quinta-feira, janeiro 31, 2013

Calor

Por vezes lembro-me de uma qualquer curva do seu corpo.
Sinto-me a latejar enquanto a imagem me percorre a mente,
e se aloja em qualquer parte de mim sem pedir por favor.

O misto de emoção e angústia faz-me sentir quase morto.
A força com que sinto este impulso torna-se frequente,
e o sentimento invade-me sem qualquer tipo de pudor.

Lembro-me da sua expressão e dos traços peculiares do seu rosto.
O fulgor transforma-se num calor constante, calmamente,
e lentamente a fúria se transforma apenas num ligeiro rubor.

O meu corpo reage enquanto o meu coração fica mais exposto.
A tensão dos músculos começa a diminuir subtilmente,
e a mais intensa das paixões dá lugar a um quente e calmo fervor.

Depois da tempestade a bonança surge como um oposto.
A percepção da realidade faz-me sentir o calor quente,
e o meu cérebro deixa-se envolver por uma paixão maior.

Marco

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Smart Shops... Stupid Country

Se há coisa que me começa a enervar são as "smartshops". Não é propriamente o conceito das mesmas que me afecta. A mim tanto se me dá que um janado qualquer possa comprar livremente adubos como se fosse um agricultor, para usar como droga e derreter os seus próprios neurónios. Se quiser usar estrume ainda melhor (e sempre é mais amigo da natureza)! O que me irrita é a inércia na acção que se impõe sobre este filme! Para quem não sabe, as "smartshops" resultam de um vazio legal, que consta em não existir uma figura na lei que proíba a venda de produtos habitualmente utilizados para fins agrícolas (entre outros), mas que alguém descobriu no entretanto que "dão moca". Isto é, produtos cuja venda é legal, e que têm mais ou menos o mesmo efeito de outros que são ilegais, no que concerne a fazer a malta "viajar". Para quem não conhece, ou duvida do que aqui escrevo, dêem uma olhadela neste site (mais explícito que isto é difícil) e vão confirmar que a coisa não podia ser feita mais às claras. Assim, só agora surgem as primeiras acções para resolver o problema. Parece que existe uma espécie de lei em fase de elaboração... que parece que daqui a quinze dias... vá... três semanas... será apresentada para discussão em conselho de ministros... e depois logo se vê. Entretanto e de acordo com o secretário de estado, a proibição passará por uma listagem que está a ser elaborada de todas as substâncias cuja venda será proibida... Se calhar o resultado vai ser a alteração dos nomes dos produtos ou de um ou dois ingredientes, para que o negócio se mantenha, diria eu. A não ser que todos os meses saia uma nova lei com a actualização da lista! Das duas uma... ou os nossos legisladores também andam todos a comer cogumelos mágicos, ou então não sei qual é a dificuldade de acabar com isto! Na volta resolveram experimentar o material para confirmar, e enfardaram um saco de adubo que lhes deu a volta à tripa e lhes levou a merda até ao cérebro.

terça-feira, janeiro 29, 2013

Regressar



Ao final do dia o cansaço arrasta-me os pés.
Enquanto rolo em direcção a casa,
penso em quem me espera e a energia nasce em mim.
Percorro o caminho de uma só vez.
Sigo de olhos bem abertos sentido o vento na asa,
enquanto penso como é bom ter um destino assim.

A noite torna o meu caminho sensual.
Brinco com o traçado no chão que se altera a cada metro,
sentindo hipnoticamente os segundos... minutos... passar.
Sinto-me correr como um selvagem animal,
Como se fosse perseguido por um espectro,
Fujindo pela escuridão p'ra me conseguir salvar.

A minha própria salvação é o meu destino.
O maior abraço do mundo, pelos braços mais pequenos,
que me fazem sentir genuinamente feliz.
O meu coração fica luminoso e cristalino.
O calor invade-me e os meus músculos ficam serenos,
sentido que isto é tudo o que sempre quis. 

Marco

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Impossível Não Comentar

É-me humanamente impossível deixar passar a oportunidade de comentar aqui mais uma situação exemplo da cambada que nos (des)governa nos últimos anos. Desta feita, se à primeira notícia a senhora se escapou... à segunda já não consigo evitar tecer os meus comentários.

