade de pessoa não homofóbica que sou e que já cometeu gafes a falar em público, gostaria de viver numa sociedade que não condenasse publicamente qualquer um por dá cá aquela palha ou por crenças e convicções fundamentalistas. Gostaria que todas as pessoas que se dizem objetoras da intolerância fossem elas próprias mais tolerantes, e não a força motora de uma sociedade que cada vez é mais persecutória perante e sobre aqueles que não seguem os padrões daquilo que é considerado moderno e politicamente correto. Já para não falar no fato de, nos dias de hoje e com a quantidade de problemas bem mais graves que a nossa sociedade atravessa, ter este tipo de adesão massiva a movimentos condenatórios por parte de tanta gente, é bem demonstrativo do abismo em direção ao qual caminhamos, já para não falar de uma enorme quantidade de tempo livre e falta de outras preocupações.

sábado, outubro 10, 2015

Done!!! I'm Rolling...

"Não tenho luxos mas sou rico, há minha maneira..." :)

quinta-feira, outubro 08, 2015

1 Dia

Falta um dia para a mudança mais esperada. Nos últimos tempos, não consigo evitar este "contador" na minha cabeça. É certo que tomada a decisão o meu estado de espírito transformou-se de imediato, ainda assim a espera dá cabo de mim. Os planos sobrepõe-se como ideias atabalhoadas na minha cabeça. O que vou fazer... como vou fazer... como gostaria de me redefinir... A semana de interregno entre dois locais de trabalho tem já uma agenda recheada que dificilmente conseguirei cumprir, entre fazer tarefas há muito adiadas e investir em mim próprio, tudo em apenas 5 dias. Não vai chegar certamente, mas a ânsia de voltar a pôr mãos à obra também é muita, por isso o trabalho será bem vindo. Quase 4 semanas passadas desde que tomei esta decisão, os dias, horas e minutos custam cada vez mais a passar, quanto mais próximo do momento final. Fala um dia para a mudança mais esperada.

terça-feira, setembro 29, 2015

Ingratidão

E se, quando te despedes do teu trabalho e dás 4 semanas à casa, quando contratualmente só tinhas de dar 2... E se, quando te despedes do teu trabalho e logo a seguir sofres uma lesão que te podia deixar de baixa médica em casa, vais trabalhar à mesma... E se, quando te despedes do teu trabalho e entretanto apanhas uma constipação com direito a febre, vais trabalhar à mesma... E se, quando te despedes do teu trabalho e tens o teu filho doente mas o deixas com os avós, para não faltares aos teus compromissos profissionais... E se apesar de tudo o que foi mencionado anteriormente, só porque não concordas com a opinião de alguém, porque ainda te preocupas com aquilo que estás a fazer, e te sentes responsável por fazeres um bom trabalho no tempo que te resta... alguém te diz que te "estás a cagar para isto"... isso tem um nome: Ingratidão. Nunca mais é dia 9.

segunda-feira, setembro 28, 2015

Benelli de Cortesia

Hoje foi dia de levar a minha menina ao Spa (leia-se, a mota à oficina), por isso emprestaram-me o veículo de cortesia que se pode ver na imagem ao lado. O facto de ainda andar lesionado não ajudou a que me sentisse muito confortável mal me sentei nesta Benelli 302, mas ainda assim posso desde já tecer alguns comentários sobre a mesma. Começo pela crítica positivo, que se apoia muito no pressuposto inicial sobre o segmento em que esta moto se posiciona. Para o segmento em questão, e considerando o preço de 4 mil euros, é uma boa opção para quem precisa de uma utilitária e que não dê as chatices dos modelos asiáticos de baixa cilindrada, alguns de fraca qualidade, que abundam no mercado de hoje em dia. Esta mota tem um motor de 300cc a quatro tempos com dois cilindros em linha. Em termos de aspeto, está muitos furos acima da média (basta olhar para ela, parece uma Kawa de cilindrada superior). Em termos de conforto, é razoavelmente agradável, se bem que tenha um centro de gravidade um pouco mais alto do que gostaria, e  a posição dos pés também poderia ser mais bem conseguida, nomeadamente em relação ao seletor de velocidades e ao pedal do travão, que obrigam a um ângulo desconfortável. Quanto a motor, estranhei um pouco ter melhor comportamento em rotação elevada do que em baixas, já que sendo utilitária, seria útil mais algum disparo no meio do trânsito (eu pelo menos senti-lhe a falta). Em suma e não obstante os meus comentários anteriores, pelo preço que se paga e pelas caraterísticas anunciadas (e confirmadas), é um bom negócio. A qualidade do material em geral é boa, e penso que no caso desta marca, os parafusos vêm todos bem apertados de fábrica. Em termos de avaliação global e para quem como eu já conduz cilindradas superiores há algum tempo, continua a ser um "charuto"... mas um "charuto" bonito, sem dúvida!

quarta-feira, setembro 23, 2015

Programa do Nada

Há uns dias atrás enquanto fazia zapping, dei por mim a passar os olhos de relance na informação de programação da RTP, quando me deparei com a pérola constante na foto. Não sei exatamente há quanto tempo tinha começado o programa, mas... 5h13m para terminar!?!?!? Aquilo que carinhosamente chamo o "programa do nada", ou em alternativa o "programa-demasiado-longo-sobre-locais-pessoas-e-acontecimentos-completamente-inúteis-e-irrelevantes-que-pouco-ou-nada-interessam-a-ninguém-além-dos-que-neles-participam"... Porra!!! Ainda sou do tempo em que, quando a RTP não tinha programas para dar, colocava uma mira técnica no ecrã e um relógio a indicar a hora de início da programação a sério, e pronto! Acho que até as televendas seriam mais interessantes e menos cansativas do que isto! E curiosamente, ao mudar para a TVI, o cenário era idêntico a este (ao pormenor do minuto), sem tirar nem pôr! Valha-nos a TV por cabo... que com canais "generalistas" destes estamos bem lixados.

terça-feira, setembro 22, 2015

De Novo o Verde Esperança

E depois de muito andar a engolir em seco nos últimos 5 meses, sentindo-me o mais desconfortável possível na minha pele, eis que surge a mudança de novo. A partir do próximo mês dispo a T-shirt e volto de novo ao fato, e que melhor expressão para comprovar que "não é o hábito que faz o monge" (neste caso em concreto, a T-shirt que faz o gestor de projeto, numa instituição qualquer). O regresso ao verde (e não, não me converti ao Sporting) foi uma possibilidade graças a uma porta que nunca e fechou, de uma casa cheia de gente boa que está pronta a receber-me de volta. E que boa sensação esta também, de haver quem esteja disposto a receber-me de novo! Começo lentamente a ter a sensação de respirar ar fresco novamente, com um ânimo para (re)começar a trabalhar que raras vezes senti no passado! E isto tudo independentemente do cansaço físico que perdura graças a crianças a começar a escola e a respetiva época de doenças, que não matam mas moem... a lesão de ligamentos do passeio de BTT no fim-de-semana, que também não contribui... mas mesmo assim! Estou bem, como não estava há já bastante tempo. A quem interessar, prometo ir aqui deixando as cenas dos próximos capítulos... :)

segunda-feira, setembro 21, 2015

Ligamentos? Dr. House Mode On!

