Durante este fim de semana li alguns artigos de opinião e assisti a acontecimentos na televisão, que de alguma forma levantaram a questão que ultimamente, consciente ou inconscientemente, nos afecta a todos: a confiança. Desde o pormenor mais insignificante como um concurso de blogs em que um leitor questiona a idoneidade de Nuno Markl como júri, quando o seu próprio blog ficou num dos primeiros lugares, à intrigante intervenção da polícia numa mega operação intitulada "Noite Branca", que mais pareceu uma acção de propaganda a contrariar os que se queixam de que nada se faz quanto ao problema das guerras de gangs de seguranças da noite portuense. O que é um facto é que, de uma forma ou outra, temos de admitir que nesta altura do campeonato somos o povo mais desconfiado do mundo. Transpiramos pelos poros teorias da conspiração. Falando por mim, confesso que hoje em dia acredito em muito pouca coisa (felizmente acredito bastante em mim próprio e julgo que é isso que me permite sobreviver). Hoje em dia, se saímos à rua e alguém que não conhecemos nos dá o bom dia, ficamos desconfiados e olhamos em volta pensando no que estará para acontecer. Se alguém nos cede a entrada num autocarro ou num elevador, suspeitamos das suas intenções. Estamos a ficar geneticamente treinados para caminhar na rua de olhar no chão, de forma a evitar o contacto visual com terceiros. Praticamos na acção mais insignificante, o debate mais acérrimo para levar uma opinião avante, mesmo que não seja a nossa. Utilizamos "gadgets" para comunicar, se possível por escrito, por imagens ou códigos, de forma a evitar constrangimentos ou emoções. Que se lixe isso tudo! Se tivermos de levar na cabeça uma quantas vezes para poder ser felizes noutras tantas, vale a pena! Se existem coisas que não conseguimos mudar, podemos sempre sentir-nos pessoas melhores ao tentar, ainda que seja só numa ou outra ocasião. A desconfiança é para nós, pelos motivos anteriormente descritos, inevitável. No entanto, não pode ser essa desconfiança a ditar quem somos. Alguém está comigo para contrariar esta tendência?
2 comentários:
Infelizmente assim é!!!
Todos andam desconfiados, seguem sempre em frente e muito poucos dizem BOM DIA!
Da segurança, ops... é paranóia (ou não)geral. Acaba-se por perder um pouco o sentido de partilhar dialogar... Não vai ser fácil mudar atitudes e desconfianças geradas por este ou aquele motivo.
Basta ver qualquer Telejornal e mais de metade do messmo é só desgraça... depois dá na paranóia geral ou global!
Caragus!!
Marco onde anda o people??
... há!!! nas prendas de Natal...
heheheh um abraço!
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