quarta-feira, março 04, 2009

Publicidade - Parte II

Na sequência deste post, a Susy teve a bondade de partilhar comigo mais uma pérola do marketing. Ainda dentro do âmbito da saúde, há que ser precavido em relação ao futuro. Assim sendo, para acautelar qualquer imprevisto como cancro, um AVC ou a necessidade de um transplante, toca mas é a fazer um seguro de 7,3 euros por mês (o pormenor dos ",3" é já por si interessante). Este anúncio foi para mim particularmente reconfortante, porque se há coisa que me preocupa no caso de ter cancro, um AVC, precisar de um transplante ou ter uma qualquer doença incurável, é ter em vida um seguro de saúde com este tipo de cobertura (até porque sendo qualquer destas doenças de fácil cura, as seguradoras são bem conhecidas pela sua capacidade de subitamente cancelarem seguros quando os segurados são afectados por um problema realmente grave). Ou seja, se tiver que morrer pelo menos vou dando o meu dinheiro ainda em vida a uma seguradora, para que não seja tudo papado pelas finanças ou por um cônjuge maléfico! Tenho de ver se existe algum seguro de saúde para o caso de eu ficar em coma, ou até mesmo um vegetal. Sim, porque se vou passar o resto da minha vida deitado a mijar-me e borrar-me todo, ao menos que tenha lençóis limpos para ir substituindo (mesmo que isso para mim seja absolutamente indiferente). Agora a sério: a sugestão desta acção de marketing é algo assustadora. Já imagino o anúncio televisivo tipo Melga-Mike: "Amigo, tens cancro, sida ou uma malina semelhante? Faz um seguro de saúde, já, aqui, num instante!" (repararam na rima?). Alguém que nos salve do claro e óbvio destino traçado para toda a humanidade...

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