Glória Araújo, engenheira mecânica e deputada eleita pelo PS, começou o ano em grande, festejando as suas 37 primaveras e apanhando uma tosga das mais capazes. Tudo estava relativamente bem até ao ponto em que a senhora resolve conduzir e acaba por ser apanhada pela polícia, com uma taxa de 2,41g de álcool no sangue, o que equivale a mais do dobro da taxa considerada crime em Portugal (1,2g). Nada disto só por si me faria escrever uma palavra sobre a senhora. Admiro até bastante uma rapariga que consiga meter uma quantidade de álcool significativa no bucho sem dar parte fraca... não fosse o facto de a dita ser uma sumidade reconhecida em termos de prevenção rodoviária, tal como versa a seguinte informação sobre a própria:

"Glória Araújo já participou até em acções sobre a segurança na estrada, como a Comissão Interparlamentar da Segurança Rodoviária (Setembro de 2008) e um encontro com empresários em Lousada para debater a Estratégia Nacional para a Segurança Rodoviária (Março de 2009)"

Posto isto, ainda assim nada me fez escrever por aqui sobre esta senhora. Uns comentários mais ou menos maliciosos em conversa de café, mas lá deixei cair a coisa no esquecimento. No entanto, acontecimentos recentes levaram-me a reconsiderar. Isto porque depois de toda a situação acima descrita, e a propósito de um comentário de um cidadão comum (como eu) na página do Facebook da Sra. Deputada, em que este sugeria que tal tipo de acção deveria ter um preço a pagar, nomeadamente a demissão, eis que surge esta resposta da visada:

"Também deveria haver um preço para a estupidez e a cretinice. Parece-me é que não consegues pagá-lo. Vai moralizar a tua avó, cretino"

Ora aqui está finalmente um exemplo vindo desta senhora! Um exemplo de coerência entre actos e palavras e um exemplo do nível da gente que nos (des)governa! E agora o ministério público já pediu o levantamento da imunidade parlamentar para que possa ser dada continuação ao processo crime desta senhora, o que certamente não irá acontecer, estando o mesmo desde já e à partida votado ao esquecimento como tantos outros casos bem mais graves até que teimam em surgir de forma difusa sobre a nossa classe política.

Só me resta dizer que este cidadão comum que teceu tal comentário de forma simples e educada, teve bastante sorte. Isto porque de uma mecânica bêbeda poderia ter ouvido coisas bem piores!

Movie Weekend


Este fim-de-semana correu bem...

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Ser Executivo

Chegou a hora da catarse diária que referi no meu último post. E se ao ser mais tolerante em relação às pessoas em geral que me rodeiam me está a ajudar especialmente a ultrapassar esta semana com um sorriso no rosto, por outro lado o momento de "má língua" também se impõe. Assim, a minha dissertação de hoje roda em torno do conceito de "executivo" no âmbito do mercado de trabalho actual. Para que não existam dúvidas, por executivo entendam-se aqueles cujas responsabilidades habituais são: liderar as suas equipas de forma eficiente e ao mesmo tempo eficaz, definir planos de acção gerais e orientações estratégicas para o futuro das organizações a que pertencem, ter visão ao nível de negócio, sem nunca perder o foco nas pessoas de quem dependem e que fazem toda uma organização andar para a frente, entre outras e só para numerar algumas. O meu objectivo no entanto difere de simplesmente enumerar aquilo que um executivo deveria ser, e passa mais por identificar aquilo que na maior parte das vezes um executivo é. Esqueçamos portanto a definição anterior e passemos à definição real que consiste em descrever um executivo como alguém que gosta de mandar e enxovalhar as pessoas que ele julga trabalharem para si, ao invés de consigo; alguém que entende o planeamento como um exercício de execução daquilo que melhor serve os seus objectivos pessoais; alguém que considera a definição de uma orientação estratégica como traçar um caminho sem olhar para o mapa; alguém cuja visão de negócio passa por quantificar tudo o que o rodeia à custa de contas de merceeiro, fazendo passar todos aqueles que são incapazes de fazer o mesmo por incompetentes e estúpidos. É com alguma tristeza (mas não muita porque estou-me um bocado nas tintas para isto) que digo que até hoje os "executivos" com que me cruzei pouco ou nada diferem desta fotografia. Ainda assim tenho esperança que apareça alguém um dia que me faça engolir estas palavras. Nessa altura certamente que o farei com todo o gosto!

