quinta-feira, julho 31, 2008

Literatura de Férias

Uma das coisas pelas quais anseio sempre por fazer quando as férias se aproximam, é colocar a leitura em dia. Gosto sinceramente de ler e sinto-me sempre mal, raiando quase o sentimento de culpa, pelo facto de durante meses e meses não ter a disponibilidade, ou talvez força de vontade que gostaria de ter, para ler com alguma regularidade. Mas quando chegam os esperados dias de descanso, tudo muda. Normalmente já tenho uma lista em mente dos livros que pretendo ler e depois, é só colocar mãos à obra. Até ao momento a minha escolha mostrou-se certa, por isso tenho de partilhar. Depois de ter começado com o Equador do Miguel Sousa Tavares, conforme já comentei e (d)escrevi anteriormente, fiquei com vontade de ler também o Rio das Flores (igualmente do MST). Assim fiz e não fiquei desiludido. Apesar de Equador ainda me parecer melhor, Rio das Flores não fica muito atrás. De seguida parti para um outro livro que aborda a mesma época, com o título Enquanto Salazar Dormia (de Domingos Amaral), que se revelou uma história de acção diferente, mas muito interessante. Passei ainda pelo Clube Bildeberg de Daniel Estulin, mais dedicado às teorias da conspiração (ou talvez não), assim como o Sétimo Selo de José Rodrigues dos Santos (o primeiro livro que leio dele). Pelo meio ainda li mais um dos livros de Daniel Silva, com o título de Marca do Assassino. Nesta recta final do meu período de descanso estou com uma literatura um pouco mais leve. Mais concretamente, estou a ler Boca do Inferno, do Ricardo Araújo Pereira, que consiste numa compilação das já conhecidas crónicas publicadas na revista Visão. Qualquer das publicações mencionadas provou ser uma escolha certa, pelo que deixo aqui mais uma das minhas recomendações para qualquer uma delas.

quarta-feira, julho 30, 2008

De Puta Madre

Foi este o nome de baptismo da "família", integrado na qual viajei até à ilha de Saona, na República Dominicana. Até agora ainda não consegui esquecer as águas quentes e cristalinas das piscinas naturais onde nadei e brinquei com as estrelas do mar. Este foi apenas um dos dias que passei nas caraíbas, onde o ar é quente e húmido e o mar é azul turquesa. O jacuzzi dentro do quarto e as palmeiras junto à praia deixaram de fazer parte de um postal ou de uma imagem longínqua e tornaram-se realidade. Se a realidade nem sempre é nossa amiga, este tipo específico de realidade sabe sempre (e faz-nos sempre) bem, porque nos ajuda a perceber que nem tudo aquilo que numa determinada fase da nossa vida pensamos ser inalcançável, tem efectivamente de o ser. Confesso que não fazia grande questão de embarcar nesta viagem a Punta Cana, concretamente. Parecia-me um destino um pouco "batido" e até talvez desprovido de grande interesse. No entanto a ocasião pedia mesmo por umas daquelas férias "à sombra da bananeira" (neste caso palmeira)... a beber daiquiris, margueritas e coisas do género na praia... e resultou. Volto assim revigorado e com aquela cor do mar gravada na minha mente. Não foi a melhor das (poucas) viagens que fiz até hoje, mas está sem dúvida no top. Ah, já agora, a fotografia é de lá...

