domingo, julho 06, 2014

Big Brother is Watching

Na sequência de alguns artigos que li sobre aspetos sociológicos e psicológicos relativos a redes sociais e à forma como conduzem experiências com os seus utilizadores, mais concretamente no caso do Facebook em que o estado de espírito dos utilizadores foi "manipulado" numa experiência com 700 mil pessoas (sem o conhecimento ou consentimento das próprias), resolvi na última semana fazer o exercício de autocontrole de não aceder à dita rede. Foi muito menos difícil do que pensei, mas verifiquei um pormenor interessante: o Facebook não quer que as pessoas façam o que eu faço. Dito assim parece algo óbvio, já que o Facebook não quer perder os seus utilizadores, fonte de rendimento através da visualização de publicidade, para a organização. Mas a forma como o faz é, no mínimo, agressiva. Posso dizer que, apesar de ter todas as notificações desabilitadas, passados dois dias comecei a receber e-mails a dizer que "muito tinha acontecido desde a última vez que tinha acedido"... depois este tipo de notificação por e-mail, intensificou-se, começando a receber estas mensagens de 8 em 8 horas, indicando que tinha X pedidos de amizade... Y convites para eventos... Z notificações de publicações... basicamente, um massacre! Resolvi portando deixar para o fim-de-semana o ato de colocar a leitura em dia, e repetir esta ausência da dita rede com mais frequência e por períodos maiores, para ver o que acontece a seguir. Se a trama se adensar, a inativação de conta (pela segunda vez) avizinha-se como uma possibilidade.

1 comentário:

ACCM disse...

Deixas o Facebook, mas continuas a ser "controlado" por outras "redes". É o que se depreende da notícia "http://www.publico.pt/mundo/noticia/nsa-recolheu-mais-dados-sobre-internautas-comuns-do-que-sobre-alvos-legais-1661809" - NSA recolheu mais dados sobre internautas comuns do que sobre alvos legais. Diz o Washington Post que cerca de 160 mil mensagens, entre emails, fotografias e conversas nas redes sociais, foram guardadas pela agência... São as teorias da conspiração e os big brothers a funcionar ao serviço sabe-se lá de quem e de quê...
Passou ontem, dia 6//2014, na TVI uma entrevista com o Marinho e Pinto, muito interessante. Denuncia ele que o Parlamento Europeu não detém qualquer poder; o poder real é o financeiro e é esse que domina tudo o resto, incluindo as políticas dos países. Qualquer "formiga" que não faça parte daquela "elite" é um mero factor de produção descartável a qualquer momento... obviamente para isso é necessário exercer o mais variado tipo de controlo, tal como o Daniel Estulin tem vindo a denunciar nos seus escritos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Estulin

Beijinhos
Pai