segunda-feira, outubro 01, 2007

Entre Marido e Mulher

Era uma vez um casal, que vivia na Bósnia, e que como tantos outros casais era infeliz no seu casamento. Como escape, e sem o conhecimento um do outro, começaram os dois a experimentar relacionamentos na Internet. Ela era "Sweetie" e ele era "Prince of Joy", nos seus mundos alternativos. Após algum tempo a desabafarem online os seus problemas conjugais, cada um resolveu marcar um encontro... com o outro! Este casal que era incapaz de conversar e de se relacionar em casa, frente a frente, ao ocultarem a sua identidade por trás de um teclado sob personagens fictícias criadas pelos próprios, relacionaram-se online durante algum tempo sem nunca suspeitarem que na realidade estavam a conversar um com o outro... até ao dia em que resolveram encontrar-se. O casal optou por separar-se após o episódio, no entanto acho que esta é uma história que deve ser analisada profundamente por todos nós (e também devia ter sido por eles). O que leva a que este tipo de situação aconteça? Claramente a falta de diálogo é o motivo principal. O que leva a que nem ele nem ela tenham suspeitado? A criação de personagens que não correspondem à realidade, o que deve alertar toda a gente para a facilidade com que os mais incautos podem ser enganados. O que este casal podia ter feito depois desta história? A meu ver podiam transformar isto em algo de positivo e aprender com os erros. Sobretudo podiam ter percebido o que de errado havia no casamento, o que cada um gostava e não gostava, e darem tudo por tudo para corrigir o que estava mal. Enfim... reconheço que isso era esperar demais da espécie humana nos dias de hoje, ainda para mais com o espectro da infidelidade a sobrevoar estas duas cabecinhas pensadoras.

1 comentário:

Unknown disse...

Concordo contigo. Num relacionamento o companheiro(a) deve ser antes de mais um(a) amigo(a). Gostar de conversar sobre qualquer coisa e serem capazes de falar deles próprios e da sua relação. Caso isso não aconteça, por vezes o membro do casal que se sente bem não se apercebe da infelicidade do outro até ser demasiado tarde.