quinta-feira, julho 17, 2008

Linha Imaginária

Terminei hoje de ler este livro, e é daqueles que quando chega ao fim, temos pena que acabe. Foi a primeira vez que li algo mais do que um artigo de opinião ou um comentário do Miguel Sousa Tavares e, não me decepcionou. Sinto sempre uma dualidade de opinião quando falo deste jornalista/comentador/escritor. Em primeiro lugar porque, como jornalista, apesar de bom já há muito tempo deixou de ser imparcial. Em segundo lugar, porque enquanto comentador, ora estou completamente de acordo com opiniões expressas, ora estou no mais completo desacordo. Em terceiro lugar, porque como escritor é bom, mesmo muito bom. Este livro foi para mim mais uma prova disso. Quanto à forma, algures entre a escrita de um jornalista transformado em escritor, e entre estilos literários mais tradicionais, encontra-se o relato desta história, recheada de humanidade, sensualidade, erotismo, aventura e... drama. Quanto ao conteúdo, deixa no ar a sensação de nostalgia e beleza selvagem, mesmo de quem nunca viveu nas colónias, de uma África quente e distante que todos sonharíamos conhecer. Um trabalho considerável de pesquisa, enquadrado numa época histórica, com um enredo digno de qualquer produção cinematográfica (talvez fosse melhor do que a realização da série que se encontra já em curso). Se o equador é uma linha imaginária, "Equador" é uma linha de imaginação que nos faz viver outras épocas e outros locais. Sei que não será eventualmente novidade para ninguém, mas como só agora tive oportunidade de o ler, recomendo.

terça-feira, julho 15, 2008

Novela da Quinta da Fonte

No mundo de hoje em dia não consigo deixar de evitar soltar umas valentes gargalhadas quando me deparo com situações como as da última novela da comunicação social: a Quinta da Fonte (o próprio nome bate aos pontos a "Vila Faia"). E solto umas gargalhadas só para não me atirar para o chão a chorar desalmadamente! Mas voltando ao conceito de novela, esta em particular tem todos os ingredientes para dar um bom programa televisivo, daqueles com muita audiência. A trama conta com acção, violência e até está recheada daquelas mensagens de âmbito social, de que os guionistas tanto gostam. E o drama... ele há coisa mais dramática do o êxodo de um bairro inteiro, a deslocar-se em peso para a porta da câmara municipal, a pedir asilo? Isto é quase uma cena bíblica! Eu por vezes também sinto falta de segurança quando estou em casa, por isso o melhor é falar com o António Costa para ver se me arranja um T3 ali mais junto ao rio... Mas ainda relativamente aos ingredientes de um bom programa televisivo, esqueci-me de mencionar a parte da comédia: a comunidade em fuga é - deixa cá ver como se diz isto em português politicamente correcto - uma comunidade de etnia cigana, enquanto que a comunidade agressora é - deixa cá ver outra vez como se diz isto sem ferir susceptibilidades - uma comunidade de etnia africana (ufa... estava a ver que não conseguia escrever este parágrafo). Isto é quase tão cómico como o Scolari a defender o quaresma! Mas voltando ao centro da trama, então não querem lá ver que as minorias que habitualmente se queixam de racismo são elas próprias... racistas!? Volto a afirmar, esta história tem tudo para cativar o espectador! Meus amigos, vou certamente ficar a aguardar as cenas dos próximos capítulos, porque o episódio piloto da série foi demais!

segunda-feira, julho 14, 2008

Velho Não... Gasto!

Esta coisa de fazer anos vai realmente ganhando um peso e uma importância diferentes ao longo do tempo. Não é que olhe para mim e me sinta ou veja mais velho, mas certamente um pouco mais "gasto", sinto que vou ficando. Isto não é nada que com jeitinho não se vá aguentando (ao contrário de alguns dos efeitos incontornáveis da idade), mas certamente é algo com que todos nos devemos preocupar. Efectivamente, na vida, o mais importante é arranjarmos forma de não nos "gastarmos" ou desgastarmos com as situações em que nos vemos envolvidos. Tenho tentado fazer isso, umas vezes com sucesso, outras nem por isso. Julgo que a melhor mais valia que tenho e que alguém pode ter, para insistir e conseguir triunfar nesta missão, é estar rodeado de bons amigos que possam dar ainda melhores conselhos ou a sua simples ajuda, para combater este "efeito". Eu posso dizer que conto com alguns, muitos deles que já tiveram a atenção e preocupação de falar comigo hoje, outros que certamente o farão até ao final do dia, e ainda outros que se vão esquecer, mas que não deixam de ser menos importantes por causa disso. Aproveito assim o meu aniversário para dar os parabéns a todos os meus amigos por serem isso mesmo, bons amigos. Um abraço e um beijinho, aos gajos e gajas respectivamente (amigos amigos, mas sem confusões dessas, OK...).

