terça-feira, novembro 06, 2007

Filme de Acção

O assassino aproxima-se lentamente, enquanto retira debaixo da sua capa uma carabina. Apenas a pouco mais de 5 metros da carruagem onde circula o Rei, dispara um tiro certeiro que lhe atravessa o pescoço, partindo-lhe a coluna vertebral num estalido e provocando-lhe a morte imediata. Enquanto se gera o pandemónio, o assassino continua concentrado, disparando um segundo tiro, desta vez no ombro, que faz o Rei tombar sobre a Rainha, que o acompanha. Um rapaz fura a segurança e, elevando-se no estribo, dispara mais dois tiros de uma Browning, sobre o Rei já sem vida. A Rainha entra em pânico e agride violentamente o rapaz. O Príncipe levanta-se, mas antes de conseguir disparar o Colt, é também atingido por uma bala no externo, perfurando-lhe um pulmão. Mesmo ferido consegue ainda disparar quatro tiros sobre o rapaz, que depois de cair no chão é trespassado à espada e a tiro pela polícia. Entretanto o assassino continua a disparar, e uma vez mais de forma certeira atinge o príncipe na face com um tiro que lhe sai pela nuca, fazendo-o tombar sobre o infante. O infante é também trespassado por uma bala perdida, no braço. O cocheiro, mesmo ferido, faz seguir a toda a velocidade a carruagem alagada em sangue, enquanto a Rainha tenta acudir aos filhos já sem vida. Um oficial presente no local derruba com uma estocada o assassino, que antes de cair lhe consegue colocar uma bala na coxa.

Peço desculpa se cometi alguma incorrecção no relato que aqui fiz, pois confesso não ser o melhor conhecedor da nossa História. Mas foi com prazer que hoje assisti, aqui bem no local onde trabalho, a uma aposta forte nessa mesma História como base para o argumento de uma produção televisiva. Não sei ao certo em que âmbito ou para que canal está a ser feita esta gravação, mas a iniciativa só pode ser de louvar. Não sei também se será relatada com este tipo de detalhe. A situação concreta: o regicídio de D. Carlos, que seguia numa carruagem acompanhado por D. Amélia e D. Luis Filipe, no Terreiro do Paço. Os assassinos: Manuel Buíça e Alfredo Costa. O ano: 1908. Aguardo para ver.

2 comentários:

jomaolme disse...

É uma boa forma de se aprender história! Um filme toda a gente gosta de ver. A partir dele se retem algum conhecimento. Para quem não gosta de história, é uma boa maneira de aprender...

Beijokas

Mary Xu disse...

Deixa-me adivinhar... foi por isso que andaram a "plantar" árvores no meio da estrada na Praça do Comércio na semana passada?
Quando passei no autocarro na sexta-feira a tarde vi que lá estavam a filmar qualquer coisa.

Se for mesmo um filme, parece-me bem!