segunda-feira, junho 18, 2007

O Homem do Bosque

Graças a uns bilhete de borla, à borlix, daqueles mesmo grátis, ganhos pelo meu Pai, a noite de ontem, véspera de dia de trabalho, foi preenchida por uma sessão de cinema no velhinho King. Como hoje em dia vou poucas vezes a cinemas "não-franchisados" do género Lusomundo, sempre que o faço o filme tem um sabor diferente. Já para não falar que a possibilidade de ter um grupo de putos parvos à nossa frente a atirar pipocas e às gargalhadas é muito mais reduzida... Para além disso a "onda" da película de ontem era já um pouco alternativa, como tal a expectativa existia. Conhecia pouco mais do que o título da obra original de D.H. Lawrence, mas o resultado final desta adaptação foi muito bom. Uma história e uma realização diferentes do que estamos habituados, para nos lembrar que nem tudo tem de ser igual ou obedecer a critérios fixos para ser bom ou pelo menos despertar o interesse. "Lady Chatterley" são três horas de filme com ritmos completamente diferentes desde que começa até que acaba, onde os ingredientes principais são a paixão carnal e o erotismo, inseridos da sociedade dos anos 20. Segundo me foi dito também, o próprio livro esteve durante muitos anos proibido quando foi editado originalmente, o que claramente é daquele tipo de publicidade que não se paga (pelo menos na altura). Enfim, para quem tiver a mente aberta e estiver disposto a ver um "não-blockbuster" durante 3 horas sem intervalo, recomendo.

3 comentários:

jomaolme disse...

Pois eu já não vou ao cinema...já nem me lembro quando foi a última vez. Mas o filme parece interessante. Quem sabe??

Boa semana

Vida Envolvida disse...

Está registado Lady Charterley!

Obrigado pela dica, à muito que o meu marido me convida para ir ao cinema e eu recuso, por causa dos putos... desta vez sou eu que cravar a avó para ficar com os putos e vou convidar o meu marido!

Espero não adormecer ... lol !

Bjs

Susana P.

Dani disse...

Ora aí está uma proposta que me alicia verdadeiramente. Pelo tema, pela mais que óbvia ausência de gente na sala que não sabe muito bem o que lá foi fazer (talvez ver um filme seja uma coisa estranha para fazer num cinema, talvez...) e também porque cinema tem sido uma miragem, ultimamente. Quer no cinema, quer em casa! Ai,ai...