quinta-feira, junho 10, 2021

Rumo a Norte - Dia 1

Depois de uma longa temporada sem fazer viagens de duração superior a um ou dois dias, surgiu meio de repente a oportunidade de, com amigos, poder matar saudades de um mototurismo um bocadinho mais a sério e tirar a barriga de misérias. Em pouco mais de um par de dias se conversou, pensou e planificou, e definiu um excelente passeio para 4 dias, aproveitando um dos feriados de junho. A ideia era percorrer a zona mais a norte do país. Os mapas foram traçados, os alojamentos foram reservados e nem a previsão do mau tempo nos assustou.

Primeiro dia:

O plano era sair bem cedinho de casa e ir ao encontro do Diogo e Cátia, os meus amigos leirienses, numa estação de serviço já em Pombal. O caminho até aí seria feito por AE sem grandes floreados, porque de Pombal em diante é que começaria a diversão. E assim foi. O reencontro com abraços sem receios covidianos, o abastecer das motas e um cafezinho, seriam suficientes para apreciar os quilómetros que se seguiriam.


Nesta fase, zonas já bem conhecidas de todos serviram para tirar as "galinhas" dos pneus, passando pela Pampilhosa... Oleiros... Orvalho... e a paragem da praxe nos grelhados do Paúl para matar a fome. Depois de um joelho de porco mais saboroso que aquilo que esperava, debaixo de um calor que nos confortava quanto às previsões meteorológicas mais negativas, era tempo de seguir rumo à serra.

Por muito pequeno que seja Portugal, a probabilidade de encontrar várias vezes um companheiro de estrada, de cada vez que resolvemos subir a Estrela, será necessariamente baixa. No entanto, mais uma vez, aconteceu. Uma breve paragem em Loriga para ver os veraneantes na praia fluvial, e eis senão quando o Hugo aparece e pára junto a nós.

Rimos muito do insólito da situação que já se repete por várias vezes (no meu passeio anterior encontrei-o em Alvoco da Serra), trocámos uns dedos de conversa, e já que estávamos todos ali, decidimos subir à Torre na companhia uns dos outros.

Conversa para cá e conversa para lá, era tempo de seguir que ainda tínhamos alguns quilómetros pela frente até Trancoso. Despedimo-nos do Hugo e seguimos o nosso caminho. O tempo teimava em deixar-nos na dúvida se iríamos apanhar as malfadadas trovoadas anunciadas para os 4 dias ou não, mas fizemos sempre questão de ignorar o mau augúrio (tanto que nem fomos equipados para chuva) e lá seguimos em direção a Celorico da Beira, para logo depois chegar ao destino final do nosso dia: Trancoso. Ficaríamos no Hotel Turismo de Trancoso, que parecia aberto ao funcionamento só para nós, muito bem localizado próximo da zona antiga. Depois da banhoca da praxe fomos a pé até à zona do castelo/muralhas, e começámos por saborear uns filetes de polvo, no restaurante São Marcos, servidos pelo empregado de mesa com menos imaginação e mais monosilábico de sempre.


Felizmente os filetes souberam bem melhor que a interação com o empregado e saímos dali satisfeitos o suficiente para dar uma volta pelo castelo, ver a vista espetacular e ainda beber um licor beirão abaladiço numa esplanada estrategicamente colocada em terra de ninguém, antes do regresso ao quarto de hotel.

Era tempo de descansar, já que o dia tinha sido longo (em duração e em distância percorrida). A expectativa do percurso do dia seguinte era animadora, e se o tempo não nos tinha deixado ficar mal, não seria agora que nos ia falhar...

1 comentário:

mãe disse...

Que maravilha e que sorte que tiveram com o tempo.
Beijinho
mãe