De acordo com uma reportagem da secção económica do Público de hoje, cerca de metade dos portugueses gostaria de trabalhar por conta própria. Não estranho... sou um deles. E curiosamente quando penso nisso, sinto que seria capaz de trabalhar o dobro do que trabalho agora, em termos de esforço e tempo, com muito mais gosto do que tenho naquilo que faço. E apesar de nos tentarem sistematicamente fazer crer através de vários meios como a comunicação social, que os portugueses são uma cambada de preguiçosos, continuo a acreditar no oposto. Acredito que existem milhões de portugueses trabalhadores a esfalfarem-se para pagar o ordenado obsceno de meia dúzia de preguiçosos, salvo as devidas proporções. Mas voltando ao tema inicial, já tive o gostinho de fazer algo por minha conta em tempos, e sabia realmente muito bem ainda que na altura fosse apenas um "extra" em relação à minha actividade profissional "oficial". Gostaria de voltar a pensar nisso, mas baseado numa ideia original... em algo que pudesse fazer alguma diferença... em algo que fosse inovador mas não utópico em termos de possibilidades de concretização. A coisa até podia começar com "passinhos de bebé", sem ter de me forçar a sair completamente para "fora de pé"... mas se a ideia fosse realmente muito boa até seria uma possibilidade. Desde o final do ano passado ando a pensar nisto, mas a parte mais importante (a da ideia) ainda não deu à costa. Se tiver alguma exponho aqui, mas entretanto aproveito para convidar quem quer que leia este blog (ainda) a expor também ideias ou sentimentos semelhantes. Por vezes da vontade de vários pode surgir uma realização individual!
3 comentários:
Acho que se tiveres alguma ideia, não a deves expôr publicamente, pois arriscas-te a ficar sem ela... É interessante ouvir os "senhores" que mandam neste país, dizerem que os portugueses devem aproveitar as oportunidades que surgem da crise... e que não devem ter medo de arriscar. "Esquecem-se" de dizer que quem arrisca e não tem êxito pode ficar na merda, sem ter sequer como sobreviver... Acho que é disso que os portugueses têm medo. Quem investe num negócio fica imediatamente atolado em custos, em impostos, no fundo em despesas a que não se pode eximir, sem apelo nem agravo. Também é curioso que quando publicamente são mostrados "alguns exemplos de sicesso" nos tempos que correm, nunca são faladas as dificuldades apresentadas a quem queira fazer as coisas como é legalmente exigido. Será que é um incentivo à economia paralela? Como são taxados os negócios feitos a partir de casa, usando o Facebook, como é frequentemente divulgado, hoje em dia? Pagam IRC? pagam PEC? Fazem descontos para a Segurança Social? eo IVA também lá está? E no fim de isto tudo, ainda há lucro que justifique o negócio? Era isto que eu gostava de ver explicado pelas mentes iluminadas que vão à TV mostrar os casos de sucesso com coisas que nem sequer são de primeira necessidade, como ainda ontem dia 9 de Janeiro deste ano de 2013, na RTP1, no programa PRAÇA DA ALEGRIA: Uma senhora que faz ursos de pano e criou kits que envia pelo correio a quem lhos encomenda, para que cada um no aconchego do seu lar possa fazer o seu próprio urso... ou outra que faz malas e malinhas e alcofas com tecidos que cada um pode personalizar de modo a poder ir à praia ou às compras de acordo com a sua própria toilette... pode parecer ridículo mas isto é o tipo de exemplos de sucesso que vindo a ser mostrados... E aquela menina que foi mostrar ao PR um recipiente que pode levar "mutela" dum lado e "geleia" do outro porque tem uma divisória ao meio que impede a mistura. Basta que para sair um ou outro produto se aperte mais dum lado ou do outro... É curioso que já em tempos eu comprei um marcador com uma cor dum lado e outra do outro e também não se misturavam lá dentro. Será que tinha a tal divisória? Grande empolgamento do PR graças à inovação manifestada... e ao exemplo que Portugal pode dar ao mundo! Por aqui me fico, que já vou um bocado alongado...
Pai: Devo então desistir da ideia? :) (pergunta retórica)
Não digo que desistas, mas se a tiveres, não a divulgues e se possível regista-a para que quem a usar tenha que te pagar direitos...
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