quarta-feira, julho 22, 2009
Artigos de Quem Opina
Acabei de ler de uma assentada só o último livro quase romance de Miguel Sousa Tavares. Não é segredo que sou admirador daquilo que escreve, e confesso que uma vez mais não me deixou ficar mal com este último trabalho que andou a cirandar durante largos meses num portátil roubado e recuperado no mercado negro por 500 euros (imagino que para o autor tenha sido um preço baixo a pagar para obter de volta aquilo que ainda assim era seu de direito). Na sequência desta leitura e de algumas pesquisas na net deparei-me com o facto de eu ser possivelmente o único admirador que o homem tem enquanto escritor, comentador e algumas outras coisas que fez e faz na vida. Apesar de não estar obviamente de acordo nem assinar em baixo tudo aquilo que é dito ou escrito pelo MST consigo ainda assim admirar o seu trabalho (e a sua personalidade) e concordar com, ou pelo menos entender, a maioria dos seus comentários. O que não consigo entender são os comentários sobre a sua pessoa que existem na blogosfera, na resposta e comentário a artigos de opinião ou em redes sociais. Desde o “vai mas é para o Brasil e não voltes” até ao “o MST cheira mal”, deparei-me com uma saraivada de infantilidades e desconsiderações por alguém que se limita a fazer o seu trabalho (goste-se dele ou não). O facto de, por exemplo, o MST não gostar de blogues e redes sociais, e eu ser um blogger, deverá fazer com que odeie esta pessoa? Não me parece. Da mesma forma como, não tendo eu grande paciência para as redes (de exclusão) sociais, não condeno nem apelido de nada alguém que delas faça parte. Uma questão para reflectir: se o MST enquanto comentador fosse mais “politicamente correcto” nas opiniões que exprime, seria assim tão mais interessante ouvi-lo ou lê-lo?
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