sexta-feira, novembro 02, 2012

(Des)governo

Não sou fumador frequente, por isso o tema que hoje aqui me traz é tão bom para explanar a minha teoria como outro qualquer. Assim sendo, aqui vai: a mais recente revisão fiscal sobre o tabaco é um exemplo escarrado da atitude do (des)governo perante os próprios incentivos à economia. O tabaco tradicional estava já mais caro desde algum tempo, devido à subida significativa do imposto sobre o mesmo. Era excepção a esta regra o tabaco de enrolar, que continuava com um preço significativamente mais barato. Em resultado deste diferencial, no espaço de um ano ocorreu um aumento também significativo na venda do tabaco de enrolar, em oposição a uma queda na venda do dito tabaco tradicional. Consequência lógica do nosso (des)governo: vamos taxar mais o tabaco de enrolar. Coloca-se assim no mesmo patamar fiscal dois produtos substancialmente diferentes, só porque se antevê que possam vir a vender (e render) na mesma medida. O mesmo aconteceu já com os motociclos, em termos de imposto único de circulação: de forma a fomentar a circulação de veículos de duas rodas em detrimento de veículos automóveis, e com o intuito também de diminuir o consumo de combustível e a consequente poluição, há pouco tempo atrás foi fomentado um "boom" na venda de motociclos de 125cc. Estes veículos, relativamente baratos e bastante económicos eram ainda beneficiados pelo facto de não pagarem o referido IUC, o que esteve na origem de vendas massivas dos mesmos. Neste momento, e considerando o número elevado de pessoas que já circulam em cidade com estes veículos, está na altura de começar a fazer "render o peixe". Toca então a aplicar um escalão de IUC aos mesmos, e já que estamos aqui, porque não regulamentar também as inspecções periódicas para todos os motociclos? Como estes muito mais exemplos me ocorrem, como o IMI das habitações, etc. Para mim, no entanto, o melhor é o de que se este (des)governo fosse o chulo de meia dúzia de putas e se os clientes pagassem mais bicos por 10 euros do que fodas por 30, punha-se tudo a 50 e ainda se obrigava o cliente a levar no cú quando terminasse...

2 comentários:

carekaPT disse...

Ahahahahaha....analogia do best!

Haja juizo...

Marco disse...

careka: exactamente... (anal)ogia do (des)governo...