quarta-feira, maio 31, 2006

Adeus, Amigo Fiel

A minha (ainda relativamente curta) experiência leva-me a concluir, entre outras coisas, que a nossa vida é melhor ou pior consoante a amizade que nos rodeia. Outra conclusão que consigo tirar é que muitas vezes a amizade e dedicação não vem apenas de pessoas mas sim de animais, que de uma forma ou outra encontramos ou escolhemos como parte do nosso dia-a-dia e daquilo que somos. Cães, gatos, peixes, todos eles podem ser uma companhia fundamental que nos habituamos a ter, e sem a qual muitas vezes já não funcionamos correctamente. Muito sinceramente os animais têm o dom de geralmente fazer de nós pessoas melhores, mesmo quando nós não lhes damos o nosso melhor (eles dão sempre). Desde pequeno tive o prazer de ter alguns amigos especiais da espécie canina, ou meus, por intermédio de tios, avós, etc. Hoje um desses amigos deixou-nos a todos quando ninguém esperava. O seu nome era tipicamente de "canito" português: Fiel. Nada lhe poderia fazer mais justiça, porque foi isso e muito mais. Algumas pessoas podem não compreender que eu eventualmente esteja a escrever este tipo de discurso sobre um animal, mas se assim for, também é porque não compreende os animais e aquilo que estes entregam e dedicam a quem está à sua volta. Eu julgo que compreendo, e é por isso mesmo que vou sentir muitas saudades deste meu amigo, o Fiel.

5 comentários:

Anónimo disse...

"Amigo verdadeiro é aquele que nos quer apesar de nada".

Era assim o Fiel...
Um cão amigo e simpático, que sempre soube saudar os seus donos e adorava festas.

Eu que o conhecia há bem menos tempo, vou ter saudades...

Anónimo disse...

Um cão nunca abandona o dono.
Mesmo que não te veja, sei que estás aí

Anónimo disse...

A morte, ainda que consequência da vida, é sempre um choque, além do mais quando ocorre por causas não naturais.
Da mesma forma que penso que só deveria ser passada carta de caçador depois de o candidato ser ele próprio alvo de uma caçada com chumbo a sério, também quem coloca veneno em locais públicos, deveria ser obrigado a uma prova de sabor, só para ver...
Lamentavel é que numa sede de concelho do interior, onde poderão contar-se pelos dedos de uma só mão as pessoas que não terão um animal, de companhia, de guarda, ou mesmo comestível, não exista um único veterinário em permanência. Mas também não admira, pois que no posto de saúde a que se chama hospital, num concelho maioritariamente de idosos, não existe um só técnico capaz de funcionar com o aparelho de RX que ali se encontra a apodrecer...
Apesar de os seus últimos momentos terem sido de grande sofrimento,penso que o FIEL terá sido um animal feliz; sendo parte de uma família de humanos, era um ser livre, andava por onde lhe apetecia, ia e vinha ao sabor dos ciclos do cio das namoradas que arranjava, nunca lhe faltou comida para saciar a fome nem a cama onde dormia quando entendia. Também nunca lhe foram regateados carinhos, que ele retribuía com juros altíssimos. Chegou a hora da partida. Adeus FIEL, que o teu sucessor seja capaz de seguir as tuas pegadas.

Anónimo disse...

Sei que algumas pessoas que costumam ler este blog já vão entrar nesta parte dos comentários com um nó na garganta só de pensar neste post...

Para mim, basta-me dizer que da próxima vez que for a casa dos meus pais,e antes que seja tarde de mais, vou apertar com mais força as bochechas do meu desdentado Piloto (14 anos) e coçar a barriga da magricela da Nina (12 anos)...

A todos os nossos amigos especiais, ergo a minha taça.

:)

desculpeqqc disse...

com um nó na garganta.
O meu tem 16 anos e nesse fatídico dia, não vou escrever. Vou apenas recordar!