Se no último dia em que na prática ainda estive em Pune, não fui capaz de escrever imediatamente após o regresso, aproveito agora o momento em que com algumas forças já recuperadas, consigo finalmente fazer o capítulo final desta aventura. O dia 16 não teve um fim e o dia 17 não teve um princípio. Fundiram-se como se de um só momento se tratassem, e os primeiros minutos do dia foram de espera em relação à partida agendada para as 5h30 da manhã. Últimos preparativos, arrumações, leitura, escrita e muita espera. Chegada a hora de deixar o hotel, um pequeno e único percalço desde que cheguei, com a conta apresentada maior do que o suposto (o pagamento antecipado da estadia não parecia estar registado). Esclarecido em menos de dois minutos, deu direito a mais um desconto e toca a seguir viagem para o aeroporto, que já se fazia cedo.
No aeroporto, espera. Primeiro as medidas de segurança, excessivas. Militares armados até aos dentes a perguntarem onde vamos, porque vamos e o que pretendemos. Segurança do aeroporto a obrigar toda a gente a desfazer malas, mochilas e sacos de viagem, tirando tudo para fora, explicando o que cada objecto estranho ou invulgar é, etc. etc. etc. Voltar a fazer a mala, mochila ou saco, e seguir para o obstáculo seguinte. Mais espera, até entrar no avião. Depois de entrar no avião, finalmente algum conforto (obrigado Lufthansa por tornarem minimamente cómoda uma viagem de 8 horas, mesmo para quem vai em classe económica). Filmes, séries, livros e nenhum descanso para quem - como eu - não consegue dormir em aviões, mesmo em viagens de longo curso. Uma escala técnica a mais do que o previsto, em Bucarest, fazendo uma viagem de 8 horas passar a demorar 10 horas.
Mudada a tripulação, finalmente rumo a Frankfurt, onde se andam literalmente quilómetros (a pé e de metro) até chegar à porta de embarque indicada. Durante a espera para o voo de ligação a Lisboa, surgem os primeiros sinais de Portugal. Eis que o voo da TAP se atrasa. Depois do atraso, a estranha pergunta nos altifalantes, questionando quem não se importaria de viajar noutro voo
às 19h. Quando questionados porquê, "de momento é só uma pergunta"... A intranquilidade surge e fica toda a gente de pé em frente à porta de embarque, mesmo sem esta estar ainda aberta... Finalmente abre, com quase uma hora de atraso. Entrada no avião da Star Alliance, sem vestígio nenhum dos confortos do voo da Lufthansa, e com membros da tripulação (de um voo internacional) que não sabem falar inglês. Definitivamente, sinais de Portugal. Descolagem e aterragem más (pelo menos evitaram as tradicionais salvas de palmas). Acabei de ler o meu livro.
Depois de aterrar, mais sinais de Portugal. Demora nos tapetes das bagagens e um cadeado rebentado. Felizmente a mala não aparentava ter sido aberta, e nada faltava no interior. Apesar do anteriormente mencionado, a minha boa disposição mantinha-se com a expectativa do reencontro. A expectativa foi largamente ultrapassada. A alegria indisfarçável do meu filho de 3 anos, quando se agarrou ao meu pescoço, foi muito superior a tudo o que pudesse imaginar, deixando-me emocionado até agora. Trouxe-lhe a prenda mais engraçada de todas: um tuctuc de brincar! O reencontro com quem me esperava foi tudo o que eu próprio esperava, e muito mais. Esta viagem foi feita por mim, de várias formas, em vários sentidos, com várias pessoas. Só posso sentir-me grato por tudo, desde as aventuras que vivi, o orgulho no que fiz, as pessoas que conheci, os sítios que visitei e até os pequenos grandes desconfortos das viagens de ida e volta. Obrigado a todos por me acompanharem. Desculpem o texto menos bem conseguido, mas é porque o escrevo já com alguma saudade e nostalgia.