Há uns anos passava na TV um comercial que a determinada altura largava a seguinte pérola: "A diarreia vem sempre nas piores alturas". Sempre me questionei sobre qual seria a melhor altura para ter uma diarreia. O mesmo se aplica ao que me aconteceu no passado domingo, quando fui dar uma voltinha de BTT pelo trilho do Trancão. Não, não me deu uma dor de barriga incontrolável e não me caguei todo no meio do mato. Antes tivesse sido esse o meu problema... O que aconteceu foi que caí por uma ribanceira abaixo e aterrei em cima do pé direito que ao torcer para o lado de fora, deu um estalo, e disse que ficava por ali. Primeiro pensei que tivesse partido, mas depois de testar alguns movimentos, percebi que partido não estava, mas que algo se passava. A muito custo lá saí do meio do mato para mais tarde obter a confirmação na CUF quando após o raio X, o diagnóstico foi uma lesão dos ligamentos. E diz a doutora que para já "uma semana de repouso, com o pé levantado, a fazer gelo 4 vezes ao dia e a tomar brufen e nolotil" está bom. Conduzir (carro)? Fora de questão. Como é que fui trabalhar? Aproveitando o vazio legal que a Dra. estabeleceu na proibição de conduzir carro, optei por ir de mota (já que o pé direito é o menos essencial), naquilo que gosto de chamar o "modo Dr. House". Para quem não acompanhava a série, o dito médico (coxo) andava na sua Repsol Honda com uma bengala encaixada no quadro. Eu não encaixei uma bengala no quadro de uma CBR, mas encaixei uma canadiana na aranha de uma BMW (vide foto anexa). Amanhã? Casa, que isto para primeiro dia de lesão, não foi muito boa ideia ir trabalhar (assim o acusam as dores). Depois do dia de repouso, de volta ao "modo Dr. House". A ver...

quinta-feira, setembro 17, 2015

5 Meses Depois...

Finalmente! Quase 5 meses depois... 140 dias passados desde o meu acidente de mota... recebi a resposta da seguradora congénere. Depois de um processo que foi no mínimo doloroso, desde a situação da fuga do condutor, até à intervenção da polícia (e posterior prestação de declarações), do INEM, passando pela confusão quanto à propriedade da viatura envolvida (nada de surpreendente dada a "ciganice" da mesma), considerando as duas apólices (uma não considerada como válida, a outra feita no dia do acidente, uma hora antes, a mais de 50 kms do local)... Enfim, uma confusão das mais capazes que para meu espanto (que já andava a preparar os papelinhos para remeter o caso ao FGA) acabou por se resolver a meu favor! Imagino que a seguradora tenha feito tudo por tudo para se esquivar à responsabilidade (sobretudo dados os indícios de fraude na celebração da respetiva apólice), mas felizmente e desta feita, consegui "blindar" o meu caso o suficiente para que não pudessem fugir com o rabo à seringa. Uma vez mais, no entanto, comprovo que ter um acidente de moto é 50 vezes mais complicado em termos de resolução do processo de sinistro (por muita razão que o motociclista tenha) que se de um carro se tratasse. Este estigma e desconfiança é no mínimo injusto, até pelas condições distintas que são oferecidas a qualquer motard em termos de apólice. Mas isso são outros quinhentos. Para já só posso estar feliz por uma notícia boa que já não esperava ter. Desta vez, a coisa correu a meu favor!

quarta-feira, setembro 16, 2015

Num Único Dia...

Num único dia consegui fazer algo que nunca imaginei ter de fazer ao mesmo tempo. Num único dia consegui apresentar a minha demissão do meu atual emprego, recusar uma oferta de trabalho de uma empresa e pedir uma oportunidade de emprego a outra. As três conversas em causa (todas difíceis, não pelos interlocutores, mas pelo conteúdo) foram tidas num intervalo inferior a 6 horas, e a decisão que me motivou e levou a entrar neste "furacão" de acontecimentos foi pensada e tomada na noite imediatamente anterior. Para isto tive de fazer algo que devo admitir me é muito difícil: pensar naquilo que é efetiva e exclusivamente melhor para mim e não aquilo que deixa os outros contentes comigo. Isto porque me custou imenso falar com o meu chefe atual por quem tenho o maior respeito e consideração e ter de lhe dizer que me vou embora. Isto porque me custou imenso dizer a um amigo que me fez uma proposta de trabalho, que terei de a recusar. Isto porque tive de me lançar na demanda de tomar a iniciativa de ir atrás de um emprego, com toda a incerteza que isso me traz. O pior de tudo é ter de admitir que a minha anterior mudança de posto de trabalho foi... um erro. Ter de admitir que mudei para pior, em relação ao que eu próprio tinha definido para mim e para a minha família, em termos de objetivos pessoais e profissionais. Ainda assim, como alguém muito importante para mim disse, "vale mais admitir um erro cedo do que insistir nele indefinidamente", por isso, resolvi tratar da situação o mais rapidamente possível. Lanço-me uma vez mais no desconhecido, porque ao dia de hoje não tenho concretamente nenhuma proposta de trabalho assinada e confirmada. Independentemente disso a carta de demissão será entregue sim ou sim amanhã. Posso não saber exatamente aquilo que quero, mas garantidamente sei o que não quero. Em breve, cenas dos próximos capítulos.

terça-feira, setembro 15, 2015

Aldeia Típica de Mestre José Franco

No passado fim de semana visitei um local que já não visitava há bastante tempo: a Aldeia Típica do Mestre José Franco. E sinceramente fiquei muito contente por o ter feito, lamentando apenas ter estado tanto tempo sem por lá passar. É um local mágico, onde se sente o amor e dedicação que um homem colocou em tudo aquilo que fez. E que fez desprendidamente e desinteressadamente, ao ponto de, mesmo já não estando entre nós, se ter assegurado que um espaço que sempre esteve aberto a toda a gente, sem custos para o visitar, assim se mantém até aos dias de hoje. O Pedro lá se entreteve a admirar as coisas pelas quais passava, mas o Alex gostou mesmo! Uma espécie de Portugal dos Pequeninos, com história e aquelas pequenas coisas que hoje em dia dificilmente se encontram e vêem noutro lado. Desde profissões antigas, a tradições, diversões e até alguns animais... tudo foi motivo de interesse, e o interesse dele fez-me sentir bem. Sem dúvida um passeio a repetir, até porque depois dali até à Ericeira é um saltinho, e um almoço bem junto ao mar, regado com uma sangria de espumante, foi o remate ideal para este passeio improvisado.

