domingo, julho 06, 2014

Big Brother is Watching

Na sequência de alguns artigos que li sobre aspetos sociológicos e psicológicos relativos a redes sociais e à forma como conduzem experiências com os seus utilizadores, mais concretamente no caso do Facebook em que o estado de espírito dos utilizadores foi "manipulado" numa experiência com 700 mil pessoas (sem o conhecimento ou consentimento das próprias), resolvi na última semana fazer o exercício de autocontrole de não aceder à dita rede. Foi muito menos difícil do que pensei, mas verifiquei um pormenor interessante: o Facebook não quer que as pessoas façam o que eu faço. Dito assim parece algo óbvio, já que o Facebook não quer perder os seus utilizadores, fonte de rendimento através da visualização de publicidade, para a organização. Mas a forma como o faz é, no mínimo, agressiva. Posso dizer que, apesar de ter todas as notificações desabilitadas, passados dois dias comecei a receber e-mails a dizer que "muito tinha acontecido desde a última vez que tinha acedido"... depois este tipo de notificação por e-mail, intensificou-se, começando a receber estas mensagens de 8 em 8 horas, indicando que tinha X pedidos de amizade... Y convites para eventos... Z notificações de publicações... basicamente, um massacre! Resolvi portando deixar para o fim-de-semana o ato de colocar a leitura em dia, e repetir esta ausência da dita rede com mais frequência e por períodos maiores, para ver o que acontece a seguir. Se a trama se adensar, a inativação de conta (pela segunda vez) avizinha-se como uma possibilidade.

quarta-feira, julho 02, 2014

Semana de Trabalho

Hoje é dia de regressar à escrita. O computador está como eu (com a bateria a uns 10%), mas deve chegar para escrever meia dúzia de linhas. O tema de hoje surgiu-me ao ler um artigo do SOL, em que um reformado do sistema de nacional britânico defende que a semana deveria passar de 5 para 4 dias de trabalho. Ora está bom de ver que por estas bandas a coisa está mais a modos de passar de 5 para 6 ou 7 dias de trabalho, como no "tempo da outra senhora". Se o tema deste artigo parece um bocado ridículo de tão próximo que é com os desabafos típicos de um português a tomar café numa segunda-feira de manhã, o conteúdo faz todo o sentido. A justificação é que cada vez mais se trabalha mais, com menos direito a intervalos. As pessoas comem uma refeição rápida de pé num café, ou uma sandes na secretária do trabalho... os casais com filhos trabalham de forma agressiva tentando desesperadamente ter o tempo que nunca chega para acompanharem devidamente os filhos... em suma falta tempo para tudo o que é realmente importante. Ora quem me lê por aqui já viu esta mesma afirmação numas quantas publicações anteriores, pelo que escusado será dizer que concordo plenamente com o amigo "bife". E falando um pouco mais a sério, o resultado final deste estilo de vida é bastante grave, e inclui doenças como o stress, a obesidade e a hipertensão. Para piorar o quadro, resta referir que quem não vive nesta azáfama vive habitualmente no extremo oposto: o desemprego - ainda pior! Enfim, depois de ler estas linhas reforço o meu estado de espírito e o esforço consciente - esperançosamente no futuro subconsciente - de gerir o meu tempo da melhor forma. São vários os exercícios mentais que tenho feito, e por vezes deixar algumas coisas de lado, ou mesmo para trás, não é tão mau como à partida pode parecer. Sobra mais para outras coisas, o que afinal é aquilo que se pretende!