segunda-feira, abril 28, 2008

Calças de Cintura Escondida

Não se trata de um engano meu, quero efectivamente dizer "cintura escondida". Isto porque hoje em dia existe uma nova moda entre as miúdas, que consiste em usar calças abaixo do número correcto. Tal facto provoca que o excedente de pança e nalgas se esprema pelo topo do que era suposto ser uma cintura descaída, ou seja, a cintura em si fica escondida por aquilo que é cientificamente denominado por... banhas. Outro efeito colateral (ou talvez cú-lateral) é o chamado look "trolha", que poderia ser descrito por Joe Berardo como "andar com o rego do 'ass' à mostra". O que tenho constatado é que ainda assim, moral não falta a estas moças. Talvez estejamos a regredir aos ideais estéticos renascentistas, em que mocinhas mais "arredondadas" eram o ideal de beleza da época. Eu pessoalmente continuo a preferir cinturas descaídas em que se consiga efectivamente ver a cintura. Quanto ao rego do "ass" pode ficar escondido até ordens em contrário. E se por algum motivo tiver que ser mostrado, ao menos que valha a pena ver. Caso contrário, e como dizem os "bifes", é "too much information"...

quinta-feira, abril 17, 2008

Neblina...

Acabei agora de ver isto, e posso dizer que é preciso um gajo muito marado como o Stephen King para pensar na natureza humana pela perspectiva que é aqui retratada... The Mist é realmente um filme diferente, que aborda aquilo que somos sem paninhos quentes, com todas as pequenas (e grandes) coisas que fazem de nós pessoas melhores... e piores. Muito piores. Se pensarmos nisso, a neblina é uma boa metáfora para muita coisa. Mas não me vou armar em "spoiler", por isso não revelo mais do que já disse. Apesar de ser um filme de ficção científica, com os efeitos especiais que o estilo implica, não deixa de ter um impacto do caraças. Consegue surpreender (ou chocar), o que hoje em dia é cada vez mais difícil. Divirtam-se... se conseguirem. Deixo-vos uma citação do mestre: "Interesso-me por pessoas boas em situações más, pessoas comuns em situações extraordinárias".

terça-feira, abril 15, 2008

Feio, Porco e Mau

Existem poucas figuras públicas que me provoquem aquele sentimento especial de ter vontade de virar a cara e tapar os ouvidos, quando aparecem publicamente. Alberto João Jardim é uma destas personalidades. Uma pessoa que, para além do asco que a sua figura provoca, consegue ter um discurso que agrava ainda mais o nojo a sua presença faz sentir. Alguém que não consegue evidenciar qualquer tipo de boas maneiras ou educação, não deveria ter direito ao tempo de antena que lhe é dado. Alguém que não responde a perguntas importantes, que insulta numa base diária todo o tipo de pessoas e que fazendo parte da classe política, não respeita nenhum dos seus pares, nem o seu chefe em comando, nem o seu próprio patrão (o povo português, e mais especificamente os habitantes da Madeira), não merece dispor do poder que detém, para não dizer retém, há décadas. A sua prepotência serve apenas para exacerbar a sua aparência de suíno gordo e suado (reparem que nem me dei ao trabalho de usar a palavra "transpirado", por ser demasiado fina para o espécime em causa), cuja boca se abre apenas para emitir grunhidos estranhos e imperceptíveis para pessoas com um QI superior a um dígito. Voltando à referência dos seus pares resta-me dizer que por muito maus que sejam, este ganha-lhes aos pontos por reunir três características singulares: consegue ser "feio, porco e mau". E no meio disto tudo ainda há quem lhe ache muita graça, ainda há quem vote nele... e ele continua alegremente rindo à gargalhada, enquanto insulta uma nação inteira.

