quarta-feira, agosto 05, 2009

No Rasto do Rastro...

Li hoje num outro blog algumas críticas relativas a um dos livros que li durante as minhas férias. Efectivamente devo dizer que criei uma relação estranha com a publicação em questão. A melhor forma de a classificar é como uma relação de amor-ódio. Se por um lado o "sumo" do romance em causa é interessante e cativa o suficiente para nos fazer continuar a ler, por outro são muitas as vezes em que dá vontade de desistir. O carácter demasiado descritivo, introspectivo e até filosófico é duro de roer, assim como o facto de estar escrito em português do Brasil. Em resultado de todos estes ingredientes, confesso que foi até hoje o livro que me custou mais a ler, o que me deixa dúvidas se sou um ignorante da pior espécie em termos literários ou se o livro é mesmo complexo e demasiado elaborado por natureza. Gostei no entanto do enquadramento histórico que é feito referente ao conflito que teve lugar no séc. XIX entre o Brasil (ao lado do Uruguai e da Argentina) e o Paraguai, bem como de alguns aspectos da natureza humana que são bem retratados no percurso das personagens. Estranho de qualquer forma que esta publicação tenha ganho o prémio Leya, já que para além das características mencionadas, aparentemente a investigação que está por trás poderá não ter produzido os resultados mais fidedignos. Enfim, como se pode constatar por este meu post, não sei se recomende o livro, se alerte para que todos fujam dele... mas acho que no final de contas fiquei satisfeito por não ter desistido e ter chegado ao fim.

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