No aeroporto, espera. Primeiro as medidas de segurança, excessivas. Militares armados até aos dentes a perguntarem onde vamos, porque vamos e o que pretendemos. Segurança do aeroporto a obrigar toda a gente a desfazer malas, mochilas e sacos de viagem, tirando tudo para fora, explicando o que cada objecto estranho ou invulgar é, etc. etc. etc. Voltar a fazer a mala, mochila ou saco, e seguir para o obstáculo seguinte. Mais espera, até entrar no avião. Depois de entrar no avião, finalmente algum conforto (obrigado Lufthansa por tornarem minimamente cómoda uma viagem de 8 horas, mesmo para quem vai em classe económica). Filmes, séries, livros e nenhum descanso para quem - como eu - não consegue dormir em aviões, mesmo em viagens de longo curso. Uma escala técnica a mais do que o previsto, em Bucarest, fazendo uma viagem de 8 horas passar a demorar 10 horas.
Mudada a tripulação, finalmente rumo a Frankfurt, onde se andam literalmente quilómetros (a pé e de metro) até chegar à porta de embarque indicada. Durante a espera para o voo de ligação a Lisboa, surgem os primeiros sinais de Portugal. Eis que o voo da TAP se atrasa. Depois do atraso, a estranha pergunta nos altifalantes, questionando quem não se importaria de viajar noutro voo
às 19h. Quando questionados porquê, "de momento é só uma pergunta"... A intranquilidade surge e fica toda a gente de pé em frente à porta de embarque, mesmo sem esta estar ainda aberta... Finalmente abre, com quase uma hora de atraso. Entrada no avião da Star Alliance, sem vestígio nenhum dos confortos do voo da Lufthansa, e com membros da tripulação (de um voo internacional) que não sabem falar inglês. Definitivamente, sinais de Portugal. Descolagem e aterragem más (pelo menos evitaram as tradicionais salvas de palmas). Acabei de ler o meu livro.
Depois de aterrar, mais sinais de Portugal. Demora nos tapetes das bagagens e um cadeado rebentado. Felizmente a mala não aparentava ter sido aberta, e nada faltava no interior. Apesar do anteriormente mencionado, a minha boa disposição mantinha-se com a expectativa do reencontro. A expectativa foi largamente ultrapassada. A alegria indisfarçável do meu filho de 3 anos, quando se agarrou ao meu pescoço, foi muito superior a tudo o que pudesse imaginar, deixando-me emocionado até agora. Trouxe-lhe a prenda mais engraçada de todas: um tuctuc de brincar! O reencontro com quem me esperava foi tudo o que eu próprio esperava, e muito mais. Esta viagem foi feita por mim, de várias formas, em vários sentidos, com várias pessoas. Só posso sentir-me grato por tudo, desde as aventuras que vivi, o orgulho no que fiz, as pessoas que conheci, os sítios que visitei e até os pequenos grandes desconfortos das viagens de ida e volta. Obrigado a todos por me acompanharem. Desculpem o texto menos bem conseguido, mas é porque o escrevo já com alguma saudade e nostalgia.
The End
4 comentários:
Obrigado por partilhares esta viagem, adorei "viver" contigo esta aventura.
Abraço
Chegaste bem, é tudo quanto se espera e deseja.
Foi agradável ir lendo as tuas reflexões e dessa forma ir-te acompanhando, para além daqueles breves minutos diários no SKIPE.
Seria bom que o teu esforço fosse agora devidamente compreendido e reconhecido por quem de direito.
Beijinhos
Pai
Foi muito bom partilhares as tuas aventuras com quem cá ficou, eu (mesmo gostando muito mais que cá estejas)já sinto saudades da leitura diária da tua viagem, que tambem me fez viajar contigo.
Beijinhos
Mãe
luis: foi bom para mim também saber que estava "acompanhado" durante estas duas semanas...
accm: feliz ou infelizmente já não espero esse tipo de reconhecimento profissional.
mcaa: até eu já sinto saudade de ter tais fontes de inspiração para escrever...
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