Posso estar a fazer uma generalização injusta, mas arrisco dizer que pelo menos a maioria das pessoas vive o seu dia-a-dia, interagindo com outras pessoas, lugares e acontecimentos... posicionando-se como o centro do seu próprio universo. Este posicionamento faz-nos tecer juízos de valor sobre os outros, as suas atitudes, os seus pensamentos e a sua forma de agir. Por muito engraçado e até catártico que seja fazer comentários sobre os outros, esquecemo-nos do que pode estar por detrás dos seus comportamentos. Se por vezes os comportamentos são eles próprios criticáveis e orientados a objectivos menos nobres, noutras ocasiões são simplesmente o resultado do comportamento de terceiros sobre os quais não temos qualquer conhecimento. Gera-se assim uma dependência entre indivíduos, que é desconhecida para o interlocutor final, e que pode gerar um juízo... injusto. Longe de mim querer parecer anjinho. Tal como referi, vou continuar a expressar as minhas opiniões sempre que tal se justifique e dentro dos limites do que considero aceitável (e mandar umas graçolas sobre aqueles que estão no top da minha "lista negra"). No entanto assisti hoje a uma situação que me fez pensar e rever a minha opinião sobre outra pessoa. Vou assim tentar ser mais tolerante... dar mais vezes o benefício da dúvida, e se possível tentar perceber o que está por detrás de um comportamento ou atitude de outra pessoa. Até se pode dar o caso que, se perceber o que origina esse comportamento, possa fazer alguma coisa em relação a isso. Em suma, tentar assumir ocasionalmente o papel de "satélite" em vez de ser sempre o "sol"... Não antecipo tarefa fácil, mas vamos ver no que dá!
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