sexta-feira, julho 11, 2008

Ai... Phone

Teve lugar ontem o lançamento oficial do iPhone, o novo "gadget" (nome fino para inutilidade engraçada de se ter) da Apple. Note-se que quando associo o conceito de inutilidade a gadgets, não me estou a afirmar como sendo contra as tecnologias e/ou objectos de entretenimento deste género (quase todos gostamos de os ter). No entanto se há coisa que me enerva, são as modas. As modas têm disto, levam multidões atrás. Foi o que aconteceu com o aparecimento em massa dos GPS (que por opção até hoje não tenho), e foi também o que aconteceu agora com este novo "brinquedo" disponível por algumas centenas de euros, no mercado. Curiosamente, não foram essas centenas de euros que impediram uma verdadeira avalanche de compras a nível nacional num país que se diz estar em crise. O problema é que uma grande parte dos compradores... ainda está à espera para poder utilizar o seu novo brinquedo! O facto de o aparelho ter de ser activado através de um computador e uma ligação aos servidores da Apple, torna-se um impedimento quando esses mesmos servidores deixam de funcionar. Enquanto o problema aguarda resolução, também os utilizadores aguardam a oportunidade de fazer um brilharete lá em casa, ou com os amigos, mostrando a quantidade de funcionalidades absolutamente fantásticas e igualmente inúteis que este aparelho possui, comparativamente com outros aparelhos do género já existentes no mercado. Há alguns meses atrás tive a oportunidade de ver pela primeira vez um iPhone a funcionar, e posso classificá-lo como "muito giro" (aposto que qualquer proprietário de iPhone vai certamente demonstrar o "zoom" com um toque dos dedos). No entanto, na prática, pouco mais faz que o meu N70 (passo a publicidade) que tenho porque me foi oferecido. Mas o que é importante... é estar na moda. Eu... para já não estou. Talvez quando um dia o iPhone deixar de ser moda, me resolva a experimentar um.

terça-feira, julho 08, 2008

Crónicas de Uma Cidade Antiga

Passeio algumas vezes pelas ruas de Lisboa, observando edifícios com tanto para contar, mas que mais parecem moribundos. Ontem o incêndio da Avenida da Liberdade levantou, segundo a comunicação social e outros, o espectro da tragédia que foi a destruição do Chiado na década de 80. Eu lembro-me dessa destruição, mas diria antes que algumas zonas desta cidade são elas próprias pouco mais que fantasmas, pelo que não são necessárias memórias mais ou menos longínquas de outros tempos para ter uma fotografia negra da situação. A Lisboa que temos hoje em dia, apesar de ser ainda muito bonita no geral, é o resultado de anos e anos de especulação e aproveitamento dos mesmos de sempre, a nível imobiliário e não só. É uma cidade deserta, com três habitantes numa zona como a do Rossio e ruas com mais de dez portas seguidas emparedadas. Os preços são demasiado altos e especulativos para quem quer que seja comprar, e os edifícios são demasiado antigos e danificados para se poderem recuperar. Os (poucos) habitantes vão deixando de existir, conforme vão abandonando as suas casas ou morrendo, logo seguidos das suas próprias habitações, locais que testemunharam as vidas de várias gerações, as alegrias e sofrimentos de todos os que passaram por entre as suas paredes, em frente às suas fachadas... prédios que vão definhando lentamente. Entretanto as pessoas vão-se acumulando em caixotes com divisórias que proliferam ao redor da cidade. Locais desprovidos de qualquer beleza, harmonia estética ou mesmo qualquer característica em particular. De dia multidões deslocam-se em direcção ao centro deste coração que adoece com o passar do tempo, de noite regressam aos seus casulos para logo depois repetir o mesmo movimento perpétuo. Posso dizer que vivo dentro desta cidade e que reconheço as claras vantagens que isso tem, a beleza (ainda) indubitável desta capital europeia onde tenho o prazer de viver, e a tristeza de assistir ao seu envelhecimento sem a dignidade que um local único como este merece.

