Boas Entradas!?

Com estas festividades todas a decorrer e a passagem de ano a aproximar-se, tenho-me deparado com uma questão que muitas vezes nem me deixa dormir. Porque é que quando se chega ao final do ano, as pessoas desejam umas às outras "boas entradas"? Eu não duvido que exista uma explicação lógica para tal tradição, mas acredito que essa se perdeu no tempo e hoje todos dizem isto sem saber bem porquê. Meditemos um pouco, então: o que são "boas entradas"? A explicação mais lógica estará eventualmente relacionada com a "entrada" num novo ano, mas só se entra uma vez, porquê então o plural? E porque não (já ignorando o problema relativo à pluralidade da frase) desejar antes "boas saídas" (referentes ao ano anterior, é claro)? Então e que tal manter a coisa simples e desejar antes uma "boa passagem de ano", ou eventualmente um "bom início de ano"? Penso que esta história de "entradas" é mais uma à boa maneira do português que tem a mania de elaborar e complicar as coisas. Então é correcto e habitual desejar um bom Natal, um bom Carnaval ou uma boa Páscoa, mas já dizer "Passagem de Ano" é tabu! Se o Papa Gregório XIII soubesse que passados quase 500 anos da promulgação do calendário ao qual deu nome, existe esta paranóia em torno do último/primeiro dia do ano, até se passava! Toca mas é a manter as coisas simples, por isso aqui fica o meu profundo desejo, a todos os que lerem esta mensagem, de uma excelente passagem de ano!

Ena Pah! Tantos Presidentes!

Finalmente foi realizado o sorteio da ordem da lista dos candidatos presidenciais, nos boletins de voto. Já estava a ficar preocupado! Já agora e para quem não sabe, são 13. Então e não é que 7 dos candidatos já foram notificados para resolver problemas relacionados com a candidatura? Nomes sonantes como Diamantino Silva, Josué Pedro, Teresa Lameiro, Manuela Magno, Carmelinda Pereira (na imagem a "acartar" com as assinaturas insuficientes), Luis Guerra e Luis Ribeiro, esses grandes vultos do panorama político nacional! Tendo em conta que a sorte está do lado deles, uma vez que a Cavaco Silva, Francisco Louçã e Mário Soares, por exemplo, couberam respectivamente os 8º, 10º e último lugar, o mínimo que os outros "cromos" podiam ter feito era recolher devidamente as assinaturas necessárias, em vez de andarem por aí a choramingar e a fazer greve de fome por não os convidarem para debates televisivos! O Diamantino e o Josué então, muito me espantam! Então com os dois primeiros lugares do pódio, e "agranelam-se" todos na burocracia! Isso é a mesma coisa que perder o jogo por falta de comparência! Já agora, e dado o carácter desportivo inerente a esta história de "concurso" ou "sorteio", como queiram chamar, não percebo o drama em volta de umas apostazitas no BetAndWin.com relativamente ao candidato vencedor! Então eles podem jogar mas nós não podemos fazer apostas! 'Tá mal!!!

Viver...

Por vezes esquecemo-nos de que viver é bom. Nessas alturas a vida tende a passar por nós rapidamente e não nos apercebemos das coisas importantes que nos vão acontecendo. Mas também temos alguns momentos de lucidez em que nos conseguimos sentir vivos apenas com o calor do sol a bater no rosto quando nasce... com o vento frio que nos faz arrepiar numa manhã fria e clara... a água tépida a percorrer o nosso corpo num banho relaxante... o toque de alguém de quem gostamos... os aromas que nos rodeiam de lugares, pessoas e até lembranças... Momentos que conseguem perdurar no tempo e na memória. O riso dos amigos tem uma forma estranha de ecoar no nosso pensamento e ficar gravado para sempre. Esta é uma altura tão boa como outra qualquer, para desejar nunca me esquecer de viver. Para desejar ter sempre presente o bom que é rir, chorar, ver, ouvir, saborear, lembrar, gostar, pensar, imaginar e voar em vez de caminhar pelos segundos que se transformam em minutos, horas e dias que teimam em passar. O meu desejo de Natal é que todas as pessoas de quem gosto se revejam neste pequeno texto e se lembrem, como eu lembrei, de viver da melhor forma possível.

