sábado, novembro 16, 2013

Eu Quero Slow (and real) Food!

Faz mais ou menos um ano que atingi o auge... da minha mais baixa forma física de sempre. Lembro-me de fazer um passeio de cerca de 20 kms de bicicleta, durante o qual, mais ou menos a meio, senti estar esgotado fisicamente, e que acabou com um amigo a empurrar-me numa estrada com pouco mais que uma ligeira inclinação. Tomei uma decisão na altura e fiz algo em relação a isso. Passado um ano, carrego cerca de 10 kgs a menos comigo, corro, pedalo (no último mês fiz passeios de bicicleta de 60, 90 e 100 kms) e sinto-me fisicamente bem, como não me sentia há bastante tempo. Resolvida parte do problema (a do exercício físico, praticado agora com regularidade) a outra parte persiste e deparo-me com ela todos os dias. A alimentação. Ultimamente tenho feito um esforço bastante consciente por melhorar a minha alimentação. O problema é que quanto mais me preocupo com este aspecto, mais óbvios se tornam os obstáculos a quem, como eu, queira comer bem no seu dia-a-dia. Por comer bem, entenda-se comer adequadamente (e não muito). Qualquer centro comercial está recheado de restaurantes, onde se pode comer praticamente tudo... menos comida a sério. Pelo menos, que seja decente. Se pensarmos muito rapidamente nos locais que conhecemos, visualizamos McDonalds, Pizza Huts, H3, Woks, etc. Mesmo os supostos saudáveis (Vitaminas, Go Naturals, Capri, etc.) pouco mais oferecem que pratos recheados de carbohidratos com molho para disfarçar a falta de sabor do que vendem. Se pensarmos em cafés ou quiosques onde tomar um simples pequeno almoço, visualizamos folhados, salgados, bolos, doces, etc. Quando nos tentamos afastar dos centros comerciais, frequentamos habitualmente cozinhas temáticas, como restaurantes chineses, pizzarias, mexicanos, rodízios, etc. Certamente que qualquer pessoa que leia este texto se revê facilmente neste ciclo vicioso de facilitismo e frequência de locais que deveriam ser a excepção, e não a regra, da alimentação diária de qualquer pessoa. Obviamente que também conhecemos alguns (ainda que poucos) locais onde se pode comer realmente bem. A dificuldade? Conseguir aceder nessa mesma perspectiva diária e quotidiana a um local que ofereça outro tipo de alimentação. Um local que ofereça alimentação tradicional e saudável, com ingredientes que o nosso organismo conhece geneticamente e sabe processar, e que basicamente são o motivo pelo qual as gerações que nos antecederam não padeceram do mal da obesidade e doenças congéneres. Estou farto desta dificuldade. Não tenho mais paciência para comidas rápidas. Quando como, quero fazê-lo com calma. Comer é importante. Já diziam os antigos que saco vazio não se segura de pé. Pegando nesse velho ditado, digo que também não é enchendo o saco com bolinhas de esferovite que ele se vai segurar. Para mim, pode ser um pratinho de slow (and real) food, faxavor! Procura-se desesperadamente... num local perto de mim!

4 comentários:

ACCM disse...

Já conheces?
Empadaria do Chef‬
‪CC Colombo, CC Campo Pequeno, Amoreiras Plaza, Madeira Shopping, Arrábida Shopping e Armazéns do Chiado‬
‪Agora também pode encontrar José Avillez no Shopping. O conhecido chef português idealizou um novo conceito de restaurante que não descura a qualidade e apresentação gourmet, oferecendo uma alternativa à tradicional fast food. Apaixonado por empadas, José Avillez apresenta n'A Empadaria do Chef refeições dentro de uma empada. Vários tipos de massa, diversos formatos, tradicionais ou contemporâneas aqui pode escolher empadas de legumes e requeijão ou cozido à portuguesa, passando por uma variedade de opções. A Empadaria do Chef é um conceito irmão de um dos primeiros restaurantes fast food gourmet a surgirem no país: o H3.‬

Pode ser que ajude...
Beijinhos
Pai

Marco disse...

pai: conheço bem... durante cerca de um ano comi lá com alguma frequência e... continua a ser fast food, e a saber como tal.

PS: hoje comi (com a Sofia e o Alex) num restaurante discreto, daqueles que anunciam casamentos e baptizados, por pouco mais que o preço de uma refeição de fast food para uma só pessoa... e era comida a sério! era só isto que eu queria, com a mesma disponibilidade e acessibilidade dos fast foods...

Susy disse...

Eu tenho a sorte de almoçar diariamente num pequeno (mínimo) restaurante com comida caseira portuguesa onde o cozinheiro consegue falar directamente connosco e atender aos pedidos mais exigentes. É um ambiente familiar... é que nem tudo podia ser mau aqui :)

Marco disse...

susy: ahhh... comida caseira... I wish!