Chegou a hora da catarse diária que referi no meu último post. E se ao ser mais tolerante em relação às pessoas em geral que me rodeiam me está a ajudar especialmente a ultrapassar esta semana com um sorriso no rosto, por outro lado o momento de "má língua" também se impõe. Assim, a minha dissertação de hoje roda em torno do conceito de "executivo" no âmbito do mercado de trabalho actual. Para que não existam dúvidas, por executivo entendam-se aqueles cujas responsabilidades habituais são: liderar as suas equipas de forma eficiente e ao mesmo tempo eficaz, definir planos de acção gerais e orientações estratégicas para o futuro das organizações a que pertencem, ter visão ao nível de negócio, sem nunca perder o foco nas pessoas de quem dependem e que fazem toda uma organização andar para a frente, entre outras e só para numerar algumas. O meu objectivo no entanto difere de simplesmente enumerar aquilo que um executivo deveria ser, e passa mais por identificar aquilo que na maior parte das vezes um executivo é. Esqueçamos portanto a definição anterior e passemos à definição real que consiste em descrever um executivo como alguém que gosta de mandar e enxovalhar as pessoas que ele julga trabalharem para si, ao invés de consigo; alguém que entende o planeamento como um exercício de execução daquilo que melhor serve os seus objectivos pessoais; alguém que considera a definição de uma orientação estratégica como traçar um caminho sem olhar para o mapa; alguém cuja visão de negócio passa por quantificar tudo o que o rodeia à custa de contas de merceeiro, fazendo passar todos aqueles que são incapazes de fazer o mesmo por incompetentes e estúpidos. É com alguma tristeza (mas não muita porque estou-me um bocado nas tintas para isto) que digo que até hoje os "executivos" com que me cruzei pouco ou nada diferem desta fotografia. Ainda assim tenho esperança que apareça alguém um dia que me faça engolir estas palavras. Nessa altura certamente que o farei com todo o gosto!
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