quarta-feira, novembro 19, 2008
Cyber... Bullshit
Li hoje uma notícia que diz que irá começar em breve um julgamento de uma mulher implicada no suicídio de uma adolescente. Ao que parece a senhora fez algo chamado "cyberbullying" com a referida jovem (confesso que tive de ir ver o que queria dizer o termo, porque não tinha certeza). A origem do problema foi essa jovem ter gozado com a filha de Lori, a acusada e sua vizinha. Posteriormente esta terá criado um perfil falso no MySpace para ganhar a confiança e envolver-se com a jovem, tendo posteriormente posto fim à "relação" de amizade, levando a jovem ao suicídio. Existe uma expressão bem portuguesa para descrever casos como este: é daqueles que "não tem ponta por onde se pegar"! Como se pode imaginar, isto só podia ter lugar nos Estados Unidos... mas ainda assim (e apesar disso) não consigo decidir qual a maior imbecilidade no meio disto tudo: se a filhinha que não aguentou ser gozada... se a mãezinha que não tinha mais nada que fazer senão brincar na Internet... se a adolescente que se suicida por causa de uma amizade fictícia pela net com alguém que nunca viu... se o tribunal que decide julgar uma acusação destas. A todos os envolvidos neste processo eu tenho uma sugestão a dar: e se fossem todos "bardamerda" (outra expressão bem portuguesa, para traduzir a minha opinião pessoal)? Estou sinceramente fartos destes cybertermos que descrevem provações psicológicas horríveis comparativamente com a adolescência e o crescimento normal de qualquer ser humano. Lembro-me de gozar e ser... gozado. Lembro-me que os pais não usavam esquemas maléficos para vingar a honra do filho... gozado. Lembro-me de não saber sequer o que significava a palavra suicídio, quanto mais pensar cometê-lo por ser... gozado. Sei que não guardo nenhum trauma, e julgo sinceramente que certas coisas que nos acontecem enquanto crianças servem para moldar o nosso carácter, e sei que por vezes vale mais dotarmo-nos de meios para encarar o futuro do que deixar alguém encarar o futuro por nós. Uma sugestão final aos putos de hoje: os amigos também (e sobretudo) se fazem fora da Internet. Pensem nisso...
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