Comunicado

Depois de ter sido praticamente achincalhado pela minha ignorância, venho por este meio apresentar publicamente um comunicado com as minhas desculpas pelo facto de ter feito escárnio da utilização da palavra "polonês". Segundo pude confirmar directamente da fonte (leia-se, o meu colega e amigo Eduardo), esta é a versão luso brasileira para a palavra "polaco". Assim sendo e tendo em conta a evolução imposta pelo acordo ortográfico em vigor (ainda que em constante mutação), venho por este meio auto flagelar-me e repor a verdade sobre este assunto. Eu bem devia ter desconfiado da "label" que indicava "Selecione" em vez de "Seleccione". Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa! Ainda tenho de comprar um daqueles livrinhos sobre o (des)acordo ortográfico, senão qualquer dia ninguém percebe aquilo que eu digo/escrevo!

segunda-feira, julho 07, 2008

Diz-se Houveram em Polonês?

As evoluções resultantes da implementação do acordo ortográfico não deixam de me maravilhar. Depois de ouvir na televisão uma senhora actriz dizer "houveram" como verbo principal de uma frase, durante a actualização do meu Pinnacle Studio (para os leigos, software de edição de vídeo), foi-me apresentada esta janelinha. O meu cérebro fez aquilo que nos "flippers" se chama "tilt", dando logo de seguida um triplo mortal encarpado à retaguarda, até perceber a que idioma esta estranha palavra se referia. Imaginei várias possibilidades, entre as quais a existência de um país novo ou eventualmente desconhecido para mim, como a "Polonésia"... pensei num novo estado formado por habitantes da China e da Polónia... enfim, todo um mundo de hipóteses se abriu à minha frente. Mas a dura realidade é que este idioma diz respeito à Polónia, país onde se fala... polaco. Ainda bem que não tive de seleccionar esta opção (felizmente existia um "português brasileiro" e um "inglês" sem margem para dúvidas, antes de ter de recorrer a uma situação limite como esta). Neste momento e concluída a instalação, tenho algum receio de abrir o programa... sabe-se lá com que palavras novas serei confrontado? Confesso que receio pelo futuro...

quinta-feira, julho 03, 2008

Apenas Uma Vítima

Diz que parece que afinal de contas, o Mugabe é simplesmente uma vítima. Um fantoche, refém dos antigos combatentes e da polícia que ele próprio criou para o Zimbabwe. Quem o diz é o deputado caboverdiano João Medina, participante numa das missões da União Africana no país (se fosse um gajo do Zimbabwe é que eu me admirava). Mais detalhes sobre esta novidade podem ser lidos num artigo do Sol. Até já estou a imaginar o homem a lamentar-se nas suas reuniões semanais dos ditadores vitimizados anónimos: "Olá, o meu nome é Mugabe, sou vitimizado como ditador há dois dias". A generalidade das pessoas não compreende a vida difícil de um ditador, mas isto de ter o sangue de milhares de inocentes nas mãos é muito duro. Por vezes é preciso lavá-las duas e três vezes antes de jantar! A vantagem deste tipo de assassino-ditador-ainda-que-vítima é não ter consciência, senão só em psicanálise era um balúrdio. No entanto, claramente trata-se de um homem afectado e perturbado também a nível psicológico. Existe alguma outra explicação para aquele bigodinho, numa clara alusão hitleriana? Basicamente pretendo com este meu post exprimir a minha compreensão para com o flagelo que é a vida deste filho-da-puta-ainda-que-vítima. Mugabe, estou contigo! Se ser fantoche é ter um gajo a enfiar-nos a mão pelo cú acima enquanto fala por nós com uma voz estridente, tu mereces isso mais do que ninguém!