segunda-feira, setembro 14, 2015

Primeiro Dia de Aulas

Hoje foi o primeiro dia de escola "a sério" do meu filho mais velho. Pelas suas ações e reações deu-me algum conforto ver que não estava particularmente nervoso com a situação. O fato de não mudar de escola, de manter muitos dos colegas antigos, de já ter começado as aulas este ano ainda que em modo "brincadeira"... tudo contribuiu para que este dia não seja um marco muito vincado e com muito peso psicológico e emocional. Ainda bem! Mesmo assim, eu mais do que ele, não consegui deixar de sentir o meu coração ligeiramente apertado quando hoje o levei à sua nova sala de aula, onde tudo vai começar a decorrer de forma diferente daquilo que conhecia, onde basicamente a sua realidade se vai transformar. A perspetiva de olhar para ele e ver um menino crescido, em vez de um bebé, causa-me uma emoção difícil de explicar. Um misto de saudade de tempos que já lá vão, com preocupação em relação ao seu crescimento, e expectativa em relação ao seu futuro. Acho que na realidade ele saberá viver e lidar com estes momentos melhor que eu, já que metade destas preocupações lhe passam completamente ao lado. Para já e como sempre tem sido até hoje, sinto um enorme orgulho no meu filhote mais velho, que é também (e já) o mano velho de quem o seguirá nos mesmos passos, muito em breve. Espero estar à altura de acompanhar ambos nas aventuras que são e serão as suas vidas, e que os meus defeitos e falhas não me impeçam ainda assim de ser um bom Pai, tal como o meu sempre foi para mim. Um bom primeiro dia de aulas, filho! O pai vai estar a pensar em ti o dia inteiro!

sexta-feira, setembro 11, 2015

Vacinas & Outras Profilaxias

Na sequência da minha última viagem, afinal o meu próximo destino turístico para fins profissionais deixou de ser a Turquia e passou a ser... o Gana. Posto isto, e na qualidade de país extremamente desenvolvido a visitar, impôs-se de imediato a tradicional Consulta do Viajante para começar a aventura dos preparativos da viagem. Para tal optei por ir ao Egas Moniz, mais concretamente ao Instituto de Medicina Tropical (por uma questão de proximidade e por supostamente serem os mais credenciados na matéria). A consulta correu bem, com um Sr. Dr. de aspeto bonacheirão mas extremamente claro, conciso e evoluído tecnologicamente (fiquei de fazer os contactos pós-regresso via e-mail). Dali levei a primeira pica (febre amarela), uma receita para aviar outra (hepatite A) e mais meia dúzia de tralhas entre as quais antibiótico S.O.S. para desarranjos intestinais e repelente para esfregar na pele, roupa, lençóis e acho que até cortinados ou coisa que o valha. Como isto das viagens vai claramente começar a "apertar", foi tempo de (antes de enviar o meu passaporte para Paris para obtenção do visto para o Gana) ir tirar um segundo passaporte. Assim, passo a poder viajar com um enquanto o outro está "em obras" numa embaixada qualquer... espetáculo! Hoje foi dia de ir levar a segunda pica. Para mal dos meus pecados, mantive o critério de proximidade como fundamental e fui a uma farmácia onde a Sra. Dra. Farmacêutica é quem administra. Na primeira tentativa não se deu a coisa, porque a Dra. tinha ido... ao cabeleireiro. Na segunda tentativa já estava presente, e de cabelinho arranjado. De mãos trémulas, no alto dos seus cerca de 99 anos de idade, a muito esforço lá me conseguiu espetar a agulha ainda que um pouco ao lado do que seria suposto. Arrisco dizer que falhou o pescoço por centímetros... e ainda bem porque o ombro (onde a levei) dói-me como a merda! A preocupação em relação a este simples procedimento era clara no rosto da senhora e nas 32 vezes que me perguntou se me estava a sentir bem, enquanto fazia a administração da vacina. Tive ainda de lhe explicar o porquê da vacina trazer duas agulhas (para administrar em duas doses caso se tratasse de uma criança) e também que "2 a 4 semanas" não era o prazo para levar a segunda dose, mas sim o período em que a vacina deveria fazer efeito... Pelo meio conseguiu rasgar o meu certificado de vacinação internacional, carimbar 3 linhas do mesmo em vez de uma e colar uma vinheta da vacina da hepatite em cima do último registo da vacina do tétano. Falta-me agora tomar mais um comprimidinho para a profilaxia da malária na véspera da viagem. Ouvi dizer que é porreiro, sobretudo se no mesmo dia beber álcool (mesmo que seja uma simples cerveja "sem álcool" que na realidade tem 0,5%...). Resultado esperado? Alucinações! É tão bom viajar...

quarta-feira, setembro 09, 2015

O dia em que apaguei a minha conta do Facebook

Como habitualmente fazia, durante o serão de ontem e já depois de deitar a criançada, dei por mim a desperdiçar uma vez mais tempo valioso a alimentar o cérebro com lixo. Lixo, aquilo que existe em grande quantidade na maior rede social de todos os tempos. O que inicialmente era uma plataforma onde as pessoas podiam manter contacto umas com as outras, onde familiares e amigos podiam matar saudades através de fotos e mensagens, onde se podiam combinar encontros no mundo real, passou a ser uma plataforma para potenciar a disseminação de lixo visual, de notícias que nos deixam deprimidos, de histórias e estórias desinteressantes ou falsas, de mecanismos de deturpação da realidade, de meio de expressão de opiniões agressivas e extremistas. Passou inclusivamente a ser o foco de afastamento de pessoas em alguns casos (é frequente ouvir o termo "desamigar" hoje em dia). Em suma, passou a incluir no seu todo uma quantidade suficiente de aspetos negativos que, a meu ver, começam a ultrapassar os positivos. Neste, como em tantos outros casos da nossa vida, penso que devemos ser seletivos. E por muito que possamos dedicar tempo a personalizar aquilo que queremos ver e não ver no Facebook, por muitas ferramentas de remoção de publicidade que possamos instalar nos nossos computadores, por muito criteriosos que pretendamos ser com os nossos "amigos", no fim do dia vamos certamente ver algo que não gostaríamos de ter visto de qualquer forma. Simplesmente está fora do nosso controlo. Outro fator negativo é o vício do consumo fácil de informação (útil e não útil) e da necessidade de obter retorno sobre o que escrevemos e publicamos, que nos rouba tanto tempo diariamente. Se uma pessoa passar em média 1 hora por dia no Facebook, no final do ano gastou 365 horas, o que fazendo o cálculo a 24 horas por dia, representa 15 dias! Pior ainda se fizermos o cálculo a 8 horas por dia (um horário normal de trabalho) representa algo como 45 dias!!! 45 dias úteis sentado em frente ao computador a comer lixo visual e (des)informativo! Por mim, chega. Sei que vou perder algumas coisas boas, e possivelmente para aqueles que hoje em dia gerem os contactos com os seus amigos exclusivamente via Facebook, se calhar irei perder também o contacto com eles. De qualquer forma acho que vale a pena arriscar. Vale a pena investir, por exemplo, o tempo que habitualmente perdia, a tomar eu a iniciativa e estabelecer um contacto mais direto com as pessoas com quem quero estar ou falar. Vale a pena converter este desperdício de tempo noutras atividades mais compensatórias para o corpo e para a alma. Por isso tudo, o dia em que apaguei a minha conta do Facebook... foi ontem. Amigos (reais), sabem onde me podem encontrar.

segunda-feira, agosto 31, 2015

Lisboa é Linda!

