terça-feira, novembro 19, 2013

Distracções

Num interregno que faço durante a preparação de uma acção de formação que vou dar esta semana (considerando que são 01h00 e ainda não terminei, está a correr bem...), reflicto um pouco sobre a quantidade de distracções que temos diariamente ao nosso alcance. Nomeadamente, enquanto dava uma voltinha pelo Facebook, verifiquei a quantidade abismal de publicações que por ali surgiram durante o dia de hoje, em detrimento de meia dúzia que lá foi colocada durante o fim-de-semana. Significa isto que, no fim-de-semana, enquanto estamos provavelmente concentrados em fazer coisas que nos dão prazer, a tendência para nos especarmos em frente ao computador a ler e escrever coisas com pouco significado é pouca. Já durante pleno dia de trabalho a conversa é diferente. Não me considero melhor nem pior que os outros mas, talvez por (de)formação profissional de vários anos, diversões como o Facebook são zona interdita para mim durante o horário de trabalho. E muito sinceramente, acho que no mínimo devíamos todos ser mais regrados quanto à utilização desta ferramenta que muito mérito e utilidade tem (se bem utilizada, com conta, peso e medida). Mas o tema deste post são as distracções, e não apenas o Facebook. Há quem se disperse a falar ao telemóvel, enviar mensagens, jogar, ver televisão, etc. A quantidade de objectos de distracção que nos rodeiam hoje em dia, seja em que circunstância for é excessiva, e raras são as vezes que não nos dispersamos com algo que simplesmente não deveria estar ao nosso alcance. O resultado? A falta de produtividade ou eficiência naquilo que nos tínhamos proposto fazer. Quer sejamos trabalhadores, estudantes ou outra coisa qualquer, se interrompemos o que estamos a fazer, sistematicamente, durante o dia, o resultado final não pode ser bom. Recordo-me que quando estudava, muitas vezes optava por sair de casa, e ir para a faculdade, para uma biblioteca ou outro local neutro onde as distracções não existissem ou pelo menos fossem mais reduzidas. Hoje em dia, a facilidade com que as ditas distracções vão atrás de nós, tornam tudo mais difícil. Somos uma cultura com um potencial enorme, dotadas de ferramentas incríveis que nos dão acesso a um mar de informação e fazem com que estejamos sempre contactáveis, mas... o resultado é bem diferente do que esse potencial poderia anunciar. Estando eu próprio, de alguma forma, a "cair" no paradigma da distracção ao escrever neste meu blog quando deveria estar a preparar a minha formação, vou minimizar o estrago dando por terminada a minha publicação de hoje, e voltando ao trabalho (que bem preciso). A reter? Num jogo (profissional, académico, pessoal...) em que as regras mudaram substancialmente nos últimos anos, talvez seja melhor sermos árbitros de nós próprios, para garantir que conseguimos alcançar algumas vitórias. Caso contrário, iremos conseguir pouco mais que alguns empates a 0...

1 comentário:

ACCM disse...

PARADAS DE DEZ MINUTOS
Os especialistas acreditam que a legislação pode ser um ótimo argumento para que as empresas implantem um programa de ginástica laboral. "Legalmente, as pessoas devem fazer uma pausa de dez minutos a cada 50 minutos de trabalho", informa. Uma nova lei que passou a valer em abril também pode servir de estímulo para as empresas cuidarem da saúde dos funcionários. A partir de agora, se o empregado adoece no trabalho, é a empresa que tem de provar que o ambiente profissional não é o responsável pela situação.

Isto é no Brasil. Pode ser que o novo acordo ortográfico, dê um empurrão noutras matérias... como esta, sendo então "legal" que a cada hora de trabalho o funcionário possa fazer a sua gimnástica no Face ou ao Twitter por dez minutos.

Beijinhos
Pai