Ontem fui convidado para uma festa de aniversário de uma criança, durante a qual como já tradicionalmente acontece, presentes são oferecidos. Até aqui tudo normal, mas nos últimos tempos e devido em parte ao facto de também ser pai fico extremamente solidário para com todos aqueles que, perante o frenesim da criança a as ofertas são direccionadas, tentam abrir/desembalar/montar as ditas oferendas. Existe na minha perspectiva uma corja no ramo dos fabricantes de brinquedos que passa os dias a imaginar formas de dificultar todo este processo para os pais e restantes familiares de crianças. Tal normalmente acontece através da adição de arames, tirantes de plástico, parafusos com diferentes dimensões e tipos de cabeça (estrela, fendas, sextavadas interiores, etc.). Qualquer pessoa, mesmo que não tenha filhos, consegue imaginar o qual difícil é desembalar um brinquedo e desapertar um conjunto de 12 parafusos para os quais um conjunto de ferramentas profissional é necessário, enquanto a criança visada salta e grita em cima de nós em modo crescendo. É mais ou menos equivalente a um sniper ter 30 segundos para fazer um tiro de 2 kms com alta precisão, pendurado de um avião numa corda elástica durante uma tempestade tropical. Aos senhores fabricantes de brinquedos, e em particular ao departamento responsável por este tipo de processo de embalagem em máxima segurança, gostaria de vos desejar tudo o que de mau vos possa acontecer. E se possível que vos espetem agulhas debaixo das unhas, todos os dias, quando chegarem ao trabalho.
2 comentários:
Eu embirro particularmente com os arames plastificados torcidos 352 vezes cada.
Falta referir ainda aqueles brinquedos que funcionam a pilhas (não incluídas) que já não se usam há duas décadas (tipo D R20) e que sem estas têm a utilidade de uma viola num enterro.
Abraço
PO
po: pior são aqueles que vêm com pilhas incluídas... sem carga e babadas de ácido!
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