Gosto de Lisboa. Posso ter empregos mais ou menos de acordo com as minhas expectativas, que me dêem mais ou menos realização pessoal, mas gosto de trabalhar em Lisboa. É certo que o meu sonho seria poder fazer algo que me permitisse sair de entre quatro paredes e poder usufruir de um cenário mais próximo da natureza, mas em contexto citadino duvido que haja melhor lugar para se estar, do que uma cidade brindada com a envolvência de um rio como o Tejo, e de uma paisagem que nunca é a mesma de cada vez que lançamos um novo olhar. Olhando para trás ao longo do meu caminho profissional, comecei pela Rua da Junqueira, com direito a vista para o rio. Algum tempo mais tarde, passei para o Terreiro do Paço, também com vista para o rio e o privilégio da proximidade do Chiado e outras zonas circundantes. Mais tarde acabei por me afastar do rio e passar algum tempo na zona do Campo Pequeno, que também tinha o seu encanto. Depois passei a minha única "fase negra" quando fui "exilado" para um edifício integrante na maior superfície comercial de Lisboa (até hoje nunca mais fui capaz de frequentar o Colombro como conseguia fazer anteriormente). Acabei por sair dali para o Saldanha, onde me libertei da claustrofobia consumista. Mais recentemente reaproximei-me do rio, estando agora junto à 24 de Julho. Sinceramente, do novo "estaminé" o local é das poucas coisas que me agradam (apesar de ficar bastante longe de onde moro). Mas também admito que a localização vale bastante. Num dia da passada semana fui almoçar, e no regresso parei, olhei e respirei (no Largo das Necessidades). E vi uma paisagem que acredito muitas pessoas pagariam para ter direito a ver. Como pensei na altura, escrevo agora... Lisboa é linda!

sexta-feira, agosto 21, 2015

Muscat

Na sequência de ter abraçado uma nova experiência profissional em maio, e depois de alguma expectativa e relutância relativamente à possibilidade de ter de fazer várias deslocações para fora do país em contexto profissional, finalmente aconteceu. Confesso que nesta fase da minha vida é algo que não me interessa muito. Há alguns anos atrás a perspectiva de viajar e conhecer vários países, seria espectacular, mas hoje em dia o meu maior desejo é ter tempo para poder estar com os meus filhos e absorver todos os minutos em que tenho o privilégio de estar na companhia da minha família. Digamos que estou mais caseiro... Ainda assim, valores "mais ou menos" altos se levantaram e lá fui eu na minha primeira viagem, ate Omã. Entre viagens e estadia foram 4 dias muito cansativos. Dada a minha incapacidade de dormir em quaisquer meios de transporte, as muitas horas de avião foram penosas para mim. Uma viagem de ida com 3 vôos entre Genebra, Dubai e Muscat, com chegada às 05h00 para passar o dia inteiro no cliente, deixou poucas energias para a noite. Ainda assim consegui sair para jantar no Trader's Vic, um restaurante com um ambiente fantástico e que, não tendo o seu expoente máximo em Muscat (segundo sei o melhor é o do Barein), foi bastante agradável. Duas moças de aparência agradável à vista cantaram mesmo ao meu lado, e animaram o jantar. Mas como o peso das muitas horas acordado se fazia sentir, fui dali direitinho para o hotel fazer um grande óó... No segundo dia também passado inteiramente no cliente, apesar do jet lag o ânimo já era outro. Por isso, no final deu para passar pela praia a caminho do hotel e molhar os pezinhos naquela espécie de sopa que é o mar por aquelas bandas. Sinceramente nunca vi uma coisa assim. Os 40 e muitos graus que se fazem sentir durante o dia, ou até mesmo as temperaturas mínimas de 30 que se fazem sentir à noite, não podem ter como alternativa um banho de mar, já que aquele "caldinho" é tudo menos refrescante. A proporção de mais ou menos 50 homens na praia, para cada mulher presente (e de burka) também proporciona um cenário no mínimo invulgar. Após a praia parámos no Sport's Bar, um dos raros locais onde se servem bebidas alcoólicas, para beber uma mais que desejada cerveja bem fresca, antes de ir ao hotel tomar (mais um) banho e seguir para o restaurante para degustar um derradeiro jantar. O local seleccionado foi o Kargeen, onde finalmente tivemos a oportunidade de provar comida tradicional - ainda que eu não seja propriamente fã de borrego. Foi tudo muito bem servido (ainda que sem direito a álcool a acompanhar) e a conversa esticou-se pela noite fora, falando sobretudo sobre o choque cultural que em tão curta estadia ainda assim se faz sentir. Desde as vestes tradicionais que a grande maioria dos locais usa, até aos aspectos religiosos, passando por outros hábitos e costumes, tudo tem um sabor especial. Duas crianças que repentinamente se ajoelham à nossa frente no aeroporto para rezar, enquanto esperamos pelo nosso voo... homens que lavam os pés em lavabos públicos antes das suas rezas... Regras de indumentária e protocolo a que as mulheres estão sujeitas... As particularidades de viver num sultanato e a relação que o povo tem com o seu (amado) líder... A riqueza disponível pelo facto de se estar num país "sentado" sob petróleo... Tudo assume um estranho carácter exótico e parece especial. Não seria capaz de viver ali. Aquilo que numa curta estadia parece exótico e raro, rapidamente se transformaria em sentimento de privação numa estadia mais prolongada. No final da noite e dado o avançar da hora, o regresso ao hotel serviu apenas para mais um banho e para fazer o checkout, já que o voo de regresso saiu às 04h00. Um atraso na partida e outro na chegada ao Dubai, fizeram com que tivesse de percorrer o aeroporto em modo Usain Bolt, para não perder o voo de ligação para Lisboa. Uma vez em casa passei a tarde a marcar golos de cabeça até finalmente me deitar com o confortável sentimento de estar finalmente de volta, junto dos meus. Next stop? Em princípio, Turquia, mas o futuro o dirá...

