A propósito de um artigo que li recentemente, que revela que os portugueses estão a voltar ao hábito de antigamente da "marmita" para levar o almoço para o trabalho, ocorre-me dizer que não tenho nada contra... e também nada a favor. Não me faz qualquer confusão que as pessoas optem por essa solução, sobretudo considerando os motivos pelos quais o fazem (que normalmente estão associados a fatores financeiros). Eu próprio, se me visse confrontado com limitações financeiras que me levassem a isso, também o faria. Mas fico contente por (ainda) não estar nessa posição. Não sou daquelas pessoas que vivem para comer, nem para fazer almoçaradas de 3 horas em pleno dia de trabalho. Mas gosto de aproveitar o período de almoço para desligar um pouco a mente dos assuntos profissionais e relaxar enquanto aprecio a refeição. Hoje por exemplo, foi um desses dias. Em vez de descer as escadas até à "mangedoura" mais próxima (nome carinhoso que um colega meu inventou para os aglomerados de restaurantes de "fast food" dos centros comerciais), saí de improviso e fui até à Marina do Parque das Nações, comer um frango grelhado com maça caramelizada e puré, acompanhado de um copo de vinho branco, enquanto observava os barcos no rio ali mesmo ao lado. Uma interrupção destas num dia de trabalho, pode parecer disruptiva para muitos, em termos de atividade. Para mim, é terapêutica. Como é óbvio não é algo que possa nem consiga fazer todos os dias, mas de vez em quando acho que tenho direito a presentear-me. Como dizem uns célebres pacotes de açucar... hoje foi o dia!
1 comentário:
E fazes muito bem. A vida vale a pena ser vivida, até por esses pequenos prazeres, caso contrário não se vive,andamos a vegetar. Que é o que a maioria dos portugueses neste momento faz.
Beijinho, mãe
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