sexta-feira, setembro 11, 2015

Vacinas & Outras Profilaxias

Na sequência da minha última viagem, afinal o meu próximo destino turístico para fins profissionais deixou de ser a Turquia e passou a ser... o Gana. Posto isto, e na qualidade de país extremamente desenvolvido a visitar, impôs-se de imediato a tradicional Consulta do Viajante para começar a aventura dos preparativos da viagem. Para tal optei por ir ao Egas Moniz, mais concretamente ao Instituto de Medicina Tropical (por uma questão de proximidade e por supostamente serem os mais credenciados na matéria). A consulta correu bem, com um Sr. Dr. de aspeto bonacheirão mas extremamente claro, conciso e evoluído tecnologicamente (fiquei de fazer os contactos pós-regresso via e-mail). Dali levei a primeira pica (febre amarela), uma receita para aviar outra (hepatite A) e mais meia dúzia de tralhas entre as quais antibiótico S.O.S. para desarranjos intestinais e repelente para esfregar na pele, roupa, lençóis e acho que até cortinados ou coisa que o valha. Como isto das viagens vai claramente começar a "apertar", foi tempo de (antes de enviar o meu passaporte para Paris para obtenção do visto para o Gana) ir tirar um segundo passaporte. Assim, passo a poder viajar com um enquanto o outro está "em obras" numa embaixada qualquer... espetáculo! Hoje foi dia de ir levar a segunda pica. Para mal dos meus pecados, mantive o critério de proximidade como fundamental e fui a uma farmácia onde a Sra. Dra. Farmacêutica é quem administra. Na primeira tentativa não se deu a coisa, porque a Dra. tinha ido... ao cabeleireiro. Na segunda tentativa já estava presente, e de cabelinho arranjado. De mãos trémulas, no alto dos seus cerca de 99 anos de idade, a muito esforço lá me conseguiu espetar a agulha ainda que um pouco ao lado do que seria suposto. Arrisco dizer que falhou o pescoço por centímetros... e ainda bem porque o ombro (onde a levei) dói-me como a merda! A preocupação em relação a este simples procedimento era clara no rosto da senhora e nas 32 vezes que me perguntou se me estava a sentir bem, enquanto fazia a administração da vacina. Tive ainda de lhe explicar o porquê da vacina trazer duas agulhas (para administrar em duas doses caso se tratasse de uma criança) e também que "2 a 4 semanas" não era o prazo para levar a segunda dose, mas sim o período em que a vacina deveria fazer efeito... Pelo meio conseguiu rasgar o meu certificado de vacinação internacional, carimbar 3 linhas do mesmo em vez de uma e colar uma vinheta da vacina da hepatite em cima do último registo da vacina do tétano. Falta-me agora tomar mais um comprimidinho para a profilaxia da malária na véspera da viagem. Ouvi dizer que é porreiro, sobretudo se no mesmo dia beber álcool (mesmo que seja uma simples cerveja "sem álcool" que na realidade tem 0,5%...). Resultado esperado? Alucinações! É tão bom viajar...

2 comentários:

ACCM disse...

E ainda há quem não viva sem uma viagenzita "dessas" de quando em quando! E até por lazer...
Põe gelo no sítio da vacina.
Beijinhos
Pai

Marco disse...

pai: se fosse por lazer acho que não me chateava tanto... ainda assim!