sexta-feira, julho 31, 2015

Guerra e Paz

Dada a minha vulnerabilidade ao tema, dou por mim a ler uma larga variedade de artigos de opinião e textos mais ou menos (na maioria das vezes, menos) científicos sobre a parentalidade. Estes textos e publicações dividem-se entre o sério e o trágico-cómico, na medida em que uns tentam assumir um tom didáctico e mais prático, enquanto outros tentam realçar os contornos cómicos de vidas por vezes dramáticas, de pais, em torno dos seus filhos. Na realidade penso que ambas as perspectivas são reais. Pelo menos no meu caso é o que sinto. Por isso não sei muito bem em que tom vai resultar esta minha tentativa de verbalização de sentimentos em torno do facto de... enfim... ser pai... de dois. Um deles, o primeiro, potencial filho único que acabou por não o ser, já não dá propriamente trabalho algum. Já deu. Os cinco anos passados dar-nos-iam (ao pai e à mãe) o relaxamento mais que merecido obtido através do regresso a situações da vida dita social, que o poderiam envolver mesmo nesta idade, sem qualquer espécie de transtorno para os pais onde novamente me incluo. Escrevo a última frase como mera hipótese, porque na realidade existe o segundo. O segundo, no topo do seu primeiro ano de vida, recheado de uma personalidade que nada tem a ver com o primeiro, teve o dom de nos retirar o nirvana quase alcançado, e lançar de novo no mundo das fraldas, da privação extrema de sono (como eu nunca achei ser possível um ser humano tolerar) e dos nervos em franja após a fase da ilusão em que “este se calhar vai ser diferente”. A realidade é que crianças são crianças. Seja em que fase da infância for. E estão cá porque nós assim o decidimos. Não concordo com a ideia de que somos 100% responsáveis pela sua personalidade, temperamento, feitio ou aquilo que for. Não podemos ver a evolução de um ser vivo à lupa de um microscópio, porque existe um infindável conjunto de elementos, factores e pequeníssimos acontecimentos que contribuem para a sua evolução, dos quais nem sequer nos apercebemos. A genética é um exemplo disso mesmo, quando a personalidade de um bebé é perceptível poucas horas depois de este nascer (experiência própria). Somos no entanto os principais responsáveis por gerir esses factores externos da melhor forma possível, com as ferramentas que temos ao nosso dispor. A questão é que a determinada altura damos por nós em guerra. Primeiro, guerreamos com os filhos, porque acabamos por ter a ideia peregrina que eles estão em guerra connosco, quando na realidade lutam por aprender a gerir os seus próprios sentimentos e emoções. Depois guerreamos entre nós, pais. O pai com a mãe porque isto... a mãe com o pai porque aquilo. Depois guerreamos com o nosso próprio ser. Porque eu não era assim... nunca fui... achei que nunca poderia ser... e agora sou. E não gosto. E não sei o que fazer para voltar a ser quem eu achava que era. Mas se calhar não era. E agora tenho de aprender a ser outra vez, mas de maneira diferente. Em todas estas fases que descrevo, e no meio de algo que sei que ainda não acabou e por isso não posso para já descrever, posso revelar um truque que para mim, e contra a minha própria natureza nervosa, tem vindo a funcionar: preocupar-me menos. Preocupar-me menos com o que pode acontecer, porque muito provavelmente não o poderei evitar. Deixar de sofrer por antecipação, ao pensar em todos os cenários possíveis e imaginários em que as coisas podem não correr bem, porque não sei de facto o que vai acontecer. Ou melhor, em que as coisas podem não acontecer como eu gostaria. E o segredo do meu truque está aqui mesmo. Se deixarmos de correr atrás das nossas expectativas de uma “vida normal”, percebemos que entretanto veio ter connosco uma “vida melhor”, porque na realidade são essas expectativas (na realidade muito pouco interessantes) que nos inibem de perceber que... estamos lá! São essas perspectivas egocêntricas de querer tanto fazer algo que pode até nem ser assim tão pertinente, que nos inibem de apreciar os etéreos momentos em que, em vez disso, acalmamos o choro de um bebé e ele encaixa a sua pequena cabecinha no nosso pescoço, por fim, em paz... que nos inibem de desmontar uma situação tendo a capacidade de provocar o riso e a gargalhada em vez de provocar o choro e a tristeza... que nos inibem de transformar a excitação infantil em cansaço natural e consequente paz e sossego, em vez de irritação e transtorno... que nos inibem de educar educada e educativamente em vez de simplesmente ralhar ou gritar... que nos inibem de perceber o que já temos, e que nem sequer estávamos à espera de alcançar. É difícil de perceber isto. Porque supostamente estamos em guerra. O problema é que nesta guerra, o nosso inimigo somos nós próprios. Eu pessoalmente, não sei se mais pela força do raciocínio e meditação, se do cansaço... já não quero lutar... prefiro a paz. E tenho duas pessoas em miniatura muito grandes, que com toda a certeza me vão ajudar a alcançá-la! Na realidade, já estão a ajudar, minuto a minuto. Pouco passa da meia noite e já tive de adormecer o mais novo duas vezes. Não faz mal... acabei de o deitar novamente e beijei-lhe a testa antes de o fazer. Boa noite a todos e, se por acaso e porque são férias os vossos filhos ainda não se deitaram, despeçam-se deles e digam-lhes o quanto os amam. Se já dormem, aconcheguem-lhes o lençol, dêem-lhes também um beijo na testa, e amanhã demonstrem-lhes de alguma forma o quanto os amam e o quanto eles são importantes. Afinal, se eles não estivessem cá nunca descobriríamos quem somos realmente e a nossa vida seria sem dúvida muito menos interessante.

quinta-feira, julho 09, 2015

Nove do Sete

Hoje a pessoa com quem escolhi passar o resto da minha vida faz anos. Era meu hábito escrever algo especial neste dia especial, para lhe oferecer, num postal. Mas se a memória não me atraiçoa, nos últimos dois ou três aniversários por um motivo ou outro (leia-se desculpa ou outra) acabei por não o fazer. Acho que é uma tradição a retomar por todos os motivos possíveis. Por isso, desta vez para além de escrever algo, faço-o de forma a que este texto seja partilhado com quem me lê (ou pelo menos a quem interessar).

A ti, Sofia, digo-te que o que me move a escrever-te hoje, para além do teu aniversário, é o reconhecimento daquilo que significas para mim. Sempre que tento estruturar na minha cabeça uma forma possível de o descrever acabo por ter pensamentos desorganizados, tal é a quantidade de coisas que tenho para te dizer. Por isso vou dar o meu melhor mas desculpa se por vezes a coisa não ficar muito clara.

És… o meu refúgio. És a pessoa que sei que está sempre à minha espera, para me colocar a mão no ombro, para me abraçar, para me dar um beijo e dizer que vai correr tudo bem, quando as coisas correm menos bem. És a pessoa que vê o melhor caminho que devo seguir quando surge o nevoeiro. És a pessoa que confia em mim para percorrer esse caminho, por vezes mais do que eu próprio. És a pessoa que percorre o caminho comigo, mesmo quando faço a escolha errada.

És… a minha heroína. És a pessoa que eu mais admiro, por tudo aquilo que consegue fazer, sempre sem vacilar. Não amíude falta-me a paciência quando tu a consegues manter. Falta-me a força quando tu consegues ser forte. Falta-me o discernimento quando tu consegues ser racional. És mãe, és mulher, és profissional, e em tudo és boa a sê-lo. E nunca deixas de o ser.

És… o meu ânimo. És alguém com com brinco. Aprendeste a deixar-me brincar contigo, mesmo quando as brincadeiras não eram ou não são do teu agrado. Ris-te comigo e isso faz-me rir. Gosto de rir, mas gosto muito mais de me rir contigo. Aprendemos a rir um do outro e de nós próprios, em conjunto. E os nossos meninos também já aprenderam e também vão fazer parte desta risada geral pela vida fora, que é o melhor remédio para a felicidade.

És… a minha inspiração. Quando por vezes me esqueço daquilo que me motiva e me move a fazer determinadas coisas, penso em ti. Penso em nós e naquilo que até hoje construímos juntos. Lembro-me que esses são os derradeiros objetivos que temos e penso que as razões para fazer tudo aquilo que faço são essas mesmas. Quando uma manhã ou uma tarde ou uma hora ou um minuto não correm como gostaria, lembro-me que no final do dia estarei contigo, e sei que essas horas ou minutos vão correr como quero que corram. E sei que não tenho de me preocupar com isso, porque simplesmente vai acontecer, aconteça o que acontecer.

