sexta-feira, junho 11, 2021

Rumo a Norte - Dia 2

Segundo dia:

A saída de Trancoso fez-se bem cedinho. Tivemos de sobreviver ao mercado que estava montado mesmo à porta do hotel e que criou um reboliço em toda a envolvente que contrastava com a pasmaceira da noite anterior. Antes de nos fazermos à estrada, ainda deu para fazer umas ruas em sentido contrário à procura de um qualquer bazar chinês para comprar carregadores de telemóveis que ficaram esquecidos em casa...

A primeira paragem foi junto ao Castelo de Marialva. Resolvemos perder-nos nos arredores da muralha e acabámos por descobrir um café acolhedor onde, inspirados numa conversa da noite anterior sobre bebidas que raramente bebemos, pedimos um cálice de porto. O dono do café disse que tinha algo melhor que isso e deu-nos a provar licor de uva local, que de facto nos soube bem melhor.

Paisagens e castelo vistos, licor de uva bebido, era tempo de aproveitar o tempo (bom) e seguir viagem. A Cátia trazia uma iguaria escondida que tinha comprado de madrugada em Trancoso, antes de sairmos, e que serviria de mote ao piquenique improvisado que fizemos no meio do nada antes da paragem seguinte: sardinhas de Trancoso (há que dar desconto à palavra "sardinhas", porque não tem nada a ver...)!


Não fiz o devido registo fotográfico do almoço, mas durante a parte da tarde, continuou o bom tempo, a boa paisagem e a boa estrada. Aliás, uma das melhores estradinhas que fizemos e que nos supreendeu a todos (enquanto fazíamos um "swing" de motas)!

Próximo de Vinhais o traçado continuava bom, mas piso podia ser um pouco melhor... Foi precisamente em Vinhais que parámos, mais uma vez com um calor do caraças, e nos refastelámos numa esplanada com vista que tinha um aspersor a mandar água para cima de nós... top!

Antes de chegarmos a Bragança, faltava apenas uma paragem: Montesinho. Mais uma terra perdida no meio do nada com um traça muito caraterística da região. Parámos para beber umas minis e comer o que restava das sardinhas de Trancoso.

O tempo continuava a dar-nos uma valente abébia, já que só ouvíamos falar em temporais e trovoadas e granizo, mas a nós ainda não nos tinha tocado nada disso. Mas volta e meia parecia ameaçador. Por esta altura, parecia-nos que se nos iria acabar a sorte, pelo que seguimos em direção a Bragança cientes da possibilidade de apanhar uma molha até lá. Felizmente não foi o caso, e fizemos o check-in no hotel Santa Apolónia ainda bem sequinhos! Banhoca tomada e desta feita tivemos de voltar a pegar nas motas para ir até ao centro histórico, onde iríamos jantar.

Neste dia, por algum motivo, não estava virado para o registo fotográfico das refeições, mas o que é certo é que comemos uma bela de uma posta no restaurante Poças, no centro histórico, acompanhada a um verde tinto (pelo menos por alguns de nós...) que nos soube pela vida. Houve até quem pedisse umas entradas com sotaque (uns tais de "cogumelos shitake", que deram que falar)...

Já de barriguinha cheia voltámos ao hotel para recarregar baterias para o dia seguinte, que desejávamos continuasse a correr tão bem ou melhor como tudo até ali.

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