Hoje em dia vejo muito pouca e cada vez menos televisão. Sinto que é uma coisa boa. Tirando alguma animação para a pequenada, o canal mais visto cá por casa é o VH1. Mas confesso que hoje regressei a um vício televisivo que tenho, e que consiste na série Walking Dead. Sempre que manifesto este meu "gosto" por esta série, a maioria da malta que me conhece solta alguns comentários relativos à parte da "tripalhada" da referida série. No entanto, e apesar de o tema serem mortos-vivos, na realidade o que mais admiro é a parte que tenta evidenciar a natureza humana e a diferença de comportamentos entre pessoas. Acho fascinante considerar um cenário de um mundo pós-apocalíptico em que de alguma forma (e apesar de tudo aquilo de mau que a parte do "apocalíptico" representa) se remove o "ruído de fundo" e se torna possível focar nas questões importantes, como a simples sobrevivência e a preservação de nós próprios e de quem nos é mais querido. Acho interessante imaginar um cenário em que as banalidades e frugalidades desaparecem de cena, e as personagens só tem de se preocupar com o básico e o fundamental. E depois imagino o quão bom seria se nós conseguíssemos funcionar assim, sem ter de passar por um cenário apocalíptico. O quão bom seria valorizarmos o que nos é mais querido e importante, sem termos de esperar pelo dia ou pela hora em que o perdemos. Tal como disse, sou fã incondicional desta série, desde o primeiro minuto do primeiro episódio da primeira temporada. Não consigo deixar de a ver. E posso afirmar a qualquer pessoa que apesar de quaisquer preconceitos que tenham, esta série, se vista com olhos de ver, é muito mais sobre os vivos do que sobre os mortos...
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