quarta-feira, janeiro 25, 2006

Enfega II - O Regresso...

Quem for leitor mais ou menos assíduo deste meu blog, percebeu certamente que no último post que fiz a relatar o primeiro episódio da série Enfega, me estava obviamente a referir a uma situação autobiográfica. Melhor se percebe então a continuidade que esta novela da vida real tem, no âmbito do post actual e de outros que possam vir. Assim, em ante-estreia nacional, aqui fica um novo episódio de... O Enfega!!!
Por vezes ocorre ter um prazer raro: uma manhã/tarde (quem sabe um dia inteiro) na companhia de um enfega. E o que é melhor, é que este tipo de confraternização assume tradicionalmente um objectivo específico (da parte dele) de enfegar (e eu - o enfegado - ainda por cima sei disso, o que torna tudo mais grave). Este episódio, resumidamente, relata a relação social que pode - ou não - existir entre duas espécies distintas, tal como mencionado anteriormente, podendo até ser alvo de uma tese sobre a capacidade de coexistência de ambas. Até hoje não está concretamente provado que, a longo prazo, estas duas espécies possam partilhar de forma continuada o mesmo espaço físico. Algumas teorias apontam para, em casos extremos, eventuais tentativas de suicídio (sobretudo pela espécie do enfegado, do latim enfegatus lixadus). Outros casos mais graves relatam histórias de pura aniquilação mútua e até mesmo de exterminação de terceiros que possam partilhar o referido espaço com seres destas espécies. Alguns profissionais da espécie dos enfegatus lixadus conseguiram misteriosamente sobreviver mais tempo através de um método pouco claro e que de alguma forma se manteve secreto até aos dias de hoje. O método consiste numa capacidade que alguns, como mecanismo de defesa, conseguiram desenvolver, de se fazer passar por enfegas, apesar de serem enfegados. Desta forma conseguem passar discretamente pelo meio da espécie sem serem alvos de qualquer tipo de questão (leia-se "pergunta parva") que possa comprometer a sua integridade física e emocional. Isto porque qualquer enfega que se preze sabe que não adianta colocar questões a outro enfega. Esta situação provocaria um ciclo infinito de comunicação entre os dois enfegas, que poderia ter consequências catastróficas como, por exemplo, a deslocação do eixo terrestre. A questão que, uma vez mais aqui deixo às autoridades competentes é: para quando um manual de sobrevivência para a espécie do enfegatus lixadus? Meditemos...

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