És... a minha musa. Mesmo em fases da vida como a atual, em que a criatividade e a inspiração não me sobejam, consigo encontrar os resquícios de tudo isso que há em mim, escondidos em ti. Quando te procuro dentro de mim, encontro-te e encontro-me a mim também. Lembro-me daquilo que sou e volto a ser capaz de fazer aquilo que gosto de fazer. E a criatividade e a imaginação voltam a funcionar. E sou capaz de trautear uma música… sou capaz de visualizar uma das paisagens que visitámos… sou capaz de rever momentos específicos na minha cabeça, como aquele em que te conheci… sou capaz de escrever como faço agora, neste momento.

És… a minha mulher. Passados 12 anos desde que nos conhecemos, continuo a olhar para ti e simplesmente a desejar-te. Continuo a perder-me no teu rosto, no teu olhar e nos pormenores do teu corpo. Faço-o divertida e silenciosamente quando não reparas. Interrogo-me se farás o mesmo comigo. Fico feliz quando finalmente nos encontramos. Fazes inexplicavelmente com que nenhuma outra mulher seja relevante porque sinceramente só me apetece estar contigo.

És… tudo para mim.

Parabéns. Tenciono escrever-te mais, e antes do próximo nove do sete. Um beijo.

quinta-feira, julho 02, 2015

O Burro Sou Eu

De vez em quando gosto de me presentear a mim próprio a meio do dia, nem que seja com um simples almoço "chill out". Então lá vou a um lugar qualquer à minha escolha, simplesmente desfrutar da paisagem e da comida. Hoje foi um desses dias, e como um dos privilégios de trabalhar na zona de Alcântara é estar a poucos minutos a pé das docas (entre muitos outros locais que tenho aproveitado para visitar), foi este o destino escolhido. Enquanto esperava pela minha pizza Siracusa e beberricava a minha Stout, tive a oportunidade de assistir a uma cena circense de um par de velhotes que chegou naquele momento à doca. Objetivo: atracar uma pequena embarcação no cais. Algo que poderia ser simples, mas não o foi. Na primeira tentativa de aproximação (e não obstante os gritos do velhote nº2 que se encontrava na popa) o velhote nº1 embateu violentamente no cais tendo sido obrigado a reposicionar-se para tentar nova manobra. Na segunda vez, e já com menos velocidade, conseguiu não embater de novo contra o cais. Desta feita foi contra a embarcação que estava ao lado. Como se diz na gíria militar, era tempo de voltar à primeira forma, pelo que resolveu sair da doca e voltar a tentar. Embateu de novo contra um cais onde se encontrava outra embarcação. Nisto o velhote nº2 já tentava auxiliar da forma que podia, lutando desesperadamente para afastar a embarcação de todos os alvos a que o velhote nº1 fazia pontaria, com um varão metálico, sem sucesso. Finalmente e passados cerca de 15 minutos, lá conseguiram atracar no respetivo cais, não sem antes evitar um forte embate da proa do navio, onde ficou uma amolgadela para a posteridade. Dei por mim a rir-me daqueles dois senhores que tentavam desesperadamente atracar o Ricardo III (pomposo nome para tão pequena embarcação), acabando por rir mais de mim próprio, que nesta quinta-feira estava a desfrutar de breves momentos de descontração a meio de um dia de trabalho, enquanto que aqueles dois de quem instantes antes me ria chegavam provavelmente de uma bela pescaria, num dia maravilhoso, com um tom de pele que evidenciava tratar-se de algo que fazem frequentemente. Como dizia o Scolari... acho que o burro sou eu.

domingo, junho 28, 2015

Fim-de-semana Offline

Foi mais ou menos o modo em que resolvi "operar" durante este fim-de-semana. Graças à minha cara metade tive(mos) direito a uma estadia por duas noites na magnífica Quinta dos Amarelos, na Aldeia do Meco. Após uma cansativa sexta-feira rumamos a sul, deixando a criançada em casa dos avós. Chegámos tarde, mas ainda fomos a tempo de ir ao Mequinhos petiscar umas "latinhas" acompanhadas com um verde bem fresco. No dia seguinte foi tempo de acordar e levantar nas calmas e ir até à Praia das Bicas. O dia estava fenomenal, mas o mar estava bravo e não dava para aproximar sequer da água. Depois de almoçar uns camarões gulosos e uma salada de polvo acompanhados por uma sangria de espumante com frutos silvestres, tudo muito bem servido no Gula do Meco (onde anteriormente era o Amo-te Meco), foi tempo de experimentar a Praia do Meco a ver se o mar dava umas tréguas por ali. Não era o caso. Acabámos por terminar o dia na piscina da quinta, o que considerando a caloraça que apanhámos anteriormente, foi o melhor final possível. A noite foi dividida pelo jantar no Acácio e uns copos no Mariadelina. O dia seguinte começou novamente nas calmas. A quinta tem algo de muito relaxante que quase é difícil de explicar. Até a vida dos cães que lá vivem mete inveja! A praia foi na Lagoa de Albufeira, que peca pela quantidade de gente, mas prima por se poder ir à água sem medo de ser levado por um agueiro. Antes de vir embora foi tempo de matar o desejo de comer sardinhas, e voltar a casa com os dedos a cheirar a peixe. O fim-de-semana ainda não acabou e já estou cheio de saudades. Offline? Sim. Neste fim-de-semana não houve espaço para olhar o telemóvel, para espreitar o e-mail ou para dar uma espreitadela no facebook. Os momentos, as conversas aconteceram sem distrações nem subterfúgios. Os locais visitados foram vistos e absorvidos. Não tirei uma única fotografia, mas também não vou precisar porque não me vou esquecer destes dois dias... 

sexta-feira, junho 19, 2015

Conversas Coincidentes

Por vezes parece que os astros escutam as nossas conversas, para depois se alinharem de forma estranha e congeminarem sobre aquilo de que falamos. Foi sem dúvida o caso quando ontem estive a falar com um colega meu sobre o controlo do combustível na motos, e sobre as vezes em que, ao andar de moto, já tinha ficado sem combustível. A conversa acabou, da minha parte com a afirmação de que “com esta moto ainda nunca me aconteceu”. Pois é, mas como diriam os pacotes de açúcar Nicola, “Um dia fico sem combustível… Hoje é o dia!”. E foi. Resta contextualizar que tinha ido buscar a mota de manhã à oficina e que, após o acidente da qual esteve em “recuperação” durante quase 2 meses, a bóia do depósito terá ficado presa. Então saí do trabalho descansadinho quando de repente a luz da reserva acende e a mota pára logo de seguida (ainda que indicasse uma autonomia para mais 40 kms). Valeu o meu senhor pai que foi em meu auxílio com 4 litros de gasolina que me permitiram sair dali. Mas só quando atestei é que o raio do indicador do combustível/autonomia finalmente mexeu… agora é controlar este depósito a ver se ele (ou os atros, não sei bem) não me prega outra partida igual.

quinta-feira, junho 18, 2015

Up and Running!

