quinta-feira, janeiro 22, 2009

Deixar Marcas

Desde os primórdios da humanidade que temos o instinto natural de marcar os locais por onde passamos. Quer seja como uma forma de relato da nossa evolução, como forma de perpetuar situações ou momentos importantes, ou simplesmente por mero acaso. Desde Stonehenge (independentemente dos objectivos que tal estrutura pudesse servir), passando pelas gravuras rupestres de Foz Côa, até ao escrito que o Zé Manel deixou na parede do metro das Olaias para que a Teresa soubesse que ele a considera "boa com'ó milho", a nossa capacidade de deixar marcas pelos locais por onde passamos é absolutamente impressionante. Por vezes esta marca é bastante profunda, mediante o impacto que possa assumir. Veja-se por exemplo a cratera de proporções gigantescas que conseguimos construir em Portugal, em pleno parque natural da Arrábida. Outras vezes esta marca é quase indelével, até mesmo imperceptível ao olhar menos sensível do comum mortal. Vejamos por exemplo o seguinte cenário (real): quem poderia estar à espera de descobrir a existência de um pintor de construção civil, que consegue aliar a um espírito criativo traços humorísticos na sua obra (e quando refiro "obra" refiro-me mesmo a "obra", imaginando que o objectivo seria pintar "toda" a parede)? Aqui fica então eternizado no éter cibernético, aquilo que artisticamente posso chamar de "Interruptor de Escada Mickey", seguido do "Interruptor de Escada Iupi". Admirai, oh incultos...

4 comentários:

Mary Xu disse...

E onde é possível "visitar essa exposição" no mínimo original?

Marco disse...

mary: exposição a decorrer até sabe-se lá quando, junto ao Campo Pequeno. Entradas grátis!

po disse...

Lamentavelmente a exposição terminou no fim de semana passado

Marco disse...

po: ... mas de certeza que outra com tanta ou mais classe deve estar para chegar! PS: conheço um bom dentista, se quiseres posso dar-te o contacto.