Mais um ano que passa e mais um caso entre muitos de uma criança que morre tragicamente às mãos da sua própria família directa. Sempre que estes casos são relatados a tristeza que sinto é duplamente agravada. Num sentido, pelo sentimento de impunidade que é transmitido e cuja responsabilidade é do próprio Estado. O caso da Sara (2 anos), de Monção, é um bom exemplo disso, quando os serviços da Comissão de Protecção a Crianças estavam alertados para o problema desde o início de Dezembro, e tinham agendado uma visita para verificar a "autenticidade" das acusações efectuadas pela educadora de infância, para o dia em que a criança acabou por falecer. Foi tarde demais para a Sara, que acabou por não resistir às múltiplas agressões que tinha no corpo e às hemorragias internas que sofreu na cabeça... A tristeza que sinto é agravada noutro sentido por me ser impossível imaginar um motivo que seja, para que uma mãe pratique agressões numa base diária, a uma criança sem a mínima hipótese de defesa. Alegadamente o pai não sabia de nada, o que a provar-se ser verdade é tão mau ou pior do que ele próprio praticar as agressões. Que merda de pai é que não se apercebe de uma coisa destas, que salta à vista de qualquer um? Apesar das actuais investigações e apresentação destes pais ao tribunal, estou psicologicamente preparado para assistir a mais um caso do tipo "Joana", em que a capacidade de "engonhanço" vai ser tal que estes monstros vão vencer tudo e todos pelo cansaço, ficando assim impunes por uma qualquer tecnicidade que um qualquer advogado lhes proponha. Note-se que a mãe já tinha dado uma versão inicial que envolvia uma "queda das escadas". São estas as pessoas "podres" que formam a grande maioria de uma sociedade "podre" num país "podre", que cada vez mais prova que devia ser "cuspido" da face da terra.
Em Portugal, a cada dois dias que passam, uma criança é vítima de maus tratos... Em Portugal, desde 2003 morreram 8 crianças vítimas de violência inflingida por familiares... Quantos dias mais, quantas mortes mais vão ser precisas para mudar algo?
5 comentários:
Não consigo ouvir ou ler tamanhas histórias, que fico logo nervosa, irritada...
É inconcebivel que uma mãe faça mal ao próprio filho... Como é que se deixa passar tanto tempo desde a acusação para ver a criança??! Provavelmente estavam demasiado ocupados a comer as rabanadas e filhoses...
Na minha opinião qd existisse uma suspeita, uma acusação, a criança era imediatamente retirado da familia...enquanto se averiguava o caso...nem consigo dizer mais nada q estou aqui entalada.
beijokas
Eu que sou mãe, fico revoltadissima com estes casos.
E faço a mesma pergunta do que tu, quantas Saras, quantas Joanas, quantos Iuris ... quantos mais terão que padecer até à morte?? Quantos ?? Castiguem esses podres,esses animais(que nem mesmo os irracionais tratam assim as suas crias), castiguem-nos cruelmente e em praça publica.
Marco, votos de um excelente 2007.
Bjs
Susana P.
O caso da Sara tambem me chcou profundamente. Tenho um menino da mesma idade e não consigo perceber como uma mãe é capaz de tal acto de selvajaria e, fala para a televisão como se estivesse a contar que a menina tinha ido brincar com uma amiga....
Um bom ano de 2007
Eu também sou mãe e daria a minha vida pelo meu filho, pergunto que mães são estas?
Mas também pergunto para que servem as instituições neste país?
É o que temos e será o que merecemos
Beijinhos
Não consigo entender, nem sequer imaginar como é que alguém consegue magoar uma criança, muito menos uma mãe.
Eu, quando olho para uma criança, esqueço-me de todos os problemas ou preocupações que possa ter. As crianças são a maior fonte de energia e alegria que existe.
E o nosso governo nem delas sabe cuidar. Permite que estas coisas horriveis aconteçam, dificultando todos os processos com burocracia.
Mas é por estas e por outras que às vezes prefiro andar na ignorancia e não ver as noticias...
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