quinta-feira, junho 07, 2018

A Minha Primeira Experiência em Offroad!

Depois de uma tentativa falhada aqui há uns meses atrás, no sentido de ter uma primeira experiência com motas de enduro/offroad, consegui finalmente encontrar uma alternativa adequada. Não existe grande oferta em Portugal (na realidade acho que existem apenas duas escolas), pelo que era a minha última oportunidade. Por isso foi com entusiasmo que recebi a confirmação de uma data na qual poderia levar a cabo essa mesma experiência, mesmo implicando ter de me levantar bem cedinho para fazer 150 kms até Santiago do Cacém.

Chegado à Quinta de São João, em Escatelares, fiquei logo entusiasmado e tive a certeza que iria passar um dia bem passado. A quinta é magnífica, e as casas antigas brasonadas espalhadas pelo meio da natureza acolhem-nos de imediato como que dando as boas vindas. Como era cedo, parei à porta do Offroad Camp da Yamaha (ORCY) e pude observar toda aquela envolvente, enquanto aguardava a abertura das portas.


Mesmo em frente à escola fica a pista onde passaria grande parte do dia, a aprender, treinar novas técnicas e a evoluir neste estilo de condução, sempre a curtir imenso!


Passados poucos minutos fui recebido com um sorriso acolhedor, pelo Pedro Barradas, antigo piloto e responsável pelo Offroad Camp. Curiosamente, sobrinho do Nuno Barradas da escola de condução da Honda, onde fiz o curso de condução defensiva há uns anos. De imediato fez-me uma visita guiada pela escola, mostrando a área onde guarda e faz manutenção às motas, passando por alguns alojamentos que utiliza para os curso de duração mais prolongada e estágios de verão.


Tudo tem um aspeto rigorosamente impecável. Desde as motas e estado em que se encontram, até às instalações (apesar de ainda estar em obras de expansão que vão ajudar a criar um lugar ainda mais espetacular para a prática da modalidade).

Chegaram os restantes (2) companheiros, já que outros (2) desistiram, e o pequeno mas coeso grupo ficou formado. Pessoal cinco estrelas, sendo que o mais "crescido" tinha uma postura calma e estava ali claramente para aprender, já tendo participado em cursos anteriores mas não tendo qualquer outra experiência de mota. O mais jovem (14 aninhos apenas) já era "batido" em offroad, e ajudaria a tornar o meu dia mais "interessante" (e eu o dele). Rapidamente nos equipámos e dirigimos à pista para começar o treino.


Depois de umas horas a aprender e a curtir, a barriga já começava a dar horas. Como tal dirigimo-nos de novo à escola onde estacionámos as motas e descontraímos um bocado antes de almoçar.


É fácil descontrair por ali... a vida no campo assim o permite. Até os cães são relaxados!


A namorada do Pedro (infelizmente não me recordo do nome, mas também corre de mota, tendo sido vice-campeã nacional em 2017!) já tinha a mesa posta para o nosso almoço. Esperava-nos uma tábua de queijos e pão alentejano entre outros, como entrada para uma travessa de lasanha deliciosa.


Terminámos o reabastecimento energético com uma cheesecake igualmente saborosa, e depois do café rapidamente nos levantámos cheios de vontade de pegar nas motas de novo!


Após o almoço fizemos o primeiro passeio do dia, pela quinta e zona circundante, onde tivemos o nosso primeiro contacto com alguns obstáculos e pisos interessantes que nos animaram para o resto da tarde. Regressados à pista, começamos a aplicar as técnicas aprendidas durante o período da manhã, a fazer melhorias de tempos e a começar algumas "picardias" saudáveis. O jovem do grupo era claramente o melhor e com mais experiência, mas ainda assim consegui ter alguns momentos divertidos com ele, que ajudaram a tornar tudo mais interessante. Algumas "quase quedas" eminentes mas felizmente fui o único a não sentir o chão durante o dia (o que não é habitual neste tipo de desporto...).


No final da tarde, novo passeio desta vez mais alargado, com muita emoção graças a valas, zonas de areia, subidas e descidas que mais pareciam paredes, zonas em que praticamente ficávamos submersos no mato, pedra, terra solta, terra barrenta e até alguns ribeiros... é sem dúvida um local fenomenal para a prática da modalidade e para aprender imenso, com muita diversão à mistura.

Assim terminou o dia. Voltámos à escola para lanchar, e de seguida, mais uma empreitada de 150 kms para o regresso a casa. Foi um dia bem passado. Ainda que sendo uma brincadeira "cara", é sem dúvida algo que gostaria de repetir no futuro. Até porque uma alma lavada não tem preço!

1 comentário:

mãe disse...

Fico feliz por ti, meu filho. Estando sempre a repetir-me. E exactamente como dizes uma alma lavada não tem preço. TU MERECES E PRECISAS.
Aproveita filho, enquanto é tempo.
E eu vou aproveitando através de ti.
Beijinhos da mãe