Hoje enquanto almoçava com um amigo, e divagava (como gosto tanto de fazer) por questões mais filosóficas, apercebi-me da importância que a conversa e o debate de ideias tem para a evolução do raciocínio do próprio. Apercebi-me de como se evolui muito mais a conversar sobre os temas do que simplesmente dedicando tempo à reflexão sobre os mesmos. Não digo que a reflexão não seja importante, mas o debate dá frutos muito mais rapidamente. Talvez seja pela introdução de outras perspetivas e ideias na nossa linha de raciocínio, que naturalmente não teríamos numa reflexão isolada. Talvez, não. De certeza que é isso mesmo. Enfim, acho que as duas coisas (reflexão e debate) servem fins que também podem ser considerados diferentes, e por isso mesmo são ambas necessárias. Calculo que quem leia este texto não perceba nada, mas para mim, a sua escrita sortiu o efeito necessário e desejado.
2 comentários:
É por isso que em Humanidades existem as cadeiras de Oratória e Dialéctica. Para que os filósofos não se fiquem pela mera reflexão. O expoente máximo da utilização desssas artes é levado à prática nos aerópagos políticos que têm por nome Senados ou Parlamentos... Nos seminários também são artes exercitadas pelos futuros sacerdotes. São ferramentas extremamente úteis para quem (em linguagem popular) queira dar a volta aos outros procurando levar a água ao seu moínho... Mas, mais a sério também diz o povo, na sua eterna sabedoria, que "é da discussão que nasce a luz" e Deus disse: "fiat lux"...
Beijinhos
Pai
pai: a perspetiva que dita que a oratória e dialética serve apenas para "saber levar a água ao seu moínho" é negativista e redutora; a perspetiva mais correta é a de que do diálogo surge progresso e avanço, e para tal é preciso saber dialogar, como referiste no comentário sobre a sabedoria popular; qualquer uma das opiniões pressupõe no entanto que o raciocínio por trás existe e funciona!
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