sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Geração dos Duros

Ouvi hoje na Comercial que foram retirados vários produtos que se encontravam à venda nas farmácias, para combate do célebre piolho. Quem não se lembra das infestações ocasionais que aconteciam na escolinha? Ah... a nostalgia desses momentos em que só de ver alguém com "bicho" dava vontade de coçar. O motivo para a retirada destes produtos do mercado baseia-se na composição dos mesmos, nomeadamente na inclusão de produtos eventualmente cancerígenos. Entre o rol dos medicamentos encontrava-se nada mais nada menos que o mítico... Quitoso ("... elimina-os totalmente"). Sinceramente, não consigo imaginar como foi possível para a minha geração e anteriores sobreviver até aos dias de hoje. Com tantas coisas potencialmente perigosas pelas quais passávamos, só posso chegar à conclusão que sou um sobrevivente... um dos fortes... um dos duros! Andei de carro sem cinto de segurança obrigatório, não tive "ovinhos" (nem outro tipo de parafernália que só cabe em monovolumes) para me fazer transportar, andei na rua sem o acompanhamento de adultos, brinquei com bombinhas de carnaval, tive brinquedos feitos de metal e alguns deles até - imaginem - sem selo de aprovação da UE (até porque não havia UE sequer para homologar o que quer que fosse). Mas o importante é que sobrevivi, e graças a isso não fiquei nenhuma florzinha de estufa. Se tiver um dia descendentes, espero não ser daqueles pais paranóicos que não deixam os filhos fazer nada com medo que lhes aconteça alguma coisa. Efectivamente o risco existe, mas também é um facto que muitas vezes existe onde menos se espera, e não em coisas ou situações mais óbvias. Mas esta é só a minha opinião.

1 comentário:

Eli disse...

A minha geração... e volto a concordar, excepto nas bombinhas de Carnaval!!!

:)