segunda-feira, abril 14, 2008

Dias de Blues

Há dias assim... dias de "blues". Quando tentamos fazer algo e não conseguimos fugir à inevitabilidade de não o conseguir, aquele "D" enorme da palavra "desistir" que surge pela primeira (espero que última também) vez no nosso vocabulário, a dura realidade de percebermos que não somos perfeitos, ao contrário daquilo que por vezes pensamos... torna estes dias mais longos. Pouco nos resta senão curtir a nossa própria neura, ouvindo uma música, vendo um filme ou lendo um livro em conformidade com o nosso espírito. Não é bom, não é mau, não é felicidade, não é infelicidade... apenas é o que é. Já há algum tempo que não era contemplado com um fase assim, mas agora aconteceu. Sei exactamente em antecipação tudo o que vai acontecer, todos os estágios intermédios até este sentimento se desvanecer. As palavras que ouvirei e as que ignorarei (assim com os seus locutores), a concordância e/ou a (auto-)reprovação, aquele dia em que não vou pensar nisso e finalmente os dias que vêm depois. Faz parte de um processo, daí encarar a coisa de ânimo leve, apesar do ânimo ser pesado. No meio disto aborrece-me o facto de escrever tão bem (dentro daquilo que quem escreve qualquer coisa consegue avaliar sobre si próprio) textos que dizem tão pouco, ou que pelo menos não dizem nada de jeito. Estranho síndrome este que afecta a actividade criativa de quem a consegue (nem que seja só ocasionalmente) ter. Talvez por isso pintores e outros artistas plásticos famosos tenham sido especialistas em fases de "blues"... talvez essas fases funcionem como musas inspiradoras. Ainda bem que não sou artista, pois assim posso simplesmente esperar que passe.

domingo, abril 13, 2008

Linguística

Do rescaldo de um fim de semana passado sobretudo a vegetar, dos bocadinhos passados em casa em frente à televisão, vão ficar na memória algumas frases impressionantes. Nas notícias, gostaria de realçar a seguinte: "hoje de manhã no IC17 ocorreram 3 acidentes, um em cada sentido". Da próxima vez que passar naquela via tenho de ir com atenção, porque entre os dois sentido habituais deve estar um que eu nunca vi e que pode levar quem por lá passa sabe-se lá onde. Ainda nas notícias, mas já no final do dia, fiquei a saber que um dos carros clássicos expostos na FIL "vale o suficiente para comprar um bom apartamento com piscina". Tenho de ver se arranjo uma dessas piscinas para apartamentos, porque quando comprei o meu só trazia banheira. Podiam ter aproveitado e enviado estes senhores para o campeonato da língua portuguesa que passou também hoje na SIC, apresentado pela Bárbara Guimarães. No entanto seria provavelmente mais sensato esperar que alguém produzisse uma versão deste campeonato ao estilo "liga dos últimos"... sempre seria mais adequado.

domingo, abril 06, 2008

Gajo Prenho

Soube nos últimos dias que apareceu o primeiro gajo prenho na televisão (como não poderia deixar de ser, no programa da Oprah), a dar um ar da sua graça. Provavelmente insatisfeito com a representação do Arnold em Júnior, achou por bem mostrar que o céu é o limite, e que aquilo que hoje é ficção, amanhã será a realidade. Dei a esta notícia a importância que ela merece: nenhuma, e como tal, não me preocupei em apurar factos com maior detalhe do que as letras gordas de uma notícia de jornal. No entanto considero-me uma pessoa preocupada com a sociedade em geral, e confesso temer pelo bem estar físico da aventesma em questão. Em primeiro lugar, questiono-me sobre como é possível um gajo (pelos vistos casado e já com filhos) engravidar? Tirando a bizarria genética, afinal de contas... quem lhe fez o filho... e como!? Na realidade não quero saber... Depois, pergunto-me como terá o filho? Pelas orelhas? Pelo cú? Se for pelo cú antevejo um grave problema de hemorroidal, já para não falar nos possíveis nomes a dar à criança: Cócó, Cagalhoto, Bosta... certamente terá uma vida de merda, mais uma vez, não quero saber. Depois interrogo-me que nome dará a criança aos membros do seu agregado familiar, uma vez que o pai foi na realidade a sua mãe, e a mãe não lhe é nada. Não quero saber. Resta-me questionar como é que um gajo metido numa embrulhada destas pode afirmar-se seguro da sua sexualidade, quando eu que estou de fora tenho até dificuldade em seguir o fio à meada. Mas como em todas as outras coisas, não quero saber. Parabéns ao pai/mãe, madrasta e meios irmãos, e o importante é que venha com saúde, quatro bracinhos, seis perninhas, e acéfalo como o seu progenitor.