Finalmente... passados dois meses... a minha menina está novamente de pé. Próximo objetivo: acabar com a média de 1 acidente em cada 2 anos.

quarta-feira, junho 17, 2015

Almoço Descansado

Finalmente sinto que a comédia começa lentamente a regressar à minha vida. Depois de um período mais sério, pequenos eventos começam a surgir para animar o meu dia. Foi o que aconteceu hoje durante o almoço. Resolvi ir até ao restaurante do Museu Nacional de Arte Antiga. A comida de lá é fraquinha, sobrevalorizada e servida num tabuleiro. Tudo caraterísticas que me levariam a não ir lá, não fosse o cenário magnífico no qual nos podemos sentar a degustar uma refeição perfeitamente mediana. Tem uma esplanada com relvado e sombras frescas, com uma vista para o rio espetacular. Por isso, tal como dizia, lá fui eu. Servi-me do que queria, peguei no tabuleiro e escolhi a melhor mesa disponível para degustar a minha refeição. Entretanto apercebi-me que tinha trazido talheres de peixe, o que não encaixa com um prato de carne. Voltei ao interior do restaurante para trocar os talheres, tarefa que me deverá ter levado uns 10 segundos, até regressar ao exterior. O cenário que encontrei deixou-me literalmente de boca aberta e sem reação. Estavam cerca de 20 pombos a degladiar-se em cima do meu tabuleiro, que deixou de se ver, enquanto devoravam avidamente e em segundos a minha refeição! Restou-me, passados alguns instantes, afugentar os ratos voadores que tinham comido e defecado em cima do meu tabuleiro e voltar (novamente) ao interior do restaurante para uma segunda tentativa de adquirir uma refeição, não sem antes ouvir a senhora que estava na mesa ao lado de onde tudo aconteceu, a cerca de meio metro de distância, pedir-me desculpa por não ter afugentado os pombos porque “pensava que já tinha terminado” (o que não tendo eu sequer tido oportunidade de me sentar, seria algo difícil de fazer). Enquanto me servia (pela segunda vez) não consegui evitar rir de mim próprio e ao contar a história ao empregado, ele teve dó de mim e ofereceu-me a refeição! Enfim, um final feliz para uma cena digna do Mr. Bean!

quarta-feira, junho 03, 2015

Escrita em Dia

Cinco meses depois desde o meu último post, com alguma dificuldade ganhei ânimo suficiente para escrever de novo. Muita coisa aconteceu desde então, e sobretudo os dois últimos meses não foram muito fáceis de gerir psicologicamente. Posso começar por relatar que mudei de emprego. No entanto, em vez de fazer o que tinha dito a mim próprio que iria fazer, que era arranjar algo que me permitisse ter mais tempo livre para estar com os miúdos e fazer coisas por mim e para mim, arranjei mais sarna para me coçar. Nos dias que correm é impensável para mim sair antes das 19h30, e considerando que levo pelo menos uma hora no trajeto, raramente chego a casa antes das 20h30/21h00. Além disso avizinha-se a probabilidade de viajar para países como o Azerbaijão e Angola... Portanto, um tiro certeiro em termos financeiros, mas um tiro ao lado em termos de qualidade de vida. Isto para não falar na ginástica mental que tenho feito para ultrapassar o mês que antecedeu a minha mudança, no que diz respeito às opiniões negativas das pessoas com quem falava sobre esta minha mudança. Quando se ouve 9 em cada 10 pessoas dizer-nos que estamos a fazer asneira, quer se queira quer não, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. O resultado foi que em vez de começar a nova etapa com o espírito em alta, comecei de pé atrás, o que não ajudou em nada. Mais ou menos ultrapassado este choque térmico inicial, outros fatores houve que contribuiram para o meu invulgarmente fraco estado de espírito. Há cerca de um mês estive envolvido em mais um acidente de mota (apenas 6 meses após o anterior), com um carro cheio de ciganos que não parou num cruzamento, e depois de me fazer "ir ao tapete" se colocou em fuga. Se alguém vir um Fiat Punto cinzento de matrícula 11-65-IM, podem atirar-lhe uma pedra da calçada e digam que vão da minha parte. Tenho matrícula, tenho testemunhas, tenho auto da polícia, tenho tudo... o outro carro é que aparentemente não terá seguro válido. Considerando uma reparação orçamentada em 4.600,00 eur. é mais uma dor de cabeça para resolver sem fim à vista. Como se não bastasse, no dia que se seguiu ao acidente de mota, logo pela fresquinha, tive um acidente de carro com uma jovem estudante que resolveu enfiar o seu Mercedes na traseira da minha carrinha. Nada de muito grave, e esse ainda assim resolveu-se com relativa facilidade. Aliás, é das poucas coisas que resolvi nos últimos tempos. Para terminar e não me alongar mais no choradinho, hoje fui ao médico porque desde o acidente de mota fiquei com dores no ombro esquerdo. O diagnóstico é uma "rotura da coifa dos rotadores", que é como quem diz "ombro lixado" e que me vai obrigar a fazer fisioterapia... Resta-me dar por feliz pela família e pelos amigos que tenho que têm sido fundamentais nos últimos tempos para a minha sanidade mental. É bem certo que as coisas podem sempre ser piores, por isso e apesar do meu tom negativo, o meu espírito já está um pouco mais animado que há um mês atrás. O que me leva à promessa de deixar de me queixar de uma vez por todas e seguir em frente, jogando com as cartas que me foram distribuídas. Até breve!

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Conversa Sobre o Charlie

Durante o dia de hoje surgiu a necessidade de levar uma pessoa familiar ao hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, mais conhecido por Amadora/Sintra, o que só por si terá direito a um post aqui neste blog, que farei na devida altura e com a concentração que merece. Antecipando o que relatarei no post numa única palavra: "lamentável". Ainda assim, e dados os recentes acontecimentos relacionados com o ataque terrorista em França ao Charlie Hebdo, em que foram assassinadas 12 pessoas e várias ficaram feridas, enquanto esperava pelo atendimento tive a oportunidade de ouvir uma conversa de café entre duas amigas em que uma delas relatava à outra (que nada sabia sobre o sucedido) o que tinha acontecido. Retive na memória algumas expressões, que vou utilizar para uma reconstituição o mais fidedigna possível da conversa em causa:

Amiga A: Então não sabes o que aconteceu em França?
Amiga B: Não... o que foi?
Amiga A: Um ataque terrorísta dos "judaístas"! Mataram 12 pessoas!
Amiga B: A sério?
Amiga A; Sim... e ainda por cima eram franceses! Diz que aquela seita é como a Igreja Universal e tem gente em todo o mundo... até há ingleses que vão para Israel para serem treinados pelos outros terroristas "judaístas", para depois fazerem ataques!
Amiga B: Ahhhh!
Amiga A: Naquela seita até dizem aos "judaístas" que se fizerem um ataque terrorista para matar pessoas vão para o céu...

Por esta altura, como o meu cérebro já estava a entrar em colapso, optei por me abstrair da conversa e não ouvir mais nada, senão quem tinha de ser admitido nas urgências era eu!

Assim vai a cultura geral em Portugal...

quarta-feira, janeiro 07, 2015

A Minha Pasteleira...