Neve no Marquês

Isto está cada vez melhor. Foi dada ontem a notícia de que tinha sido cancelado o nevão no Marquês de Pombal, programado para as 18H00. A reportagem foi acompanhada do testemunho de dezenas de pessoas, muito tristes pela frustração do acontecimento. Nevão??? Marquês de Pombal??? Mas será que já ninguém trabalha na semana que antecede o Natal? Mas aquela gente toda não tem mais que fazer do que ir em plena hora de ponta para o centro de Lisboa, ver neve artificial a cair de um edifício? Se cair um gajo lá de cima enquanto "fabrica" a neve, ainda julgam que é o Pai Natal... E os senhores da câmara são uns maus. Só porque o banco responsável (não vou dizer o nome, mas começa por B, acaba em S e tem um E pelo meio) pelo evento se limitou a informar a Câmara em cima do acontecimento, sem dar nenhuma indicação do tipo de químicos que pensava utilizar, se estes afectavam ou não o meio ambiente, nem nenhuma garantia quanto à circulação automóvel, impediram a realização do mesmo. Maus! Mas pronto, lá ficou a promessa de que após resolvidos estes problemas, temos neve das 18h as 21h ou das 17h as 22h consoante se trate de dias úteis ou não. Oxalá não caia junto com a neve nenhum sobreiro. Ouvi dizer que há excesso em Portugal...

Natal na Estrada

Tenho andado a pensar e acho que descobri uma coisa importante em relação ao Natal. Tanto para os mais cristãos, como para os mais pagãos, existe uma forte relação desta quadra com o trânsito nas estradas portuguesas. Passo a explicar: o Pai Natal viaja de carro? Não. Usa um trenó puxado a renas como meio de transporte alternativo. Os Reis Magos foram ao encontro de Jesus de carro? Não. Preferiram a seca que é uma viagem de camelo, a um automóvel. Isto tudo, certamente por causa do trânsito! Eu pessoalmente e uma vez que não tirei férias, ando há quinze dias em pânico só de pensar nas filas que vou apanhar na sexta à noite (véspera da véspera de Natal), quando tal como milhares de portugueses farão, me fizer à estrada... A única diferença entre os elementos desta massa anónima cinzenta é que alguns irão fazer a estreia do ano em termos de condução (isto se o Ford Cortina que está lá na "garaje" ainda pegar). Lá está: acham que o Pai Natal se fazia ao céu com renas com mais de 30 anos? E os Reis Magos, na qualidade da realeza, tinham uns "charutos" duns camelos para ir a Belém? E uma vez em viagem acham que se iriam a ultrapassar constantemente? Os camelos cuspiam uns nos outros como quem faz sinais de luzes? Não me parece... Acho que temos muito a aprender nesta quadra natalícia, com estes exemplos que tão bem conhecemos. Por isso, umas Boas Festas e... uma boa viagem!

Uma Árvore é um Amigo...

Como estou aqui por perto e tenho de olhar para isto todos os dias, resolvi escrever qualquer coisa sobre o assunto: o Andaime Gigante de Natal da Praça do Comércio! Confesso que durante o ano passado até achei alguma piada à ideia, enquanto a "árvore" estava lá por longe, pelos lados de Belém, onde só a via se fosse lá de propósito (o que fiz com algum cuidado, durante a noite ou o chamado período de "lusco-fusco", e em alturas de pouca afluência). Este ano correu mal. O andaime está aqui ao lado, na Praça do Comércio. Mas até é porreiro, porque desta forma o acesso à baixa de Lisboa fica impraticável vindo de que parte for, causando filas até Entrecampos ou mais longe, por causa dos àvidos observadores desta estrutura metálica. Também existe outro factor porreiro que é o facto de praticamente não existir estacionamento nesta zona e os poucos que existem serem todos pagos e insuficientes. Assim o "Tuga" pode observar a obra de uma forma especial: circula com o carro várias vezes em torno da Praça do Comércio, à velocidade de 10 Kms/H, para poder ver bem... É fixe! O outro pormenor interessante é que durante o dia também alegra bastante ver um monte de metal ("lights off...") com 72 m de altura e 180 toneladas de peso! Há que dar os parabéns a quem pensa nestas coisas, porque realmente é de louvar este tipo de iniciativa...

Blogmania

Pois foi... aderi à "blogmania"... Acho que tenho tanto direito como o próximo em descarregar as minhas "nóias" em qualquer lado, de forma a não incomodar ninguém. Sim, porque toda a gente tem "nóias" e momentos em que é preciso tratar bem delas! E eu sou uma pessoa que trata bem das minhas. Por isso aqui fica... Assim, quando um gajo que nem devia ter carta quase fizer com que eu tenha um acidente, ou quando um outro me passe à frente numa fila qualquer, ou qualquer outro tipo de "chicoespertice" teime em me acontecer, já sei que tenho sempre o conforto de chegar a casa e (caso a Internet assim o permita) descarregar neste grande vazio cheio de coisas interessantes, que é a Web. Como hoje é um dia atreito a "nóias", uma vez que da minha respeitável condição de militar resulta ficar alguns dias pela unidade durante as 24 horas, achei que era apropriado estrear-me nestas andanças.