quinta-feira, abril 20, 2006

Lei da Paridade

Foi hoje a votos na assembleia da república a chamada "lei da paridade". Esta lei diz respeito à inclusão de um terço de mulheres elegíveis nas listas para eleições legislativas, autárquicas e europeias e constituía um diploma que requeria uma maioria qualificada no sentido de ser aprovado. Aqui entra a parte hilariante da situação. Pois é, meus amigos. Parece que desde a vergonha do episódio "assembleia às moscas", agora o pessoal decidiu todo participar! Era vê-los todos contentes e alegres, nas bancadas cheias como o terceiro anel de um estádio num jogo de fim de semana, com o cartãozito na mão, prontos a votar! O problema é que, para uma série destes deputados ávidos de acção, o cartão não funcionou. Provavelmente já não o utilizavam há muito tempo e expirou a validade, ou então alguns nem sequer o teriam estreado... Enfim, lá foi mais uma cena típica que resultou, entre o granel da votação inicial, com as manifestações de opiniões vindas de todas as bancadas, mais a nova votação (que não foi uma nova votação, mas sim um "registo de opinião", pois isso abriria um precedente muito perigoso para a democracia), lá foram mais de duas horas para resolver o embróglio. No meio disto tudo, há que fazer sobressair o aspecto: duas horas pagas por nós. Assim, deixo aqui o meu elogio à forma como são conduzidos os trabalhos na assembleia, bem como ao "talant de rien faire" que tão bem caracteriza quem dela faz parte. Um bem haja a todos vós, cambada de energúmenos.

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