terça-feira, janeiro 22, 2013

O Nosso Universo

Posso estar a fazer uma generalização injusta, mas arrisco dizer que pelo menos a maioria das pessoas vive o seu dia-a-dia, interagindo com outras pessoas, lugares e acontecimentos... posicionando-se como o centro do seu próprio universo. Este posicionamento faz-nos tecer juízos de valor sobre os outros, as suas atitudes, os seus pensamentos e a sua forma de agir. Por muito engraçado e até catártico que seja fazer comentários sobre os outros, esquecemo-nos do que pode estar por detrás dos seus comportamentos. Se por vezes os comportamentos são eles próprios criticáveis e orientados a objectivos menos nobres, noutras ocasiões são simplesmente o resultado do comportamento de terceiros sobre os quais não temos qualquer conhecimento. Gera-se assim uma dependência entre indivíduos, que é desconhecida para o interlocutor final, e que pode gerar um juízo... injusto. Longe de mim querer parecer anjinho. Tal como referi, vou continuar a expressar as minhas opiniões sempre que tal se justifique e dentro dos limites do que considero aceitável (e mandar umas graçolas sobre aqueles que estão no top da minha "lista negra"). No entanto assisti hoje a uma situação que me fez pensar e rever a minha opinião sobre outra pessoa. Vou assim tentar ser mais tolerante... dar mais vezes o benefício da dúvida, e se possível tentar perceber o que está por detrás de um comportamento ou atitude de outra pessoa. Até se pode dar o caso que, se perceber o que origina esse comportamento, possa fazer alguma coisa em relação a isso. Em suma, tentar assumir ocasionalmente o papel de "satélite" em vez de ser sempre o "sol"... Não antecipo tarefa fácil, mas vamos ver no que dá!

domingo, janeiro 20, 2013

A Primeira Queda

Enquanto criança as minhas férias eram passadas maioritariamente num local onde andar de bicicleta era imperativo. Foi nesse local que aprendi a andar e era o meu meio de deslocação para todo o lado, sempre que lá passava aqueles meses de férias (na altura em que as crianças ainda tinham períodos de férias decentes). Não me recordo com muito detalhe como foi a minha aprendizagem ou a primeira vez que consegui andar sozinho. Recordo-me do tradicional truque, levado a cabo pelo meu pai, para deixar as rodinhas auxiliares: passava por fazer-nos crer que ao andar sem as ditas rodinhas, tinha no entanto a segurança da mão que apoiava o selim, não deixando cair a bicicleta para nenhum dos lados. Quando nos apercebíamos que estávamos a andar sem qualquer apoio (nem o das rodinhas, nem o da mão), fazia-se magia. Não me recordo tão pouco da minha primeira queda, ou sequer de quantas vezes caí (acreditem, foram muitas). No entanto posso garantir que nunca me vou esquecer da primeira queda do meu filho, enquanto ontem andava na sua bicicleta, cheio de alegria. Sinto um aperto no coração sempre que me recordo do olhar dele, do susto no seu rosto, do choque de perceber que podiam acontecer coisas menos boas enquanto se divertia, das lágrimas misturadas com sangue que teimavam em escorrer... Não aconteceu nada de especial, tirando um nariz amassado e um corte no lábio, mas ainda assim... inesquecível. É nestes pequenos momentos em que percebemos a capacidade que temos de amar alguém incondicionalmente e infinitamente mais do que qualquer outra coisa. Amo-te Alexandre. Cá estarei para te ajudar a levantar sempre que caíres, ao longo da tua vida.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Vai ou Vamos?

