sexta-feira, fevereiro 18, 2011
Um Remador A+
Uma das coisas que é inevitável quando estamos inseridos no mundo profissional, é sermos avaliados por quem nos rodeia. Seja uma avaliação feita de forma construtiva/destrutiva, formal/informal, pela parte da chefia ou de colegas, inevitavelmente acaba por acontecer. Muitas vezes sentimo-nos justamente recompensados ou... completamente desconsiderados. Muitas vezes simplesmente sofremos com as injustiças que vemos à nossa volta. Queria hoje fazer referência, não a mim, mas a alguém que costuma estar por perto e a quem não foi dado o devido valor. Queria fazer referência a quem merece reverência, quer por ser honesto, justo, amigo e sobretudo no contexto que se apresenta, um excelente profissional. Queria fazer referência a quem me ensinou muito e fez de mim uma pessoa melhor a vários níveis... a pessoa que sou hoje. É por isso que, para além de dizer que uma avaliação fraca para este colega e amigo é claramente um disparate, como os americanos costumam dizer, "by my book", o mínimo seria um A+! De certeza que no futuro verei este engano ser corrigido, porque nada mais pode ser que isso... um engano. E espero sinceramente que perante (mais uma) adversidade, este remador consiga superar as correntes contrárias e leve a bom porto a sua embarcação. No que depender de mim, estarei a remar a seu lado até ao fim.
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6 comentários:
É sempre complicado injustiças...seja a titulo pessoal seja profissional... ainda mais com quem nos é próximo...
...aprendi olhar ao espelho e perguntar-me a mim mesma se fiz o meu melhor e se cumpri os meus objectivos. Não consigo mentir a mim mesma e sou sem dúvida a avaliadora mais exigente que conheço. Vivo de acordo com essa avaliação - o que os outros dizem ou é construtivo, ou não interessa.
Quando ao profissional, quando o teu novo chefe te diz que não pode colocar os valores que quer na tua avaliação porque são demasiado altos para os valores da direcção, percebes que na realidade estão-se nas tintas para o teu trabalho.
Também sofres com isso no privado? Pensei que fosse só um estigma da função pública...
Isto abre caminho a filosofias de vida perigosas, se somos bons e fazemos o que nos pedem (e quiçá um pouco mais) e depois não vimos esse esforço reconhecido, mais vale encostar as botas e trabalhar de acordo com as notas da 'direcção' como disse a Sunshine...mas depois ai arriscamo-nos estagnar, a parar com a nossa evolução profissional de tal forma...que só teremos chances de vingar como...chefe!
Desde que entrei que oiço esta "desculpa"
Às vezes acho que devo de trabalhar de acordo com isso mas ainda não aprendi essa licção...
Felizmente ou Infelizmente a minha avaliadora exigente não me permite trabalhar de acordo com as notas e valores da "direcção", para conseguir olhar-me ao espelho, tenho de dar o meu melhor.
Até agora apenas consegui aprender a não deixar as exigências profissionais interferirem com as pessoais. E quando chega aquela hora de saida, o trabalho fica no trabalho.
Recentemente o meu chefe veio com uma conversa que comecou com "este projecto tem muita visibilidade... blah blah blah"... a minha resposta foi "se não tem cenoura palpável, é um projecto igual aos outros." - a sorte dele é que eu dou o meu melhor... dentro da hora de expediente claro!
À minha volta tantos encostam as botas, um dia hei-de cansar de remar sozinha e devo de encostar as minhas botas também... hoje não é esse dia.
Avaliações... aos anos que as tenho e aos anos que vejo a inutilidade das mesmas. Aliás é nestas alturas de crise, em que pedem um esforço extra e cortam algumas das coisas que temos como adquiridas, que vês que o que fazes realmente só interessa se for facturável e lucrativo ao bolso de alguém. E assim se vive só a pensar nas obrigações que se tem para com outros seres humanos que realmente nos dão valor (os nossos pequenos rebentos).
E quando me vem uma forte vontade de trabalhar, sento-me a um canto e espero que passe...
Se o trabalho é estimulante e dá saúde, que trabalhem os doentes!!!
E depois há sempre a justificação das cotas - atenção que eu escrevi "das" e não "dos" até porque esses estão no desemprego(ah! ah! ah!).
Pai do Marco
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