Desisti hoje de um projeto pessoal que tinha, mas que estava em standby há vários anos (3 para ser mais exato). Em tempos comprei uma pasteleira daquelas bem antigas, estilo Yé-Yé, para restaurar. Tinha todo o potencial para resultar em algo interessante, já que tinha bastantes componentes clássicos, como travões de alavanca, farolim com dínamo, etc., e tudo de marcas nacionais bastante conhecidas. Apenas o estado geral de conservação era bastante mau, o que implicava muito trabalhinho para a restauração. Depois de adiar e adiar e adiar... só tendo até hoje recuperado uma jante, acabei por ter de constatar que na prática tinha um mono na minha garagem, que dificilmente iria recuperar, e achei melhor desfazer-me dele. No próprio dia em que coloquei a bicicleta à venda no OLX, exatamente pelo preço pelo qual a comprei, tive dois contatos de interessados. O negócio fez-se e hoje de manhã foi dia de levar a bichinha até ao seu feliz novo proprietário, um senhor reformado que já tinha feito a recuperação de uma bicicleta semelhante. Se por um lado fiquei triste pela desistência de um projeto engraçado, por outro fiquei contente porque claramente ficou bem entregue, a alguém que será capaz de fazer aquilo que me propus, muito provavelmente até melhor que eu.

terça-feira, janeiro 06, 2015

Lobos em Pele de Cordeiro

A nível profissional, cruzo-me frequentemente com a espécie "lobo em pele de cordeiro". No mundo da consultoria, acontece sobretudo em projetos levados a cabo em parceria entre empresas concorrentes. No meu caso, tenho vários projetos decorridos ou ainda em curso nestes moldes, e se tenho por um lado exemplos muito positivos de profissionalismo, em que conto com colegas que - sendo de outras empresas - sabem realmente trabalhar em equipa, outros exemplos tenho em que a aparência é essa mas a realidade é outra completamente diferente. Volta e meia, apercebemo-nos disso quando recebemos um email que não era suposto recebermos, onde somos colocados direta ou indiretamente em causa. É sempre giro, porque quando finalmente somos envolvidos na conversa, surge a oportunidade de responder - o que pessoalmente aproveito sempre para fazer. E nestes casos sabe realmente bem ripostar. Melhor ainda quando logo a seguir, surge a oportunidade de confrontar a pessoa com aquilo que fez, o que também gosto bastante de fazer, porque as reações normalmente até são bastante engraçadas. Resumindo: hoje foi um desses dias, em que tive a oportunidade de ripostar, dizer o que me ía na alma e ver uma reação aparvalhada de quem normalmente tem sempre resposta na ponta da língua. E assim vim para casa de consciência mais que tranquila e satisfeito comigo mesmo!

segunda-feira, janeiro 05, 2015

O Outro Lado

Na sequência do meu post anterior, e apesar de não concordar com o que a minha seguradora me indicou que deveria fazer, estabeleci contato diretamente com a seguradora do terceiro envolvido no sinistro. O atendimento telefónico (apesar de eu não ser cliente) foi trinta vezes melhor que o da Logo. Não foram colocadas quaisquer questões quanto à atribuição de responsabilidade e pediram-me apenas que fornecesse uma cópia do relatório de peritagem (que estava na posse da Logo, e que tive de contatar novamente a pedir que o partilhassem - o que, vá lá, fizeram). No dia útil seguinte (hoje) liguei novamente para saber se faltava alguma informação ou documentação, quando me responderam que já tinham remetido correspondência para a minha morada com a autorização necessária para o posterior pagamento da reparação, que será tratada diretamente entre a referida seguradora e a oficina. E assim se coloca um futuro ex-cliente Logo, a recomendar a seguradora concorrente Fidelidade.

domingo, janeiro 04, 2015

(In)Seguro

Lamentavelmente, dois meses após ter sofrido um acidente de moto (fui abalroado por um carro no IC17, na sequência do qual felizmente apenas ocorreram danos materiais) continuo sem ter a minha moto de volta. Não por indisponibilidade minha ou da oficina para proceder à reparação, não por dúvidas quanto à responsabilidade do acidente, apenas por aquilo que posso descrever como incompetência e má fé da companhia de seguros Logo (a minha, e não do terceiro envolvido). Depois de prestar várias vezes depoimento sobre o acidente, depois de insistir por e-mail e telefone quanto à urgência do apuramento de responsabilidades para aprovação da reparação (condicional), depois de várias reclamações minhas... a companhia entendeu que, por eu ter referido que me desloco na moto no percurso casa/trabalho, a mesma é usada para fins profissionais, o que significa que foram prestadas "declarações inexatas" na celebração da apólice, não sendo portanto a mesma válida. Terei usado o termo "fins profissionais" numa das minhas reclamações (ainda que nos vários depoimentos prestados tenha também escrito que a minha profissão é a de consultor - e não estafeta!) e usaram isso como arma de arremesso, sem tão pouco me contatarem previamente para confirmação. Como tal, excluem-se de qualquer responsabilidade na resolução do processo de sinistro, deixando-me com a "batata quente" na mão perante a outra companhia. Parabéns, Logo, pelo excelente comportamento perante um cliente de há vários anos, com várias apólices (automóveis, motos, casa...) e que sempre cumpriu com as suas obrigações. Só para avisar que isto não fica assim!

sábado, janeiro 03, 2015

Saudades

Ainda mal o ano de 2015 começou, ainda há apenas algumas semanas dei a minha última voltinha de BTT, e já sinto saudades de o fazer de novo. Acho que as saudades têm sobretudo a ver não com o tempo que passou, mas com o fato de antecipar que tão cedo não me volto a encher de lama novamente, já que os finais de semana têm sido tudo menos fáceis e durante a semana não há capacidade física para o fazer. Enfim... como recordar é viver, para relembrar, aqui fica uma foto do estado atual da "bicla" (tirada escassos minutos antes de apanhar uma rabanada de vento, cair no chão e partir o suporte da GoPro...), já que ainda não tomou banhoca desde o último passeio de 2014!

sexta-feira, janeiro 02, 2015

Está na Hora...?

Excelentíssimos Senhores Engenheiros da Volvo, que traduzem as mensagens do sistema eletrónico dos veículos, para o idioma português de Portugal: "Está na hora da revisão periódica"? A sério? Não tinham outra forma de escrever esta mensagem? Mas que confianças são estas? WTF!?

PS: Sim, é verdade: estavam 2 graus e um briol do caraças!!!

Update - a quem interessar, para "limpar" esta mensagem, o procedimento é:
1) Colocar a chave na ignição;
2) Carregar no botão do odómetro;
3) Rodar a chave para posição I e depois para a posição II;
4) Libertar o botão do odómetro quando o sinal de alerta laranja (i) piscar.

Tchanan!!!

quinta-feira, janeiro 01, 2015

1

Se ontem foi o último dia de 2014, apraz-me constatar o óbvio: hoje é o primeiro de 2015. Posso dizer que 2014 acabou bem, em família e com bastante alegria. Bom convívio, boa disposição, boa comida e boa bebida! Nestas alturas e sobretudo nestas condições, deseja-se sempre que estes últimos instantes sejam um bom presságio para o que aí vem. Hoje foi também dia de visitar família, o que me levou a fazer alguns quilómetros de estrada praticamente deserta, debaixo de um sol brilhante e quente que contrasta com o frio que se faz sentir - adoro os dias assim, não sei explicar bem porquê mas sinto que são feitos só para mim! No final, já em casa, brincadeiras de criança fecharam este primeiro de janeiro. Amanhã é dia de trabalho, mas sendo sexta-feira antecipo que a desertificação da cidade se mantenha (o que é ótimo) e o dia passe de forma tranquila. Depois... venha 2015! Estou preparado para ele!