Existe uma célebre expressão que diz que a diferença entre um chefe e um líder é que um chefe diz "vai" enquanto um líder diz "vamos". Hoje tive essa expressão presente na mente durante o dia inteiro. Isto porque durante a manhã foi período de "levar na cabeça"... cerca de 2 horas depois do "levar na cabeça" matinal, eis que se chegou finalmente a um consenso: fazer intervalo para almoçar e continuar a "levar na cabeça durante a tarde", o que aconteceu. Durante estes dois períodos distintos que praticamente totalizaram o meu dia de "trabalho", ficou claro que das 3 linhas hierárquicas acima de mim, que estavam presentes na reunião, o "vamos" era um termo ausente, enquanto que o "vai" já era mais presente. Balanço final: estou contente porque podia ser pior... podia continuar a "levar na cabeça" durante a noite. Também estou contente porque assim que acabei de "levar na cabeça" forcei-me a entrar em modo fim-de-semana, leia-se, não fiz mais nada! Em última instância estou contente porque o dia ainda rendeu o suficiente para eu fazer algum exercício físico, para um breve convívio com os amigos e um bom serão familiar. Conclusão: a parte de "levar na cabeça" acabou por ser a parte menos importante do dia, e a diferença daquele que diz "vai" para aquele que diz "vamos" só se tornou um pouco mais óbvia do que já era. Bom fim-de-semana para todos! 

quarta-feira, janeiro 16, 2013

Zona de Conforto

É lixado, mas temos todos uma. E porque é lixado? Porque enquanto estamos nela, nada na nossa vida muda (para melhor ou pior). O garantido é que algo só acontece quando colocamos o pé de fora desta zona. Isto aplica-se aos grandes passos que damos, como deixar um emprego para buscar algo que nos realize mais, passando por decidirmos (por exemplo) dedicar mais tempo à família e amigos, até à simples decisão de perder aqueles quilos a mais que nos enervam há anos. Tudo isto exige esforço em maior ou menor quantidade. Durante o intervalo para café da tarde de hoje, o tema de conversa foi o açúcar que ingerimos por dia, sendo que se chegou à conclusão que é fácil alguém ingerir um total de 1 a 2 kg por mês! Isto entre pacotinhos de açúcar para café, leite, sumos naturais, iogurtes, sobremesas, etc. Fora aquele que já está nos restantes alimentos que ingerimos. Depois desta típica conversa de café, para além da conclusão óbvia que é o facto de a maioria das pessoas meter demasiado açúcar no bucho, percebi outra coisa: as pequenas coisas são aquelas que por vezes nos prendem mais à nossa zona de conforto. Alternativa? Sair deste espaço exíguo, com um pequeno esforço ou sacrifício equivalente a deixar de beber café com açúcar, leite com açúcar, sumos naturais com açúcar, comer iogurte com açúcar ou sobremesas com açúcar. Dito assim parece fácil, e na minha mente até o é. Mas entendi hoje que esta constatação não é óbvia e que por vezes é nas coisas mais pequenas que, devido a terem para nós pouca relevância, desperdiçamos oportunidades de fazer magia nas nossas vidas. Se conseguíssemos mudar algumas dessas pequeninas coisas que individualmente não nos causam danos significativos (apenas aparentemente), e por isso as toleramos "ad eternum", a nossa vida seria simplesmente... melhor. Para pensar.

quinta-feira, janeiro 10, 2013

Verdadeiro Desafio Total

Foi publicada hoje uma notícia no Wired, acerca da abertura do processo de candidatura para quem esteja interessado em... digamos... mudar de vida. Consiste esta mudança, mais concretamente, em ir viver para Marte, numa viagem sem volta. Sim, é verdade, o processo de colonização do planeta vermelho, que na altura em que foi produzido o filme "Total Recall" ou "Desafio Total" não passava de ficção científica, está a uma escassa dezena de anos de se tornar realidade. O pressuposto é que, para além dos candidatos terem de ser detentores de características específicas, esta é uma viagem de ida... sem volta. Durante os próximos anos a organização Mars One vai enviar uma catrefada de traquitanas para o dito planeta (creio que este é o termo técnico mais adequado), de forma a dotá-lo do equipamento necessário para que os futuros colonos possam montar as infraestruturas base de sustentação de vida.

