Pois é meus amigos, tenho de confessar que estou na fossa. Aliás, hoje já estou melhor. No sábado é que foi pior... Quer dizer, na realidade não sou só eu que estou na fossa. Sou eu e os meus vizinhos do prédio. Acontece que no sábado passado tivemos uma experiência singular, que foi a de acordar com uma ETAR no patamar da escada do prédio. Tendo em conta que moro num rés-do-chão, fui dos mais brindados com o odor (que perdura até hoje) e os objectos flutuantes na límpida água que circula nos esgotos, mal abri a porta de casa. Parece que os esgotos fizeram como a função pública (entraram em greve) e a merda resolveu dar um ar da sua graça, inundando todas as caves, até que eventualmente achou que não se devia ficar por aí, e "foi para fora cá dentro" (vá lá que não conseguiu subir as escadas). Deparando-me com esta situação, começou a saga dos telefonemas para os serviços municipalizados, por volta das 10h da manhã. A saga dos telefonemas só foi interrompida quando o piquete deixou de nos atender entre as 12h e as 13h (mmm... será que um serviço de urgência tem hora de almoço?), para finalmente por volta das 13h30 nos dizerem que viriam até cá as 13h (hã???). Pelo meio tivemos direito a uma visita dos bombeiros, que tomaram a devida nota da ocorrência e se foram embora, porque "a água estava suja". Se a água estivesse limpa, teriam feito qualquer coisa certamente, mas assim... Algures durante a tarde lá se resolveu o problema... dos esgotos entupidos! E agora pergunta o caro leitor: "então e a merda?". Essa lá ficou e teve mesmo de ser bombeada pelos moradores, que desejando marcar uma posição de protesto, optaram por deitar a mesma para a rua (fui estacionar o carro noutro sítio obviamente, ainda que o próprio já seja uma merda). Resta-me pedir desculpa por dizer merda tantas vezes, e deixar aqui um grande bem haja a todos os que se estiveram cagando para mim e para os meus vizinhos, nesse fatídico sábado...
7 comentários:
Num País onde a "merda" é tanta, mais um pouco não faz diferença nenhuma, como se comprova na tuas peripécias com a dita. Aliás, quer-me parecer que, tão pouco, seja a "dita cuja" que tiveste a oportunidade de "sentir" ao vivo e a cores, a que mais mal cheira.
O problema está nas pessoas e nas porcarias que mandam pela sanita abaixo: pensos higienicos, cotonetes, trapos... Quando estavamos em obras aconteceu-nos uma situação parecida. E não haja dúvida que é o pior para quem mora num R/C.
Mas tenho a certeza que entretanto até te habituaste ao cheiro :P
Quando os meus pais fizeram obras na casa de banho, o canalizador lembrou-se de enfiar o resto do cimento pelo cano da sanita. O cimento secou no cano e passado algum tempo tiemos aquilo que queriamos evitar com as obras: uma inundação!
silverwolf: é verdade... se tivesse meia dúzia de ministros entalados na escada do prédio, o cheiro certamente seria pior...
mary: muito sinceramente, nunca me hei-de habituar aquele cheiro!
impaler: mais valia ter lá enfiado o cérebro, já que não o utiliza!
Mas que situação...
Mas no meio deste país de merda, com certeza essa só mudou o cheiro...
Xiiiiiiiii!!!!!
Granda MERDA!
O que vale é que foram prontamente socorridos pelos excelentes serviços que temos no país!
Talvez para a próxima sejam mais eficientes, pois virão de TGV, ou apanharão um avião para o novo aeroporto. Coisas que realmente interessam...
Dasssss.....
...é por essas e por outras que moro num 1º Andar...bolas deve ter sido mesmo mau 'conviver' com tanta quantidade daquilo que o nosso organismo rejeita (é uma maneira subtil para não dizer mais uma vez m...a)
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