quarta-feira, julho 02, 2008

Som d'A Naifa

Maria Antónia, João Aguardela (as dúvidas que este apelido suscitou durante o dia de hoje...) e Luís Varatojo dão alma e voz ao grupo A Naifa. Este grupo português tem uma sonoridade especial, aliando o toque tradicional do fado a um som contemporâneo, diferente. Já tinha ouvido algumas músicas anteriormente, visto uns clips de vídeo, mas agora tive contacto directo com "Uma Inocente Inclinação Para o Mal". Este álbum é mesmo muito bom, pelo que para quem gosta da mistura temporal como ingrediente base para uma boa música, recomendo vivamente. Dos anos de 2006 e 2004, estão também disponíveis respectivamente os álbuns "Minutos Antes da Maré Encher" e "Canções Subterrâneas". Estes senhores têm um site oficial, um MySpace e um blog, onde se pode consultar a agenda do grupo, saber um pouco mais sobre o mesmo e ouvir/ver algumas das suas músicas/vídeos. Apreciem!

terça-feira, julho 01, 2008

Consulta Pública Mas Pouco

Recebi hoje um e-mail com o seguinte texto:

Amigas(os),
passem este e-mail a todos os vossos contactos e mobilizem-nos a enviar o e-mail que está a bold para o endereço abaixo. É que se não houver gente suficiente a participar na consulta pública eles vão mesmo pôr-nos a pagar a factura de electricidade dos devedores. Chamo a vossa atenção para a mensagem que se segue, uma vez que é do interesse de todos reclamem e passem ao próximo. Caros amigos, esta malta pretende pôr os cidadãos comuns, bons e regulares pagadores, a pagar as dívidas acumuladas por caloteiros clientes da EDP, num total de 12 milhões de euros e, para o efeito, a entidade reguladora está a fazer uma consulta pública que encerra em meados de Julho. Em função dos resultados desta consulta será tomada uma decisão. Esta consulta não está a ser devidamente divulgada nem foi publicitada pela EDP, pelo menos que eu saiba. A DECO tem protestado, mas o processo é irreversível e o resultado desta consulta irá definir se a dívida é ou não paga pelos clientes da EDP. A DECO teme que este procedimento pegue e se estenda a todos os domínios da actividade económica e a outras empresas de fornecimento de serviços (EPAL, supermercados, etc.). Há que agir rapidamente. Basta enviar um e-mail com a nossa opinião, o que também pode ser feito por fax ou carta mas não tenho os elementos. Peço que enviem o mail infra e divulguem o mais possível, para bem de todos nós cumpridores.

Enviar para: consultapublica@erse.pt
Exmos. Senhores, pelo presente e na qualidade de cidadão e de cliente da EDP, num Estado que se pretende de Direito, venho manifestar e comunicar a Vsª Exsª a minha discordância, oposição e mesmo indignação relativamente à 'proposta' – que considero absolutamente ilegal e inconstitucional – de colocar os cidadãos cumpridores e regulares pagadores a terem que suportar também o valor das dívidas para com a EDP por parte dos incumpridores. Com os melhores cumprimentos, [Nome]

Como sempre me acontece nestas "chain letters" fiquei desconfiado, e resolvi investigar. Confirmei a veracidade desta informação através da notícia publicada pela Agência Financeira, que diz o seguinte:


Proposta que ERSE colocou em consulta pública está a gerar grande polémica. As facturas de electricidade poderão vir a incluir uma parcela para a constituição de um fundo de maneio para a EDP. Esta é mais uma das propostas da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que consta de um vasto documento que está em consulta pública, revela o «Correio da Manhã». A constituição deste fundo de maneio visa «compensar as necessidades (das empresas) do desfasamento entre os prazos de pagamento ao fornecedor e os prazos de recebimento dos clientes», de acordo com a proposta da ERSE. Esta compensação, a que se poderão somar outras, como o valor dos incobráveis, poderá vir a penalizar a factura dos clientes da EDP a partir do próximo ano, caso a consulta pública não «chumbe» a Revisão do Regulamento Tarifário, que se encontra em discussão até ao dia 7 de Julho.


Toda a informação sobre esta proposta ou consulta pública está disponível no site da ERSE, num conjunto de PDFs com umas centenas de páginas, para quem estiver interessado em ler. Escusado será dizer que já fui um dos felizes remetentes do e-mail acima apresentado. Um dia destes um gajo vai às compras e paga a dobrar porque o cliente anterior não pagou as dele...