Eu sinceramente acho que este é o derradeiro passo para que os marcianos dêem finalmente sinal de vida. Sim, porque considerando a conjuntura actual, a crise mundial a todos os níveis, é caso para pensar que para estes cromos dos humanos não é suficiente lixar um planeta, e como tal toca de lixar o planeta seguinte!  Acho que os marcianos não se vão ficar... mas ainda assim, acho que devíamos tentar enviar uma selecção apurada de espécimes para esta colonização. Assim de repente ocorrem-me nomes como Cavaco, Passos, Gaspar, Relvas, etc... Imaginem o que seria estes colonos a implementarem medidas de austeridade num planeta como Marte? Diria o Passos: "Ah e tal... isto da terra vermelha tem de acabar... a partir de agora, só vamos ter terra amarela!". O Gaspar podia ser o principal interlocutor com os marcianos, já que à velocidade a que fala, qualquer espécie consegue entender... O Relvas, em menos de dois dias, aparecia de cor verde, com duas antenas na cabeça e com um diploma do liceu marciano... o Cavaco iria ensinar os marcianos a fazer bolo rei, e depois faria uma prova de cada um pessoalmente, enquanto içava a bandeira de Marte às avessas! O melhor deste cenário seria o facto de estes espécimes terem um bilhete para qualquer lado... só de ida!

Meditemos...

quarta-feira, janeiro 09, 2013

Trabalhando Para o "Eu"

De acordo com uma reportagem da secção económica do Público de hoje, cerca de metade dos portugueses gostaria de trabalhar por conta própria. Não estranho... sou um deles. E curiosamente quando penso nisso, sinto que seria capaz de trabalhar o dobro do que trabalho agora, em termos de esforço e tempo, com muito mais gosto do que tenho naquilo que faço. E apesar de nos tentarem sistematicamente fazer crer através de vários meios como a comunicação social, que os portugueses são uma cambada de preguiçosos, continuo a acreditar no oposto. Acredito que existem milhões de portugueses trabalhadores a esfalfarem-se para pagar o ordenado obsceno de meia dúzia de preguiçosos, salvo as devidas proporções. Mas voltando ao tema inicial, já tive o gostinho de fazer algo por minha conta em tempos, e sabia realmente muito bem ainda que na altura fosse apenas um "extra" em relação à minha actividade profissional "oficial". Gostaria de voltar a pensar nisso, mas baseado numa ideia original... em algo que pudesse fazer alguma diferença... em algo que fosse inovador mas não utópico em termos de possibilidades de concretização. A coisa até podia começar com "passinhos de bebé", sem ter de me forçar a sair completamente para "fora de pé"... mas se a ideia fosse realmente muito boa até seria uma possibilidade. Desde o final do ano passado ando a pensar nisto, mas a parte mais importante (a da ideia) ainda não deu à costa. Se tiver alguma exponho aqui, mas entretanto aproveito para convidar quem quer que leia este blog (ainda) a expor também ideias ou sentimentos semelhantes. Por vezes da vontade de vários pode surgir uma realização individual!

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Optimismo de Início de Ano

Acho que habitualmente não sou tão optimista como sinto que deveria ser. No entanto e apesar de tudo (e todos) indicar o contrário, acredito que existe uma possibilidade de o ano que agora começa não ser... mau. Lembro-me sobretudo que as expectativas para 2012 eram péssimas no final de 2011... ainda assim sobrevivi. Ou melhor, vivi! Isto é, não me limitei a sobreviver e consegui ter realmente momentos de pura felicidade e alegria. Consegui estar com amigos, com família, ter um lar onde me sinto bem... em suma e pegando nas palavras de Pepe Mujica, "pobre é aquele que deseja infinitamente muito", e a partir do momento em que conseguimos olhar para trás e colocar um período ou conjunto de acontecimentos em perspectiva, conseguimos perceber que o infinito não é nada mais que o inalcançável, e que a felicidade está habitualmente no que é alcançável. Temos por isso de perceber o que é importante e alcançável, para nos podermos focar nesses objectivos e traçar um percurso para 2013. Como não tenho muita fé nas tradicionais resoluções de ano novo, penso que essa vai ser a principal diferença do ano que se inicia em relação aos anos anteriores: ter um plano com objectivos reais pode eventualmente ser uma vantagem. Eu... vou tentar. Correcção: eu vou conseguir! Beijinhos e abraços (conto com a ajuda dos meus amigos nesta tarefa).